AULA 10 FARMACOBOTANICA

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DESAFIO AULA 10
1) Quanto tempo as plantas vivem?
2) Todas as plantas são iguais?
3) Quais são as partes distintas do corpo de uma planta?
4) Para que servem as raízes das plantas?
5) Que tecidos devem constituir o corpo primário da raiz? 
E o secundário?
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE
Angiospermae são vegetais ditos completos, pois apresentam todos os 
órgãos vegetativos e reprodutivos. Estes apresentam morfologia variável e 
compatível com as suas respectivas funções.
RAIZ Absorção e Fixação 
Órgãos vegetativos CAULE Sustentação
FOLHA Nutrição, Trocas gasosas 
Evapotranspiração
Reprodução sexuada
FLOR Proteção do embrião
Órgãos reprodutivos SEMENTE Nutrição do embrião
FRUTO Dispersão das espécies
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE
A morfologia representa a forma e a aparência da planta. Os 
caracteres morfológicos são facilmente observáveis e são práticos nas 
descrições dos táxons. O estudo da morfologia externa dos vegetais 
fornece os caracteres usados para uma identificação prática das plantas e 
foram, por muito tempo, usados como fontes de evidências taxonômicas no 
início dos estudos de sistemática vegetal. 
Antes de conhecer em detalhe os diferentes órgãos das 
Angiospermae, cabe mencionar a longevidade e o hábito das plantas. A 
longevidade ou duração é o tempo que um vegetal vive, característica 
geneticamente determinada. Está relacionado também com os episódios 
reprodutivos da planta.
Quanto à longevidade ou duração, um vegetal pode ser classificado em: 
ANUAL – planta que vive por uma única estação de crescimento. Ela 
brota, cresce, floresce, produz frutos e morre durante o período de até um 
ano. Ex: maioria das ruderais, girassóis.
BIANUAL – planta que vive por duas estações: durante o primeiro ano ela 
brota, cresce e vive a fase vegetativa; no segundo ano ela floresce, 
frutifica e morre. Ex.: cenoura ou beterraba. Há plantas bianuais que têm 
uma fase vegetativa extremamente longa, como algumas palmeiras
PERENE – uma planta perene vive por 3 anos ou mais e floresce e 
frutifica várias vezes. Ex.: plantas lenhosas ou arbustos e plantas que 
tenham órgão subterrâneo de rebrotamento, como bulbo, rizoma, 
xilopódio.
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE
A aparência geral, ou hábito das plantas varia muito, assim elas podem ser 
classificadas em:
ÁRVORES – plantas lenhosas, geralmente altas (acima 5m), que possuem 
um tronco central.
ARBUSTOS – plantas lenhosas, que alcançam até 5m de altura, porém da 
base ou pouco acima partem vários troncos.
ERVAS – plantas de pequeno porte, que não possuem lenhosidade.
CIPÓS OU LIANAS – plantas trepadoras lenhosas. Ex.: Bauhinia 
microstachya.
VINHAS – plantas trepadoras herbáceas. Ex. Cuscuta sp.
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE
Árvores
Ervas
Cipós ou Lianas
Arbusto
HÁBITOS 
DAS 
PLANTAS
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE: RAIZ
É o órgão de fixação do vegetal ao substrato e de absorção e 
transporte de água e sais minerais do solo para as seções superiores da 
planta (Agarez et al., 1994). Eventualmente também armazena água e 
carboidratos. Geralmente é encontrada sob o substrato.
Morfologia externa da raiz
Zona de crescimento ou zona lisa
Zona terminal com coifa
Zona pilífera
Zona de ramificação
Colo ou coleto
Tipos de raízes quanto à origem:
• Pivotante (normal, primária, principal) – origem embrionária.
• Adventícia – origem não embrionária (caule, folha).
Tipos de raízes quanto à forma:
• Axial- a raiz apresenta um eixo que se prolonga com o caule, em geral 
mais longo e mais largo do que as demais raízes.
• Fasciculada ou em cabeleira – várias raízes com aproximadamente o 
mesmo comprimento e espessura.
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE: RAIZ
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE: RAIZ
Raiz axial Raiz fasciculada
Principais adaptações
• Sugadora ou haustório – plantas parasitas
• Grampiforme – fixação do vegetal, não absorve (2).
• Suporte ou escora – adventícias, fixam e dão apoio (3).
• Pneumatóforo–aeração, em vegetais de solo alagado(1).
• Assimiladora – clorofiladas, possuem velame.
• Tuberosa–acumulo de reserva, principalmente amido(4)
• Tabular – aumenta a superfície de apoio e fixação (5).
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE: RAIZ
ESTUDO DA MORFOLOGIA DAS ANGIOSPERMAE: RAIZ
Pneumatóforos
Raízes escora
Raízes grampiformes
Raiz tuberosa
Raiz tabular
RAIZ: Morfologia Interna
Estrutura Primária
 Epiderme
 Córtex
 Exoderme
 Endoderme
 Cilindro vascular
 Coifa
Epiderme
• Especializada para absorção presença de pelos absorventes
• Cutícula na região jovem e nos pelos
• Velame epiderme mustisseriada em Orchidaceae tropicais e 
Araceae epífitas
RAIZ: Morfologia Interna
Córtex
• Células parenquimáticas com espaços intercelulares
• Ausência de cloroplastos, presença de amiloplastos
• Armazenamento de amido é comum
• Camada delimitadora mais externa: exoderme
• Camada delimitadora mais interna: endoderme
RAIZ: Morfologia Interna
Exoderme
• Camada abaixo da epiderme 
• Presença de estrias de Caspary 
• Pode apresentar lamela de suberina, que pode ser revestida por 
celulose
Endoderme
• Camada mais interna do córtex 
• Células com estria ou faixa de Caspary 
• Função reguladora do movimento de substâncias pelo protoplasto: 
movimento simplástico
RAIZ: Morfologia Interna
RAIZ: Morfologia Interna
xilema primário
Tecidos vasculares
floema primário
Periciclo
Periciclo Uma ou mais camadas de células não vasculares que envolve 
completamente os tecidos vasculares. Tem origem no procâmbio. 
Origina raízes secundárias na maioria das plantas com sementes. Em 
crescimento secundário, origina o câmbio vascular oposto ao 
protoxilema e dá origem ao primeiro felogênio.
RAIZ: Morfologia Interna
Xilema primário Ocupa a região central do cilindro vascular de muitas
raízes, emitindo projeções em direção ao periciclo. É dividido em
protoxilema e metaxilema. O metaxilema compõe-se de células maiores,
localizando –se na região central do cilindro. O protoxilema tem células
menores, ocupando região mais periférica, formando projeções.
Floema primário Ocupa posição intercalar com o xilema.
Os arranjos de xilema e floema nas raizes primarias de
Eudiicotyledoneae podem ser diarcas, triarcas ou tetrarcas, sendo diarcas
e triarcas os mais comuns. As raizes poliarcas ocorrem em
Monocotyledoneae (raizes adventicias).
Eudicotyledoneae Monocotyledoneae
RAIZ: Morfologia Interna
Estrutura Secundária
 Periderme
 Córtex
 Floema secundário
 Câmbio vascular
 Xilema secundário
Periderme - Substitui a epiderme. Surge após o início de produção de
xilema e floema secundários.
Córtex - Região parenquimática, onde pode haver armazenamento.
Câmbio vascular - Surge, inicialmente a partir do procâmbio entre floema
e xilema primários. Posteriormente é formado pelo periciclo, na região
oposta ao protoxilema, envolvendo completamente a massa central de
xilema. Em sua atividade, produz xilema para a região central e floema
para a periferia.
RAIZ: Morfologia Interna