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farmac do trato gastro intestinal

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Prof. Dr. Rafael Poloni
FARMACOLOGIA DO 
TRATO 
GASTRINTESTINAL
Trato gastrointestinal - funções
- INGESTA DE ALIMENTOS;
- QUEBRA DO ALIMENTO;
- QUEBRA DE MOLÉCULAS GRANDES EM MENORES:
aminoácidos, peptídeos, carboidratos, açúcares e lipídeos;
- EXCREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PELAS FEZES.
- BALANÇO HIDROELETROLÍTICO;
- REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE HORMÔNIOS QUE
CONTROLAM A DIGESTÃO E EXCREÇÃO;
Trato gastrintestinal - fisiologia
Trato gastrintestinal - fisiologia
Os vasos sanguíneos e as glândulas (endócrinas, exócrinas e
parácrinas) que compreendem o TGI estão sob duplo controle:
- Neuronal:
- Fibras pré-ganglionares parassimpáticas do vago (principalmente
colinérgicas e excitatórias);
- Fibras simpáticas (inibem secreção de Ach);
- Sistema nervoso entérico: secreta Ach, NA, 5-HT, purinas, óxido
nítrico e vários peptídeos farmacologicamente ativos;
- Neurônios sensitivos.
- Hormonal
- Endócrinas (principalmente gastrina e colecistocinina)
- Parácrina (atuam sobre céls próximas, por exemplo, Histamina).
Rang & Dale, 2007. 
As principais funções do TGI que são
importantes do ponto de vista farmacológico:
• Secreção gástrica;
• Vômito (êmese);
• Motilidade do intestino e expulsão das fezes;
• Formação e secreção da bile. 
Trato gastrointestinal
Rang & Dale, 2007. 
O estômago secreta cerca de 2,5L de suco gástrico por dia.
Células principais ou pépticas: liberam pró-renina e pepsinogênio;
Células parietais ou oxínticas: liberam ácido clorídrico (HCl) e fator
intrínseco;
Células secretoras de muco: abundantes entre as céls superficiais da
mucosa gástrica.
Células que secretam bicarbonato: deixam o pH da superfície da
mucosa entre 6-7, ao passo que da luz é de 1-2.
REGULAÇÃO DA SECRÉÇÃO DE ÁCIDO (atuam sobre as céls parietais):
- Gastrina (hormônio +) sintetizada pelas céls endócrinas da mucosa do antro gástrico e duodeno;
- Ach (NT +)  liberada de neurônios vagais;
- Histamina (hormônio local +)  liberada por mastócitos;
- PGE2 e PGI2 (hormônios locais -).
Secreção gástrica
Rang & Dale, 2007. 
Secreção gástrica
Rang & Dale, 2007. 
1
2
2
3 (antiporte)
4 (transportador de 
simporte)
5 (bomba de prótons = 
H+/K+-ATPase)
Refluxo ácido (“azia”)
- É causado por certos alimentos, como alimentos ácidos, picantes,
gordurosos e vegetais crus;
- Causado quando o esfíncter inferior do esôfago permanece aberto ao
invés de fechar normalmente quando deglutimos o alimento;
- Normalmente tratado através do uso de MIPs como antiácidos, colagogos
(contração da vesícula biliar) e antiflogísticos.
FATORES QUE ESTIMULAM A
SECREÇÃO DO ÁCIDO ESTOMACAL
• Acetilcolina (ACh) – Parassimpático (Ativam receptores
muscarínicos);
• Histamina (produzida por células enterocromafins-ECL).
Ativam receptores H2;
• Gastrina (produzida pelas células G do estômago). Ativam
receptores CCK2, resultando na estimulação das células
parietais por estes ligantes - ativação da bomba de prótons,
responsável pela produção de ácido.
DEFESAS GÁSTRICAS CONTRA O ÁCIDO 
- A principal defesa contra o ácido é o esfíncter esofágico, que impede o
refluxo do ácido ao esôfago, o estômago protege a si próprio através do
fluxo sanguíneo e pela secreção de muco protetor;
- A produção de muco é estimulada pelas prostaglandinas;
- Outro mecanismo de defesa contra o ácido é a liberação de bicarbonato
pelas células gástricas epiteliais, o bicarbonato neutraliza o ácido.
 INDICAÇÕES PARA REDUZIR A SECREÇÃO DE ÁCIDO:
- Ulceração péptica (duodenal e gástrica);
- Exofagite de refluxo (suco gástrico lesa o esôfago);
- Síndrome de Zollinger-Ellison (síndrome rara causada por um tumor produtor de
gastrina).
ÚLCERA PÉPTICA
A gênese da úlcera péptica envolve:
1. Infecção na mucosa por Helicobacter pylori;
2. Desequilíbrio entre os mecanismos de lesão da mucosa (ácido, 
pepsina) e mecanismos protetores (muco, bicarbonato, síntese de PGE2 e 
PGI2).
H. pylori – bacilo Gram negativo provoca recorrência da úlcera, gastrite
crônica, carcinoma gástrico e linfomas gástricos.
Adm AINES -  síntese de prostaglandinas,  secreção de muco e de
bicarbonato.
Terapêutica utilizada para inibir ou neutralizar a secreção 
de ácido gástrico
Funções: 
- Aliviar a dor;
- Acelerar a cicatrização (úlcera péptica ou 
duodenal);
- Evitar reincidência da úlcera.
COMO? 
- ↓ as forças agressivas, ↓ o débito de H+; 
- ↑ forças protetoras com mucoprotetores;
- Erradicar a H. pylori.
Tratamento úlcera péptica
Rang & Dale, 2007. 
AA, arachidonic acid; ACh, acetylcholine; C, 
symport carrier for K+ and Cl-; GR, gastrin
receptor; H2R, histamine H2 receptor; Hist, 
histamine; 'MC', mast cell-like histamine-
secreting cell; MR, muscarinic receptor; NSAIDs, 
non-steroidal anti-inflammatory drugs; P, proton
pump (H+/K+ ATPase); PGE2, prostaglandin E2; 
PGR, prostaglandin E2 receptor.
Antiácidos 
Bicarbonato de sódio (NaHCO3), hidróxido de alumínio (Al(OH)3),
hidróxido de magnésio (Mg(OH)2), carbonato de cálcio (CaCO3).
- Tem como objetivo neutralizar o ácido gástrico (↑ pH) pH 5
já cessa atividade de enzimas pépticas.
- São seguros e em casos mais graves podem ser
administrados a cada 30min (tempo de remoção da acidez
do estômago). Usados 1, 3 horas após refeição e ao deitar;
- A combinação de Hidróxido de Mg2+ e de Al3+ é muito
utilizada: um neutraliza o efeito adverso do outro, o Al3+
relaxa a musculatura lisa gástrica, retardando o
esvaziamento gástrico (constipação), o Mg2+ por sua vez
tem efeito laxante.
Diminuição da concentração de ácido
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
- Alteram o pH do estômago e da urina, podendo alterar a
cinética de outros fármacos.
Antiácidos 
Diminuição da concentração de ácido
Preferidos
 laxante
 constipação
Efeitos adversos:
- Na insuficiência renal, se 
houver absorção de Mg2+: 
intoxicação com paralisia 
e distúrbios cardíacos;
- ↓ absorção de outros 
fármacos;
Efeitos adversos:
-↓ absorção de outros 
fármacos;
- Precipitação/piora de 
certas doenças: HAS, IC, 
edema (contraindicação).
Alginatos (↑ viscosidade e aderência do muco à mucosa esofágica – barreira
protetora) ou simeticona (impede formação de espuma, evitando distensão
abdominal e flatulência) algumas vezes são combinados c/ antiácidos.
(Lüllmann, 2005; 
Rang & Dale, 2007)
Antagonistas dos receptores H2
Cimetidina*, ranitidina, famotidina e nizatidina 
- HISTAMINA (produzida nas céls enterocromafins, por estímulo do
nervo vago via rec M1 e por via hormonal-gastrina)  receptores H2 
liberação ácido gástrico.
- São menos potentes que os inibidores da bomba de prótons;
- ↓ responsividade das céls parietais a estimulantes como a gastrina;
- ↓ secreção basal e induzida por alimentos de ácido.
Efeitos adversos: cefaleia, sonolência, diarreia, tonturas, dores
musculares, alopecia, náuseas, constipação, hipergastrinemia.
Inibidores da produção de ácido
* Potente inibidor de oxidases 
microssomais hepáticas; eventual 
ginecomastia e DE (possível 
interação com rec. Androgênicos).
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
Inibidores da Bomba de Prótons (IBP´s) 
Omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol.
- F de escolha na cicatrização das úlceras;
- Cápsulas resistentes ao suco gástrico, alcançam as céls parietais pelo
sangue;
- São pró-farmacos, exigem ativação no ambiente ácido. Acumulam-se nos
canalículos secretores de ácido. Após ativado, liga-se de forma covalente à
H+/K+ ATPase, responsável pela produção de ácido. ↓ 80-95% secreção de
H+;
- ↓ secreção basal e induzida por alimentos de ácido.
- Efeitos adversos: náuseas,dor abdominal, constipação, flatulência e
diarreia, cefaleia, rashes; incomuns: tontura, sonolência, confusão mental,
impotência, ginecomastia, dores musculares e articulares, demência.
 O uso desses F pode mascarar os sintomas de CA gástrico.
Inibidores da produção de ácido
Inibidores da produção de ácido
(L
ü
llm
a
n
n
, 
2
0
0
5
)
Quelato de bismuto
- É utilizado em esquemas combinados para tratar H. pylori;
- Tem efeitos tóxicos sobre o bacilo e pode impedir sua aderência à mucosa
ou inibir suas enzimas proteolíticas;
- Efeitos protetores da mucosa gástrica:
- Revestimento da base da úlcera;
- Adsorção de pepsina;
- ↑ síntese local de PGs;
- Estimula secreção de bicarbonato.
 Se a eliminação renal for comprometida, as altas [bismuto]plasma poderão
resultar em encefalopatia.
- Efeitos indesejáveis: náuseas, vômito, escurecimento da língua e das
fezes.
Fármacos protetores
(Rang & Dale, 2007)
Sucralfato
- Complexo de Al(OH)3 e sacarose
sulfatada, que libera Al3+ na
presença de ácido;
- Não é antiácido: não ↓ [H+] do
suco gástrico;
- Fazem ligação cruzada no suco
gástrico: formação de uma “pasta”
que adere às lesões da mucosa e
em camadas profundas expostas
(protegidas do H+, da tripsina, ácidos
biliares, a lesão pode cicatrizar +
rápido).
- Ingestão 1h antes das refeições
e ao deitar;
- Bem tolerado, mas liberação de
Al3+ pode causar constipação.
Fármacos protetores
Alteração 
em meio 
ácido 
pH < 4
Interligação e 
formação de 
“pasta” (géis 
complexos 
com o muco)
Revestimento 
da lesão na 
mucosa
(Lüllmann, 2005; 
Rang & Dale, 2007)
↓ Absorção de vários F: teofilina, tetraciclina, digoxina, amitriptilina.
- Efeitos indesejáveis: constipação, boca seca, náuseas, vômitos, cefaleia e rashes.
Análogos da prostaglandina 
- As prostaglandinas (PG) produzidas na própria mucosa gástrica
possuem efeito citoprotetor, por ↑ produção de muco, de bicarbonato,
ação vasodilatadora e ↓ produção de H+;
 Misoprostol: derivado semi-sintético de PGE1, com maior
estabilidade: permite administração oral;
- Inibe secreção basal de ácido gástrico, bem como inibe a secreção
deste por estimulação de alimentos, histamina, gastrina e cafeína;
- ↑ fluxo sanguíneo na mucosa, secreção de muco d bicarbonato.
- Efeito adverso: diarreia frequente, cólicas abdominais, contrações
uterinas (CONTRAINDICADO NA GRAVIDEZ – a menos que seja para abortamento
terapêutico);
Fármacos protetores
Usado raramente devido ao rígido controle em 
função de seu potencial efeito abortivo. 
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
Eliminação da Helicobacter pylori
(Lüllmann, 2005)
 Câncer gástrico.
 Fechamento rápido e duradouro de 
úlceras.
7-14
dias
7-14 
dias
Antieméticos
ÊMESE: costuma ser precedido
por náuseas e ânsias de vômito.
Estômago esvazia de forma
retrógrada. Esfíncter pilórico
fecha enquanto o cárdia e o
esôfago relaxam.
Vômito: reação útil permitindo
que o organismo elimine
venenos ingeridos via oral
(VITAL) ou efeito adverso de F
(quimioterápicos, opioides,
anestésicos gerais e digoxina).
BULBO*1 (centro do vômito 
e zona de gatilho 
quimiorreceptora)
Tratamento vai depender da
causa da êmese: etanol,
movimento, enxaqueca,
gravidez, infecções bacterianas
ou virais.
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
*1BHE relativamente 
permeável, 
permitindo atuação 
de mediadores 
circulantes. 
Antieméticos
(Rang & Dale, 2007)
HT3)
Ach Acetilcolina; CTZ, Zona de gatilho quimiorreceptora, 5-HT3; receptor de 
serotonina tipo 3; D2, Receptor de dopamina D2; H1, Receptor de Histamina 
H1, mAch, receptores Muscarínicos da Acetilcolina.
ANTAGONISTAS H1
Cinarizina, hidroxizina, prometazina, difeniramina, dimenidrinato,
ciclizina e meclizina.
- Indicados na prevenção dos sintomas de enjoo do movimento (cinetose*,
inclusive no espaço NASA - prometazina), enjoo na gravidez.
- Efeitos indesejáveis: sonolência, sedação.
ANTAGONISTAS 5-HT3
Dolasetrona, ondansetrona, granisetrona, tropisetrona.
- Bloqueiam receptores 5-HT3 na área póstrema.
- Muito utilizado nas náuseas e vômitos induzidos por F (quimioterápicos,
cisplatina, por ex.) e por radioterapia.
- Efeitos Indesejáveis: cefaleia, desconforto GI.
Antieméticos
*F devem ser ingeridos 30min antes do início da viagem e repetidos a cada 4-6h.
Êmese gestacional: 1º trimestre = vulnerabilidade à lesão química. Deve ser usado
F apenas se a êmese estiver ameaçando o equilíbrio hidroeletrolítico do feto. Ex:
anti-histamínicos ou neurolépticos.
Pode ser utilizado só ou em combinação com 
glicocorticóides (metilprednisolona, dexametasona) 
 mec. ação antiemético não elucidado.
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Escopolamina* (hioscina)
- Indicados na prevenção dos sintomas de enjôo do movimento (cinetose).
- Efeitos indesejáveis: boca seca, visão embaçada, sonolência.
METOCLOPRAMIDA*2
- Antagonista do receptor D2 sobra a zona de gatilho e ação periférica
sobre o TGI (↑ motilidade do esôfago, estômago e intestino  uso tbm no
tratamento do refluxo gastroesofágico e distúrbios hepáticos e biliares).
- Bloqueia receptores de DA em outras partes do SNC (atravessa
facilmente a BHE), causando efeitos indesejáveis.
-Efeitos adversos: distúrbios dos movimentos, cansaço, inquietação
motora, torcicolo espasmódico, crises oculógicas (movimentos oculares
pra cima involuntários), estimula liberação de prolactina (galactorreia e
distúrbios na menstruação).
Antieméticos
*Escopolamina adesivo via transcutânea deve ser aplicado 6-8h antes da viagem e promove proteção por até 3d.
*2 Também agonista do receptor 5-HT4, antagonista leve dos receptores 5-HT3 e D3.
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
DOMPERIDONA
- Antagonista do receptor D2, mas não atravessa facilmente a BHE 
menor propensão a efeitos adversos centrais.
FENOTIAZÍNICOS (antipsicóticos)
Clorpromazina, Levopromazina, trimepazina, perfenazina,
proclorperazina.
- Suprimem náuseas e vômitos que seguem certos tipos de cirurgia ou que
são devidos a opióides, irritação do TGI, uremia e doenças acompanhadas
de pressão intracraniana alta;
- Mecanismo de ação: principalmente antagonismo receptores D2 da
dopamina, mas também bloqueio dos receptores da histamina e
muscarínicos;
- Efeitos indesejáveis: sedação (principalmente clorpromazina), hipotensão
e sintomas extrapiramidais (distonia e discinesia tardia).
OUTROS ANTIPSICÓTICOS, por exemplo haloperidol (antagonista D2),
também podem ser utilizados na êmese aguda induzida por quimioterapia.
Antieméticos
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
Pode ser utilizado só ou em combinação com glicocorticoides 
Os fármacos que alteram a motilidade GI
incluem:
- PURGATIVOS: aceleram a passagem
de alimentos através do intestino;
- AGENTES QUE ↑ A MOTILIDADE DA
MUSCULATURA LISA GI SEM CAUSAR
PURGAÇÃO;
- ANTIDIARREICOS: ↓ a motilidade GI;
- ANTIESPASMÓDICOS: ↓ o tônus do
músculo liso GI.
Motilidade do Trato Gastrintestinal (TGI)
(Rang & Dale, 2007)
Fibras (alginatos): Polímeros que não se degradam na digestão. ↑ a
motilidade e volume das fezes.
Lignina, celulose, hemicelulose, mucilagem, pectinas e extratos de plantas (sterculia,
ágar, farelo e palha de ispaghula).
Laxantes (purgativos)
(Lüllmann, 2005)
Se a ingestão de
líquidos for muito
baixa e existir uma
estenose patológica
no intestino, o
material viscoso-
mucilaginoso pode
provocar íleo
paralítico.
Massa hidratada volumosa
Agentes osmóticos: Aumentam a motilidade e atraem água
para as fezes. F solúveis e não absorvíveis.
Sorbitol, manitol, lactulose,sal de Epsom (MgSO4), sal de Glauber (Na2SO4),
hidróxido de magnésio (Mg(OH)2).
Laxantes
- Sais catárticos (Epsom e
Glauber): promovem evacuação
aquosa 1-3h após administração;
são usados para limpeza intestinal
pré-cirurgia; Glauber:
contraindicado na HAS, ICC e
edemas (Na+); Epsom:
contraindicado em Insuf. Renal
(risco de intoxicação por Mg2+).
- Lactulose: tbm utilizado na insuf.
Hepática para evitar coma hepático
por impedir a produção bacteriana
de amônia (fermentação de
lactulose pelas bactérias acidifica o
conteúdo intestinal). Leva 2-3d para agir. (Lüllmann, 2005)
Agentes irritantes (estimulam o peristaltismo)
Fenolftaleína, cáscara sagrada, senne, bisacodil (Lacto-purga®), óleo de
rícino, picossulfato de sódio (Guttalax®), supositório de glicerol.
Laxantes
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
Enchimento ↑
Emolientes fecais  composto tensoativo que atua no TGI agindo de maneira semelhante ao
detergente fezes mais “moles”.
Docusato de sódio, óleo de amendoim, parafina líquida, óleo mineral.
Laxantes
(Lüllmann, 2005)
Filling = enchimento
Intestino preguiçoso
Diarreia
É a eliminação frequente de fezes líquidas, geralmente
acompanhadas por cólicas abdominais e algumas vezes, náuseas e
vômito.
Causas de diarreia: bactérias que podem secretar toxinas (inibem a
capacidade dos enterócitos da mucosa absorverem NaCl e água e estimulam a
atividade secretora da mucosa); Infecções virais; Disfunção da motilidade do tubo
digestivo; Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase; Efeitos
colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos, altas doses de vitamina
C e alguns medicamentos para o coração e câncer; Abuso de laxantes;
Intolerância a derivados do leite pela incapacidade de digerir lactose (açúcar do
leite); Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose; Ansiedade..
Objetivos do tratamento antidiarreico: prevenir desidratação e perda de
eletrólitos e prevenir a estressante, mas não ameaçadora, movimentação
intestinal.
(Lüllmann, 2005; Rang & Dale, 2007)
Antidiarreicos
(Lüllmann, 2005)
Pós adsorventes: não absorvíveis e com ampla superfície. Neles,
podem se ligar várias substâncias, por exemplo, toxinas, que são então
inativadas e eliminadas. Carvão medicinal (4-8g), caolim (silicato de
alumínio hidratado).
Solução de reidratação oral: Administração oral de soluções
salinas contendo glicose possibilita a absorção de líquido (toxinas não
impedem co-transporte de Na+, glicose e água). Em água filtrada ou
fervida: NaCl 3,5g/L, glicose 20g/L, NaHCO3 2,5g/L e KCl 1,5g/L.
Opioides: Ativação dos receptores opioides no plexo nervoso entérico
inibe atividade motora propulsiva e aumenta a atividade de segmentação.
Antigamente: tintura de ópio (paregórico), que contém morfina – devido
aos efeitos no SNC (sedação, depressão respiratória, dependência
física) foram desenvolvidos derivados com ação predominantemente
periférica. Difenoxilato (efeitos pequenos no SNC), loperamida (não
afeta funções cerebrais pq é bombeada de volta ao sg pela glicoptn P
nas céls endoteliais capilares da BHE), codeína. Há risco de paralisia
intestinal. Contraindicado em crianças <2 anos;
Antidiarreicos
(Lüllmann, 2005)
ANTIBACTERIANOS: só indicado quando a causa da diarreia for
bacteriana. Lembrando que esses F lesam a flora intestinal, que pode
causar diarreia. Cotrimoxazol (sulfametoxazol + trimetoprima).
ADSTRINGENTES: Ajudam a “selar” a mucosa. Induzem
constipação, mas seu uso na diarreia é duvidoso. Ácido tânico (chá
preto) ou sais metálicos (sais de alumínio).
DEMULCENTES: Carboidratos que intumescem absorvendo água,
só melhoram a consistência do conteúdo intestinal. Pectina (maçã
ralada).
Antidiarreicos
(Lüllmann, 2005)
Outros medicamentos que atuam no TGI
SIMETICONA
- É um derivado de silicone com características
tensoativas, diminuindo assim a formação de espumas
evita o refluxo gástrico e flatulência.
ANTIESPASMÓDICOS
Atropina, hioscina (escopolamina), propantelina,
dicicloverina, mebeverina.
- Também são utilizados na Síndrome do colo irritável
e na doença diverticular;
- Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores
muscarínicos  ↓ espamos.
REFERENCIAS:
1. GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Ed. 
Guanabara Koogan, 12 ed., 2012.
2. GOODMAN & GILMAN. Manual de Farmacologia e Terapêutica. Ed. 
Artmed , 1 ed., 2010.
3. KOROLKOVAS, A. Dicionário Terapêutico Guanabara. Ed. Guanabara 
Koogan, 20ª ed., 2013/2014.
4. RANG-DALE. Farmacologia. Ed. Guanabara Koogan, 7 ed., 2012. 
5. SILVA, PENILDON. Farmacologia. Ed. Guanabara Koogan, 8 ed., 2010.
6. KATZUNG et al. Farmacologia Básica e Clínica. Ed. Grupo A .12ª ed., 2013.
7. Harvey, Richard A.; Mycek, Mary Julia. Farmacologia Ilustrada. Ed. Artmed 
5ª Ed. 2013.

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