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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
- Grande parte da doutrina entende que o Direito Coletivo do Trabalho e o Direito Individual do Trabalho são uma coisa só, ou seja, duas faces de uma mesma moeda. No entanto, há uma minoria dentro da doutrina, como Antônio Álvares da Silva, que entende que o direito sindical possui uma autonomia, sendo um direito público por essência.
- Otávio Bueno, doutrinador com um viés mais “empresarialista”, sustenta que o Direito Coletivo do Trabalho não é separado do Direito Individual, que não é uma matéria independente, tendo em vista que não possui as seguintes características:
Não é excepcionalmente vasta, ou seja não possui uma legislação independente, é apenas uma parte da CLT, assim como o Direito Individual do Trabalho;
Não possui princípios específicos, é uma instrumentalização das regras trabalhistas, ou seja, os princípios são os mesmos para ambos;
É vinculado às regras gerais do Direito do Trabalho. É um espelho das regras da CLT, não possui peculiaridades.
- Direito Coletivo do Trabalho se refere ao Direito Sindical. Os Sindicatos são associações de direito privado que representam os direitos coletivos dos trabalhadores. 
Obs.: Além dos Sindicatos dos Trabalhadores, também há Sindicatos Patronais (dos empregados X empresários associados).
TARSILA DO AMARAL:
- 1933 – foi um momento histórico fundamental para o Direito Coletivo Brasileiro, principalmente no que se refere ao Direito do Trabalho. Foi a época da urbanização do Brasil (da revolução industrial), nos quais os indivíduos largavam o campo a favor da cidade em busca de condições de vida melhores. Foi uma época de intensificação do trabalho urbano, havia muito trabalho, mas pouco regulamento, ou seja, os trabalhadores não tinham direitos trabalhistas consolidados, específicos. 
- Foi nesse contexto que surgiu o organização sindical moderna. Os Sindicatos Profissionais e o Patronais tentam buscar um acordo entre eles, visando o melhor para a parte que representam. Através de negociação coletiva os sindicatos solucionam conflitos, estabelecendo normas com força de lei, são os chamados CCT – Convenção Coletiva de Trabalho ou ACT – Acordo Coletivo de Trabalho.
- Quando os sindicatos não se acordam ou quando um acordo é quebrado, os trabalhadores fazem uma GREVE. 
Obs.: A Greve é um direito do empregado de parar trabalhar em caso de quebra de regra pré estabelecida. Geralmente a Greve é feita até se entrar em um acordo com os patronos.
- Atualmente há uma representação não sindical dentro das empresas (NOVO), que serve para a gestão interna e aproximação dos interesses patronais e laborais. Estes representantes não sindicais têm como principal objetivo a conciliação extra judicial e não sindical entre trabalhador e empregador. Ex.: Quando o trabalhador está sofrendo assédio. O Represente deverá atuar como um porta voz. Está organização está previsto no art. 11 da Constituição Federal e será incluído na CLT pela lei n° 13.467/17 na CLT em seu art. 510-A. Isso seria uma forma de tentar desabafar a Justiça do Trabalho, pois o Brasil tem a cultura do judiciário, tudo e qualquer questão é posto em justiça, o que acaba abafando o judiciário.
-Conceito de Direito Coletivo do Trabalho: é o complexo de institutos, princípios e regras jurídicas que regulam as relações laborais de empregados e empregadores e outros grupos jurídicos normalmente especificados considerando sua atuação coletiva, realizada autonomamente ou através das respectivas entidades sindicais.
- Nos contratos de Direito Civil predomina o princípio do equilíbrio das partes, portanto as partes são tratadas como iguais. Essa é a maior dificuldades nos contratos de Direito do Trabalho, tendo em vista que as partes não estão em pé de igualdade. 
- Ao contrário do Direito Civil em que se negocia coisas e bens, o Direito do Trabalho negocia pessoas, por isso foi sai do Direito Privado e adentra o Direito Público. 
- Por ser Direito Público por essência, a CLT regula 85% do contrato de trabalho, os outros 25% é regulado por CCTs, com o objetivo principal de proteger a DIGNIDADE HUMANA (principal objetivo do Direito do Trabalho).
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLESA: Início de 1800
- Coincide com a época da Revolução Francesa.
- É a época em que o trabalhador sai do centro agrícola e migra para os centros urbanos para colocar a sua mão de obra (trabalho) a disposição das produções capitalistas.
- A questão social foi o principal problema que fora ressaltado nessa época. As pessoas (os trabalhadores) eram apenas vistas como um meio de produção, não como uma pessoa humana em si.
- No Sistema Capitalista de produção o número de vagas oferecidas é menor do que as pessoas dispostas a preenche-las, nascendo assim a concorrência entre os trabalhadores. Consequentemente as pessoas baixavam o seu preço (salário), pois sempre haverá alguém disposto a fazer mais por menos. Isso faz com que os salário dos trabalhadores vá caindo, chegando ao ponto de deixa-los em situação de miserabilidade. 
- Assim, as pessoas perceberam que se, se juntassem ao invés de concorrerem uns com os outros, poderiam reverter a situação, pois ganhariam força. Foi assim que nasceu o Sindicato.
- O governo nesse contexto, tentou reprimir as organizações sindicais.
- Os Sindicato fazem as mudanças necessárias (o que o trabalhador precisa), por isso há uma confiança dos trabalhadores nos seus representantes (sindicatos). 
Obs.: O Sindicato é uma organização necessária para equação na relação do direito do trabalho, pois tem o poder de barganha com os patronos, assim como anula a concorrência entre os trabalhadores.
- LEI LE CHAPELIER DE 1791 - proibiu a organização (cooperação), o associação sindical e as greves. Nessa época a organização sindical era considerada criminosa, pois interferia nos interesses da Nação.
- Com o passar do tempo os Estados tiveram que se abrir as movimentações sindicais, por se tratar em um interesse direto do povo (exigências), começando a se regular as organizações sindicais.
- AS CONTITUIÇÕES ALEMÃ (1869) E ITALIANA (1889) são as primeiras constituições a admitirem a organização sindical. 
- NO BRASIL, somente em 1907, através do Decreto n° 1637, que foi regulado a questão dos sindicatos, ou seja a própria organização sindical, suas funções, atribuição de conselhos de conciliação e arbitragem.
- Em 12 de Junho de 19174 foi feita a primeira Greve Geral no país, em um bairro italiano de São Paulo.
Obs.: Os Italianos e demais imigrantes que vieram da Europa (pós Revolução Industrial) semearam os ideais europeus no Brasil, por isso a greve reivindicou direitos sindicais.
ERA VARGAS (1930-1945):
- Getúlio Vargas quando assumiu o poder, transformou o sindicato em algo do Estado, algo público, saindo assim da esfera privada.
- Esta época é um momento crucial na história, tendo em vista que o momento divisor de águas. 
- Getúlio promulga em 1943 a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, que reúne as leis trabalhistas para proteção do proletariado. Era uma lei de grande vanguarda para a época.
- Durante a época em que ficou no poder, Getúlio trabalhou arduamente para transformar o Brasil em uma potencia mundial, estabelecendo um autoritarismo mais intenso, que retirava direitos civis e políticos em troca de direitos sociais, sob o argumento de que o trabalhador brasileiro não era capaz de entender o que era melhor para ele em razão da sua baixa instrução, por isso tirou dos cidadãos o direito de expressar opinião. 
SINDICATO CORPORATIVISTA VARGUISTA: Decreto 19.770 de 1931 iniciou este movimento. Trata-se da primeira lei das importantes do sindicalismo corporativista brasileiro.
FORMAÇÃO DO SINDICATO NO BRASIL: A Constituição de 1937 estabelece a organização sindical livre. Em 1943 foi instituído a CLT.
- O Sindicato era criado por uma determinada categoria dentro do ministério nomeado pelo governo, que tratava-se da voz dos trabalhadores em um aparato estatal. O Sindicato entãoexercia funções delegadas do Poder Público.
- Na época VARGAS, a GREVE era considerada um crime. Ela somente passa a ser liberada em 1946.
- No entanto, através de lutas constantes , greves (como as greves do ABC) e movimentos, a classe trabalhadora se liberar de certa forma do patronismo, através do art. 8º da Constituição Federal de 1988, que previu a formação do Sindicato, que faz parte da estrutura democrática desta Constituição.
- O SINDICALISMO NOVO, surgiu em 1970 com o Lula, que tentou se aproveitar do associonismo sindical, tentou se libertar do estatismo sindical.
- Mesmo com Constituição de 1988, a chamada constituição democrática, o Brasil não conseguiu afastar as características autoritárias do organização estatal sindical. 
SINDICALISMO BRASILEIRO: pode ser definido como um semicorporativismo, pois possui algumas características autoritárias da era Vargas. Porém sua característica principal é que afastou de certa forma, a intervenção do poder público (autorização para exercício). 
Ex.: O representante do sindicato não é mais nomeado pelo Estado.
- Depois da Constituição de 1988 surgiram as centrais sindicais (diferente de sindicato, outra coisa). 
- De acordo com o art. 8º da Constituição Federal, há no Brasil uma unidade sindical e a contribuição sindical, que passará a ser facultativa. O semicorporativismo significa que no Brasil não pode existir mais de um sindicato da mesma categoria. De acordo com esse 
- As centrais sindicais possuem estrutura independente dos sindicatos que os formam. É uma entidade mais forte que um sindicato individual e luta por interesses de várias categorias, participando ativamente da política do país. Ex.: CUT
- A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT previu a tipologia dos sindicatos, uma estrutura hierárquica organizacional: 
	a) Confederação Sindical (no topo da pirâmide) - é uma organização sindical que reúne federações sindicais de uma mesma categoria econômica ou profissional
	b) Federação Sindical – são associações que reúnem ao menos cinco sindicatos representativos ou de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas. Cada ramo de sindicato pode formar uma federação sindical. Federação é a representação em segundo grau do trabalhador.
	c) Sindicato – é uma associação que reúne pessoas da mesma categoria trabalhista. Os sindicatos tem como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos dos seus associados. Eles são também dedicados aos estudos da área que atuam e também realizam atividades voltadas para o aperfeiçoamento profissional dos seus associados. Sindicatos são responsáveis também pela organização de greves e manifestações voltadas para a defesa dos interesses da sua categoria trabalhista. 
- Fora da CLT, no direito estritamente privado, surgiram as centrais sindicais (acima definidas), que tratam-se de uma outra organização oriunda do novo sindicalismo. Essa organização sindical, as centrais sindicais, existe desde 1963, mas o legislador brasileiro somente reconheceu essa organização em 2008, no governo LULA, pois essa estrutura não se encaixa na previsão da CLT. 
- Hoje em dia existem no Brasil cerca de 8 mil unidades sindicais, o que já demonstra que há algo de errado, que algo não está funcionando como deveria. 
- O Sindicato é a única associação de direito privado que pode cobrar um “imposto”, contribuição sindical, que passará a ser facultativa com reforma trabalhista. 
Obs.: Tal mudança (contribuição facultativa) não se estenderá aos órgãos de classe, tais como a OAB ou CREA, que continuará sendo obrigatória. 
LIBERDADE SINDICIAL (PLANO INTERNACIONAL): gira entorno do princípio fundamental do direito coletivo do trabalho, que é o princípio da liberdade sindical, que tem uma parte individual, como é o caso do direito do trabalhador à greve, além da parte coletiva, quando se refere à assembléia sindical, por exemplo. 
- Surge com fundação da OIT (órgão dentro da ONU, composta pela classe trabalhadora, por empresários e governo).
- A Liberdade Sindical está inserida dentro dos direitos fundamentais, conforme Declaração da ONU de 1948 em seu art. 23.
- O Primeiro documento oficial a respeito da liberdade sindical foi a Convenção de nº 87 da OIT, que não foi ratificada pelo Brasil, apesar de ter participado da Sessão da Conferência Geral dos Membros da OIT e se posicionado favoravelmente à aprovação, pelos motivos a baixo elencados:
	a) Incompatibilidade entre a proposta de liberdade sindical feita pela Convenção n° 87 da OIT e os regimes constitucionais previstos nas Cartas de 1946 e 1967;
	b) Incompatibilidade entre a Convenção n° 87 e a cobrança sindical compulsória confirmada pela Carta de 1967;
	c) possibilidade de que a ratificação gerasse mudanças radicais e inoportunas ao nosso ordenamento legal naquele momento histórico;
	d) (posicionamento da Francesca) A Convenção 87 entrava em conflito com o art. 8º da CF, inciso II.
Obs.: A Convenção 87 da OIT descreve a organização sindical e a plena liberdade sindical.
- Apesar disso, o Brasil ratificou a Convenção nº 98 que é de certa forma, dependente da de nº 87, mas trata-se de um documento distinto. Essa convenção descreve as condutas anti- sindicais. 
OIT: é o órgão da ONU responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho (Convenções e recomendações), responsável por tratar de assuntos relativos ao trabalho.
- As convenções uma vez ratificadas por decisão soberana de um país passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico, ou seja, passam a ser norma jurídica (com a mesma função da CLT , por exemplo). 
- O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participada Convenção Internacional de Trabalho – CIT desde a primeira reunião. No entanto, ainda apresenta algumas deficiências no trabalho.
- Para a OIT todo país membro deve garantir o trabalho decente, ou seja, o trabalho digno. Para garantir o trabalho digno, ele precisa ter 4 características fundamentais:
	a) eliminação do trabalho em condições análogas a escravo;
	b) eliminação do trabalho infantil;
	c) eliminação de todas as formas de discriminação de emprego e ocupação e;
	d) liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva. Essa é a característica mais importante, tendo em vista que é ela que garante as demais características.
Obs.: Deve haver todas as características simultaneamente com o mesmo grau de importância para que o país possa garantir o trabalho digno. 
Comitê de Liberdade Sindical: trata-se de um comitê interno da OIT, que tem como principal função a fiscalização do trabalho dos países membros, ele recebe as queixas (denúncias) de países membros de situações que violam a liberdade sindical, ele então envia tais queixas para um conselho disciplinar para a aplicação de multa. 
Esse comitê produz periodicamente os verbetes internacionais, que nada mais são do que um livro com espécies de súmulas que especificam a liberdade sindical. No entanto, esses verbetes não tem característica vinculante, são apenas uma espécie de orientação normativa.
Convenção de nº 87: é a norma principal que trata da liberdade sindical, que corresponde ao direito social e econômico de todo país, trata-se do desenvolvimento do princípio da liberdade, corresponde ao ponto de convergência entre a categoria dos direitos civis e políticos e dos direitos econômicos e sociais.
- É um ponto de convergência desses direitos, tendo em vista que os trabalhadores somente podem defender de modo eficaz seus interesses agrupando-se. Atuando juntos eles possuem mais força, do que se atuassem individualmente.
- É ao mesmo tempo um direito social, pois visa a proteção dos trabalhadores, um direito civil, tendo em vista que também visa a proteção dos direitos dos particulares, e um direito político, pois visa uma reforma política.
A OIT não existiria sem a presença de associações sindicais livres. 
- O Sindicato acompanha as mudançassociais, sempre visando a proteção do trabalhador, pois ele sozinho não tem poder de barganha.
Características da Liberdade Sindical:
Direito Humano Fundamental;
Representa um Direito Civil e Político;
Direito Social e Econômico – tendo em vista que o trabalho é uma expressão do ser humano, pois ao mesmo tempo que ganha pecúnia em troca de seu trabalho, sendo necessária para sua subsistência, ele também contribui para a sociedade.
-A Liberdade Sindical é definida como uma liberdade complexa, ou seja, uma liberdade de diversas facetas. É um conjunto de liberdades, pois possui quatro subespécies de liberdade: a) liberdade de organização; b) liberdade de administração; c) liberdade de filiação e; d) liberdade de função. Para que um país possa garantir efetivamente a liberdade sindical, deve ter todas essas subespécies de liberdade simultaneamente. 
- A Convenção nº 87de 1948, complementada pela Convenção nº 98 de 1949, é o principal diploma normativo que trata da liberdade sindical.
- O Brasil não ratificou a Convenção nº 87, o que significa que a liberdade sindical, ou seja, a representação dos trabalhadores, não está efetivamente garantida no país. 
- A C. 87 define a liberdade sindical, o art. 2º trata da liberdade de organização:
Artigo 2 Os trabalhadores e os empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização prévia, têm o direito de constituir as organizações que estimem convenientes, assim como o de filiar-se a estas organizações, com a única condição de observar os estatutos das mesmas.
Através de uma simples leitura deste dispositivo legal extrai-se que os sindicatos podem ser criados segundo a estrutura e o critério que acharem melhor, ou seja, eles tem a liberdade de se organizarem do modo que entenderem melhor.
Obs.: O único critério exigido de filiação é o respeito ao estatuto.
- No entanto, o dispositivo supra citado se contrapõe com o art. 8º, inciso II da Constituição Federal de 1988:
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
(...)
 II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
-Assim, percebe-se que os sindicatos no Brasil não são completamente livres, pois tratam-se de entidades sindicais já pré-estabelecidas. Em razão desse artigo em nossa Constituição não pode haver sindicato de empresa, pois o sindicato não pode ter uma dimensão menor que um munícipio. No Brasil, somente pode haver agregação sindical em categorias profissionais, por isso a associação não é completamente livre, pois não há liberdade de escola entre sindicatos.
- Esse dispositivo acaba ferindo a representatividade do trabalhador, pois quanto mais espontânea uma associação, mais ela terá representatividade. Se o Estado me diz como devo me organizar, não há espontaneidade.
 O art. 3º da Convenção nº 87 trata da liberdade de administração: 
Artigo 3 1. As organizações de trabalhadores e de empregadores têm o direito de redigir seus estatutos e regulamentos administrativos, o de eleger livremente seus representante, o de organizar sua administração e suas atividades e o de formular seu programa de ação. 2. As autoridades públicas deverão abster-se de toda intervenção que tenha por objetivo limitar este direito ou entorpecer seu exercício legal.
Este artigo dispõe que a entidade sindical tem o direito de uma administração própria sem a interferência do Estado, chamada de auto gestão. Por meio desse dispositivo, as entidades sindicais em o direito de ter uma administração própria sem a interferência do Estado.
O Brasil garante a liberdade de administração, haja vista que o inciso I do art. 8º da Constituição Federal está em harmonia com o pretexto da Convenção nº 87. 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
 I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
No entanto, a CLT ainda prevê a forma de organização dos sindicatos a partir de seu art. 511. Isso ocorre em função da CLT um conjunto normativo da era Vargas, no qual o sindicato era apenas um longa manus do Estado. A partir da Constituição democrática de 1988 que o sindicato se desvinculou do Estado.
A Convenção nº 87 da OIT também prevê a liberdade de filiação em seu art. 5º:
Artigo 5 As organizações de trabalhadores e de empregadores têm o direito de constituir federações e confederações, assim como de filiar-se às mesmas e toda organização, federação ou confederação tem o direito de filiar-se a organizações internacionais de trabalhadores e de empregadores.
-Este dispositivo prevê a liberdade de filiação positiva e negativa, ou seja, a possibilidade do indivíduo filiar-se ou não a uma entidade sindical, assim como se refere a liberdade de filiação individual e coletiva.
-A dimensão da filiação na liberdade sindical, será negativa ou positiva, quando se referir ao poder de escolher associar-se (sindicalizar) ou se desfiliar. Também se refere ao poder de escolha de sindicato, ou seja, a escolha do sindicato que o sujeito deseja se filiar. 
-Já a dimensão Individual diz respeito do indivíduo que se filiar ao sindicato, isto é, concerne o trabalhador como indivíduo. Enquanto que a dimensão Coletiva diz respeito a ligação da associação sindical à uma confederação, federação ou central sindical.
-A legislação brasileira também prevê a liberdade de filiação na Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XX, bem como em seu art. 8º, inciso V, in verbis: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
(...)
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
-Assim, resta demonstrado que o Brasil garante a liberdade de filiação.
-A liberdade de filiação também se refere a possibilidade de escolher o seu representante, ou seja, a possibilidade de o trabalhador escolher o melhor sindicato que o represente. No entanto, no Brasil, isso não é compreendido como liberdade de filiação, pois para ele filiação e representação são coisas distintas, pois mesmo que o trabalhador não se filie a um sindicato, o sindicato da categoria representará este proletário. O Sindicato da Categoria tem o dever de representar todos os trabalhadores que estão inseridos em sua categoria, de acordo com o art. 8º, inciso II da Constituição Federal. 
-A Constituição nesse aspecto, manteve a ideia do sindicato varguista, no qual o sindicato era apenas uma extensão do Estado. Por isso, percebe-se que a liberdade de filiação no país é distorcida, pois não permite ao trabalhador a escolha de seu representante. 
Já a Liberdade de Funções trata da garantia do exercício das funções do sindicato, que nada mais é do que o meio pelo qual o sindicato desenvolve a sua ação destinada a atingir os fins para os quais foi constituído.
- Funções Sindicais são atribuições que competem ao sindicato para realização de suas atividades e finalidades, são os meios utilizados para atingir os fins para os se destina a entidade sindical.
- Trata-se da estrutura do sindicato, ou seja, é a forma jurídica que ele vai dar, a estrutura que ele vai assumir.
Apesar da liberdade de funções ser uma garantia sindical, a CLT traz em seu art. 513, um elenco de funções do sindicato, mesmo esse rol não sendo taxativo é um meio de restrição da liberdade de função. Em um regime de liberdadesindical, não cabe à lei determinar as funções do sindicato. As funções simplesmente devem ser coerentes e compatíveis com os princípios democráticos de liberdade sindical. Por isso se diz que no Brasil o Sindicato é uma organização privada com características públicas. 
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos : 
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida; 
b) celebrar contratos coletivos de trabalho; 
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal; 
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal; 
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas. 
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação. 
Art. 514. São deveres dos sindicatos : 
a) colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; 
b) manter serviços de assistência judiciária para os associados; 
c) promover a conciliação nos dissídios de trabalho. 
d) sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e a integração profissional na Classe.                          (Incluída pela Lei nº 6.200, de 16.4.1975)
Parágrafo único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de : 
a) promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito; 
b) fundar e manter escolas do alfabetização e prevocacionais. 
Tipos de funções: As funções mais comuns, o que demanda do sindicato.
Função de Representação: trata-se da principal função exercida pelas entidades sindicais, e significa que o sindicato deve falar em nome dos trabalhadores, a favor deles. Essa função se desdobra em dois planos, o plano individual e coletivo.
Individual – falar em nome de cada trabalhador individualmente.
Coletivo – falar em nome de uma reunião (grupo) de trabalhadores que possuem uma determinada característica.
Função Normativa: é a função que permite a associação sindical criar norma (regras) jurídicas que se aplicarão à todas as pessoas que ele representa. Também chamada de função negocial. Fora incentivada pela Convenção nº 98 da OIT como instrumento de paz social e permite compor interesses e instituir, consensualmente, normas de trabalho. Trata-se das Convenções Coletivas. Com advento da reforma trabalhista as CCTs terão o poder de revogar parcelar da CLT no que tange os assuntos elencados no art. 611-A. O Sindicato, a partir de então, agirá como um pequeno legislador para a categoria. 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: 
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; 
II - banco de horas anual; 
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; 
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015; 
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; 
VI - regulamento empresarial; 
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho; 
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; 
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; 
X - modalidade de registro de jornada de trabalho; 
XI - troca do dia de feriado; 
XII - enquadramento do grau de insalubridade; 
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; 
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; 
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. 
§ 1º No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação. 
§ 2º A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico. 
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
§ 4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente anulada, sem repetição do indébito. 
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos.
Função Assistencial: Consiste na prestação de serviços de natureza médica, educacional e ambulatorial. Atribuições por alguns tida como imprópria por desviar o sindicato de seu papel principal.
Obs.1: Para Amauri Mascaro os Serviços Assistenciais são só para os associados.
Obs.2: O Contador e o Advogado são funções básicas das entidades sindicais.
Função Parafiscal: Entendida como o poder de o Sindicato impor contribuições sindicais� (espécie de “impostos”), mesmo aos não associados, o que para muitos é inconstitucional, pois viola a liberdade sindical individual. A Contribuição Sindical está prevista no art. 149 da Constituição Federal.
Função Econômica: destinada a fazer receita sindical, como por exemplo, a participação acionária da entidade sindical em empresa e bancos. 
Função Política: Segundo a doutrina se distingue em duas situações. “O Exercício da política como meio para atingir fins sindicais, o que é válido do exercício do sindicalismo como meio para atingir fins políticos”. A entidade sindical é um representante de uma parcela da sociedade, que dialoga com o Poder Político (com o Estado). 
GARANTIAS DA LIBERDADE SINDICAL E PRÁTICAS ANTI-SINDICAIS:
Liberdade Sindical: instituto autônomo em face do direito geral de associação. Conjuntamente com a autonomia coletiva, permite criar direitos, possuindo um efeito extra subjetivo fundamental para os representados pela entidade sindical.
Assim, as condutas anti- sindicais se referem a quaisquer condutas que de qualquer forma restringe uma de suas faces da liberdade sindical, sufocam a liberdade sindical como um todo.
Roteiro Normativo que trata da liberdade sindical, assim como as condutas anti-sindicais: Convenção nº 87 + nº 98 da OIT, assim como os art. 8º, inciso XVIII e art. 8º, caput da Constituição Federal.
- O art. 1º da Convenção nº 98 especifica o que se entende por discriminação no âmbito laboral, trazendo um rol exemplificativo, não taxativo, de condutas anti-sindicais. Tratam-se das contas mais comuns de cunho individual, pois se referem a atos que prejudicam o trabalhador individual.
ARTIGO 1º
1 - Os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego.
2 - Tal proteção deverá, particularmente, aplicar-se a atos destinados a:
a) subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um sindicato ou de deixar de fazer parte de um sindicato;
b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua filiação a umsindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora as horas de trabalho ou, com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas.
Observações: A palavra “especialmente” identifica que é um rol meramente exemplificativo.
É inválido obrigar a se filiar (forçar a escolha), assim como não se filiar (obrigando a não ser membro). Pois não pode interferir nas atividades laborais.
Demitir ou prejudicar o proletário por ter se filiado ao sindicato.
O art. 2º da Convenção em comento, trata das condutas anti-sindicais coletivas, ou seja, as condutas que limitam e restringem os atos da liberdade das associações sindicais, como órgão coletivo.
ARTIGO 2º
1 - As organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas em outras, quer diretamente, quer por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionante e administração.
2 - Serão particularmente identificadas a atos de ingerência, nos termos do presente artigo, medidas destinadas a provocar a criação de organizações de trabalhadores dominadas por um empregador ou uma organização de empregadores, ou a manter organizações de trabalhadores por meios financeiros ou outros, com o fim de colocar essas organizações sob o controle de um empregador ou de uma organização de empregadores.
Obs: Ingerência = Intervir, buscando influenciar algo.
A partir de uma simples leitura deste dispositivo, percebe-se que o Sindicato Patronal não pode em nenhum momento influir em decisões do Sindicato Profissional, ou seja, não pode promover a Constituição, a administração ou afins. Pois isso não é propício para as relações coletivas, onde o conflito é natural e até saudável, para a melhoria das condições dos empregados. Portanto, o lado patronal não pode influir de qualquer forma o lado profissional, ou seja, não pode haver quaisquer condutas de cooperação entre sindicatos. A cooperação será considerada ilegítima, pois desvirtua o conflito que deve se manter latente.
 Ex.: Constantemente o sindicato profissional oferece plano de saúde aos seus associados. Muitas vezes, quem acaba bancando o plano de saúde é o sindicato patronal.
A jurisprudência está completamente dividida nesse aspecto, as vezes entende como uma conduta anti sindical, as vezes não. Pois pode ser entendida como uma benesse ao trabalhador, mas também pode ser entendido como uma relação de poder, uma forma de influência e restrição no sindicato profissional, pois de certa forma obriga os indivíduos a filiarem-se para usufruírem do plano (trata-se do sindicato amarelo). 
DISCRIMINAÇÃO: Sua definição é trazida pela Convenção n° 111 da OIT, que é válida como lei ordinária em todo o país.
    ARTIGO 1º
        1. Para fins da presente convenção, o têrmo "discriminação" compreende:
        a) Tôda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, côr, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento em matéria de emprêgo ou profissão;
        b) Qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprêgo ou profissão, que poderá ser especificada pelo Membro Interessado depois de consultadas as organizações representativas de empregadores e trabalhadores, quando estas existam, e outros organismos adequados.
        2. As distinção, exclusões ou preferências fundadas em qualificações exigidas para um determinado emprêgo não são consideradas como discriminação.
        3. Para os fins da presente convenção as palavras "emprêgo" e "profissão" incluem o acesso à formação profissional, ao emprêgo e às diferentes profissões, bem como as condições de emprêgo.
A alínea “a” do artigo supra transcrito traz um rol meramente exemplificativo de tipos de discriminação, de tal forma que a discriminação pelo sujeito ser sindicalizado é uma forma de discriminação. O seu principal objetivo é que todos os sujeitos/ indivíduos sejam colocados em uma situação igualitária (no mesmo patamar de comparação). Assim, na relação de emprego não pode haver nenhuma preferência que altere a igualdade de oportunidades.
Já a alínea “b” do mesmo artigo trata das distinções que não são consideradas discriminação, quais sejam: qualificações de qualquer modo para determinado emprego.
- Além desta Convenção (válida como lei ordinária), o Brasil possui uma lei que trata da discriminação na relação de emprego, a Lei n° 9.029/95, que logo em seu art. 1º já diz o que seria discriminação:
Art. 1o  É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal. 
Parte da Jurisprudência entende que esse rol é um rol taxativo, não exemplificativo, de tal forma que não caberia qualquer outro de discriminação fora das previstas nele. No entanto, de acordo com a ONU, qualquer artigo ou dispositivo legal que trate de discriminação, será interpretado como rol exemplificativo. Não bastasse isso, a Convenção n° 111 da OIT é válida em todo país como lei ordinária, então também deve ser aplicada.
- As conduta anti sindicais são condutas “pluri ofensivas”, quanto aos agentes, ou quanto as vítimas.
- Um ato anti- sindical via de regra, viola não apenas um indivíduo, mas toda uma coletividade.
- Assim, a Liberdade Sindical é um bem jurídico duplamente tutelado, pois dois interesses estão em jogo, pois a conduta anti sindical viola não só direito do indivíduo envolvido, assim como o grupo social a qual ele pertence. Eventualmente, mas não necessariamente pode até haver uma dupla legitimação para acionar o judiciário, quando pode ser impetrada pelo Estado ou pelo Sindicato. 
Obs.: Sindicato que impetra uma ação contra o trabalhador pratica uma conduta anti sindical.
CONDUTAS ANTI SINDICAIS ONTRA O TRABALHADOR COMO SUJEITO INDIVIDUAL
O Direito Coletivo no Brasil é um direito em construção, que está sendo colocada/ adaptada pela Constituição Democrática de 1988. Alguns artigos da CLT estão sendo harmonizadas pela jurisprudência.
Obs.: Exemplos:
Induzir (Influenciar), sugerir ou obrigar os trabalhadores a não se filiarem, ou se desfiliarem do sindicato. 
Previsão Normativa: CLT, arts. 540 e 543, §6º.
Art. 540. A tôda emprêsa, ou indivíduo que exerçam respectivamente atividade ou profissão, desde que satisfaçam as exigências desta lei, assiste o direito de ser admitido no sindicato da respectiva categoria.
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.   
(...) 
§ 6º -   A emprêsa que, por qualquer modo, procurar impedi que o empregado se associe a sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à penalidade prevista na letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. 
Ex.: Obrigar trabalhador a assinar um termo de compromisso na hora da contratação, determinando a qual sindicato se filiar ou se desfiliar. Quando, a escolha do sindicato deveria ser LIVRE.
-De acordo com o art. 540 da CLT, ambas as partes, a empresa e o trabalhador, têm o direito de livre filiação.
-O art. 543 da CLT impõe que o empregador não pode interferir na liberdade de escolha do trabalhador.
Pena da Conduta Anti Sindical: Danos Morais Coletivos, pois trata de uma proteção de direitos transcendentais.Assim, trata-se de uma medida pedagógica exemplar. Além dos danos morais, a pen pode ser acrescida da obrigação de anular a conduta ilegal.
Ex.: Se não contrato por preconceito, a partir da decisão judicial, serei obrigado a contratar a pessoa.
Dessa forma, a vítima de uma violação de um direito social é a sociedade por inteira, não só o indivíduo. Por isso, se trata de um dano coletivo. Isso não quer dizer que todos os estão envolvidos, apenas se refere ao direito envolvido. 
Por ser um dano coletivo, os danos morais (também chamado de dano social) não é direcionado para o indivíduo em si, mas para o FAT – Fundo de Ampara ao Trabalhador.
Ex.: Ação Civil Pública por Danos Morais Coletivos – MPT é o legitimado para propositura da ação, além do trabalhador, é claro.
Dispensar ou perseguir empregado, alterar tarefas, horário e local de trabalho, rebaixar de função ou reduzir o salário por ser sindicalizado ou ter sido dirigente sindical. 
Trate-se de um tratamento diferenciado, uma forma de discriminação.
-A Discriminação abrange todo tratamento diferenciado a empregado em razão de sua participação em atividade sindical ora dos horário de trabalho, ou sua participação em atividade sindical com consentimento do empregador, durante as horas de trabalho.
-Casos de isolamento como repressão à condição de sindicalizado e em razão da militância sindical, sobretudo em razão de situação de movimentos grevistas.
Ex.: Restringir o direito de greve ou limitar o seu exercício de alguma forma, ameaçando o trabalhador por exemplo (quando a greve é legítima).
- A lei n° 7.789/89, a chamada lei de greve, descreve a forma que a greve deve ser exercida (seus termos e condições).
- Qualquer limitação a uma greve que preencha todos os requisitos dessa lei, é considerada uma conduta antisindical. 
 Assembleias e reuniões marcadas durante o horário de trabalho. A jurisprudência está completamente dividida nesse aspecto, pois autoriza tal conduta, desde que não prejudique a produção do trabalho, enquanto que as reuniões só podem ser marcadas fora do horário de trabalho. A maior dificuldade nesse sentido, seria entender o que seria um dano a produção, pois é uma questão subjetiva, não dispositivo legal que a defina. No caso concreto, o juiz que vai balancear.
- Não é bem pacífico se o empregador está obrigado a conceder horas durante o horário de trabalho, para fins de assembleia sindical. Para alguns, se o empregador dificultar ou impedir que a assembleia do sindical e participação plena se seus empregador, estaria caracterizada uma conduta anti sindical. 
CONDUTAS CONTRA ENTIDADES SINDICAIS (EXEMPLOS):
Criação de organização de trabalhadores dominada por um empregador ou manter financeiramente a organização de trabalhadores com o fim de controle.
- Como regra geral, qualquer financiamento patronal é visto como fato comprometedor da autonomia e independência sindical.
- Os Sindicatos Profissionais e Patronais não podem se cooperar, pois o sindicato patronal não pode colocar o sindicato profissional em uma situação e submissão (principalmente através de dinheiro, mesmo que justifique com um ato de liberalidade).
- Isso de dá, pois o interesse não pode estar em conflito. O conflito entre ambos os sindicatos é que acaba gerando melhores condições de trabalho, a sua harmonização prejudicará o trabalhador. 
- O debate não é todo pacífico, havendo decisões que autorizam o pagamento de contribuição patronal, pois se entende que estaria beneficiando os trabalhadores. No entanto, a maior parte da doutrina entende que é uma conduta anti sindical, pois o uso do dinheiro é suspeito. 
Coação e pressão sobre os trabalhadores para não aderirem às reinvindicações da entidade sindical. A prática pelo sindicato profissional, por exemplo quando assina uma convenção com o sindicato patronal, quando não foi assunto de assembleia; (Não divulgação da assembleia) 
GARANTIAS PROVISÓRIAS DE EMPREGO: Dirigente Sindical (Art. 8º, inciso VIII da CF/88 e art. 543, §3º da CLT).
- Estabilidade do Diretor do Sindicato; Diretor de SIPA; e estabilidade da gestante e acidentado.
Obs.: Diretor do sindicato – só quem tem cargo de direção no sindicato tem esse direito. 
- A estabilidade vai desde a candidatura ao cargo até um ano após o término do mandato, sendo que a duração do mandato está prevista no estatuto do sindicato, em razão da liberdade de organização.
Obs.: A OIT já criticou o fato do Brasil proteger muito o diretor e esquecer da proteção dos demais funcionários sindicalizados.
- Essa estabilidade não é um direito absoluto, pois o empregador pode demitir no caso de falta grave do diretor. Mesmo assim, o diretor possui uma proteção a mais prevista no art. 659, inciso X da CLT, o qual garante que quando o diretor estiver sofrendo um inquérito injustamente, tem o direito de uma tutela antecipada o reintegrando.
Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:
(...)
X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
- A proteção do art. 659 tem como objetivo de proteger o diretor contra decisões arbitrais e injustas dos patronos. Trata-se de uma proteção contra a empresa que tem como objetivo afastar o diretor da empresa, para tomar decisões.
- É uma garantia de matriz coletiva, ou seja, vai existir até quando existir o conflito (uma proteção em favor de quem coloca a cara contra as políticas da empresa).
- Relacionada com a atividade de representante sindical, não com o empregado em si mesmo considerando. 
- É uma garantia que “torna o grupo de trabalho o verdadeiro beneficiário da garantia”. Assim, é uma proteção da própria categoria, não só do diretor em si.
Referência Normativas:
Art. 8º, inciso VIII da CF;
Art. 543, §3º da CLT;
Art. 659, inciso X da CLT;
Súmula 369 do TST;
Súmula 379 do TST;
Súmula 396 do TST;
OJs 365 e 369 do TST
Limites ao número de dirigentes sindicais da estabilidade:
Ex.: Estatuto do Sindicato prevê uma quantidade de muito grande de diretores e todos são da mesma empresa. Devendo assim, haver um limite estatal sobre a quantidade de diretores que possuem estabilidade.
- O art. 522 da CLT prevê o número de diretores que terão estabilidade.
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral. 
§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, o presidente do sindicato. 
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato. 
§ 3º - Constituirão atribuição exclusiva da Diretoria do Sindicato e dos Delegados Sindicais, a que se refere o art. 523, a representação e a defesa dos interesses da entidade perante os poderes públicos e as empresas, salvo mandatário com poderes outorgados por procuração da Diretoria, ou associado investido em representação prevista em lei. 
No entanto, para muito esse artigo seria inconstitucional, pois contraria o disposto no art. 8º, inciso I da Constituição Federal (da não intervenção do Estado no Sindicato).
 Com o tempo, a jurisprudência entendeu como abuso de direito a livre opção do sindicato de determinar a quantidade de diretores que terão estabilidade, pois os sindicatos começaram a colocar uma quantidade muito grande de diretores, influindo consequentemente no direito da empresa. 
Nesse âmbito, fora introduzido a Súmula 369, inciso II do TST (antiga OJ 266), que pacificou o entendimento de que o art. 522 não é inconstitucional, e foi sim recepcionado pela Constituição Democrática de 1988.
Súmula nº 369 do TST
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)- Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Assim o número de diretores que terão estabilidade é 7, além dos suplentes. Portanto o número total de diretores com estabilidade é 14.
- Tais limites são necessários, porque ultrapassa a autonomia interna do sindicato atingindo direito de outrem, pois a estabilidade do dirigente sindical cria uma obrigação ao empregador.
- Com a reforma trabalhista do temer, foi criado comissões internas das empresas no art. 511-A, que nada mais é do que uma aplicação do art. 11 da Constituição Federal. Essa comissão interna é uma canal de comunicação de um representante diferente do sindicato, que a doutrina entende que não tem estabilidade, mas a OIT já afirmou que sua proteção deveria ser discutida, por estarem em uma situação delicada (que discutem a condições de trabalho dos proletários).
E os membros do Conselho Fiscal tem estabilidade?
De acordo com o art. 522 da CLT, o conselho fiscal é um órgão da administração do sindicato de gestão financeira (não discute efetivamente as condições de trabalho, portanto não está em uma situação delicada), ou seja, sua atividade não está relacionada com o enfrentamento com os integrantes da empresa, por isso não tem estabilidade.
OJ 365 SDI1 TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA. DJ 20, 21 e 23.05.2008
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
De acordo com jurisprudência do TST, compete exclusivamente à diretoria a atuação política da defesa dos interesses da categoria, por isso só ela tem estabilidade.
Os dirigentes de entidades sindicais de nível superior (como as Federações e as Confederações) também têm o direito de estabilidade, por extensão analógica dos direitos do sindicato de base.
O art. 573 e art 538 da CLT não fazem menção aos suplentes, trata-se de uma interpretação ampliativa e restritiva da jurisprudência. Uma aplicação analógica do art. 522.
Art. 538 - A administração das federações e confederações será exercida pelos seguintes órgãos:                           (Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
a) Diretoria;                    (Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
b) Conselho de Representantes;                              (Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
c) Conselho Fiscal.                         (Redação dada pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
§ 1º - A Diretoria será constituída no mínimo de 3 (três) membros e de 3 (três) membros se comporá o Conselho Fiscal, os quais serão eleitos pelo Conselho de Representantes com mandato por 3 (três) anos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 771, de 19.8.1969)
§ 2º - Só poderão ser eleitos os integrantes dos grupos das federações ou dos planos das confederações, respectivamente.                        (Parágrafo incluído pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
§ 3º - O Presidente da federação ou confederação será escolhido dentre os seus membros, pela Diretoria.                            (Parágrafo 2º renumerado pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
§ 4º - O Conselho de Representantes será formado pelas delegações dos Sindicatos ou das Federações filiadas, constituída cada delegação de 2 (dois) membros, com mandato por 3 (três) anos, cabendo 1 (um) voto a cada delegação.                       (Parágrafo 3º renumerado e alterado dada pelo Decreto-lei nº 771, de 19.8.1969)
§ 5º - A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira. 
 Art. 573 - O agrupamento dos Sindicatos em Federações obedecerá às mesmas regras que as estabelecidas neste Capítulo para o agrupamento das atividades e profissões em Sindicatos.
Parágrafo único - As Federações de Sindicatos de profissões liberais poderão ser organizadas independentemente do grupo básico da Confederação, sempre que as respectivas profissões se acharem submetidas, por disposições de lei, a um único regulamento.
E as Centrais Sindicais? Por estarem fora da pirâmide (do sistema oficial do sindicato), não são reconhecidas pela CLT, nem mesmo pela CF/88. Trata-se um órgão político dos sindicatos. Além disso, as centrais sindicais não assinam as Convenções, nem declara greve (não põe a cara tapa). Por esses motivos, os seus diretores não tem o direito da estabilidade. No entanto, o Godinho entende o contrário, que seria possível seus dirigentes terem estabilidade.
-O STF reiterou entendimento da inexistência de personalidade sindical das Centrais Sindicais, ou seja, são desprovidas de prerrogativas sindicais, como celebrar acordos, ajuizar dissídios coletivos. 
O Curador do FGTS também tem estabilidade, mas ele não está ligado à central sindical. 
Obs.: Na CCT se ambos os sindicatos podem constituir novas estabilidades, por isso é permitido a indicação de mais diretores, assim como pode prever a estabilidade do diretor da central sindical. Em razão do princípio da norma mais benéfica. 
Os Delegados Sindicais de Base, não é eleito, mas indicado, portando não tem estabilidade. 
OJ 369 SDI1 TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICÁVEL. DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
No entanto, atualmente, muitas categorias vêm trazendo a estabilidade do delegado sindical em acordos ou convenções coletivas.
A Estabilidade Sindical e o Registro da Entidade Sindical estão previsto no art. 8º, inciso I da Constituição Federal. De tal forma que, existe a necessidade de registro no Ministério do Trabalho da Entidade Sindical para que possa ser considerada efetivamente fundada.
-O registro é necessário para verificar se já não existe um sindicato do mesmo tipo (que represente a mesma categoria) .
- A jurisprudência entende que depois que um sindicato entrou com um pedido de registro, até sair a resposta, seus diretores terão estabilidade. No entanto, uma parte minoritária da doutrina entende que isso é um abuso, pois muitos entram com má fé, já sabendo que existe um sindicato, só para adquirir a estabilidade.
Súmula nº 369 do TST
 HYPERLINK "http://brs02.tst.jus.br/cgi-bin/nph-brs?s1=4977584.nia.&u=/Brs/it01.html&p=1&l=1&d=blnk&f=g&r=1" �� DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidaturaou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho
De acordo com o inciso III da Súmula retro transcrita, o sindicato da categoria diferenciada, ou seja, do profissionais liberais, como médico e advogados, somente representarão em empresas em que constem funcionários daquele ramo. De tal forma que, o dirigente da categoria diferenciada possuirá estabilidade na empresa em que trabalhar.
SINDICATO
Definição trazida pelo art. 10º da Convenção n° 87 da OIT.
Art. 10 — Na presente Convenção, o termo ‘organização’ significa qualquer organização de trabalhadores ou de empregadores que tenha por fim promover e defender os interesses dos trabalhadores ou dos empregadores. 
No entanto, a legislação brasileira não define especificamente o que seria sindicato. Mas deve ser dado dos artigos da CLT em conjunto para compreender o que seria o sindicato no Brasil. 
- A Convenção traz o termo organização e não associação, pois trata-se de um termo muito mais genérico e amplo. Além do mais, a associação possui muito mais requisitos no ordenamento jurídico. Apesar disso, a legislação brasileira usa a palavra associação para identificar o sindicato. 
- Os Interesses referentes da definição da OIT de Sindicato, nada mais é do que os interesses coletivos, seja para representar o lado patronal ou para representar o lado profissional no conflito laboral.
 - A legislação brasileira do sindicato está contida no art. 8ª da CF e nos art. 511, 513 e 514 da CLT.
Não há uma definição legal do que seria o Sindicato no Brasil, mas a CLT elenca para que fins (art 511) as pessoas se reúnem em sindicato, bem como as prerrogativas (art. 513) e os deveres (art. 514) dos mesmos.
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.                    (Vide Lei nº 12.998, de 2014)
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural .
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos : 
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida; 
b) celebrar contratos coletivos de trabalho; 
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal; 
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal; 
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas. 
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação. 
Art. 514. São deveres dos sindicatos : 
a) colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social; 
b) manter serviços de assistência judiciária para os associados; 
c) promover a conciliação nos dissídios de trabalho. 
d) sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e a integração profissional na Classe.                          (Incluída pela Lei nº 6.200, de 16.4.1975)
Parágrafo único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de : 
a) promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito; 
b) fundar e manter escolas do alfabetização e prevocacionais. 
Enquanto que o Interesse Coletivo Econômico é próprio das empresas, os interesses coletivos profissionais são próprios dos trabalhadores. 
- De acordo com a doutrina, o rol de funções trazidas pelo art. 513 e 514 da CLT, é meramente exemplificativa, por força da Constituição Democrática de 1988. Sendo que as principais funções dos sindicatos são: representação e criação de normas coletivas aplicáveis a relação de trabalho. Assim os sindicatos são interlocutores privilegiados. 
Distinção de Sindicato e Sociedade Comercial ou Civil:
Enquanto que os Sindicatos não possuem finalidade lucrativa, as sociedades comerciais visam o lucro (se associação objetivando o lucro).
Os laços de solidariedade também são distintos, enquanto que os laço que une os trabalhadores é o interesse coletivo econômico ou profissional (da classe), na Sociedade Civil os sócios possuem affectio societatis, se agregam com intuito lucrativo.
Ordem Profissional: Nasce com o surgimento dos profissionais liberais. Possuem funções distintas da do sindicato. Tratam-se de Conselhos de Fiscalização das ordens profissionais, como é o caso da OAB, prevista no art. 5º, inciso XIII da CF/88:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
A ordem profissional não regulamenta a relação laboral, mas a forma de exercício da profissão. Ele tem o poder de disciplinar e controlar a ética da profissão. Já o Sindicato se preocupa com as condições de trabalho quando submetidos à uma relação de emprego (na base da CLT). Por isso muitos advogados acabam sendo sócios da sociedade, pois é uma forma de burlar isso.
SISTEMAS SINDICAIS – PADRÕES DE ORGANIZAÇÃO (formas de agregação permitidas no Brasil, pois a organização da entidade sindical é limitada)
A única forma de agregação permitida no Brasil é a agregação por categoria.
No entanto, os trabalhadores poderiam se organizar de múltiplas e diversas maneiras.
- Os critérios de agregação dos trabalhadores no sindicato mais comuns no mundo são:
Ofício ou Profissão - historicamente a forma mais primordial
Por categoria profissional – De acordo com a definição brasileira a agregação por categoria se dá, pois os trabalhadores encontram mais afinidade/ solidariedade conforme a divisão econômica em ramos de atividade. O que não deixa de ser verdade, pois acabam tendo muitas coisas em comum. No entanto, essa associação deveria ser uma escolha do trabalhador.Por Empresa – sistema norte americano.
A definição de categoria profissional é trazida pelo §2º e 3º do art. 511 da CLT.
 
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.                    (Vide Lei nº 12.998, de 2014)
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural .
O parágrafo primeiro traz a definição de categoria econômica, que é exatamente o que reúne as empresas.
Já o parágrafo terceiro define o que seria categoria diferenciada, que também reúne os trabalhadores. Assim os parágrafos segundo e terceiro trazem os requisitos de agregação dos trabalhadores, enquanto que o parágrafo primeiro traz os requisitos de agregação das empresas.
Os parágrafos segundo e terceiro trazem os requisitos de agregação dos trabalhadores. 
Simultaneidade laborativa: idênticas similares ou conexas. Caracterizada pela vinculação a certo tipo de empregador. Mesmo setor de atividade produtiva, outro lado mesmo setor de categoria econômica correspondente. Ou seja, o sindicato do trabalhador é verificado pela atividade preponderante da empresa que ele trabalhe, desde que não exista na região um sindicato de categoria diferenciada que o represente. 
Dessa forma, o sindicato do porteiro de uma fabrica será o sindicato da atividade principal daquele empresa, ou seja metalúrgico. 
Categoria diferenciada – existe quando a categoria possui um estatuto profissional próprio.
Assim, o sindicato do trabalhador é verificado pela atividade preponderante da empresa em que ele trabalha, desde que não exista um sindicato de categoria diferenciada que o represente.
UNIDADE E PLURIDADE SINDICAL – art. 511 CLT c/c art. 8º, II da CF
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
(...)
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.                    (Vide Lei nº 12.998, de 2014)
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural .
Tais dispositivos legais trazem as formas de agregação do trabalhadores: Somente por categoria em uma base de sindicato mínima, qual seja, o município. Trazem também a unicidade da categoria, que de acordo com os parágrafos do art. 511 da CLT pode ser por:
§1º - o que reúne a categoria econômica;
§2º - o que reúne a categoria profissional e;
§3º - o que reúne a categoria profissional diferenciada.
Nesse sentido, unicidade significa que só pode existir um sindicato por categoria, não podendo haver sindicato de empresa. Se refere também aos laços de afinidade que reúne os trabalhadores. Não se refere portanto, à estrutura do sindicato.
Em função da unidade sindical, em nosso ordenamento jurídico o sindicato age como se fosse um órgão delegado do governo, mas de fato não é.
Assim, uma vez entendido isso, denota-se que a unidade ou a pluralidade sindical se refere à representatividade sindical.
Tanto a unidade, quanto a pluralidade sindical garantem a liberdade sindical.
UNIDADE SINDICAL - Ex.: Na Alemanha, apesar de existirem diversos sindicatos da mesma categoria, culturalmente e politicamente eles agem conjuntamente, como se fossem um perante o governo (para qualquer tipo de discussão). 
PLURALISMO SINDICAL – A Itália é o exemplo mais típico do pluralismo sindical, no qual há uma concorrência de representação entre os Sindicatos.
-Ambos têm como base o pluralismo sindical (vários sindicatos), de forma que o individuo tem a opção de se filiar ao sindicato que desejar. 
Nesses casos, os sindicatos escolhem livremente pela unidade ou pluralidade, de forma tal que é garantido a liberdade sindical.
UNICIDADE SINDICAL – É a forma adotada no Brasil, no qual a unidade é compulsória, imposta por lei. O Estado determina o que o movimento sindical deverá fazer (como poderá agir). No Brasil os critérios de agregação foi duplamente imposto por lei, assim somente por sindicato e somente poderá existir um sindicato por categoria, nos termos do inciso II do art. 8º da Constituição Federal, eliminando totalmente a liberdade sindical (pluralidade).
Há diferença entre unidade e unicidade sindical:
No modela de unicidade, há o sindicato único imposto por lei, de forma que vigora o monopólio de representação;
Na Unidade, diferentemente, pode ocorrer em um regime de liberdade sindical, pois os trabalhadores, de acordo com suas conveniências, decidirão se preferem a pluralidade ou unidade sindical. Se refere à uma UNIÃO NATURAL E FACULTATIVA, por vontade e não por lei. 
OIT sobre liberdade sindical e Organização:
Verbete n° 224 do Comitê de Liberdade Sindical: "Apesar de que os trabalhadores podem ter interesse em evitar que se multipliquem as organizações sindicais, a unidade do movimento sindical não deve ser imposta, mediante intervenção do Estado, por via legislativa, pois essa intervenção é contrária ao princípio incorporado nos arts. 2° e 11 da Convenção n. 87"
- De acordo com este verbete, a unidade do movimento sindical deve ser livre, por vontade do indivíduos.
Verbete n° 225 do Comitê de Liberdade Sindical: "Se é evidente que a Convenção não quis fazer da pluralidade sindical uma obrigação, pelo menos exige que isto seja possível em todos os casos"
- A pluralidade não deve ser obrigatória, mas possível.
Pilares do Corporativismo Varguista: Até hoje o sindicato brasileiro, permanece com algumas características desse sindicato.
Unicidade Sindical – art. 8º, inciso II da CF/88
Enquadramento sindical obrigatório (ministério do trabalho que criava as características);
Imposto Sindical/ Contribuição – Art. 8º, inciso IV (vai ser mudado com a reforma trabalhista);
Proibição da Greve;
Poder Normativo como forma de solução de conflitoscoletivos de trabalho- art. 114 da CLT (poder normativo da justiça do trabalho);
Composição classista da Justiça do Trabalho (composição tripartide)
ESTRUTURA SINDICAL – estrutura piramidal
Confederação – Organização Nacional, estruturada por pelo menos 03 federações (art. 535 da CLT);
Federação - Estrutura Estadual, organizada por no mínimo 05 sindicatos (art. 534 da CLT);
Sindicato de Base – âmbito municipal. Suas normas se aplicam analogicamente para as federações e confederações, por força do art. 539 da CLT, como é o caso da estabilidade dos diretores.
Modalidades de fundação de Sindicatos: existe 05 formas de formação.
Art. 8º, inciso II da CF + art. 516 da CLT – Um sindicato no Brasil.
 - O art. 511 da CLT define as categorias; A categoria se reúne por especificidade (funções exercidas), mas as vezes pode ser formada por uma categoria eclética (art. 570 da CLT, parágrafo único), quando não tiver gente suficiente, formada por atividades similares ou conexas).
Fundação Originária – quando não existe sindicato na categoria e o pretendente é o primeiro que nela vai ser criado. Ocorre quando o sindicato é o primeiro a registrar para aquela categoria.
Fundação por transformação de associação em sindicato – quando uma associação não sindical pretende transforma-se em sindicato para adquirir as prerrogativas deste. Se referem à associações de trabalhadores sem carteira assinada, como é o caso do camelô, que não é empregado não é ME, podendo ser transformadas em sindicatos.
Obs.: Vargas exigia que atuasse no mínimo 02 anos antes de se transformar em sindicato.
Fundação por desmembramento (dissociação) de categoria – Uma espécie de cisão, que ocorre quando existe um sindicato preexistente que representa mais de uma atividade ou profissão, dele se destacando uma delas com o propósito de constituir um sindicato especifico para aquela atividade ou profissão (art. 570 a 571 da CLT).
Ex.: Restaurantes de São Paul (SINTHORESP -> SINDFAST)
- Até a promulgação da CF/88, a comissão de enquadramento sindical (art. 576 da CLT) era o órgão responsável pela elaboração do plano básico de delimitação da categoria (anexo do art. 577). Durante todos esses anos conviveram o principio único e a dissociação de categoria como complemento do sistema.
Fundação por divisão de base territorial – quando na categoria existe um sindicato amplo, nacional, estadual ou intermunicipal e o novo sindicato pretende situar-se com exclusividade em uma esfera geográfica de atuação menos ampla, destacando-se da base maior, caso em que representará a mesma categoria na base territorial menor, sem prejuízo de continuidade da representação do sindicato preexiste na demais bases;
Fundação por fusão de sindicatos – não vedada ela lei, caso em que um novo sindicato surgirá no lugar dos dois ou mais sindicatos antes existentes, com ampliação de sua base territorial e de sua categoria, portanto o inverso de desmembramento. 
-Para ser efetivamente um sindicato, ele tem mais uma incumbência de natureza administrativa para ser efetivamente um sindicato: Registro (Carta Sindical) no Ministério do Trabalho e Emprego – Art. 8º, inciso I da CF.
A Súmula n° 677 do STF entendeu como constitucional esse registro, para que o Estado tenha controle da unicidade sindical:
“Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.”
- Competência do cadastro incumbe ao MTE.
- Segundo a OIT esse registro não fere a liberdade sindical, desde eu a organização do sindicato seja livre (Não pode entrar no mérito da fundação daquele sindicato).
Nesse sentido, o MTE para evitar entrar no mérito e ainda controlar a unicidade sindical segue a Portaria n° 326/2013, pelo qual o MTE é obrigado a publicar o pedido de registro no Diário Oficial, e a partir de então a coletividade (sociedade) terá o prazo de 30 dias para impugnar esse registro (quando ferir a unicidade), uma vez impugnado o processo correrá na Justiça do Trabalho.
Obs.: De acordo com o posicionamento do TST, após a impugnação e durante a pendência de decisão quem representará os trabalhadores é o sindicato mais antigo.
- A impugnação é administrativa, perante a Secretaria das Relações de Trabalho do MTE, perante a qual está em curso o pedido de registro do pretenso sindicato.
- A impugnação administrativa aceita ri uma pendência a ser dirimida perante o Judiciário, porque em sede administrativa haverá solução.
- Nesse caso, a quem caberá, durante a pendência, a responsabilidade da categoria? Ao Sindicato preexistente, porque é o impugnante. A impugnação tem efeito de retirar sua representação e o impugnado ainda não estará registrado diante da impugnação, portanto não será um sindicato legalmente fundado.
- Enquanto não houver decisão judicial que atribua a representação ao sindicato pleiteante, o sindicato preexistente manterá sua representação. 
ENTES SINDICAIS DE CÚLPULA
Organizações complexas. Tratam-se da maior unidade representativa de trabalho na organização sindical, colocadas acima da pirâmide sindical.
Centrais Sindicais: CUT; FORÇAS; UGT....
Não pertencem ao sistema confederativo estudado até agora, ou seja, a pirâmide sindical prevista no art. 8º da CF/88. 
- Até hoje não têm reconhecimento constitucional ou legal, mas surge à margem do direito legal. Sendo paralelas ao ordenamento jurídico até 2008, quando foram reconhecidas por lei.
- Elas servem como coordenação de todos os outros entes sindicais.
Características Principais: 
Intercateoriais: representam categorias distintas (linha horizontal que abrange distintas categorias);
Representam as organizações sindicais que a ela se filiam espontaneamente: Sindicatos; Federações e Confederações;
Base Territorial mais ampla: País 
Surge para combater o sindicato corporativista de Vargas;
Representam apenas os sindicatos, não existe centrais sindicais que representam trabalhadores.
Evolução Histórica:
- Na década de 1970, no resto do mundo havia uma exigência de uma democracia mais ampla, pois diversos países haviam passados por ditaduras;
- No Brasil, durante a Ditadura Militar foi proibido a greve e voltamos a ter um sistema sindical no estilo Varguista. Surgem assim, manifestações para exigir direitos, sendo que a primeira ocorreu em 1978 no Rio de Janeiro, o qual criou uma coordenação intersindical.
- Carta de Princípios – Político – promulgado a redemocratização do país, a convocação de uma assembleia nacional constituinte, revogação de leis de exceção:
	- Sindical: direito amplo de greve, liberdade de filiação entre outros.
Nesse contexto, as primeiras centrais sindicais nascem em 1981:
CUT – revolucionário de esquerda (socialista);
CGT, hoje chamada de Forças Sindicais. Possui um viés mais de direita/ centro, preferência de negociação à greve (economia de mercado);
Não são ilegais, porque se tratam de associações, mas não podem operar oficialmente no ponto de vista de representação de direitos sindicais. Servem para orientar os entes sindicais que a elas se filiam, do ponto de vista politico sindical.
Com a vigência da Constituição Federal de 1988, foram excluídas da pirâmide oficial sindical prevista no art. 8º, incisos II e III do mesmo dispositivo retro mencionado. Assim, atualmente trabalham nos bastidores, como um guia dos demais entes (oficiais). No entanto, foi a partir da Constituição democrática de 1988 que surgiram mais centrais sindicais:
CUT – que visa melhorar a condição de trabalho através do conflito permanente;
FORÇAS SINDICAIS – que prefere a negociação coletiva
Com advento da lei n° 11.648/08 (por intermédio de LULA, um dos fundadores da CUT) finalmente fora legalizado as centrais sindicais, que até então eram desconhecidas em nosso ordenamento jurídico (por isso, baseavam sua disciplina do Código Civil). No entanto, ainda hoje não possuem prerrogativas sindicais, pois essa lei não disse nada de novo, apenas colocou por

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