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Trabalho versando sobre a atual política da saúde mental implantada pelo governo federal: avanços e retrocessos.

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
Nome: Julio Cesar Costa de Almeida RA: C166871 
 
 
 
 Trabalho versando sobre a atual política da saúde 
mental implantada pelo governo federal: avanços e 
retrocessos. 
Psicopatologia Geral 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2017 
Nome: Julio Cesar Costa de Almeida RA: C166871 
 
 
 
 
 
Trabalho versando sobre a atual política da saúde 
mental implantada pelo governo federal: avanços e 
retrocessos. 
Psicopatologia Geral 
 
 
 
Dissertação apresentada para obtenção 
de aprovação na disciplina de 
Psicopatologia Geral, do curso de 
Psicologia da Universidade Paulista - 
UNIP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2017 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução Pág.04 
História da “loucura” Pág.05 
A luta antimanicomial Pág.07 
Avanços e retrocessos Pág.07 
Conclusão Pág.09 
Referências Bibliográficas Pág.10 
 
INTRODUÇÃO 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem mais de 400 
milhões de pessoas acometidas por doenças e transtornos mentais no mundo. De 
acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas 
que sofrem pelos motivos anteriores não têm acesso a tratamento adequado, o que 
contribui para que essas doenças ocupem posição de destaque como as que mais 
atingem a população mundial. No brasil, calcula-se que 23 milhões de pessoas 
passem por tais problemas, dentre os quais, ao menos 5 milhões sejam 
caracterizados como moderado a grave. 
Assim, este texto tem o objetivo de apresentar o novo modelo proposto pela lei 
(10.216/01) que entrou em vigor em 6 de abril de 2001 e que caracteriza-se pela 
reforma psiquiátrica e que decreta o fim dos manicômios no Brasil, bem como seus 
avanços e retrocessos no âmbito dos tratamentos de pessoas portadoras de 
transtornos mentais. E, por esta razão, faz-se necessário um breve relato da história 
da "loucura". 
 
A HISTÓRIA DA "LOUCURA" 
Os transtornos mentais sempre existiram. Na Antigüidade grega, tal fenômeno 
tinha um caráter mitológico, fantástico e que se associava à normalidade. Num 
período em que a noção de passado era vaga, a escrita não existia e os deuses 
decidiam tudo, o indivíduo "louco" era considerado ponte entre o real, ou aquilo que 
era possível perceber e o oculto. Além disso, eram tais divindades que decidiam qual 
tipo de loucura a pessoa teria. 
Porém, esse tipo de pensamento foi rejeitado por Hipócrates, o pai da medicina, 
que separou doença mental de deuses e mitos sistematizando, então, a teoria dos 
humores. 
Platão também deu sugestão no século 5 a.C., e a partir daí, até o século 19, a 
filosofia foi a principal linha para a compreensão da loucura. 
Na Idade Média, porém, as referências que se consolidaram vêm dos textos de 
santo Agostinho e são Tomás de Aquino, os maiores pensadores do período e que 
pregavam a vida perfeita segundo a Bíblia. Assim, qualquer comportamento estranho, 
um transtorno de personalidade ou um episódio psicótico por exemplo, atribuíam ao 
indivíduo a qualidade de possessão demoníaca. Ainda nesse período, o transtorno 
mental não era visto como um problema psiquiátrico pois ainda não existia a 
psiquiatria. 
No Renascimento, as chamadas trevas anticientíficas desvanecem-se e, 
conforme o iluminismo se aproximava, a loucura sai do mundo das forças naturais ou 
divinas e passa a ser caracterizada como a falta da razão, da inteligência de modo 
abrangente e não mais pela ação da bílis ou de demônios. 
Foi durante esse período, entre os séculos 17 e 18, que os leprosários foram 
esvaziados com o fim da lepra e tais hospitais foram rebatizados de "hospitais gerais". 
A partir de então, todos aqueles que não conseguissem seguir as normas 
estabelecidas pela razão eram enviados para lá e, expostos ao público, 
demonstravam o que acontecia com os indivíduos que se afastavam da razão. Uma 
vez considerado irracional, o louco era tratado como um animal. 
No século 19, porém, junto à Revolução Francesa veio também a revolução 
psiquiátrica: em 1793, o médico francês Philippe Pinel vê a loucura não mais como 
um problema de ordem social e sim médica e, por essa razão, deve ser tratada e 
curada. Sendo assim, Pinel propõe uma nova forma de tratamento de pessoas 
acometidas de transtorno mental, libertando-os de correntes e transferindo-os aos 
manicômios, destinados aos doentes mentais. O método defendido pelo médico 
significava que qualquer desvio comportamental deveria ser rapidamente comunicado 
e punido como forma de corrigir tal comportamento. 
Foi durante o século 20, que os tratamentos médicos de doenças mentais 
tiveram um avanço significativo, porém seu início foi estranho: comas induzidos, 
lobotomia, eletrochoques. Além disso, iniciava-se a era da psicofarmacologia com o 
desenvolvimento de sedativos e estimulantes para depressivos. 
 
A LUTA ANTIMANICOMIAL 
 
Somente a partir da segunda metade do século 20 iniciou-se uma crítica radical 
e uma transformação do saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. 
Impulsionado principalmente por Franco Basaglia, na Itália, tal movimento concebe a 
ideia de defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos portadores de 
transtornos mentais. 
Consequentemente, nasce o movimento da Reforma Psiquiátrica, que além de 
denunciar os manicômios como instituições violentas, propõe a criação de uma rede 
de serviços e estratégias que visa a inclusão e a libertação de tais indivíduos. 
No Brasil, tal movimento teve início no final da década de 70 a partir de 
profissionais em saúde mental e de familiares de pessoas com transtornos mentais. 
Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas, que propõe a 
Reestruturação da Atenção Psiquiátrica na América Latina e somente em 2001 é 
aprovada a Lei Federal 10.216 e que, conforme está previsto, dispõe sobre a proteção 
e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental. A partir daí, com o objetivo de garantir o cuidado de 
indivíduos portadores de transtornos mentais, é criada a Política de Saúde Mental. 
Assim, tais indivíduos seriam tratados em serviços que substituiriam os hospitais 
psiquiátricos, evitando internações de longa duração e o seu isolamento do convívio 
social. 
 
Avanços e retrocessos 
Os avanços obtidos com a Reforma Psiquiátrica, a Declaração de Caracas, a 
Lei Federal 10.216 e a Política de Saúde Mental trazem consigo um novo modelo de 
tratamento às pessoas acometidas de transtornos mentais. Tal modelo, além de 
propor que esses indivíduos tenham acesso ao melhor tratamento, de acordo com 
suas necessidades, visa a sua reabilitação psicossocial e sua reinserção. 
Consequentemente, aliada ao novo conceito de tratamento baseado na 
valoração do ser humano, são instituídos, no Brasil, os Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS) que, apesar dos investimentos feitos nessas redes de 
assistência, sofrem críticas quanto a sua distribuição regional. 
Institui-se, também, a Rede de Atenção Psicossocial, ou RAPS, quetem o 
objetivo de atender pessoas que sofrem de transtornos mentais e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, na esfera do Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
Apesar da superação de alguns problemas no âmbito de saúde mental, 
observa-se, com frequência considerável, a medicalização como forma de 
apropriação do sofrimento psíquico decorrente da multiplicação progressiva das 
categorias diagnósticas dentro do Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders (DSM) - manual diagnóstico produzido pela Associação Americana de 
Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA). 
Além disso, a crise financeira, que afeta dentre outros setores, o sistema de 
saúde, prejudica o processo de tratamento desses indivíduos com a falta de 
contratação de profissionais especializados em saúde mental, de equipamentos 
adequados para avaliação, de instrumentos utilizados em oficinas terapêuticas, de 
transporte acessível, entre outros. 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O trabalho apresentado, além de fornecer um breve relato sobre a história da 
"loucura", que traz consigo as concepções de diferentes pensadores em épocas 
distintas, contribui para que seja possível identificar o modo como os indivíduos 
acometidos de transtornos mentais eram tratados e que olhares eram lançados sobre 
eles. Assim, sendo possível verificar que métodos poderiam ser considerados mais 
eficazes e humanizados no cuidado de indivíduos portadores de sofrimento psíquico, 
bem como de pessoas que estão incluídas em sua esfera relacional. 
Além disso, conclui-se que, apesar dos avanços obtidos e dos 
desenvolvimentos realizados, considera-se a importância de discussões contínuas 
sobre tal questão, tendo como ponto de partida a ideia de uma realidade sócio 
histórica e sua dinâmica. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
http://www.ccs.saude.gov.br/VPC/reforma.html 
 
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/05/saude-mental-em-numeros-cerca-de-
23milhoes-de-brasileiros-passam-por 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm 
 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/803-sas-
raiz/daetraiz/saude-mental/l2-saude-mental/12588-raps-rede-de-atencao-
psicossocial 
 
https://super.abril.com.br/historia/quando-ainda-eramos-loucos/ 
 
Soalheiro, N.; Mota, F. Medicalização da vida: doença, transtornos e saúde mental - 
Rev. Polis e Psique, 2014; 4(2): 65-85

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