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08/09/2017 1 CURSO: Direito DISCIPLINA: Processo Penal-II UNI DADE – III ( 2017.2) MEDIDAS CAUTELARES DE NATUREZA PESSOAL (Prisões Cautelares e outras Medidas Diversas da Prisão) Prof. Esp. Júlio Ugalde julio.ugalde@uniron.edu.br TEORIA DA PRISÃO I – INTRODUÇÃO DIREITO 1) CONCEITO É a supressão da liberdade de alguém; é o cerceamento da liberdade de locomoção (Nestor Távora e Rosmar Alencar) A prisão pode ser de natureza penal ou natureza cível: Penal: a) prisão pena (ou prisão defini tiva); b) prisão processual (prisão sem pena). Cível: a) prisão do devedor de alimentos; b) depositário infiel; TEORIA DA PRISÃO I – INTRODUÇÃO DIREITO 1) CONCEITO OBS.: (i) Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. (STJ, 419. Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel.) 08/09/2017 2 TEORIA DA PRISÃO I – INTRODUÇÃO DIREITO 2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL) CF, 5º, LXI e CPP, 283 LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; CPP, 283: Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. TEORIA DA PRISÃO I – INTRODUÇÃO DIREITO 2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL) 2.1 Regra Geral É necessária ordem escrita e fundamentada do juiz competente. 2.2 Prisão sem mandado judicial (exceção) flagrante delito transgressão militar crime militar TEORIA DA PRISÃO I – INTRODUÇÃO DIREITO 2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL) OBS.: (i) A transgressão militar e o crime militar: são prisões administrativas-disciplinar. 08/09/2017 3 TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 1) PRISÃO PENA Para cumprimento de pena; resulta de condenação. (regulada peloDireito Penal) 2) PRISÃO PROCESSUAL Já sabemos que é a prisão provisória, cautelar, sem pena. É uma espécie de medida cautelar que acarreta a prisão de alguém durante o processo, portanto, antes de uma sentença condenatória definitiva. OBS.: STF, HC 126.292/SP TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 2) PRISÃO PROCESSUAL Em outras palavras, é a p risão provisória qu e ocorre antes do trânsito em julgado da sentenç a condenatória que tem por objetivo impedir que o indiv íduo venha praticar novos crimes ou que sua conduta interfira n a apuraç ão dos fatos e na própria aplicação da sanção (AVENA). OBS.: A doutrina vem afirmando que agora temos duas espécies de prisões cautelares: a) preventiva; b) temporária. A prisão em flagrante (tecnic amente) tem “status” de prisão pré-cautelar, u ma vez que ela, se homologad a, d eve ser convertida em preventiva. (310) TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 3) FINALIDADE DA PRISÃO CAUTELAR Resguardar o processo. Impedir que o indiciado /acusado venha praticar novos crimes ou qu e sua conduta interfira n a apuração dos fatos e na própria aplicação da sanção. OBS.: As cautelares são decretad as pelo juízo de cautelarid ade (ou seja não é um juízo de certeza). 08/09/2017 4 TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 4) REQUISITOS Fumus comissi delicti: prova do crime e indícios de autoria (justa causa). Periculum libertatis: perigo de deixar o réu solto para o processo/para sociedade. TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 5) CARACTERÍSTICAS a) jurisdicion alid ade: tod a cautelar tem que ser apreciada pelo juiz. A intervenção é obrigató ria, anterior ou posterior. b) acessoriedade: está vinculada a ação principal. c) instrumentalid ade: é o instrumento p ara assegurar o processo; para conseguir a medida principal. d) provisoriedade : dura enquanto presentes os requisitos e enquanto não vier a medida principal. TEORIA DA PRISÃO II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL DIREITO 5) CARACTERÍSTICAS e) necessidade: necessária para o processo. f) proporcionalidade (homogeneidade): uma c autelar n ão pod e ser mais grave qu e a medida principal. Essa característica é implícita na legislação . Ex.: CPP, 313: a prisão preventiva é só para crimes dolosos. 08/09/2017 5 TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 1) CONCEITO (CPP, 285) É a ordem judicial de prisão instrumentalizada. É o título emitido pelo juiz competente a viabilizar a realização da prisão. TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 2) REQUISITOS CPP, 285, parágrafo único a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 3) CUMPRIMENTO DO MANDADO DE PRISÃO 3.1 Legitimidade : oficial de justiç a, auto ridad e policial e seus agentes. 3.2 Momento: (CPP, 283, §2º) Qualquer dia e hora, resp eitad as as inviolabilid ades do domicílio. (Obediência a CF, 5º, XI). Restrição: à noite, n a casa em qu e o morador não permitir a entrada. 08/09/2017 6 TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 3.3 Formalidades: CPP, 286, 289-A,290, 291 299. CF, 5º L XII: A pris ão de qualqu er p essoa e o local ond e se encontre serão comunic ados imediatamente ao juiz co mpetente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada) LXIII (o preso será informado d e s eus direitos, entre os quais o de perman ec er calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado); LXIV (o preso tem direito à identific ação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial) TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 3.4 Emprego de força: CPP, 284, 292. Sempre proporcional ao objet ivo (quando há resistência e para evitar a fuga). TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 3.5 Prisão em casa: CPP, 293. O morador que não p ermitir entrada do policial para cumprimento de mandado de prisão pode cometer: a) desobediência, CP, 330; b) resistência, CP, 329; c) favorecimento pessoal, CP, 348. 08/09/2017 7 TEORIA DA PRISÃO III – MANDADO DE PRISÃO DIREITO 3.6 Banco de dados de Mandados (CPP, 289-A) A ideia d esse dispositivo é a criação d e um banco de dados nacional, no Conselho Nacion al d e Justiça, co m os mandados d e p risão d e todo o p aís, s endo que qualqu er policial poderá decretar essa prisão. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1) MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO 1.1 Conceito e natureza São restrições pro visórias aos direitos individuais, elenc adas na L ei, que pod em ser determinad as pelo juiz, durante o processo (e na fase pré-proc essual), portanto, antes d e uma sentença condenató ria defini tiva, a fim de evitar a prisão cautelar, devendo ser decretadas por questão de necessidade e adequação , conforme o caso concreto para ac autelar a aplicação da lei, a investigação instrução crimin al ou evitar a prática de infrações penais. (CPP, 282, I) TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1) MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO 1.1 Conceito e natureza São medidas acautelatórias de interesse da jurisdição criminal (PACELLI). Trata-sede um instrumento restritivo da liberdade, de caráter provisório e urgente, diverso da prisão, como forma de controle e acompanhamento do acusado, durante a persecução penal, desde que necessária e adequada ao caso concreto. (NUCCI) 08/09/2017 8 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.2 Finalidade (282, I) As medidas cautelares tem por escopo: a) garantir a aplicação da lei penal (é o caso, por exemplo, do réu que ameaça fugir). b) possibilitar a tranquilidade da investigação ou a instrução criminal (é o caso do réu que ameaça testemunhas, destrói provas etc.) c) evitar a prática de infrações penais (é o caso de extrema periculosidade do agente que, em liberdade, coloca em risco a sociedade) TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.2 Finalidade (282,I) Estas têm como pressuposto o subprincípio da necessidade. Contudo, devem ser adequadas: à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do agente. OBS.: (i) Está intrínseco no novo diploma que as medidas existem para evitar a prisão cautelar. Está só em último caso; é excepcional, cabível quando não for possível aplicar uma medida cautelar (cumulada ou não). A prisão preventiva é excepcional. Só poderá ser decretada quando não houver medidas cautelares suficientes (necessárias e adequadas). TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.3 Requisitos Antes de falarmos dos requisitos normativos das medidas cautelares, convém lembrar de dois princípios: a) Não culpabilidade (estado de inocência); b) Proporcionalidade. Feitas essas considerações acerca dos princípios citados, e considerando que as medidas em estudo são provisórias, afirmamos que são requisitos das cautelares: 08/09/2017 9 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.3 Requisitos a) Fumus comissi delicti: prova do crime e indícios de autoria (justa causa). b) Periculum libertatis: existência de um risco social ou processual. (CPP, 282). OBS.: As medidas cautelares para serem decretadas devem ser necessárias e adequadas . Ademais, a medida eleita deve ser proporcional à ofensa. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.4 Características (das cautelares) Além de: jurisdicionalidade; instrumentalidade; provisoriedade; necessidade; proporcionalidade, temos: * Substitutividade: CPP, 282,§4º * Cumulatividade: CPP,282, §1º TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.4 Características (das cautelares) CPP, 282, § 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. § 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 08/09/2017 10 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.5 Hipóteses de inadimissibilidade Infração que não for cominada (cumulada, isolada ou alternativamente) PPL (283,§1º) OBS.: Visão de PACELL I: a) Infraç ão de menor potencial ofensivo (cabe transação); b) nos casos de possibilidade de suspensão condicional do processo (porque já implic a medida acautelatória). TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.6 Procedimento 1.6.1 Legitimidade (282, §2º) a) Na fase do pré-processual - MP (requerimento) - Autoridade Policial (representação) b) Na fase processual - MP/querelante - Assistente de acusação - Juiz TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.6.2 Prazo A lei nada dispõe. O juiz deverá observar a necessidade da medida.(282, I e II). 1.6.3 Fundamentação O juiz deve sempre fundamentar a decisão que decreta a cautelar. CF, 93, IX; 5º LXI 08/09/2017 11 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.6.6 Contraditório Impõe a intimação do agente (investigado ou acusado) que se manifeste previamente à decisão judicial de decretação da medida cautelar, salvo se houver urgência na apreciação da medida e se a ciência pelo agente implicar perigo de ineficácia do provimento judicial. (CPP,282, §3º) TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.6.5 Recurso Se a for negada a medida: RESE 584, V (por interpretaçãoextensiva); Se for concedida a medida duas correntes a depender da concepção do CPP, 313 como requisito para decretação da PP: (AVENA) a) se admitir a conversãoem PP (313): HC b) se não admitir a conversão em PP: MS TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.7 Classificação Quanto ao momento a) Autônoma b) Substitutiva OBS.: Podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulada com outras. (282,§1º) 08/09/2017 12 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão):CPP, 319 I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; Finalidade: a) cientificar o juízo de que o acusado permanece à sua disposição para a prática de atos; b) mantê-lo informado quanto as atividades exercidas pele acusado. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; O juiz deve especificar os lugares que o acusado não pode acessar ou frequentar; a proibição deve ser relacionada às circunstâncias do fato. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; O contato pode se estender ao ofendido, testemunha ou corréu. Deve acautelar a busca da verdade dos fatos. 08/09/2017 13 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; Impõe a obrigação do acusado/investigado permanecer no distrito da culpa a fim de não retardar a prática de atos. Só poderá mudar de endereço mediante prévia autorização do juiz. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; Requisitos: residência fixa; trabalho fixo; noites sem ocupação e dias de folga. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; Exige fundadas razões de funcionário público se valer da função para prática de infrações (peculato, corrupção); também pode ser decretada se a relação entre o crime e o desenvolvimento de atividade econômica/financeira do agente (Crime contra ordem tributária ou contra o sistema financeiro). Por ser uma cautelar não suspende os vencimentos. 08/09/2017 14 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELARE OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi- imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; Aplica-se em sede de processo e não investigação. Exige a prática de crimes mediante violência ou grave ameaça, se for o caso de inimputabilidade ou semi- imputabilidade. TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) IX - monitoração eletrônica. Visa permitir o controle judicial dos passos (movimento) do investigado/acusado. Serve para garantir a eficácia de outras medidas cautelares, e com isso evitar a preventiva. 08/09/2017 15 TEORIA DA PRISÃO IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS DIREITO 1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão) X – A proibição de ausentar-se do País. Deve entregar o passaporte ao juízo no prazo de 24h, sob pena de preventiva. PRISÃO EM FLAGRANTE 1) CONCEITO DIREITO É a medida cautelar, autorizada pela CF, 5º, LXI, que ocorre quando o flagrado é surpreendido... (CPP, 302) Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papé is que façam presumir ser ele autor da infração. PRISÃO EM FLAGRANTE 2) NATUREZA DIREITO a) ato de prisão;lavratura do auto: São atos de natureza administrativa. (TOURINH O); A prisão tem natureza inicialmente administrativa. Homologação e conversão em prisão preventiva? Temos uma prisão cautelar com natureza jurisdicional. AVENA ressalta que a natureza da PF, após a Lei 12.403/06 é medida pré-cautelar (AURY). 08/09/2017 16 PRISÃO EM FLAGRANTE 2) NATUREZA DIREITO OBS.: Autuado em flagrante o Delegado deve encaminhar o auto para o juiz. Nesse caso o juiz pode (CPP, 310): relaxar a prisão em flagrante; converter em prisão preventiva, se não for suficiente a aplicação de outra medida cautelar diversa da prisão. conceder liberdade provisória. PRISÃO EM FLAGRANTE 2) NATUREZA DIREITO OBS.: CPP, 310, parágrafo único: prisão em flagrante com excludente de ilicitude: o juiz concede liberdade provisória sem fiança, vinculada ao comparecimento a todos os atos processuais. PRISÃO EM FLAGRANTE 3) SUJEITOS DIREITO 3.1 Sujeito ativo:CPP,301. Qualquer pessoa pode (flagrante facultativo); é um exercício regular de direito. (CP,23,III, 2ªp) A autoridade policial e seus agentes devem (flagrante obrigatório, compulsório,coercitivo); é um estrito cumprimento do dever legal. (CP, 23, III, 1ªp) 08/09/2017 17 PRISÃO EM FLAGRANTE 3) SUJEITOS DIREITO 3.1 Sujeito ativo:CPP,301. Se a autoridade policial não prender pode incorrer em crime de prevaricação – CP, 319, se houver sentimento ou interesse; ou desídia funcional. Nesse caso pode responder na Corregedoria. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.1 Sujeito ativo:CPP, 301. OBS.: O sujeito ativo da pr isão em flagrante não se confunde com o condutor. O primeiro é o efetua a prisão; o segundo é quem apresenta o preso à autoridade policial que lavrará o flagrante, que nem sempre é quem efetuou a prisão. Ex.: populares, ou PM à paisana prende em flagrante , acionam a guarnição de serviço, que conduz o preso à Delegacia. PRISÃO EM FLAGRANTE 3) SUJEITOS DIREITO 3.2. Sujeito passivo: Quem pode ser preso em flagrante delito? Qualquer pessoa (regra geral). Exceção: Não podem ser presos: 08/09/2017 18 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo:Não podem ser presos: •Presidente da República (CF, 86, §3º). O PR só pode ser preso por crime comum em virtude de sentença condenatória. •Menores de 18 anos (ECA,106,171,172 e 173) •Diplomatas (CPP, 1º, I e Convenção de Viena/1961). Estende-se aos familiares e funcionários das organizações internacionais em exercício PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo:Não podem ser presos: •Os que se enquadrem na Lei 9.099/95,69,parágrafo único. •Os que se enquadrarem no CTB, 301 (Lei 9.503/97). O legislador quis evitar a fuga do condutor envolvido em acidente, por medo da prisão. •Os usuários de drogas Lei 11.343/2006,28.Não cabe prisão. •Se houver apresentação espontânea (Ver 304). Ausência de periculum libertatis. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: OBS.: i) Membros do Congresso Nacional: somente podem se presos por crimes inafiançáveis, devendo após a lavratura do auto serem apresentados à respectiva Casa Legislativa, para apreciação da prisão, por maioria dos membros (maioria simples). (CF, 53, §2º). Idem Parlamentares estaduais (CF, 27, §1º, c/c 53, §1º). Não se aplica aos vereadores. OBS.:Sen.Delcídio do Amaral (STF) 08/09/2017 19 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: OBS.: (ii) Magistrados e MP: somente podem se presos por crimes inafiançáveis, devendo após a lavratura do auto serem apresentados ao Presidente do TJ ou a PGJ. (LOMAN, LC 33/79, 33, II e LONMP, L8.625/93, 40, III). PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: OBS.: (iii) Advogado: só poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão em caso de crime inafiançável, tendo direito a presença de um representante da OAB durante a lavratura, sob pena de nulidade do auto.(Lei 8.906/94,7º,§3º e IV). PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: (iv) Cônsules: gozam de imunidade restrita, compreendendo somente atos praticados no âmbito de suas atividades funcionais. 08/09/2017 20 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: (iv) Cônsules: gozam de imunidade restrita, compreendendo somente atos praticados no âmbito de suas atividades funcionais. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: (i) O CPP, 307 (parte final) faculta ao juiz a lavratura do flagrante. Caso o juiz lavre o APFD não há se falar em homologação por outro juiz ou Tribunal, uma vez que se conclui logicamente que ele observou todas as formalidades legais. Távora/Alencar: o juiz que lavrar o auto de prisão não pode julgar o caso (ex. desacato), por está com sua imparcialidade comprometida. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 3) SUJEITOS 3.2. Sujeito passivo: (ii) Outras autoridades, podem lavrar auto de prisão, em determinadas situações, no exercício de sua profissão. (CPP,4º,parágrafo único).STF,397. 08/09/2017 21 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS ESPÉCIES DE CRIME 4.1 Crimes de ação penal pública condicionada à representação: É necessária a representação. Pode ocorrer no próprio termo de declarações do ofendido ou mesmo em requerimento a parte. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS ESPÉCIES DE CRIME 4.2 Crimes de ação penal privada: É necessária a autorização. Idem a representação. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS ESPÉCIES DE CRIME 4.3 Crime permanente: É aquele crime em que a consumação se prolongano tempo, ex. CP, 148 – Sequestro e cárcere privado) a prisão em flagrante pode ser realizada a qualquer tempo. 08/09/2017 22 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS ESPÉCIES DE CRIME 4.4 Crime habitual: São aqueles que exigem para consumação a reiteração de condutas, pois materializa o modo de vida do infrator). Não cabe prisão em flagrante, dada a dificuldade de se aferir a reiteração de condutas. A prisão em flagrante só retrataria um ato isolado e não reiteração de atos. (Távora/Alencar, acompanhando Tourinho; idem Avena); é cabível a prisão em flagrante se possível comprovar a habitualidade. Ex.: CP, 229 – Casa de prostituição (Mirabete). PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.1. Flagrante próprio, real ou verdadeiro (CPP, 302, I e II) Ocorre quando o agente é flagrado cometendo a infração ou acaba de cometê-la. Na primeira hipótese o agente é preso na execução da conduta; Na segunda quando termina de cometer a infração.A prisão deve ocorrer de imediato. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.2. Flagrante impróprio, irreal, quase-flagrante (CPP, 302 III /290, §1º“a” e “b”) Nessa modalidade o agente é perseguido logo após a prática da infração penal, em situação que faça presumir-se se o autor do fato delituoso. Perseguição: logo após. Requisitos: perseguição ininterrupta e pessoa determinada ou determinável. 08/09/2017 23 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.2. Flagrante impróprio, irreal, quase-flagrante (CPP,302 III /290,§1º “a” e “b”) “logo após: sem longo intervalo. O tempo necessário para a polícia chegar ao local do crime, colher as provas e iniciar a perseguição. Não há prazo para a prisão em flagrante, pode demorar 01 dia, 02 dias, 10 dias , 30 dias, que a prisão em flagrante será perfeita. (Ex: Caso Dr. Cézar Pizzano). HC: 126.980,STJ CPP, 290, §1º: conceito de perseguição. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.3. Flagrante ficto, presumido ou assimilado (CPP, 302, IV) Nessa espécie de flagrante o agente é preso depois de cometer a infração com instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumam ser ele o autor do delito. Não exige a perseguição, basta que o agente seja encontrado logo depois. encontrado logo depois. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.4. Flagrante facultativo: Qualquer pessoa pode prender.(301) 5.5. Flagrante compulsório, obrigatório ou coercitivo: Autoridade policial e agentes (PC, PM, PF, PRF, BM, PFF).Alcança as forças de segurança pública.(301) 08/09/2017 24 PRISÃO EM FLAGRANTE V – PRISÃO EM FLAGRANTE DIREITO 5 ESPÉCIES 5.6.Flagrante preparado ou provocado É a prisão em flagrante irregular por obra do agente provocador (policial ou particular). O agente provocador: prepara; provoca medidas idôneas; ocasiona a prisão em flagrante na execução, antes da consumação. O agente é instigado (induzido) a cometer o crime, não sabendo que está sob vigi lância atenta dos policiais, que esperam o início dos atos de execução do agente para realizar o flagrante. OBS.:Se tais medidas forem insuficientes, há crime. (Súmula do STF: 145) PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.6. Flagrante preparado ou provocado Trata-se de caso de cláusula supralegal do CP, 17,crime impossível (DAMÁSIO). OBS.: No caso de crime permanente a prisão em flagrante é legítima, uma vez que o flagrado já estava consumando o delito, sem necessitar de obra do agente provocador.Caso de tráfico de drogas. PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.7. Flagrante esperado É prisão legítima. Há a notícia de que o crime poder ocorrer; não há agente provocador; mas a polícia com trabalho de inteligência e prevenção, se antecipou ao criminoso e esperou o início da execução do crime para dar o flagrante. Ex.: Estelionato – banco; Roubo banco (campanha/tocaia).A polícia chegou na hora “H”. 08/09/2017 25 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES OBS.: Eugênio Pacelli: é contrário a posição do STF. Ele defende que não há diferença entre o flagrante preparado e o esperado para fins de consumação do crime, uma vez que em ambas o agente e impedido de consumar o delito. Ele critica a fundamentação para aceitação de um e invalidação de outro: a impossibilidade de consumação do crime, uma vez que em ambos a polícia atua pra evitar a consumação do crime (ou o seu exaurimento). PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.8. Flagrante protelado, prorrogado, retardado, diferido, estratégico O ordenamento autoriza que a prisão seja realizada posteriormente; a lei autoriza a polícia prender em flagrante no momento mais adequado, ainda que a prisão seja postergada. Visa permitir que a polícia obtenha maiores informações a respeito da ação criminosa. (Lei 11.343/06,53,II,LAD). PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 5 ESPÉCIES 5.9. Flagrante forjado,fabricado É aquele em que há a criação de provas contra alguém para que ela seja presa em flagrante. Quem o faz comete o crime do CP, 339 (denunciação caluniosa). Ex.: Equipe policial invade casa (sem autorização judicial) achando que ia encontrar armas de fogo; como não encontram, plantam drogas para prender o morador em flagrante e legitimar a invasão indevida. 08/09/2017 26 PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO 6) O AUTO DE PRISÃO 6.1.Aspectos gerais: a) Natureza jurídica: é um procedimento administrativo-policial que formaliza a prisão em flagrante. b) Prazo: CPP 306, 24h (previsão implícita). Entrega da Nota de Culpa e Comunicação ao juiz. PRISÃO EM FLAGRANTE 6) O AUTO DE PRISÃO DIREITO 6.1.Aspectos gerais: a) Natureza jurídica: é um procedimento administrativo-policial que formaliza a prisão em flagrante. b) Prazo: CPP 306, 24h (previsão implícita). Entrega da Nota de Culpa e Comunicação ao juiz. PRISÃO EM FLAGRANTE 6) O AUTO DE PRISÃO DIREITO Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. § 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas. 08/09/2017 27 PRISÃO EM FLAGRANTE 6) O AUTO DE PRISÃO DIREITO c) Composição do APFD: oitiva do condutor; oitivas das testemunhas (mínimo duas; o STJ aceita o condutor como sendo a 1ª testemunha; admite-se, na ausência das testemunhas, que o delegado conte com testemunhas de apresentação, que, em regra, não presenciaram o delito, mas são conhecedores da prisão); oitiva da vítima (se possível); interrogatório do conduzido (é possível que não ocorra, no caso de agente hospitalizado); auto de prisão; despacho de providências, etc. Não se convencendo do estado de flagrância ou entendendo que não há crime o delegado de polícia deixa de ratificar prisão e relaxa a prisão em flagrante. PRISÃO EM FLAGRANTE 6) O AUTO DE PRISÃO DIREITO 6.3. Providências complementares (formalidades legais) a) expedição de nota de culpa no prazo de 24h,contendo data, local, hora, nome dos responsáveis pela prisão e da autoridade que lavrou o auto,etc. b) recolhimento à custódia (304, §1º) c) comunicações (306) Ao juiz e ao MP,306,caput e §1º Família do preso ou pessoa por ele indicada,306, caput Defensoria Pública, se não indicar defensor, 306, §1º PRISÃO EM FLAGRANTE 6) O AUTO DE PRISÃO DIREITO 6.4. Recebimento do auto de prisãoemJuízo: O juiz pode conceder: relaxamentoda prisão quandoilegal l iberdade provisória; medida cautelar diferentede prisão; converter em prisão preventiva. OBS.: Audiência de Custódia: Resolução 213/2015 - CNJ 08/09/2017 28 PRISÃO PREVENTIVA 1 CONCEITO DIREITO É a modalidade de prisão cautelar decretada pelo juiz com base nos artigos 311 e 312 do CPP, que pode ocorrer durante o inquérito policial ou na fase processual. É uma medida cautelar de constrição à liberdade do indiciado ou réu, por razões de necessidade, respeitados os requisitos definidos em lei. (NUCCI). PRISÃO PREVENTIVA 1 CONCEITO DIREITO É a prisão de natureza cautelar mais ampla, sendo uma eficiente ferramenta de encarceramento durante toda a persecução penal, leia-se, durante o inquérito policial e na fase processual.(TAVORA/ALENCAR). É a medida que tutela a persecuça ̃o penal, objetivando impedir que eventuais condutas praticadas pelo alegado autor e/ ou por terceiros possam colocar em risco a efetividade da fase de investigaça ̃o e do processo. (PACELLI) PRISÃO PREVENTIVA 2) NATUREZA JURÍDICA DIREITO É prisão cautelar de natureza processual; é medida de natureza cautelar. 08/09/2017 29 PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS (CPP, 312) DIREITO 3.1. Fumus comissi delicti: Prova do crime e indícios suficientes de autoria – justa causa.São os pressupostos para a cautelar. PACELLI:requisitos fáticos; A materialidade delitiva deve estar devidamente comprovada para que o haja a decretação da medida cautelar. Autoria: basta indícios; não é necessário prova robusta. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: É o fator de risco que justifica a medida cautelar. O legislador definiu as situações que representam o perigo da liberdade do agente. Távora/Alencar: hipóteses de decretação. Avena: fundamentos legais. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: É o fator de risco que justifica a medida cautelar. O legislador definiu as situações que representam o perigo da liberdade do agente. Távora/Alencar: hipóteses de decretação. Avena: fundamentos legais. 08/09/2017 30 PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: deve ser decretada apenas por cautelaridade social, ou seja , evitar que o agente continue delinquindo (praticando novos crimes). Não pode ser decretada pelo clamor público, gravidade,credibilidade da justiça. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: A ordem pública, segundo a jurisprudência, citada por PACCELI, é o risco ponderável da repetição da ação delituosa objeto do processo, acompanhado do exame acerca da gravidade do fato e sua repercussão. Ex.: STJ: quando houver possibilidade concreta de reiteração criminosa grave (HC 79.394/RJ – Min. Félix Fischer). PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: STF: HC 84.498/BA: reconheceu a decretação da preventiva em razão da enorme repercussão em comunidade interiorana. Informativo 374/2005. (Min. Rel. Joaquim Barbosa) Clamor Público: não é suficiente para fundamentar a constrição cautelar. (STF: HC 94.554/BA). 08/09/2017 31 PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: AVENA: entende que deve ser admitida a preventiva em hipótese de real e inequívoco abalo social provocado pela prática de crimes de extrema gravidade, visando o restabelecimento do sossego social e a própria credibilidade da justiça criminal. NUCCI defende que é necessária: gravidade da infração + repercussão social. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: AVENA: entende que deve ser admitida a preventiva em hipótese de real e inequívoco abalo social provocado pela prática de crimes de extrema gravidade, visando o restabelecimento do sossego social e a própria credibilidade da justiça criminal. NUCCI defende que é necessária: gravidade da infração + repercussão social. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2.Periculum libertatis: a) garantia da ordem pública: TOURINHO critica a decretação da medida com base na ordem pública e no clamor público gerado por divulgações na rádio/televisão de periculosidade do réu. Ele chama de “execução sumária”.Aliás, o Mestre entende que a decretação da preventiva com base na garantia da ordem pública é incompatível com a CF; Trata-se de abuso de autoridade porque fere a presunção de inocência, sendo uma antecipação de pena. 08/09/2017 32 PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: b) garantia da ordem econômica: Hipótese in serida no CPP pela lei Antitruste – Lei 8.884/94, visando coibir os abusos à ordem econômica, ou seja, a prática de crimes contra a ordem econômica. Avena diz que deve existir: gravidade da infração + repercussão social + probabilidade de reiteração da conduta criminosa, para que a medida seja fator de tranquilidade social. PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: c) conveniência da instrução: cautelaridade processual. Quer se evitar destruição de provas, ameaça a testemunha, comprometimento da busca da verdade; que o agente forje provas. Tutela-se a livre produção probatória (Távora/Alencar). Nesse caso, a prisão decretada em razão de perturbação ao regular andamento do processo, o que ocorrerá, quando o acusado ou outra pessoa em seu nome estiver provocando qualquer incidente que resulte prejuízo manifesto para a instrução criminal (PACELLI). PRISÃO PREVENTIVA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis: d) assegurar a aplicação da lei penal: cautelari dade processual. Evidentemente instrumental, poi s tutela o processo; visa garantir a ação penal. Quer se evitar fuga do investigado/réu. Quer se evitar o sumiço do autor do fato que deseja eximir-se de eventual cumprimento da sanção penal. Para tanto, deve haver demonstração fundada quanto à possibilidade de fuga. 08/09/2017 33 PRISÃO PREVENTIVA 4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DIREITO Na visão de PACELLI, são requisitos normativos, que tem por escopo saber quando é cabível a medida cautelar 4.1. Crimes dol osos com PPL superior a quatro anos: São os crimes considerados mai s graves em nosso ordenamento. PRISÃO PREVENTIVA 4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DIREITO 4.2. Crimes dol osos (punidos com reclusão/detenção) em que o réu seja reincidente. Se não for caso do CP, 64, I. OBS.: Reincidência: não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação. Nesta hipótese não há limitação do 313, I. PRISÃO PREVENTIVA 4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DIREITO 4.3. Garantir medidas protetivas de urgência: Lei, 11.340/06,artigo 20. (Lei Maria da Penha) Só é cabível a prisão preventiva, nesta hipótese do inciso IV para os crimes dolosos, se a medida protetiva for insuficiente para assegurar o direito da mulher. Ex.: lesão corporal, ameaça, injúria, etc. 08/09/2017 34 PRISÃO PREVENTIVA 4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DIREITO 4.4 Se houver dúvida sobre a identidade do agente e este não oferecer elementos para esclarecê-la: (CPP, 313, p.u.). Identificado o agente este deve ser colocado em liberdade(é a provisoriedade). PRISÃO PREVENTIVA 4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DIREITO 4.4. Se for caso de descum primento das medidas cautelares diversas da prisão: É o caso da prisão preventiva subsidiária. (CPP, 282, §4, 312, p.u.). AVENA, PACELLI: dispensável análise do CPP,313, I. TÁVORA/ALENCAR defendem que deve ser analisado com base no CPP,313, I. PRISÃO PREVENTIVA 5 HIPÓTESES DE INADMISSIBILIDADE DIREITO 5.1. Contravenção penal: são previstas na LCP: Dec-Lei 3.688/41. 5.2. Crimes culposos (312,313) 5.3. N o caso do CPP, 310, p.u. e 314 (excludentes de ilicitude) 5.4. Se o for o caso de liberdade provisória (com ou sem fiança) ou outra medida cautelar diversa. (vide CPP,310 e 319) 08/09/2017 35 PRISÃO PREVENTIVA 6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DIREITO 6.1. Competência: Juiz, durante o inquérito policial ou processo penal (CPP, 311): pode decretar de ofício na ação penal; se for durante a investigaçãodeve ser provocado. 6.2. Legitimidade: a) InvestigaçãoPolicial: Representação do delegado ou requerimento do MP; b) Processo Penal: Juiz (ex officio); MP, querelante e assistente de acusação. PRISÃO PREVENTIVA 6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DIREITO 6.3. Revogação e nova decretação: É possível a qualquer tempo, no curso do processo a preventiva ser revogada. Também pode ser novamente decretada. A prisão preventiva deve existir sempre que necessária ao processo. CPP,316:aplica-se o CPP,282, §§ 4º e 5º. PRISÃO PREVENTIVA 6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DIREITO 6.4. Fundamentação: é exigida (CPP, 315,CF, 93, IX) 6.5. Recurso: RESE (CPP, 581, V): Se o juiz indeferir o requerimento da prisão ou revogá-la. Habeas Corpus: se o juiz negar o pedido de revogação ou decretar a prisão. 08/09/2017 36 PRISÃO PREVENTIVA 7 PRISÃO DOMICILIAR (317, 318) DIREITO 7.1 Conceito É a medida que substitui a prisão preventiva, permitindo que o investigado/acusado se recolha em sua resid ência, não podendo se ausentar dela, a não ser que haja ordem judicial, que deve se embasar em prova idônea para sua concessão. PRISÃO PREVENTIVA 7 PRISÃO DOMICILIAR (317, 318) DIREITO 7.2 Cabimento a) quando o agente tiver mais de 80 anos b) quando o agente estiver acometido de doença grave; c) quando o agente for imprescindível aos cuidados de menor de 06 anos de idade ou deficiente; d) quando a agente for gestante; e) quando a agente tiver filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; f) quando o agente for o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Redação dada pela Lei 13.257/16.) PRISÃO PREVENTIVA 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITO 1ª) Cumprida a PP durante o inquérito policial o delegado terá o prazo de 10 dias para concluir a investigação e remeter os autos ao juiz (em Rondônia ao MP), sob pena de cometer crime de abuso de autoridade. O prazo conta-se da data da prisão, como prazo penal. (CPP, 10) Se o IP for de atribuição da PF: 15 dias (podendo ser prorrogável), conforme Lei 5.010/66, 66; se for crime de tráfico: 30 dias, Lei 11.343/06,51. 08/09/2017 37 PRISÃO PREVENTIVA 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITO 2ª) Recebido os autos do IP o MP terá o prazo de 05 dias para oferecer denúncia. (CPP, 46) Se não denunciar? PRISÃO PREVENTIVA 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITO 3ª) Prazo para a prisão preventiva: Não há prazo, mas a doutrina construiu a partir do prazo do rito ordinário (que é o mais longo), chegando atualmente a 86 dias. PACELLI: -10 dias para conclusão do inquérito (10) -05 dias para oferecimento da denúncia (46) -10 dias para a resposta escrita (396) -60 dias (até) para a audiência de instrução (400) a serem acrescidos do prazo de 24h para a decisão de recebimento da denúncia (e eventualmente do prazo da PT) (LPT, 2º) PRISÃO PREVENTIVA 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITO 3ª) Prazo para a prisão preventiva: STJ, 21:pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução; STJ, 52: encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo. STJ, 64: não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa. 08/09/2017 38 PRISÃO PREVENTIVA 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS DIREITO STF, HC106.448/RJ (2.ª Turma): Ao referir, com menção a precedentes, que o STF tem deferido a ordem de habeas corpus, nos casos a envolver alegação de excesso de prazo, somente em hipóteses excepcionais, nas quais á mora processual: a) Seja decorrência exclusiva de diligências suscitada s pela atuação da acusação; b) Resulte da inércia do próprio aparato judicial, em atendimento ao princípio da razoável duração do processo , nos termos do art. 5.º, LXXVIII; e, por fim, c) Seja incompatível com o princípio da razoabilidade, ou, quando o excesso de prazo seja gritante. PRISÃO TEMPORÁRIA 1 CONCEITO DIREITO É modalidade de prisão cautelar, com prazo determinado, decretada com base na Lei 7.960/89, cujo objetivo é possibilitar investigação de crimes graves em inquéritos policiais. MIRABETE: trata-se de medida acautelatória, de restrição de liberdade de locomoção, por tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial. PRISÃO TEMPORÁRIA 1 CONCEITO DIREITO É uma modalidade de prisão cautelar, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave.(NUCCI) 08/09/2017 39 PRISÃO TEMPORÁRIA 2 NATUREZA JURÍDICA DIREITO É medida cautelar de constrição à liberdade. PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.1. Fumus comissi delicti: Lei 7.960/89, art. 1º, III e LCH (8.072/90), art. 2º, §4º: Quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos crimes... “rol” – materialidade) PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.1. Fumus comissi delicti:LPT, art. 1º, III: a) homicídio doloso (artigo 121,caput,e seu § 2o); b)sequestro ou cárcere privado (artigo 148, caput, e seus §§ 1o e 2o); c) roubo (artigo 157,caput,e seus §§ 1o,2o e 3o); d) extorsão (artigo 158,caput,e seus §§ 1o e 2o); e) extorsão mediante sequestro (artigo 159, caput, e seus §§ 1o,2o e 3o); f) estupro (artigo 213, caput, e sua combinação com o artigo 223,caput,e parágrafo único); 08/09/2017 40 PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.1.Fumus comissi delicti:LPT,art. 1º, III: g) atentado violento ao pudor (artigo 214, caput, e sua combinação com o artigo 223, caput, e parágrafo único); h) rapto violento (artigo 219, e sua combinação com o artigo 223, caput, e parágrafo único); O crime de rapto foi expressamente revogado pela Lei no 11.106, de 28-3-2005. i) epidemia com resultado de morte (artigo 267, § 1o); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (artigo 270, caput, combinado com o artigo 285); PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.1. Fumus comissi delicti:LPT, art. 1º, III: l) quadrilha ou bando (artigo 288), todos do Código Penal; m) genocídio (artigos 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956), em qualquer de suas formas típicas; n) tráfico de drogas (artigo 12 da Lei no 6.368,de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei no 7.492, de 16 de junho de 1986). PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: LPT 1º, I ou II I – quando imprescindível para as investigaçõesdo inquérito policial; ou II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;) + inciso III. 1ª) Essa é a posição majoritária (NUCCI, SCARANCE). 08/09/2017 41 PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: Eugênio Pacelli: I e III, pois a II está contida na I. (STJ,RHC 22.251/MG) PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: OBS.: A LPT é inconstitucional. ELMIR DUCLERC, TOURINHO FILHO, RANGEL, TÁVORA/ALENCAR):.Fundamentos: a) inconstitucionalidade formal: a Lei teve origem em MP111/89; b) inconstitucionalidade material, uma vez que não é medida cautelar, mas uma antecipação dos efeitos da sentença condenatória. PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: OBS.: Távora/Alencar: a única medida cabível na fase do inquérito, afora a prisão em flagrante é a preventiva se presentes os requisitos. (i) STJ/STF: não se manifestou. A Lei 7.960/89 é “um mal necessário”. STF: ADIN 162/DF:rejeitou a liminar contra a LPT. (ii) Mirabete: citando a exposição de motivos da LPT: o clima de pâni co que se estabele ce em nossas cidades, a certeza da impunidade que campeia célere na consciência de nosso povo , formando novos criminosos, exigem medidas firmes e decididas, entre elas a da prisão temporária. 08/09/2017 42 PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: OBS.: Távora/Alencar: a única medida cabível na fase do inquérito, afora a prisão em flagrante é a preventiva se presentes os requisitos. (i) STJ/STF: não se manifestou. A Lei 7.960/89 é “um mal necessário”. STF: ADIN 162/DF:rejeitou a liminar contra a LPT. (ii) Mirabete: citando a exposição de motivos da LPT: o clima de pâni co que se estabele ce em nossas cidades, a certeza da impunidade que campeia célere na consciência de nosso povo , formando novos criminosos, exigem medidas firmes e decididas, entre elas a da prisão temporária. PRISÃO TEMPORÁRIA 3 REQUISITOS DIREITO 3.2. Periculum libertatis:hipóteses: OBS.: (iii) Paulo Rangel: a LPT é inconstitucional por vício de iniciativa; também porque ofende o Estado Democrático de Direito, quando permite que o Estado lance mão da prisão para investigar, ou seja, primeiro prende, depois investiga para saber se o indiciado, efetivamente é o autor do delito. PRISÃO TEMPORÁRIA 4 PRAZO DIREITO 4.1. Regra: 05 dias prorrogados por mais 05, em caso de comprovada e extrema necessidade. 4.2. Crimes hediondos e assemelhados (tráfico de drogas, terrorismo e tortura (Lei 8.072/90, art. 2º, §4º): 30 dias, prorrogados por mais 30, em caso de extrema e comprovada necessidade. 08/09/2017 43 PRISÃO TEMPORÁRIA 4 PRAZO DIREITO OBS.: (i) PT: exige requerimento fundamentado e não cabe prorrogação de ofício. (LPT,2º, caput). (ii) O MP deve ser ouvido quando o pedido de prorrogação partir da autoridade policial. (LPT,2º, §1º). PRISÃO TEMPORÁRIA 4 PRAZO DIREITO OBS.: (i) PT: exige requerimento fundamentado e não cabe prorrogação de ofício. (LPT,2º, caput). (ii) O MP deve ser ouvido quando o pedido de prorrogação partir da autoridade policial. (LPT,2º, §1º). PRISÃO TEMPORÁRIA 5 PROCESSAMENTO DIREITO 5.1. Legitimidade: representação da autoridade policial; requerimento do MP. (2º) 5.2. Competência: Juiz (2º); não pode ser decretada de ofício, nem por requerimento do querelante. Deve a decisão ser fundamentada (CF, 93, IX e LPT,2º, §2º). 5.3. Prazo: 24h para decidir sobre a prisão. (Lei 7.960/89,2º,§2º). 08/09/2017 44 PRISÃO TEMPORÁRIA 5 PROCESSAMENTO DIREITO 5.4. “Nota de culpa”: devem ser expedidas duas vias do mandado, sendo que uma via ficará com o preso e servirá de nota de culpa (2,º §4º). 5.5. Providências após a prisão: a autoridade policial deve informar o preso dos direitos previstos na CF (5º, LXII, LXIII, LXIV); submeter o preso a ECD-LC (2,º, §6º / §3º) PRISÃO TEMPORÁRIA 5 PROCESSAMENTO DIREITO 5.6. Término do prazo da prisão: ao final da prisão temporária o preso deve ser solto, uma vez que esta cautelar é específica para IP; Pode ser decretada a preventiva, se presentes os requisitos (2º, §7º). 5.7. Recurso: RESE (CPP, 581, V): contra a decisão que indefere a prisão, por interpretação extensiva. HC: contra a decisão que decreta a custódia, se ilegal o constrangimento. PRISÃO TEMPORÁRIA 5 PROCESSAMENTO DIREITO OBS.: (i) Vantagem da PT para a investigação: É o prazo. (ii) O preso temporário deve obrigatoriamente permanecer separado dos demais presos. (art. 3º). Na prática, observa-se o CPP, 300: Sempre que possível, as pessoas presas provisori amente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas ; condiciona-se a separação à existência de estrutura carcerária. 08/09/2017 45 DIFERENÇA PP E PTDIREITO PREVENTIVA (CPP) TEMPORÁRIA (LEI 7.960/89) Cabível na fase pré-processual e processual Cabível no Inquérito apenas Prazo indeterminado Prazo determinado: 05 + 05/ 30+30 (hediondos) Investigação criminal: decretação pelo juiz a requerimento do MP, ou representação do delegado. Decretação pelo Juiz, mediante requerimento do MP ou representação da autoridade policial. Não cabe decretação de ofício. Fase do Processo: requerimento do MP, querelante, assistente de acusação ou decretação de ofício. - REFERÊNCIAS DIREITO OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 21. Ed. São Paulo: Atlas, 2017. NUCCI, Guilherme de Sousa. Código de Processo Penal comentado. 16. Ed. São Paulo: Forense, 2017. LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 14. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017. TÁVORA, Nestor e ALENCAR, Rosmar. Curso de Direito Processual Penal. 12ª Ed. Bahia. JusPODIVM, 2017. AVENA, Noberto. Processo Penal esquematizado. 9. Ed. São Paulo: Método, 2017. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo penal. 16 Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017. MESSA, Ana Flávia. Curso de direito processual penal. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. 5.ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2016. GIACOMOLLI, Nereu José. O devido processo penal: abordagem conforme a Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica. Atlas, 03/2014. VitalBook file.
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