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ANESTESIOLOGIA 13/11/2017 TECNICAS DE ANESTESIA LOCORREGIONAL Cuidados básicos no bloqueio regional Tricotomia e antissepsia da região (iodo não pode ser usado em gatos, melhor usar álcool ou clorexidine) Sempre aspirar a seringa para não administrar os anestésicos locais via IV Conhecimento anatômico Calculo da dose toxica Cuidado para não administrar anestésico dentro do nervo (não adentrar foramen por exemplo – possui artérias nervos...) Evitar tecidos inflamados (pKa do fármaco – pH mais ácido... chance de o bloqueio local funcionar é menor) Respeitar o período de latência Anestesia tópica: aplica-se uma formulação anestésica Insensibilização da pele e mucosas - EMLA: pomada anestésica que contei lidocaína e emlocaina? Sedação e aplica o EMLA (tatuagem por exemplo) Mucosas: cavidade oral, olho, reto, uretra. Anestesicos: lidocaína, oftalmológicos (proparacaina, tetracaína) Anestesia Infiltrativa: Bloqueio de uma determinada área: retirada de nódulos, sutura de feridas, anestesia de dígitos Como faz anestesia infiltrativa? Faz-se um “quadrado” ao redor de onde quer fazer anestesia. Utiliza-se uma agulha, ou cateter, passa subcutâneo, instilando (?) fazendo um cordão anestésico. O volume tem que ser distribuído em todos os pontos de aplicação. Massagear a região ajuda a dispersar o anestésico na região. Pode-se fazer anestesia Infiltrativa ao redor dos pontos, quando animal passa por OSH, mastectomia, por exemplo, confortando a paciente. (pode ser pré operatório ou conforto pós operatório). Anestesia intra-articular: utilizada para quem trabalha com equinos submetidos a artroscopias. Morfina intra articular dura cerca de 16h no equino. Dura mais que a aplicada intramuscular. Anestesia intravenosa (Bier): utilizada em bovinos Administração IV de um AL em veia periférica de membro pélvico ou torácico previamente garroteado. Retira o máximo de sangue e depois aplica-se o anestésico local direto nos vasos. Se deixar muito tempo, pode haver necrose do membro. (40min – 1h) Distribuição do AL: embebição tecidual e anestesia distal ao garrote Indicações: Biópsias; amputação de dígito (principalmente); pequenas suturas. Materiais necessários para fazer anestesia de Bier: Seringa e agulha (drenagem sanguínea prévia) Scalp (21 a 25 G) ou cateter (20 a 24G) Faixa de Esmarch ou garrote (faixa elástica bastante rígida, sendo mais eficiente a drenagem da área). Lidocaína (IV) 2% sem vasoconstritor 2,5 a 5 mg/kg Não deixar o garrote por mais de 60min. Recomendado não deixar mais de 40min para evitar necrose da região. BLOQUEIOS LOCAIS DA CABEÇA Bloqueio do nervo maxilar: cirurgias de palato, no focinho, maxilar mesmo. Bloqueio rostral a ATM (articulação temporo mandibular). Promove anestesia tanto da maxila (M maxila), dos dentes (molares, pre molares, incisivos), palato duro e mole, focinho. BLOQUEIO DO NERVO INFRAORBITARIO: utiliza-se se não quer fazer bloqueio de toda M maxila. Palpa-se forame intraorbitario e coloca-se agulha nele. Bloqueio do Nervo Mandibular Geralmente consegue-se palpar o forame mandibular Anestesia de toda mandíbula, língua, arcada dentaria inferior. Volume de anestésico local: 0,1mg/kg Bloqueio do forame mentoniano: Palpando, consegue sentir Faz anestesia dos lábios inferiores, incisivos, caninos, primeiros pre molares, mandíbula, tecidos moles da região. Volume de anestésico: 0,1 mg/kg odontologia de equinos principalmente, pois eles não usam anestesia local Anestesia do conduto auditivo: animais com otite crônica, por exemplo, quando o animal sente muita dor. Pode-se fazer ablação do conduto (tirar o conduto auditivo – muito doloroso!! Pela quantidade de nervos que passam por aquela região). Se a anestesia for apenas sistêmica, animal continuará sentindo dor, por isso precisa-se da local. Bloqueia-se nervo auricular maior e auriculotemporal. Utiliza-se por ponto, 0,1mL/kg. Prefere-se bupivacaina. Caudal a ATM. Dessensibiliza o conduto auditivo. Bomba elastometrica: bomba que manda continuamente anestésico local na região. Calcula-se por período de ação. Geralmente utiliza-se bopi ou rupivacaina. Anestesia do globo ocular: Existem 2 tipos: utiliza-se cateter próximo ao bulbo ocular (peribulbar), instila o anestésico local próximo a ele, bloqueando todos os músculos perto do bulbo. este utiliza-se para deixar o globo ocular centralizado, para cirurgias como cataratas, etc. Existe riscos de perfurar o bulbo. Ou instila-se próximo ao nervo ótico (anestesia do nervo optico) (retrobulbar). Utiliza-se bloqueio retrobulbar quando vai fazer enucleação (o animal pode perder o globo ocular). Anestesia para descorna: precisa-se bloquear os nervos infratroclear quanto o cornual. Faz-se um cordão anestésico ao local da incisão, pois isso dessensibiliza os dois nervos, e isso leva menos de 1 minuto. Epidural: espaço entre as meninges. Espaço epidural fica acima da dura mater. Não perfura nenhuma das meninges, muito mais seguro que a raquidiana (chance de fazer lesão nervosa é menor que a raquidiana). Liquor fica entre a aracnoide e a pia mater. Raquidiana é na subaracnoide. (consegue-se utilizar uma dose muito menor comparada a epidural – chega diretamente ao liquor, sendo carreado. Período de latência é minimo) Cão: epidural lombossacra. (L7 – S1 – com apenas algumas terminações nervosas (chamada de cauda equina)). Palpa-se as asas do íleo, o dedo indicador “cai no meio”. Sabe-se que é L7 pois é o último processo espinhoso (as sacrais não possuem processo espinhoso) – é ai que se entra com a agulha. A agulha correta para fazer a epidural chama-se agulha de Tuohy, onde a ponta parece uma colher (muito cara, então utiliza-se agulha ou cateter (preferível)). Indicações: Cirurgias em membro pélvico, cirurgias em períneo, vulva, cesarianas, controle de dor (pós-operatória, laminite, toracotomias, mastectomias). Contraindicações: Perda do referencial anatômico (como cirurgias em membro torácico usando anestésico local (morfina é exceção – analgesia de 24h por epidural... com soro fisiológico)); sepse, leucocitose; hipotensão arterial (cai + a pressão se atingir fibras simpáticas). Cateter de longa duração: pode durar até 21 dias. Pode ser usado em animais com laminite bilateral, animais com membros amputados... Cesariana numa vaca: L invertido Infiltração com lidocaína – caudal a ultima costela. Anestesia intratesticular: castração de machos. Calcula-se de 4 a 7mg/kg. Punciona o testículo e aspira antes para ver se não vem sangue. Instila e a consistência do testículo fica bem turgida. Num equino usa-se direto no funículo espermático, pois se for no testículo, utiliza-se grandes quantidades de analgésicos. Em cães e gatos é preferível intratesticular. Anestesia intraperitoneal: utilizado em qualquer cirurgia na cavidade. “joga-se anestésico local dentro da cavidade abdominal”. Calcula-se 7mg/kg da lidocaína e 3mg/kg da bupivacaina e 2mL de solução fisiológica para dar um volume maior e diluir o anestésico local e na hora que estiver fechando a cavidade, “joga-se” o anestésico. Bloqueio do Plexo Braquial: membro torácico. Sensibiliza terço distal do úmero para baixo. Abordagem pela axila é mais segura. Agulhas para bloqueios locais: Na rotina, usa-se agulha hipodérmica ou cateter. Agulha de Tuohy (epidural), agulhas não tao perfurantes com a ponta arromba (se encosta no nervo, não o perfura). Estimulador de nervos periféricos: “caixinha, acoplada a um fio terra e a outra extremidade, se acopla uma agulha própria para estimulador de nervos periféricos. Acopla-se a seringa e sai na pontinha.” O cabo acopla-se no aparelho. Agulha é toda revestida, então o estimulo elétrico só sai na ponta da agulha, então pode-se ver a resposta da musculatura, percebe-se que está próximo ao nervo, tendo mais chances de ter um bloqueio certo. Uso do ultrassom auxiliando os bloqueios locais. Como bloqueio de plexo braquial... retrobulbar...
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