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03.Medidas Cautelares de Natureza Pessoal 1

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08/09/2017
1
CURSO: Direito
DISCIPLINA: Processo Penal-II
UNI DADE – III
( 2017.2)
MEDIDAS CAUTELARES DE NATUREZA 
PESSOAL 
(Prisões Cautelares e outras Medidas Diversas da Prisão)
Prof. Esp. Júlio Ugalde
julio.ugalde@uniron.edu.br
TEORIA DA PRISÃO
I – INTRODUÇÃO
DIREITO
1) CONCEITO
É a supressão da liberdade de alguém; é o
cerceamento da liberdade de locomoção (Nestor
Távora e Rosmar Alencar)
A prisão pode ser de natureza penal ou
natureza cível:
Penal: a) prisão pena (ou prisão defini tiva); b)
prisão processual (prisão sem pena).
Cível: a) prisão do devedor de alimentos; b)
depositário infiel;
TEORIA DA PRISÃO
I – INTRODUÇÃO
DIREITO
1) CONCEITO
OBS.: 
(i) Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do
depósito.
(STJ, 419. Descabe a prisão civil do depositário judicial
infiel.)
08/09/2017
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TEORIA DA PRISÃO
I – INTRODUÇÃO
DIREITO
2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL)
CF, 5º, LXI e CPP, 283
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
CPP, 283: Ninguém poderá ser preso senão em
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária
ou prisão preventiva.
TEORIA DA PRISÃO
I – INTRODUÇÃO
DIREITO
2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL)
2.1 Regra Geral
É necessária ordem escrita e fundamentada do juiz competente.
2.2 Prisão sem mandado judicial (exceção)
 flagrante delito
 transgressão militar
 crime militar
TEORIA DA PRISÃO
I – INTRODUÇÃO
DIREITO
2) FUNDAMENTO LEGAL (CONSTITUCIONAL)
OBS.:
(i) A transgressão militar e o crime militar: são prisões
administrativas-disciplinar.
08/09/2017
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TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
1) PRISÃO PENA
Para cumprimento de pena; resulta de
condenação. (regulada peloDireito Penal)
2) PRISÃO PROCESSUAL
Já sabemos que é a prisão provisória, cautelar,
sem pena.
É uma espécie de medida cautelar que acarreta a
prisão de alguém durante o processo, portanto, antes
de uma sentença condenatória definitiva.
OBS.: STF, HC 126.292/SP
TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
2) PRISÃO PROCESSUAL
Em outras palavras, é a p risão provisória qu e ocorre
antes do trânsito em julgado da sentenç a condenatória que tem
por objetivo impedir que o indiv íduo venha praticar novos
crimes ou que sua conduta interfira n a apuraç ão dos fatos e na
própria aplicação da sanção (AVENA).
OBS.:
A doutrina vem afirmando que agora temos duas
espécies de prisões cautelares: a) preventiva; b) temporária.
A prisão em flagrante (tecnic amente) tem “status” de
prisão pré-cautelar, u ma vez que ela, se homologad a, d eve ser
convertida em preventiva. (310)
TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
3) FINALIDADE DA PRISÃO CAUTELAR
 Resguardar o processo.
 Impedir que o indiciado /acusado venha praticar novos
crimes ou qu e sua conduta interfira n a apuração dos fatos e
na própria aplicação da sanção.
OBS.:
As cautelares são decretad as pelo juízo de cautelarid ade
(ou seja não é um juízo de certeza).
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TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
4) REQUISITOS
 Fumus comissi delicti:
prova do crime e indícios de autoria (justa causa).
 Periculum libertatis:
perigo de deixar o réu solto para o processo/para sociedade.
TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
5) CARACTERÍSTICAS
a) jurisdicion alid ade: tod a cautelar tem que ser
apreciada pelo juiz. A intervenção é obrigató ria, anterior ou
posterior.
b) acessoriedade: está vinculada a ação principal.
c) instrumentalid ade: é o instrumento p ara assegurar o
processo; para conseguir a medida principal.
d) provisoriedade : dura enquanto presentes os requisitos
e enquanto não vier a medida principal.
TEORIA DA PRISÃO
II – ESPÉCIES DE PRISÃO DE NATUREZA PENAL
DIREITO
5) CARACTERÍSTICAS
e) necessidade: necessária para o processo.
f) proporcionalidade (homogeneidade):
uma c autelar n ão pod e ser mais grave qu e a medida
principal. Essa característica é implícita na legislação . Ex.: CPP,
313: a prisão preventiva é só para crimes dolosos.
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TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
1) CONCEITO (CPP, 285)
É a ordem judicial de prisão instrumentalizada.
É o título emitido pelo juiz competente a viabilizar a
realização da prisão.
TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
2) REQUISITOS
CPP, 285, parágrafo único
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu
nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando
afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
execução.
TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
3) CUMPRIMENTO DO MANDADO DE PRISÃO
3.1 Legitimidade : oficial de justiç a, auto ridad e policial e seus
agentes.
3.2 Momento: (CPP, 283, §2º)
Qualquer dia e hora, resp eitad as as inviolabilid ades do
domicílio. (Obediência a CF, 5º, XI).
Restrição: à noite, n a casa em qu e o morador não
permitir a entrada.
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TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
3.3 Formalidades:
CPP, 286, 289-A,290, 291 299.
CF, 5º L XII: A pris ão de qualqu er p essoa e o local ond e se
encontre serão comunic ados imediatamente ao juiz co mpetente
e à família do preso ou à pessoa por ele indicada)
LXIII (o preso será informado d e s eus direitos, entre os
quais o de perman ec er calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado);
LXIV (o preso tem direito à identific ação dos responsáveis
por sua prisão ou por seu interrogatório policial)
TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
3.4 Emprego de força:
CPP, 284, 292. Sempre proporcional ao objet ivo (quando
há resistência e para evitar a fuga).
TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
3.5 Prisão em casa:
CPP, 293. O morador que não p ermitir entrada do policial
para cumprimento de mandado de prisão pode cometer:
a) desobediência, CP, 330;
b) resistência, CP, 329;
c) favorecimento pessoal, CP, 348.
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TEORIA DA PRISÃO
III – MANDADO DE PRISÃO
DIREITO
3.6 Banco de dados de Mandados (CPP, 289-A)
A ideia d esse dispositivo é a criação d e um banco de
dados nacional, no Conselho Nacion al d e Justiça, co m os
mandados d e p risão d e todo o p aís, s endo que qualqu er policial
poderá decretar essa prisão.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1) MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO
1.1 Conceito e natureza
São restrições pro visórias aos direitos individuais,
elenc adas na L ei, que pod em ser determinad as pelo juiz, durante
o processo (e na fase pré-proc essual), portanto, antes d e uma
sentença condenató ria defini tiva, a fim de evitar a prisão
cautelar, devendo ser decretadas por questão de necessidade e
adequação , conforme o caso concreto para ac autelar a aplicação
da lei, a investigação instrução crimin al ou evitar a prática de
infrações penais. (CPP, 282, I)
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1) MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO
1.1 Conceito e natureza
São medidas acautelatórias de interesse da jurisdição
criminal (PACELLI).
Trata-sede um instrumento restritivo da liberdade, de
caráter provisório e urgente, diverso da prisão, como forma de
controle e acompanhamento do acusado, durante a persecução
penal, desde que necessária e adequada ao caso concreto.
(NUCCI)
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.2 Finalidade (282, I)
As medidas cautelares tem por escopo:
a) garantir a aplicação da lei penal (é o caso, por exemplo,
do réu que ameaça fugir).
b) possibilitar a tranquilidade da investigação ou a
instrução criminal (é o caso do réu que ameaça testemunhas,
destrói provas etc.)
c) evitar a prática de infrações penais (é o caso de
extrema periculosidade do agente que, em liberdade, coloca em
risco a sociedade)
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.2 Finalidade (282,I)
Estas têm como pressuposto o subprincípio da
necessidade.
Contudo, devem ser adequadas: à gravidade do crime,
circunstâncias do fato e condições pessoais do agente.
OBS.:
(i) Está intrínseco no novo diploma que as medidas existem
para evitar a prisão cautelar. Está só em último caso; é excepcional,
cabível quando não for possível aplicar uma medida cautelar (cumulada
ou não).
A prisão preventiva é excepcional. Só poderá ser decretada
quando não houver medidas cautelares suficientes (necessárias e
adequadas).
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.3 Requisitos
Antes de falarmos dos requisitos normativos das medidas
cautelares, convém lembrar de dois princípios:
a) Não culpabilidade (estado de inocência);
b) Proporcionalidade.
Feitas essas considerações acerca dos princípios citados,
e considerando que as medidas em estudo são provisórias,
afirmamos que são requisitos das cautelares:
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.3 Requisitos
a) Fumus comissi delicti: prova do crime e indícios de
autoria (justa causa).
b) Periculum libertatis: existência de um risco social ou
processual. (CPP, 282).
OBS.:
As medidas cautelares para serem decretadas devem ser
necessárias e adequadas . Ademais, a medida eleita deve ser
proporcional à ofensa.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.4 Características (das cautelares)
Além de: jurisdicionalidade; instrumentalidade;
provisoriedade; necessidade; proporcionalidade, temos:
* Substitutividade: CPP, 282,§4º
* Cumulatividade: CPP,282, §1º
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.4 Características (das cautelares)
CPP, 282,
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a
medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.5 Hipóteses de inadimissibilidade
 Infração que não for cominada (cumulada,
isolada ou alternativamente) PPL (283,§1º)
OBS.:
Visão de PACELL I: a) Infraç ão de menor potencial ofensivo (cabe
transação); b) nos casos de possibilidade de suspensão
condicional do processo (porque já implic a medida
acautelatória).
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.6 Procedimento
1.6.1 Legitimidade (282, §2º)
a) Na fase do pré-processual
- MP (requerimento)
- Autoridade Policial (representação)
b) Na fase processual
- MP/querelante
- Assistente de acusação
- Juiz
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.6.2 Prazo
A lei nada dispõe. O juiz deverá observar a
necessidade da medida.(282, I e II).
1.6.3 Fundamentação
O juiz deve sempre fundamentar a decisão
que decreta a cautelar.
CF, 93, IX; 5º LXI
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.6.6 Contraditório
Impõe a intimação do agente (investigado
ou acusado) que se manifeste previamente à
decisão judicial de decretação da medida
cautelar, salvo se houver urgência na
apreciação da medida e se a ciência pelo agente
implicar perigo de ineficácia do provimento
judicial. (CPP,282, §3º)
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.6.5 Recurso
Se a for negada a medida: RESE 584, V (por
interpretaçãoextensiva);
Se for concedida a medida duas correntes
a depender da concepção do CPP, 313 como
requisito para decretação da PP: (AVENA)
a) se admitir a conversãoem PP (313): HC
b) se não admitir a conversão em PP: MS
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.7 Classificação
Quanto ao momento
a) Autônoma
b) Substitutiva
OBS.: Podem ser aplicadas de forma isolada ou
cumulada com outras. (282,§1º)
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies
Cautelares (diversas da prisão):CPP, 319
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
Finalidade: a) cientificar o juízo de que o acusado
permanece à sua disposição para a prática de atos; b)
mantê-lo informado quanto as atividades exercidas pele
acusado.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
II - proibição de acesso ou frequência a determinados
lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas infrações;
O juiz deve especificar os lugares que o acusado não
pode acessar ou frequentar; a proibição deve ser
relacionada às circunstâncias do fato.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
III - proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;
O contato pode se estender ao ofendido, testemunha
ou corréu. Deve acautelar a busca da verdade dos fatos.
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
Impõe a obrigação do acusado/investigado permanecer
no distrito da culpa a fim de não retardar a prática de
atos. Só poderá mudar de endereço mediante prévia
autorização do juiz.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos
dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
Requisitos: residência fixa; trabalho fixo; noites sem
ocupação e dias de folga.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
VI - suspensão do exercício de função pública ou de
atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de
infrações penais;
Exige fundadas razões de funcionário público se valer
da função para prática de infrações (peculato, corrupção);
também pode ser decretada se a relação entre o crime e o
desenvolvimento de atividade econômica/financeira do
agente (Crime contra ordem tributária ou contra o
sistema financeiro). Por ser uma cautelar não suspende os
vencimentos.
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELARE OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de
crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;
Aplica-se em sede de processo e não investigação. Exige
a prática de crimes mediante violência ou grave ameaça,
se for o caso de inimputabilidade ou semi-
imputabilidade.
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do
processo, evitar a obstrução do seu andamento
ou em caso de resistência injustificada à ordem
judicial;
TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
IX - monitoração eletrônica.
Visa permitir o controle judicial dos passos
(movimento) do investigado/acusado. Serve para
garantir a eficácia de outras medidas cautelares, e com
isso evitar a preventiva.
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TEORIA DA PRISÃO
IV – PRISÃO CAUTELAR E OUTRAS MEDIDAS
DIREITO
1.8 Espécies Cautelares (diversas da prisão)
X – A proibição de ausentar-se do País.
Deve entregar o passaporte ao juízo no prazo de 24h,
sob pena de preventiva.
PRISÃO EM FLAGRANTE
1) CONCEITO
DIREITO
É a medida cautelar, autorizada pela CF, 5º, LXI, que
ocorre quando o flagrado é surpreendido... (CPP, 302)
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos,
armas, objetos ou papé is que façam presumir ser ele autor
da infração.
PRISÃO EM FLAGRANTE
2) NATUREZA
DIREITO
a) ato de prisão;lavratura do auto:
São atos de natureza administrativa. (TOURINH O); A
prisão tem natureza inicialmente administrativa.
Homologação e conversão em prisão preventiva?
Temos uma prisão cautelar com natureza jurisdicional.
AVENA ressalta que a natureza da PF, após a Lei
12.403/06 é medida pré-cautelar (AURY).
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PRISÃO EM FLAGRANTE
2) NATUREZA
DIREITO
OBS.:
Autuado em flagrante o Delegado deve encaminhar o 
auto para o juiz. Nesse caso o juiz pode (CPP, 310):
 relaxar a prisão em flagrante;
 converter em prisão preventiva, se não for suficiente a
aplicação de outra medida cautelar diversa da prisão.
 conceder liberdade provisória.
PRISÃO EM FLAGRANTE
2) NATUREZA
DIREITO
OBS.:
CPP, 310, parágrafo único: prisão em flagrante
com excludente de ilicitude: o juiz concede liberdade
provisória sem fiança, vinculada ao comparecimento a
todos os atos processuais.
PRISÃO EM FLAGRANTE
3) SUJEITOS
DIREITO
3.1 Sujeito ativo:CPP,301.
Qualquer pessoa pode (flagrante facultativo);
é um exercício regular de direito. (CP,23,III, 2ªp)
A autoridade policial e seus agentes devem
(flagrante obrigatório, compulsório,coercitivo); é
um estrito cumprimento do dever legal. (CP, 23, III,
1ªp)
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PRISÃO EM FLAGRANTE
3) SUJEITOS
DIREITO
3.1 Sujeito ativo:CPP,301.
Se a autoridade policial não prender pode incorrer em
crime de prevaricação – CP, 319, se houver
sentimento ou interesse;
ou desídia funcional. Nesse caso pode responder na
Corregedoria.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.1 Sujeito ativo:CPP, 301.
OBS.:
O sujeito ativo da pr isão em flagrante não se
confunde com o condutor.
O primeiro é o efetua a prisão; o segundo é quem
apresenta o preso à autoridade policial que lavrará o
flagrante, que nem sempre é quem efetuou a prisão.
Ex.: populares, ou PM à paisana prende em flagrante ,
acionam a guarnição de serviço, que conduz o preso à
Delegacia.
PRISÃO EM FLAGRANTE
3) SUJEITOS
DIREITO
3.2. Sujeito passivo:
Quem pode ser preso em flagrante delito?
Qualquer pessoa (regra geral).
Exceção:
Não podem ser presos:
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:Não podem ser presos:
•Presidente da República (CF, 86, §3º). O PR só pode
ser preso por crime comum em virtude de sentença
condenatória.
•Menores de 18 anos (ECA,106,171,172 e 173)
•Diplomatas (CPP, 1º, I e Convenção de Viena/1961).
Estende-se aos familiares e funcionários das
organizações internacionais em exercício
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:Não podem ser presos:
•Os que se enquadrem na Lei 9.099/95,69,parágrafo único.
•Os que se enquadrarem no CTB, 301 (Lei 9.503/97). O
legislador quis evitar a fuga do condutor envolvido em
acidente, por medo da prisão.
•Os usuários de drogas Lei 11.343/2006,28.Não cabe prisão.
•Se houver apresentação espontânea (Ver 304). Ausência de
periculum libertatis.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
OBS.:
i) Membros do Congresso Nacional: somente podem se
presos por crimes inafiançáveis, devendo após a
lavratura do auto serem apresentados à respectiva
Casa Legislativa, para apreciação da prisão, por maioria
dos membros (maioria simples). (CF, 53, §2º). Idem
Parlamentares estaduais (CF, 27, §1º, c/c 53, §1º). Não se
aplica aos vereadores.
OBS.:Sen.Delcídio do Amaral (STF)
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
OBS.:
(ii) Magistrados e MP: somente podem se presos por
crimes inafiançáveis, devendo após a lavratura do auto
serem apresentados ao Presidente do TJ ou a PGJ.
(LOMAN, LC 33/79, 33, II e LONMP, L8.625/93, 40,
III).
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
OBS.:
(iii) Advogado: só poderá ser preso em flagrante, por
motivo de exercício da profissão em caso de crime
inafiançável, tendo direito a presença de um
representante da OAB durante a lavratura, sob pena de
nulidade do auto.(Lei 8.906/94,7º,§3º e IV).
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
(iv) Cônsules: gozam de imunidade restrita,
compreendendo somente atos praticados no âmbito de
suas atividades funcionais.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
(iv) Cônsules: gozam de imunidade restrita,
compreendendo somente atos praticados no âmbito de
suas atividades funcionais.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
(i) O CPP, 307 (parte final) faculta ao juiz a lavratura do
flagrante. Caso o juiz lavre o APFD não há se falar em
homologação por outro juiz ou Tribunal, uma vez que
se conclui logicamente que ele observou todas as
formalidades legais. Távora/Alencar: o juiz que lavrar o
auto de prisão não pode julgar o caso (ex. desacato),
por está com sua imparcialidade comprometida.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
3) SUJEITOS
3.2. Sujeito passivo:
(ii) Outras autoridades, podem lavrar auto de prisão,
em determinadas situações, no exercício de sua
profissão. (CPP,4º,parágrafo único).STF,397.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS
ESPÉCIES DE CRIME
4.1 Crimes de ação penal pública condicionada à
representação:
É necessária a representação. Pode ocorrer no
próprio termo de declarações do ofendido ou mesmo
em requerimento a parte.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS
ESPÉCIES DE CRIME
4.2 Crimes de ação penal privada:
É necessária a autorização. Idem a
representação.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS
ESPÉCIES DE CRIME
4.3 Crime permanente:
É aquele crime em que a consumação se
prolongano tempo, ex. CP, 148 – Sequestro e cárcere
privado) a prisão em flagrante pode ser realizada a
qualquer tempo.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
4) A PRISÃO EM FLAGRANTE NAS DIVERSAS
ESPÉCIES DE CRIME
4.4 Crime habitual:
São aqueles que exigem para consumação a
reiteração de condutas, pois materializa o modo de vida do
infrator). Não cabe prisão em flagrante, dada a dificuldade
de se aferir a reiteração de condutas. A prisão em flagrante
só retrataria um ato isolado e não reiteração de atos.
(Távora/Alencar, acompanhando Tourinho; idem Avena); é
cabível a prisão em flagrante se possível comprovar a
habitualidade. Ex.: CP, 229 – Casa de prostituição
(Mirabete).
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.1. Flagrante próprio, real ou verdadeiro (CPP,
302, I e II)
Ocorre quando o agente é flagrado cometendo a
infração ou acaba de cometê-la.
Na primeira hipótese o agente é preso na
execução da conduta;
Na segunda quando termina de cometer a
infração.A prisão deve ocorrer de imediato.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.2. Flagrante impróprio, irreal, quase-flagrante
(CPP, 302 III /290, §1º“a” e “b”)
Nessa modalidade o agente é perseguido logo
após a prática da infração penal, em situação que faça
presumir-se se o autor do fato delituoso.
Perseguição: logo após.
Requisitos: perseguição ininterrupta e pessoa
determinada ou determinável.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.2. Flagrante impróprio, irreal, quase-flagrante
(CPP,302 III /290,§1º “a” e “b”)
“logo após: sem longo intervalo. O tempo necessário
para a polícia chegar ao local do crime, colher as provas e
iniciar a perseguição.
Não há prazo para a prisão em flagrante, pode
demorar 01 dia, 02 dias, 10 dias , 30 dias, que a prisão em
flagrante será perfeita. (Ex: Caso Dr. Cézar Pizzano). HC:
126.980,STJ
CPP, 290, §1º: conceito de perseguição.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.3. Flagrante ficto, presumido ou assimilado (CPP,
302, IV)
Nessa espécie de flagrante o agente é preso depois
de cometer a infração com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que presumam ser ele o autor do delito. Não exige a
perseguição, basta que o agente seja encontrado logo
depois.
encontrado logo depois.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.4. Flagrante facultativo:
Qualquer pessoa pode prender.(301)
5.5. Flagrante compulsório, obrigatório ou
coercitivo:
Autoridade policial e agentes (PC, PM, PF, PRF,
BM, PFF).Alcança as forças de segurança pública.(301)
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PRISÃO EM FLAGRANTE
V – PRISÃO EM FLAGRANTE
DIREITO
5 ESPÉCIES
5.6.Flagrante preparado ou provocado
É a prisão em flagrante irregular por obra do agente
provocador (policial ou particular).
O agente provocador: prepara; provoca medidas
idôneas; ocasiona a prisão em flagrante na execução, antes
da consumação.
O agente é instigado (induzido) a cometer o crime,
não sabendo que está sob vigi lância atenta dos policiais, que
esperam o início dos atos de execução do agente para
realizar o flagrante.
OBS.:Se tais medidas forem insuficientes, há crime.
(Súmula do STF: 145)
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.6. Flagrante preparado ou provocado
Trata-se de caso de cláusula supralegal do CP,
17,crime impossível (DAMÁSIO).
OBS.: No caso de crime permanente a prisão em
flagrante é legítima, uma vez que o flagrado já estava
consumando o delito, sem necessitar de obra do agente
provocador.Caso de tráfico de drogas.
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.7. Flagrante esperado
É prisão legítima.
Há a notícia de que o crime poder ocorrer; não
há agente provocador; mas a polícia com trabalho de
inteligência e prevenção, se antecipou ao criminoso e
esperou o início da execução do crime para dar o
flagrante. Ex.: Estelionato – banco; Roubo banco
(campanha/tocaia).A polícia chegou na hora “H”.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
OBS.:
Eugênio Pacelli: é contrário a posição do STF. Ele
defende que não há diferença entre o flagrante
preparado e o esperado para fins de consumação do
crime, uma vez que em ambas o agente e impedido de
consumar o delito. Ele critica a fundamentação para
aceitação de um e invalidação de outro: a
impossibilidade de consumação do crime, uma vez que
em ambos a polícia atua pra evitar a consumação do
crime (ou o seu exaurimento).
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.8. Flagrante protelado, prorrogado, retardado,
diferido, estratégico
O ordenamento autoriza que a prisão seja
realizada posteriormente; a lei autoriza a polícia
prender em flagrante no momento mais adequado,
ainda que a prisão seja postergada.
Visa permitir que a polícia obtenha maiores
informações a respeito da ação criminosa.
(Lei 11.343/06,53,II,LAD).
PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
5 ESPÉCIES
5.9. Flagrante forjado,fabricado
É aquele em que há a criação de provas contra
alguém para que ela seja presa em flagrante. Quem o
faz comete o crime do CP, 339 (denunciação caluniosa).
Ex.: Equipe policial invade casa (sem autorização
judicial) achando que ia encontrar armas de fogo; como
não encontram, plantam drogas para prender o
morador em flagrante e legitimar a invasão indevida.
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PRISÃO EM FLAGRANTEDIREITO
6) O AUTO DE PRISÃO
6.1.Aspectos gerais:
a) Natureza jurídica: é um procedimento
administrativo-policial que formaliza a prisão em
flagrante.
b) Prazo: CPP 306, 24h (previsão implícita).
Entrega da Nota de Culpa e Comunicação ao juiz.
PRISÃO EM FLAGRANTE
6) O AUTO DE PRISÃO
DIREITO
6.1.Aspectos gerais:
a) Natureza jurídica: é um procedimento
administrativo-policial que formaliza a prisão em
flagrante.
b) Prazo: CPP 306, 24h (previsão implícita).
Entrega da Nota de Culpa e Comunicação ao juiz.
PRISÃO EM FLAGRANTE
6) O AUTO DE PRISÃO
DIREITO
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele
indicada.
§ 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao
juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas
colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para
a Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das
testemunhas.
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PRISÃO EM FLAGRANTE
6) O AUTO DE PRISÃO
DIREITO
c) Composição do APFD:
 oitiva do condutor;
 oitivas das testemunhas (mínimo duas; o STJ aceita o condutor
como sendo a 1ª testemunha; admite-se, na ausência das
testemunhas, que o delegado conte com testemunhas de
apresentação, que, em regra, não presenciaram o delito, mas são
conhecedores da prisão);
 oitiva da vítima (se possível);
 interrogatório do conduzido (é possível que não ocorra, no caso de
agente hospitalizado);
 auto de prisão;
 despacho de providências, etc.
 Não se convencendo do estado de flagrância ou entendendo que
não há crime o delegado de polícia deixa de ratificar prisão e relaxa
a prisão em flagrante.
PRISÃO EM FLAGRANTE
6) O AUTO DE PRISÃO
DIREITO
6.3. Providências complementares (formalidades
legais)
a) expedição de nota de culpa no prazo de 24h,contendo
data, local, hora, nome dos responsáveis pela prisão e da
autoridade que lavrou o auto,etc.
b) recolhimento à custódia (304, §1º)
c) comunicações (306)
 Ao juiz e ao MP,306,caput e §1º
 Família do preso ou pessoa por ele indicada,306, caput
 Defensoria Pública, se não indicar defensor, 306, §1º
PRISÃO EM FLAGRANTE
6) O AUTO DE PRISÃO
DIREITO
6.4. Recebimento do auto de prisãoemJuízo:
O juiz pode conceder:
 relaxamentoda prisão quandoilegal
 l iberdade provisória;
medida cautelar diferentede prisão;
 converter em prisão preventiva.
OBS.: Audiência de Custódia: Resolução 213/2015 - CNJ
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PRISÃO PREVENTIVA
1 CONCEITO
DIREITO
É a modalidade de prisão cautelar
decretada pelo juiz com base nos artigos 311 e
312 do CPP, que pode ocorrer durante o
inquérito policial ou na fase processual.
É uma medida cautelar de constrição à
liberdade do indiciado ou réu, por razões de
necessidade, respeitados os requisitos definidos
em lei. (NUCCI).
PRISÃO PREVENTIVA
1 CONCEITO
DIREITO
É a prisão de natureza cautelar mais ampla, sendo
uma eficiente ferramenta de encarceramento durante
toda a persecução penal, leia-se, durante o inquérito
policial e na fase processual.(TAVORA/ALENCAR).
É a medida que tutela a persecuça ̃o penal,
objetivando impedir que eventuais condutas praticadas
pelo alegado autor e/ ou por terceiros possam colocar
em risco a efetividade da fase de investigaça ̃o e do
processo. (PACELLI)
PRISÃO PREVENTIVA
2) NATUREZA JURÍDICA
DIREITO
É prisão cautelar de natureza processual; é 
medida de natureza cautelar.
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PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS (CPP, 312)
DIREITO
3.1. Fumus comissi delicti:
Prova do crime e indícios suficientes de autoria –
justa causa.São os pressupostos para a cautelar.
PACELLI:requisitos fáticos;
A materialidade delitiva deve estar devidamente
comprovada para que o haja a decretação da medida
cautelar.
Autoria: basta indícios; não é necessário prova
robusta.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
É o fator de risco que justifica a medida cautelar.
O legislador definiu as situações que representam o
perigo da liberdade do agente.
Távora/Alencar: hipóteses de decretação.
Avena: fundamentos legais.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
É o fator de risco que justifica a medida cautelar.
O legislador definiu as situações que representam o
perigo da liberdade do agente.
Távora/Alencar: hipóteses de decretação.
Avena: fundamentos legais.
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PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública: deve ser
decretada apenas por cautelaridade social, ou seja ,
evitar que o agente continue delinquindo (praticando
novos crimes).
Não pode ser decretada pelo clamor público,
gravidade,credibilidade da justiça.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública:
A ordem pública, segundo a jurisprudência, citada
por PACCELI, é o risco ponderável da repetição da ação
delituosa objeto do processo, acompanhado do exame
acerca da gravidade do fato e sua repercussão.
Ex.: STJ: quando houver possibilidade concreta de
reiteração criminosa grave (HC 79.394/RJ – Min. Félix
Fischer).
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública:
STF: HC 84.498/BA: reconheceu a decretação da
preventiva em razão da enorme repercussão em
comunidade interiorana. Informativo 374/2005. (Min.
Rel. Joaquim Barbosa)
Clamor Público: não é suficiente para
fundamentar a constrição cautelar. (STF: HC
94.554/BA).
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PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública:
AVENA: entende que deve ser admitida a
preventiva em hipótese de real e inequívoco abalo
social provocado pela prática de crimes de extrema
gravidade, visando o restabelecimento do sossego social
e a própria credibilidade da justiça criminal.
NUCCI defende que é necessária: gravidade da
infração + repercussão social.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública:
AVENA: entende que deve ser admitida a preventiva
em hipótese de real e inequívoco abalo social provocado
pela prática de crimes de extrema gravidade, visando o
restabelecimento do sossego social e a própria
credibilidade da justiça criminal.
NUCCI defende que é necessária: gravidade da
infração + repercussão social.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2.Periculum libertatis:
a) garantia da ordem pública:
TOURINHO critica a decretação da medida com base
na ordem pública e no clamor público gerado por divulgações na
rádio/televisão de periculosidade do réu.
Ele chama de “execução sumária”.Aliás, o Mestre entende
que a decretação da preventiva com base na garantia da ordem
pública é incompatível com a CF;
Trata-se de abuso de autoridade porque fere a presunção
de inocência, sendo uma antecipação de pena.
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PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
b) garantia da ordem econômica:
Hipótese in serida no CPP pela lei Antitruste – Lei
8.884/94, visando coibir os abusos à ordem econômica, ou seja,
a prática de crimes contra a ordem econômica.
Avena diz que deve existir:
gravidade da infração + repercussão social +
probabilidade de reiteração da conduta criminosa, para que a
medida seja fator de tranquilidade social.
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
c) conveniência da instrução: cautelaridade processual.
Quer se evitar destruição de provas, ameaça a
testemunha, comprometimento da busca da verdade; que o
agente forje provas.
Tutela-se a livre produção probatória (Távora/Alencar).
Nesse caso, a prisão decretada em razão de
perturbação ao regular andamento do processo, o que
ocorrerá, quando o acusado ou outra pessoa em seu nome
estiver provocando qualquer incidente que resulte prejuízo
manifesto para a instrução criminal (PACELLI).
PRISÃO PREVENTIVA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:
d) assegurar a aplicação da lei penal: cautelari dade
processual.
Evidentemente instrumental, poi s tutela o processo; visa
garantir a ação penal.
 Quer se evitar fuga do investigado/réu.
 Quer se evitar o sumiço do autor do fato que deseja
eximir-se de eventual cumprimento da sanção penal.
 Para tanto, deve haver demonstração fundada quanto à
possibilidade de fuga.
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PRISÃO PREVENTIVA
4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
DIREITO
Na visão de PACELLI, são requisitos normativos, que tem
por escopo saber quando é cabível a medida cautelar
4.1. Crimes dol osos com PPL superior a quatro
anos:
São os crimes considerados mai s graves em nosso
ordenamento.
PRISÃO PREVENTIVA
4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
DIREITO
4.2. Crimes dol osos (punidos com reclusão/detenção)
em que o réu seja reincidente.
Se não for caso do CP, 64, I.
OBS.:
 Reincidência: não prevalece a condenação anterior, se entre a
data do cumprimento ou extinção da pena e a infração
posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5
(cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou
do livramento condicional, se não ocorrer revogação.
 Nesta hipótese não há limitação do 313, I.
PRISÃO PREVENTIVA
4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
DIREITO
4.3. Garantir medidas protetivas de urgência:
Lei, 11.340/06,artigo 20. (Lei Maria da Penha)
Só é cabível a prisão preventiva, nesta hipótese do inciso
IV para os crimes dolosos, se a medida protetiva for
insuficiente para assegurar o direito da mulher.
Ex.: lesão corporal, ameaça, injúria, etc.
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PRISÃO PREVENTIVA
4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
DIREITO
4.4 Se houver dúvida sobre a identidade do agente e
este não oferecer elementos para esclarecê-la: (CPP, 313,
p.u.).
Identificado o agente este deve ser colocado em
liberdade(é a provisoriedade).
PRISÃO PREVENTIVA
4 HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE
DIREITO
4.4. Se for caso de descum primento das medidas
cautelares diversas da prisão:
É o caso da prisão preventiva subsidiária. (CPP, 282, §4, 312,
p.u.).
AVENA, PACELLI: dispensável análise do CPP,313, I.
TÁVORA/ALENCAR defendem que deve ser analisado
com base no CPP,313, I.
PRISÃO PREVENTIVA
5 HIPÓTESES DE INADMISSIBILIDADE
DIREITO
5.1. Contravenção penal: são previstas na LCP: Dec-Lei
3.688/41.
5.2. Crimes culposos (312,313)
5.3. N o caso do CPP, 310, p.u. e 314 (excludentes de
ilicitude)
5.4. Se o for o caso de liberdade provisória (com ou sem
fiança) ou outra medida cautelar diversa.
(vide CPP,310 e 319)
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PRISÃO PREVENTIVA
6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO
DIREITO
6.1. Competência:
 Juiz, durante o inquérito policial ou processo penal
(CPP, 311): pode decretar de ofício na ação penal;
se for durante a investigaçãodeve ser provocado.
6.2. Legitimidade:
a) InvestigaçãoPolicial:
Representação do delegado ou requerimento do
MP;
b) Processo Penal:
Juiz (ex officio); MP, querelante e assistente de
acusação.
PRISÃO PREVENTIVA
6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO
DIREITO
6.3. Revogação e nova decretação:
É possível a qualquer tempo, no curso do processo a
preventiva ser revogada.
Também pode ser novamente decretada.
A prisão preventiva deve existir sempre que necessária
ao processo.
CPP,316:aplica-se o CPP,282, §§ 4º e 5º.
PRISÃO PREVENTIVA
6 PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO
DIREITO
6.4. Fundamentação: é exigida (CPP, 315,CF, 93, IX)
6.5. Recurso:
 RESE (CPP, 581, V): Se o juiz indeferir o requerimento da
prisão ou revogá-la.
 Habeas Corpus: se o juiz negar o pedido de revogação ou
decretar a prisão.
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PRISÃO PREVENTIVA
7 PRISÃO DOMICILIAR (317, 318)
DIREITO
7.1 Conceito
É a medida que substitui a prisão preventiva, permitindo
que o investigado/acusado se recolha em sua resid ência, não
podendo se ausentar dela, a não ser que haja ordem judicial, que
deve se embasar em prova idônea para sua concessão.
PRISÃO PREVENTIVA
7 PRISÃO DOMICILIAR (317, 318)
DIREITO
7.2 Cabimento
a) quando o agente tiver mais de 80 anos
b) quando o agente estiver acometido de doença grave;
c) quando o agente for imprescindível aos cuidados de
menor de 06 anos de idade ou deficiente;
d) quando a agente for gestante;
e) quando a agente tiver filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos;
f) quando o agente for o único responsável pelos
cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
(Redação dada pela Lei 13.257/16.)
PRISÃO PREVENTIVA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIREITO
1ª) Cumprida a PP durante o inquérito policial o
delegado terá o prazo de 10 dias para concluir a investigação e
remeter os autos ao juiz (em Rondônia ao MP), sob pena de
cometer crime de abuso de autoridade.
O prazo conta-se da data da prisão, como prazo penal.
(CPP, 10)
Se o IP for de atribuição da PF: 15 dias (podendo ser
prorrogável), conforme Lei 5.010/66, 66; se for crime de tráfico:
30 dias, Lei 11.343/06,51.
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PRISÃO PREVENTIVA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIREITO
2ª) Recebido os autos do IP o MP terá o prazo de 05 dias 
para oferecer denúncia. (CPP, 46)
Se não denunciar?
PRISÃO PREVENTIVA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIREITO
3ª) Prazo para a prisão preventiva:
Não há prazo, mas a doutrina construiu a partir do
prazo do rito ordinário (que é o mais longo), chegando
atualmente a 86 dias.
PACELLI:
-10 dias para conclusão do inquérito (10)
-05 dias para oferecimento da denúncia (46)
-10 dias para a resposta escrita (396)
-60 dias (até) para a audiência de instrução (400) a serem
acrescidos do prazo de 24h para a decisão de recebimento
da denúncia (e eventualmente do prazo da PT) (LPT, 2º)
PRISÃO PREVENTIVA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIREITO
3ª) Prazo para a prisão preventiva:
STJ, 21:pronunciado o réu, fica superada a alegação do
constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na
instrução;
STJ, 52: encerrada a instrução criminal, fica superada a
alegação de constrangimento por excesso de prazo.
STJ, 64: não constitui constrangimento ilegal o excesso de
prazo na instrução, provocado pela defesa.
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PRISÃO PREVENTIVA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIREITO
STF, HC106.448/RJ (2.ª Turma):
Ao referir, com menção a precedentes, que o STF tem
deferido a ordem de habeas corpus, nos casos a envolver
alegação de excesso de prazo, somente em hipóteses
excepcionais, nas quais á mora processual:
a) Seja decorrência exclusiva de diligências suscitada s pela
atuação da acusação;
b) Resulte da inércia do próprio aparato judicial, em
atendimento ao princípio da razoável duração do processo ,
nos termos do art. 5.º, LXXVIII; e, por fim,
c) Seja incompatível com o princípio da razoabilidade, ou,
quando o excesso de prazo seja gritante.
PRISÃO TEMPORÁRIA
1 CONCEITO
DIREITO
É modalidade de prisão cautelar, com prazo
determinado, decretada com base na Lei 7.960/89,
cujo objetivo é possibilitar investigação de crimes
graves em inquéritos policiais.
MIRABETE: trata-se de medida acautelatória, de
restrição de liberdade de locomoção, por tempo
determinado, destinada a possibilitar as investigações a
respeito de crimes graves, durante o inquérito policial.
PRISÃO TEMPORÁRIA
1 CONCEITO
DIREITO
É uma modalidade de prisão cautelar, cuja
finalidade é assegurar uma eficaz investigação policial,
quando se tratar de apuração de infração penal de
natureza grave.(NUCCI)
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PRISÃO TEMPORÁRIA
2 NATUREZA JURÍDICA
DIREITO
É medida cautelar de constrição à liberdade.
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.1. Fumus comissi delicti:
Lei 7.960/89, art. 1º, III e LCH (8.072/90), art. 2º,
§4º:
Quando houver fundadas razões, de acordo com
qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria
ou participação do indiciado nos crimes... “rol” –
materialidade)
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.1. Fumus comissi delicti:LPT, art. 1º, III:
a) homicídio doloso (artigo 121,caput,e seu § 2o);
b)sequestro ou cárcere privado (artigo 148, caput, e
seus §§ 1o e 2o);
c) roubo (artigo 157,caput,e seus §§ 1o,2o e 3o);
d) extorsão (artigo 158,caput,e seus §§ 1o e 2o);
e) extorsão mediante sequestro (artigo 159, caput, e
seus §§ 1o,2o e 3o);
f) estupro (artigo 213, caput, e sua combinação com o
artigo 223,caput,e parágrafo único);
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PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.1.Fumus comissi delicti:LPT,art. 1º, III:
g) atentado violento ao pudor (artigo 214, caput, e sua
combinação com o artigo 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (artigo 219, e sua combinação com o
artigo 223, caput, e parágrafo único);
O crime de rapto foi expressamente revogado pela Lei no
11.106, de 28-3-2005.
i) epidemia com resultado de morte (artigo 267, § 1o);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia
ou medicinal qualificado pela morte (artigo 270, caput,
combinado com o artigo 285);
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.1. Fumus comissi delicti:LPT, art. 1º, III:
l) quadrilha ou bando (artigo 288), todos do Código
Penal;
m) genocídio (artigos 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de
1o de outubro de 1956), em qualquer de suas formas
típicas;
n) tráfico de drogas (artigo 12 da Lei no 6.368,de 21 de
outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei no 7.492, de
16 de junho de 1986).
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
LPT 1º, I ou II
I – quando imprescindível para as investigaçõesdo inquérito policial; ou II – quando o indiciado não
tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;) +
inciso III.
1ª) Essa é a posição majoritária (NUCCI,
SCARANCE).
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PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
Eugênio Pacelli: I e III, pois a II está contida na I.
(STJ,RHC 22.251/MG)
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
OBS.:
A LPT é inconstitucional.
ELMIR DUCLERC, TOURINHO FILHO, RANGEL,
TÁVORA/ALENCAR):.Fundamentos:
a) inconstitucionalidade formal: a Lei teve origem
em MP111/89;
b) inconstitucionalidade material, uma vez que
não é medida cautelar, mas uma antecipação dos efeitos
da sentença condenatória.
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
OBS.:
Távora/Alencar: a única medida cabível na fase do
inquérito, afora a prisão em flagrante é a preventiva se presentes
os requisitos.
(i) STJ/STF: não se manifestou. A Lei 7.960/89 é “um mal
necessário”. STF: ADIN 162/DF:rejeitou a liminar contra a LPT.
(ii) Mirabete: citando a exposição de motivos da LPT: o clima de
pâni co que se estabele ce em nossas cidades, a certeza da
impunidade que campeia célere na consciência de nosso povo ,
formando novos criminosos, exigem medidas firmes e decididas, entre
elas a da prisão temporária.
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PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
OBS.:
Távora/Alencar: a única medida cabível na fase do
inquérito, afora a prisão em flagrante é a preventiva se presentes
os requisitos.
(i) STJ/STF: não se manifestou. A Lei 7.960/89 é “um mal
necessário”. STF: ADIN 162/DF:rejeitou a liminar contra a LPT.
(ii) Mirabete: citando a exposição de motivos da LPT: o clima de
pâni co que se estabele ce em nossas cidades, a certeza da
impunidade que campeia célere na consciência de nosso povo ,
formando novos criminosos, exigem medidas firmes e decididas, entre
elas a da prisão temporária.
PRISÃO TEMPORÁRIA
3 REQUISITOS
DIREITO
3.2. Periculum libertatis:hipóteses:
OBS.:
(iii) Paulo Rangel: a LPT é inconstitucional por
vício de iniciativa; também porque ofende o Estado
Democrático de Direito, quando permite que o Estado
lance mão da prisão para investigar, ou seja, primeiro
prende, depois investiga para saber se o indiciado,
efetivamente é o autor do delito.
PRISÃO TEMPORÁRIA
4 PRAZO
DIREITO
4.1. Regra: 05 dias
prorrogados por mais 05, em caso de
comprovada e extrema necessidade.
4.2. Crimes hediondos e assemelhados
(tráfico de drogas, terrorismo e tortura (Lei 8.072/90,
art. 2º, §4º): 30 dias, prorrogados por mais 30, em caso
de extrema e comprovada necessidade.
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PRISÃO TEMPORÁRIA
4 PRAZO
DIREITO
OBS.:
(i) PT: exige requerimento fundamentado e
não cabe prorrogação de ofício. (LPT,2º, caput).
(ii) O MP deve ser ouvido quando o pedido de
prorrogação partir da autoridade policial. (LPT,2º, §1º).
PRISÃO TEMPORÁRIA
4 PRAZO
DIREITO
OBS.:
(i) PT: exige requerimento fundamentado e
não cabe prorrogação de ofício. (LPT,2º, caput).
(ii) O MP deve ser ouvido quando o pedido de
prorrogação partir da autoridade policial. (LPT,2º, §1º).
PRISÃO TEMPORÁRIA
5 PROCESSAMENTO
DIREITO
5.1. Legitimidade: representação da autoridade
policial; requerimento do MP. (2º)
5.2. Competência: Juiz (2º); não pode ser
decretada de ofício, nem por requerimento do
querelante. Deve a decisão ser fundamentada (CF, 93,
IX e LPT,2º, §2º).
5.3. Prazo: 24h para decidir sobre a prisão. (Lei
7.960/89,2º,§2º).
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PRISÃO TEMPORÁRIA
5 PROCESSAMENTO
DIREITO
5.4. “Nota de culpa”: devem ser expedidas
duas vias do mandado, sendo que uma via ficará com o
preso e servirá de nota de culpa (2,º §4º).
5.5. Providências após a prisão: a autoridade
policial deve informar o preso dos direitos previstos na
CF (5º, LXII, LXIII, LXIV); submeter o preso a ECD-LC
(2,º, §6º / §3º)
PRISÃO TEMPORÁRIA
5 PROCESSAMENTO
DIREITO
5.6. Término do prazo da prisão: ao final da
prisão temporária o preso deve ser solto, uma vez que
esta cautelar é específica para IP;
Pode ser decretada a preventiva, se presentes os
requisitos (2º, §7º).
5.7. Recurso:
RESE (CPP, 581, V): contra a decisão que indefere
a prisão, por interpretação extensiva.
HC: contra a decisão que decreta a custódia, se
ilegal o constrangimento.
PRISÃO TEMPORÁRIA
5 PROCESSAMENTO
DIREITO
OBS.:
(i) Vantagem da PT para a investigação: É o prazo.
(ii) O preso temporário deve obrigatoriamente
permanecer separado dos demais presos. (art. 3º).
Na prática, observa-se o CPP, 300: Sempre que possível, as
pessoas presas provisori amente ficarão separadas das que já
estiverem definitivamente condenadas ; condiciona-se a separação à
existência de estrutura carcerária.
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DIFERENÇA PP E PTDIREITO
PREVENTIVA
(CPP)
TEMPORÁRIA
(LEI 7.960/89)
Cabível na fase pré-processual e
processual
Cabível no Inquérito apenas
Prazo indeterminado Prazo determinado: 05 + 05/ 30+30
(hediondos)
Investigação criminal: decretação
pelo juiz a requerimento do MP, ou
representação do delegado.
Decretação pelo Juiz, mediante
requerimento do MP ou
representação da autoridade policial.
Não cabe decretação de ofício.
Fase do Processo: requerimento do
MP, querelante, assistente de
acusação ou decretação de ofício.
-
REFERÊNCIAS
DIREITO
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 21. Ed. São Paulo: Atlas, 2017.
NUCCI, Guilherme de Sousa. Código de Processo Penal comentado. 16. Ed. São Paulo:
Forense, 2017.
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 14. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
TÁVORA, Nestor e ALENCAR, Rosmar. Curso de Direito Processual Penal. 12ª Ed. Bahia.
JusPODIVM, 2017.
AVENA, Noberto. Processo Penal esquematizado. 9. Ed. São Paulo: Método, 2017.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo penal. 16 Ed. São Paulo:
Saraiva, 2013.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MESSA, Ana Flávia. Curso de direito processual penal. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
REIS, Alexandre Cebrian Araújo. GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual
penal esquematizado. 5.ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2016.
GIACOMOLLI, Nereu José. O devido processo penal: abordagem conforme a
Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica. Atlas, 03/2014. VitalBook
file.

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