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 Plano de Aula: Teoria e Prática da Redação JurÃdica TEORIA E PRÃ�TICA DA REDAÇÃO JURÃ�DICA - CCJ0052 TÃtulo Teoria e Prática da Redação JurÃdica Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 8 Tema Produção de relatório de Parecer Objetivos Produzir uma narrativa jurÃdica simples que contemple todas as caracterÃsticas estudadas até este momento do curso. Estrutura do Conteúdo 1. Relatório 1.1. CaracterÃsticas e estrutura 2. Redação de texto jurÃdico Aplicação Prática Teórica Adiante, listamos as principais caracterÃsticas do relatório jurÃdico: (A) O relatório é um texto de tipo narrativo; (B) caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possÃvel, aponte as alegações de ambas as partes; (C) todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa; (D) o que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação; (E) a organização dos eventos deve seguir a ordem cronológica; (F) o primeiro parágrafo deve indicar o fato gerador da demanda e os sujeitos envolvidos; (G) o texto não pode deixar de responder à s seguintes indagações: qual o fato gerador do conflito? Quem são os envolvidos na lide? Onde e quando os fatos ocorreram? Como se desenvolveu o conflito? Por que ocorreu o conflito de interesses? Quais as consequências dos fatos narrados? (H) sugere-se, para iniciar o primeiro parágrafo, a redação "Trata-se de questão sobre..."; (I) a paragrafação deve seguir as orientações tradicionais de um texto redigido em norma culta; (J) cada parágrafo deve receber um recuo inicial de, aproximadamente, 1,5 cm; (K) não há limite mÃnimo ou máximo de linhas, mas sua narração deve ser clara e concisa; (L) recorra à polifonia; (M) terminado o relatório, na linha abaixo, use a expressão "É o relatório". QUESTÃO Leia o caso concreto e, em seguida, redija o relatório jurÃdico. Caso concreto Fabian propôs ação negatória de paternidade cumulada com anulação de registro civil em face de Cida, menor de 11 (onze) anos de idade representada por sua mãe, Chayene. Aduziu que fora casado com Chayene por 12 (doze) anos, tendo ocorrido, no decorrer do vÃnculo matrimonial, o nascimento e o registro civil da Ré. O Autor afirmou que quando efetuou o registro civil como pai da menor incidiu em erro porque desconhecia a relação extraconjugal que Chayene nutriu por anos com Sandro, amigo comum do casal. Aduziu que depois de 10 anos de matrimônio, não suportando mais ocultar a traição, Chayene revelou a ele que Cida não era sua filha biológica, mas sim, filha de Sandro. Informou, por fim, que sempre manteve e continua mantendo uma relação de carinho e respeito com a menor, zelando pela sua educação e pelo seu adequado desenvolvimento. Todavia, ao descobrir a traição da ex-mulher não desejaria mais ter como válido o reconhecimento da paternidade derivado de uma manifestação de vontade viciada. Pugnou, assim, pela procedência dos pedidos. A Ré, em contestação, salientou que igualmente desconhecia a traição materna e a possibilidade de ser filha biológica de outro homem. Afirmou que sempre reconheceu Fabian como um pai, tendo por ele um verdadeiro amor filial. Ressaltou que mesmo após 2 (dois) anos da separação judicial e da ciência de que não seria o seu verdadeiro pai biológico, Fabian continuou exercendo o seu direito de visitação, contribuindo regularmente, ainda, para o seu sustento, o que denotaria o forte laço socioafetivo que uniria Autor e Ré. Requereu, desta forma, a improcedência do pleito autoral. Laudo pericial sobre o exame de DNA feito, acostado aos autos à s fls.xx, comprovando que Fabian não era o pai biológico de Cida. Estudo social do caso atestando que havia latente vÃnculo socioafetivo entre Autor e Ré. Promoção do Ministério Público opinando pela improcedência dos pedidos autorais. Para melhor entender a questão, observe a jurisprudência: A paternidade atualmente deve ser considerada gênero do qual são espécies a paternidade biológica e a socioafetiva. Assim, em conformidade com os princÃpios do Código Civil de 2002 e da Constituição Federal de 1988, o êxito em ação negatória de paternidade depende da demonstração, a um só tempo, da inexistência de origem biológica, e também de que não tenha sido constituÃdo o estado de filiação, fortemente marcado pelas relações socioafetivas e edificado na convivência familiar.? (Recurso Especial n.º 1.059.214 ? Informativo n.º 491) Fabian propôs ação negatória de paternidade cumulada com anulação de registro civil em face de Cida, menor de 11 (onze) anos de idade representada por sua mãe, Chayene. Aduziu que fora casado com Chayene por 12 (doze) anos, tendo ocorrido, no decorrer do vÃnculo matrimonial, o nascimento e o registro civil da Ré. O Autor afirmou que quando efetuou o registro civil como pai da menor incidiu em erro porque desconhecia a relação extraconjugal que Chayene nutriu por anos com Sandro, amigo comum do casal. Aduziu que depois de 10 anos de matrimônio, não suportando mais ocultar a traição, Chayene revelou a ele que Cida não era sua filha biológica, mas sim, filha de Sandro. Informou, por fim, que sempre manteve e continua mantendo uma relação de carinho e respeito com a menor, zelando pela sua educação e pelo seu adequado desenvolvimento. Todavia, ao descobrir a traição da ex-mulher não desejaria mais ter como válido o reconhecimento da paternidade derivado de uma manifestação de vontade viciada. Pugnou, assim, pela procedência dos pedidos. A Ré, em contestação, salientou que igualmente desconhecia a traição materna e a possibilidade de ser filha biológica de outro homem. Afirmou que sempre reconheceu Fabian como um pai, tendo por ele um verdadeiro amor filial. Ressaltou que mesmo após 2 (dois) anos da separação judicial e da ciência de que não seria o seu verdadeiro pai biológico, Fabian continuou exercendo o seu direito de visitação, contribuindo regularmente, ainda, para o seu sustento, o que denotaria o forte laço socioafetivo que uniria Autor e Ré. Requereu, desta forma, a improcedência do pleito autoral. Laudo pericial sobre o exame de DNA feito, acostado aos autos à s fls.xx, comprovando que Fabian não era o pai biológico de Cida. Estudo social do caso atestando que havia latente vÃnculo socioafetivo entre Autor e Ré. Promoção do Ministério Público opinando pela improcedência dos pedidos autorais. Se julgar adequado recorra à seguinte jurisprudência: A paternidade atualmente deve ser considerada gênero do qual são espécies a paternidade biológica e a socioafetiva. Assim, em conformidade com os princÃpios do Código Civil de 2002 e da Constituição Federal de 1988, o êxito em ação negatória de paternidade depende da demonstração, a um só tempo, da inexistência de origem biológica, e também de que não tenha sido constituÃdo o estado de filiação, fortemente marcado pelas relações socioafetivas e edificado na convivência familiar.? (Recurso Especial n.º 1.059.214 ? Informativo n.º 491)
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