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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Profª Cirlene Marinho Professora de Fisiologia Humana - UNISUAM DIVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório se divide em Trato Respiratório Superior e Inferior. Trato Respiratório Superior: Cavidade nasal, Faringe e Laringe. Trato Respiratório Inferior: Traqueia, Brônquio principal e Pulmão. Profª Cirlene Marinho FUNÇÕES GERAIS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Suprir o organismo com oxigênio (O2) e dele remover o produto gasoso do metabolismo celular, isto é, o gás carbônico (CO2); Equilíbrio térmico (quanto maior a frequência respiratória, há maior perda de calor e água); Manutenção do pH sanguíneo regulando a eliminação de ácido carbônico (sob a forma de CO2); Fonação, defesa e filtração. Profª Cirlene Marinho ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL Zona de Condução (Até a 16ª geração) Zona de Transição (17ª a 19ª geração) Zona Respiratória (20ª a 23ª geração) Profª Cirlene Marinho ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL Zona de Condução (Até a 16ª geração) Zona de Transição (17ª a 19ª geração) Zona Respiratória (20ª a 23ª geração) O ar entra pela cavidade nasal sendo aquecido, umidificado e filtrado. Neste local ocorre alguma troca gasosa, porém de forma menos expressiva. Local onde principalmente ocorrem as trocas gasosas. Profª Cirlene Marinho ÁREA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES A cada bifurcação do sistema de condução, há geração de turbulência, com consequente impactação de partículas. Com a progressiva bifurcação do sistema de condução, ocorre um aumento da área de secção transversa total do sistema tubular e diminuição da velocidade do ar que alcança os sacos alveolares. Profª Cirlene Marinho ALVÉOLOS PULMONARES - UNIDADE FUNCIONAL DOS PULMÕES - A unidade alvéolo-capilar é o principal sítio para as trocas gasosas, sendo composto pelo: - Alvéolo - Septo Alveolar - Rede Capilar Profª Cirlene Marinho ALVÉOLOS PULMONARES - CÉLULAS - Pneumócito tipo I – Forma a arquitetura estrutural dos alvéolos. Não possui potencial mitótico. Pneumócito tipo II – Produz o Surfactante Pulmonar e se diferencia em Pneumócitos tipo I. Macrófago Alveolar – Defesa – Fagocita elementos estranhos, bactérias e poluentes. Na Membrana Alvéolo-Capilar é o local onde ocorre a hematose. Profª Cirlene Marinho ALVÉOLOS PULMONARES - CÉLULAS - Profª Cirlene Marinho ALVÉOLOS PULMONARES - TROCA GASOSA- Profª Cirlene Marinho COMO OCORRE O TRANSPORTE? Por Difusão Simples, onde através da barreira alvéolo-capilar, o alvéolo transfere para o capilar sanguíneo o oxigênio captado na inspiração e o capilar transfere para o alvéolo o CO2 obtido como produto do metabolismo celular para ser eliminado via expiração. Profª Cirlene Marinho COMO OCORRE O TRANSPORTE? O ar atmosférico é composto por: - 20,93% de O2 (Oxigênio) - 0,04% de CO2 (Gás carbônico) - 79,03% de N2 (Nitrogênio) 760mmHg Profª Cirlene Marinho LEI DE FICK “A transferência de um gás é proporcional à área do tecido e ao gradiente de pressão parcial do gás entre os dois lados e é inversamente proporcional à espessura do tecido.” Em linhas gerais a Lei de Fick diz que quanto maior a espessura do tecido, menor o fluxo de gás que será difundido. Profª Cirlene Marinho MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS REPOUSO ESFORÇO Profª Cirlene Marinho MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS REPOUSO INSPIRAÇÃO (ATIVA): Há ação ativa muscular. EXPIRAÇÃO (PASSIVA): Não há ação ativa muscular. Profª Cirlene Marinho MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS REPOUSO DIAFRAGMA : PRINCIPAL MÚSCULO DA INSPIRAÇÃO. Grande capacidade oxidativa; Fluxo sanguíneo elevado; Maior resistência à fadiga; Maior densidade capilar. Profª Cirlene Marinho MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS ESFORÇO INSPIRATÓRIO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO: Inspiração ativa. EX.: Em pacientes tetraplégicos com lesão em C1-C2 ou em condições de hiperventilação (esforço). Profª Cirlene Marinho MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS ESFORÇO EXPIRATÓRIO ABDOMINAIS: Expiração ativa. Profª Cirlene Marinho Formada por 12 pares de costelas; Exercem função de ponto de inserção muscular; Sofrem alterações estruturais conforme determinadas doenças; Realizam o movimento de alça de balde e braço de bomba. CAIXA TORÁCICA Profª Cirlene Marinho • Braço de bomba • Alça de balde MOVIMENTOS DA CAIXA TORÁCICA As 1ª e 2ª costelas funcionam unicamente como “braço de bomba” movimentando-se no sentido ântero- posterior; Da 3ª a 6ª costelas possuem dupla função, a de “alça de balde” e de “braço de bomba”; Da 7ª a 10ª costelas funcionam somente como “alça de balde” movimentando-se no sentido supero-inferior. Profª Cirlene Marinho Coberto por duas pleuras: Parietal e Visceral Essas pleuras se separam por um espaço virtual: o Espaço Pleural. Neste espaço há a presença de alguns mililitros de líquido, que permite o deslizamento entre as duas pleuras, minimizando o atrito. PULMÕES Profª Cirlene Marinho COMO O AR ENTRA E SAI DOS PULMÕES? Profª Cirlene Marinho PRESSÕES PULMONARES Pressão Intrapulmonar: Ocorre redução de pressão dentro dos pulmões conforme aumenta-se o volume pulmonar durante a inspiração. A pressão dentro dos pulmões aumenta durante a expiração. Pressão Intrapleural: A pressão dentro da cavidade pleural torna-se mais negativa conforme a caixa torácica expande durante a inspiração. Essa pressão retorna à condição inicial no recolhimento da caixa torácica. Volume da respiração: Durante cada respiração, o gradiente de pressão mobiliza meio litro (0,5L) de ar para dentro e para fora dos pulmões. Pressão Intrapulmonar Pressão Transpulmonar Pressão Intrapleural Profª Cirlene Marinho Pressão Transpulmonar: Palveolar – Ppleural (Mantém a insuflação alveolar). Pressão Transtorácica: Ppleural – Patmosférica (Representa a pressão total necessária para expandir ou contrair em conjunto os pulmões e a parede torácica). Pressão Transrrespiratória: Palveolar – Patmosférica (Permite que o ar entre e saia dos pulmões). DIFERENÇAS ENTRE AS PRESSÕES PULMONARES Profª Cirlene Marinho MECÂNICA VENTILATÓRIA Profª Cirlene Marinho PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A elasticidade é uma propriedade da matéria que permite ao corpo retornar à sua forma original, após ter sido deformado por uma força a ele aplicada. A variação de comprimento é diretamente proporcional à força (ou pressão) aplicada até que seu limite elástico seja atingido. Exemplo: Pulmões e tórax. LEI DE HOOKE Profª Cirlene Marinho PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO As fibras elásticas e colágenas e a tensão superficial, permitem que os pulmões retornem na expiração ao volume mínimo, ou seja, os pulmões sempre tendem a se retrair e colabar. Profª Cirlene Marinho O Surfactante reduz a tensão superficial alveolar e é secretado pelos Pneumócitos tipo II. Essas células se localizam no alvéolo, armazenam Surfactante pelos corpos lamelares osmofílicos e secretam seu conteúdo na luz alveolar por estímulo Beta- Adrenérgico. TENSÃO SUPERFICIAL E O SURFACTANTE Profª Cirlene Marinho Há uma relação inversamente proporcional entre a PRESSÃO DE FECHAMENTO ALVEOLAR e o RAIO. Quanto menor o raio, maior a pressão de fechamento. 300 milhões de alvéolos apresentam-se equilibrados mesmo com diferença de tamanhos entre eles. LEI DE LAPLACE P= Pressão de fechamento alveolar 2= Superfícies envolvidas (interna e externa) T= Tensão Superficial r = Raio de curvatura alveolar Profª Cirlene Marinho TENSÃO SUPERFICIAL E O SURFACTANTE É determinada pelas forças elásticasdos pulmões, sendo elas: Forças elásticas pelo arranjo geométrico do tecido pulmonar e forças elásticas causadas pela Tensão Superficial do líquido que reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços aéreos pulmonares. Quanto mais complacente o pulmão for, mais distensível será o tecido e quanto menos complacente for, mais rígido se apresentará. COMPLACÊNCIA PULMONAR Valor normal: 200mm/cmH2O Profª Cirlene Marinho O fumo provoca Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. SITUAÇÃO CLÍNICA Rompimento das fibras elásticas pulmonares, provocando aprisionamento aéreo e sintomas como dispneia (falta de ar) progressiva. Nesta doença, o paciente apresenta aumento patológico da complacência pulmonar e redução da elasticidade e área de troca disponível. Profª Cirlene Marinho FUMO PROPRIEDADES RESISTIVAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO São as pressões oferecidas pelos elementos resistivos que se opõem à passagem do fluxo aéreo. Profª Cirlene Marinho Consiste em um elemento adicional a ser vencido pela pressão motriz, além da força elástica. Pode ser desmembrada em dois subcomponentes – Resistência Tecidual e Resistência das Vias Aéreas. O valor é obtido através da seguinte fórmula: RESISTÊNCIA PULMONAR LEI DE HAGEN-POISEUILLE R= Resistência L = Comprimento r = Raio Profª Cirlene Marinho Perfil de velocidade (o ar no centro se move 2x mais rápido que na periferia). Ocorre nas pequenas vias aéreas. Com o aumento da velocidade, há turbilhonamento do ar. Será necessário aumentar a pressão para mover este ar. Ocorre nas vias aéreas de maior calibre. RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS Profª Cirlene Marinho • Geometria da árvore brônquica: A resistência é maior nos brônquios segmentares e subsegmentares. • Volume Pulmonar: A resistência se reduz em grandes volumes pulmonares e aumenta em menores volumes. • Complacência das vias aéreas: Com a tração da via aérea há redução da resistência. • Densidade e viscosidade do ar: Valores elevados de Densidade e Viscosidade aérea aumentam a resistência. • Musculatura lisa dos brônquios: A contração involuntária da musculatura lisa promove elevação da resistência. FATORES QUE ALTERAM A RESISTÊNCIA PULMONAR Profª Cirlene Marinho SITUAÇÃO CLÍNICA A resposta inflamatória reduz o calibre da via aérea, além da contração da musculatura lisa, que recobre a via aérea, contribuem no aumento da resistência pulmonar. Profª Cirlene Marinho ASMA VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES Volume de Reserva Inspiratório Volume de Reserva Expiratório Volume Corrente Volume Residual Capacidade Inspiratória Capacidade Residual Funcional Capacidade Pulmonar Total Capacidade Vital Profª Cirlene Marinho Volume Corrente (VC ou VT) : É o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal. Cerca de 500ml. Volume de Reserva Inspiratório (VRI): É o volume extra de ar que inspiramos acima do volume corrente (INSPIRAÇÃO MÁXIMA). Cerca de 3.000ml. Volume de Reserva Expiratório (VRE): É o máximo volume de ar extra que pode ser expirado, após o final de uma expiração normal (EXPIRAÇÃO MÁXIMA). Cerca de 1.100ml. Volume Residual (VR): É o volume de ar que fica nos pulmões ao final de uma expiração forçada. Cerca de 1.200ml. VOLUMES PULMONARES Profª Cirlene Marinho VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES Volume de Reserva Inspiratório Volume de Reserva Expiratório Volume Corrente Volume Residual Capacidade Inspiratória Capacidade Residual Funcional Capacidade Pulmonar Total Capacidade Vital Profª Cirlene Marinho Capacidade Inspiratória (CI): Soma do VC+VRI. É o máximo de ar inspirado por um indivíduo. Cerca de 3.500ml. Capacidade Residual Funcional (CRF): Soma do VRE+VR. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal. Cerca de 2.300ml. Capacidade Vital (CV): Soma do VRI+VC+VRE. É o máximo de volume mobilizado por um indivíduo. Cerca de 4.600ml. Capacidade Pulmonar Total (CPT): Soma da CV+ VR. É o volume máximo que o pulmão pode ser expandido com o MAIOR ESFORÇO. CAPACIDADES PULMONARES Profª Cirlene Marinho
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