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AULA 01
1ª Questão. César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente?
2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais:
a) normas privadas, dispositivas e autônomas;
b) normas públicas, dispositivas e instrumentais;
c) normas privadas, instrumentais e autônomas;
d) normas públicas, cogentes e instrumentais.
AULA 02
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza.
Indaga-se:
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual.
2ª Questão.
Assinale a alternativa correta em relação às normas cogentes do processo civil;
a) elas são de natureza pública e, de regra, não podem ser afastadas pela vontade particular, se essencialmente voltadas para o interesse público;
b) são de interesse público, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ação;
c) são de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em um caso concreto;
d) são genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das partes.
AULA 03
1ª Questão. Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então,  acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido.
Indaga-se:
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique.
2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço:
a) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território nacional, conforme determina o CPC;
b) em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC;
c) a norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do estrangeiro;
d) os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil
Resposta da 1ª Questão:
A decisão judicial está correta, porque  entre as regras gerais de interpretação, que não diferem  das de  natureza processual, o juiz não pode perder de vista que o processo é mero instrumento criado para viabilizar a pretensão de direito material do jurisdicionado. Não pode interpretar as normas processuais de forma isolada e, sim, deforma sistemática. No caso concreto, seria inócua a postura judicial de determinar a regularização da representação, porque o vício desapareceu com a maioridade do autor e se pode decidir do mérito a favor da parte que se beneficiaria da eventual nulidade relativa não suprida, se fosse o caso. No art. 249, § 2º do CPC contem norma no sentido de que o juiz deve desconsiderar a eventual nulidade que se aproveitaria a parte se a decisão de mérito lhe é favorável, como se deu no caso.
Resposta da 2ª questão: 
Letra “d”.  Os processos que correm no exterior e os atos processuais neles praticados não tem nenhuma eficácia em nosso território e são considerados inexistentes. Para alcançar eficácia no Brasil deverão as sentenças ser homologadas pelo STJ e desde que a competência seja concorrente, como estabelecido no art. 88 do CPC. Porém 
Jamais seriam homologadas pelo STJ se o objeto da demanda envolvesse imóvel situado no Brasil (art. 89 do CPC), ou seja, quando a competência é exclusiva da justiça brasileira.
AULA 04
Questão nº 1. Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro cujo magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão foi objeto de recurso, ocasião em que o impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo comum ou o juizado especial. Indaga-se: a) Assiste razão a Gustavo? B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas.
Questão nº 2. Acerca da Lei dos Juizados Especiais Cíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta:
a) Segundo os princípios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados especiais, qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que não possua capacidade postulatória, pode recorrer da decisão monocrática e requerer a sua revisão pela turma recursal;
b) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz;
c) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não  compareça à audiência de instrução e julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução;
d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na forma retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio.
Resposta da 1ª questão: 
a) Se por um lado é praticamente pacífica a afirmação que existe a opção entre a Vara Cível e o Juizado Especial Cível Estadual, o mesmo já não pode ser dito em relação ao Juizado Especial Federal. É que a Lei nº 10.259/01, que o disciplina, tem disposição expressa que a competência do Juizado Federal é absoluta, sem oportunidade de opção pelo interessado quando naquela base territorial o mesmo já tiver sido instalado. O mais interessante é que o art. 3º, par. 3º da Lei nº 9.099/95 (Juizado Estadual) preceitua com todas as letras que há opção entre o procedimento previsto nesta Lei e o rito comum do CPC. Só que o mesmo dispositivo, da Lei nº 10.259/01 (Juizado Federal), fala exatamente o oposto, como também ocorre com o art. 2º, par. 4º da Lei nº 12.153/09 (Juizado Fazendário). O recurso indicado é o de apelação e o Tribunal competente para apreciá-lo é o Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
 b) O Verbete nº 428, da Súmula do Superior Tribunal de Justiça dispõe que: “Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competênciaentre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária”.
Resposta da 2ª questão: 
Letra C, arts. 20 e 23. Atentar que se o autor faltar, o caso é de extinção do processo (art. 51, inciso I). O art. 41, par. 2º dispõe que: “no recurso, as partes serão necessariamente representados por advogado”, o que indica a incorreção da afirmativa “a”. A letra “b” está incorreta, diante do que prevê o art. 36. A letra “d” está incorreta, pois a Lei do Juizado Especial só permite recurso inominado e embargos de declaração da sentença (arts. 41 e 48). Todos os artigos citados são da Lei nº 9.099/95.
AULA05
Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta.
Questão nº 2. De acordo com o princípio da correlação, é correto afirmar:
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte;
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar;
c)  a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal;
d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de defesa constantes na contestação.
Resposta da 1ª questão: A resposta deve ser negativa. Com efeito, o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela, formulado por Fábio, não pode ser acolhido por implicar em vedar o livre acesso de Carlos ao Poder Judiciário, o que violaria a norma insculpida no art. 5º, inciso XXXV da CRFB-88. Além disso, também dispõe o art. 585, par. 1º, CPC, que a propositura de qualquer demanda relativa ao débito não impede o credor de se valer da via executiva.  
Com efeito, o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela, formulado por Fábio, não pode ser acolhido por implicar em vedar o livre acesso de Carlos ao Poder Judiciário, o que violaria a norma insculpida no art. 5º, inciso XXXV da CRFB-88. Além disso, também dispõe o art. 585, par. 1º, CPC, que a propositura de qualquer demanda relativa ao débito não impede o credor de se valer da via executiva.
Resposta da 2ª questão: Letra A. O art. 128, CPC, já transcrito no texto da hipótese correta. Vale acrescentar que o art. 460 do CPC também cuida do mesmo assunto. Apenas se admite ao juiz conhecer dos chamados “pedidos implícitos”, que são aqueles não mencionados na petição inicial, mas que decorrem do próprio texto legal como seria o caso, por exemplo, da condenação ao pagamento de juros (art. 293, CPC
AULA 06
1ª Questão. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o  magistrado determinou que o denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta.
2ª Questão. Assinale a alternativa correta em relação à autonomia  ou independência da responsabilidade civil e criminal:
a) a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal;
b)  se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, não se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano;
c) a sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução perante o juízo de competência cível;
d) a responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no juízo criminal
Resposta da 1ª Questão: A Lei no 11.729/2008 alterou a redação do parágrafo único, do art. 63 do CPP, passando a admitir que o magistrado lotado em juízo criminal já possa, na sua própria sentença penal condenatória, liquidar os prejuízos sofridos pela vítima, o que dispensaria uma nova liquidação perante o juízo de competência cível. No entanto, a constitucionalidade deste dispositivo é extremamente duvidosa por alargar a pretensão inicial do demandante (violação ao princípio da inércia), conferir legitimidade ao Ministério Público para a defesa de interesses individuais disponíveis (patrimônio), ampliar os limites objetivos da coisa julgada (ao incluir a obrigação de indenizar, ainda que seja por valor mínimo), dentre outros motivos mais. Sobre o assunto, recomenda-se: CÂMARA, Alexandre Freitas. “Efeitos civis e processuais da sentença condenatória criminal. Reflexões sobre a Lei no 11.719/2008”. Revista da EMERJ – Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, v. 12, no 46. 2009, p. 111, que se posiciona pela inconstitucionalidade deste ato normativo.
Resposta da 2ª questão: letra “a”. Se o juízo criminal definir a existência do fato e da autoria, isso não mais poderá ser discutido no juízo cível, conforme indica o art. 935 do CC: “A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal
AULA 07
1a Questão.Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC). 
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
2ª Questão.Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura:
a)      Autotutela;
b)     Autocomposição;
c)      Mediação;
d)     Arbitragem.
Gabarito da 1ª Questão.
Não, o magistrado agiu de forma equivocada. Na arbitragem, as partes podem dispor não mais resolver o conflito pela via alternativa. Para tanto podem realizar um distrato, de forma expressa. Mas também podem simplesmente optar por buscar a via do Poder Judiciário. Na questão abordada a extinção do processo sem resolução de mérito só pode ser feita se houver insurreição da parte ré, ou seja, o processo somente pode ser extinto se o réu alegar tal matéria como preliminar de defesa. Tanto assim o é que embora a matéria defensiva esteja regulada no art. 301, IX, do CPC, essa não pode ser conhecida de ofício, conforme prevê o art. 301, §4º do CPC, o que indica que se não houver resistência do réu na contestação não poderá haver extinção do feito, pois implicitamente houve renúncia a via arbitral, cabendo portanto aoPoder Judiciário a solução da questão. Assim também se manifesta a doutrina pátria, ao afirmar o seguinte: “O silêncio do réu deve ser entendido, em quaisquer casos, como um verdadeiro abandono daquele meio alternativo de solução de conflitos. Abandono que começou pelo próprio autor que, não obstante a convenção de arbitragem, ingressou no Judiciário. Depois pelo réu que deixou de argüir, como a lei lhe impõe, a sua existência, única forma de inibir a legítima atuação do Estado-juiz por força do principio agasalhado no inciso XXXV do art. 5º da Constituição Federal. Princípio que, como tal, admite seu temperamento pela lei em busca da realização de outros valores igualmente prestigiados pelo ordenamento jurídico mas que, em face das considerações aqui expostas, não foi concretamente exercido por aq2uele que tem, pela própria lei, o ônus da iniciativa do réu?. (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: procedimento comum : ordinário e sumário, 2: tomo I. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 147/148), ?A defesa processual que opõe à ação a preexistência de compromisso arbitral é peremptória? (THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 418) e ?É preciso afirmar, porém, que o juiz só poderá conhecer da convenção de arbitragem se a parte interessada alegar (art. 301, §4º, CPC). Assim sendo, proposta a ação, e deixando o réu de, na contestação, alegar a existência de convenção de arbitragem, ter-se-á esta por renunciada, podendo o processo desenvolver-se regularmente? (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil: vol. I. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007 p. 313). 
Gabarito da 2ª Questão.
Letra “A”. A hipótese em comento configura uma “autotutela”, que é um dos três métodos de solução de conflitos bem primitiva, que consiste na prevalência da vontade do mais forte sobre o mais frágil. Com evolução da sociedade e a organização do Estado ela foi sendo expurgada da ordem jurídica por representar sempre um perigo para a paz social. Contudo, a mesma até é possível em caráter excepcional, como ocorre no desforço possessório. As características da autotutela são, em síntese: Ausência de um julgador distinto das partes; e a imposição da decisão de uma parte (geralmente o mais forte) em detrimento da outra
AULA 08
1ª Questão. O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em que se discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela Fazenda Pública). O demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que é considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública pode realmente ser considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? Justifique as respostas.
2ª Questão.Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação do demandado. Assinale a alternativa correta:
a)      O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação do demandado;
b)     O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do mérito do processo;
c)      O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de procedência do pedido;
d)     Todas as alternativas estão equivocadas.
Gabarito da 1ª Questão. 
Usualmente, a Fazenda Pública se encontra em juízo discutindo interesse indisponível. Quando isso ocorre, como no caso sobredito, o art. 320, inciso II do CPC estabelece que não irão ocorrer os efeitos primários da revelia (art. 319, CPC). Desta maneira, não ocorrendo os efeitos do art. 319 do CPC, não se pode presumir que o demandante tenha razão e, consequentemente, não pode ser realizado o julgamento antecipado da lide. Portanto, como não há evidência do direito alegado ou mesmo da falta dele, não se estará diante de uma “tutela de evidência” e o magistrado então terá que determinar o prosseguimento do processo.
Gabarito da 2a Questão.
Letra "b". A resposta encontra respaldo no art. 285-A do CPC, que cuida de uma hipótese de tutela de evidência. No processo civil tem-se cogitado de muitas novidades, sobretudo com vistas à aceleração da entrega da prestação jurisdicional, dentre elas, a da tutela da evidência.  Trata-se de situação em que há possibilidade de uma decisão imediata, até mesmo com produção de coisa julgada. Assim, a tutela da evidência abriria a possibilidade de uma decisão definitiva in limine litis. "A tutela da evidência", em suma, é antecipação do provimento pretendido na extensão maior do que a tutela antecipada, de que trata o art. 273 do Código de Processo Civil, por dizer, intimamente, com o direito material passível de ser reconhecido desde logo, num julgamento antecipado que não reúne condições de ser modificado pela intervenção contestatória do destinatário dos efeitos
AULA 09
1ª QuestãoCarlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta.
 
2ª QuestãoCésar, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta:
 a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional; 
b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia;
c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória; 
d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
Gabarito da 1ª questão.
O magistrado deve, neste caso, indeferir a liminar pretendida, pois o art. 273 do CPC enumera como um dos seus requisitos justamente a possibilidade de reversibilidade dos seus efeitos, exigência esta que é perfeitamente crível, por se tratar de uma decisão proferida em juízo de cognição sumária. Sobre o tema, recomenda-se a leitura de HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de Direito Processual Civil, vol. I - Teoria Geral do Processo, Niterói: Impetus, 2012.
Gabarito da 2ª questão.
Letra “c”. Conforme restou decidido pelo STF, nos autos da Ação direta de inconstitucionalidade nº 223 MC / D: “Ementa - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE CONTRA A MEDIDA PROVISÓRIA 173, DE 18.3.90, QUE VEDA A CONCESSÃO DE 'MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA E EM AÇÕES ORDINÁRIAS E CAUTELARES DECORRENTES DASMEDIDAS PROVISÓRIAS NÚMEROS 151, 154, 158, 160, 162, 165, 167 E 168': INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE SUSPENSÃO CAUTELAR DA VIGÊNCIA DO DIPLOMA IMPUGNADO: RAZÕES DOS VOTOS VENCEDORES. SENTIDO DA INOVADORA ALUSÃO CONSTITUCIONAL A PLENITUDE DA GARANTIA DA JURISDIÇÃO CONTRA A AMEAÇA A DIREITO: ÊNFASE À FUNÇÃO PREVENTIVA DE JURISDIÇÃO, NA QUAL SE INSERE A FUNÇÃO CAUTELAR E, QUANDO NECESSÁRIO, O PODER DE CAUTELA LIMINAR. IMPLICAÇÕES DA PLENITUDE DA JURISDIÇÃO CAUTELAR, ENQUANTO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO AO PROCESSO E DE SALVAGUARDA DA PLENITUDE DAS FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO. ADMISSIBILIDADE, NÃO OBSTANTE, DE CONDIÇÕES E LIMITAÇÕES LEGAIS AO PODER CAUTELAR DO JUIZ. A TUTELA CAUTELAR E O RISCO DO CONSTRANGIMENTO PRECIPITADO A DIREITOS DA PARTE CONTRARIA, COM VIOLAÇÃO DA GARANTIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. CONSEQUENTE NECESSIDADE DE CONTROLE DA RAZOABILIDADE DAS LEIS RESTRITIVAS AO PODER CAUTELAR. ANTECEDENTES LEGISLATIVOS DE VEDAÇÃO DE LIMINARES DE DETERMINADO CONTEÚDO. CRITÉRIO DE RAZOABILIDADE DAS RESTRIÇÕES, A PARTIR DO CARÁTER ESSENCIALMENTE PROVISÓRIO DE TODO PROVIMENTO CAUTELAR, LIMINAR OU NÃO. GENERALIDADE, DIVERSIDADE E IMPRECISÃO DE LIMITES DO ÂMBITO DE VEDAÇÃO DE LIMINAR DA MP 173, QUE, SE LHE PODEM VIR, A FINAL, A COMPROMETER A VALIDADE, DIFICULTAR, DEMARCAR, EM TESE, NO JUÍZO DE DELIBAÇÃO SOBRE O PEDIDO DE SUA SUSPENSÃO CAUTELAR, ATÉ ONDE SÃO RAZOAVEIS AS PROIBIÇÕES NELA IMPOSTAS, ENQUANTO CONTENÇÃO AO ABUSO DO PODER CAUTELAR,E ONDE SE INICIA, INVERSAMENTE, O ABUSO DAS LIMITAÇÕES E A CONSEQUENTE AFRONTA À PLENITUDE DA JURISDIÇÃO E AO PODER JUDICIÁRIO. INDEFERIMENTO DA SUSPENSÃO LIMINAR DA MP 173, QUE NÃO PREJUDICA, SEGUNDO O RELATOR DO ACÓRDÃO, O EXAME JUDICIAL EM CADA CASO CONCRETO DA CONSTITUCIONALIDADE, INCLUÍDA A RAZOABILIDADE, DA APLICAÇÃO DA NORMA PROIBITIVA DA LIMINAR. CONSIDERAÇÕES, EM DIVERSOS VOTOS, DOS RISCOS DA SUSPENSÃO CAUTELAR DA MEDIDA IMPUGNADA?
AULA 10
1ª Questão.Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada. 
Indaga-se: 
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção; 
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no tempo e modo devidos? Justifique.
2ª Questão.Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder?
a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da propositura da demanda; 
b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as partes;
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida; 
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do mérito.
Gabarito da 1ª Questão.
a) A Teoria Eclética do Direito de Ação, desenvolvida por Liebman, foi responsável por condicionar a existência do direito de ação à presença de determinados requisitos. O autor apenas terá direito ao julgamento de mérito desde que preenchidas as chamadas condições pra o legítimo exercício da ação. Ausentes tais condições, independente do grau de cognição desenvolvido pelo juiz, deverá ser proferida uma sentença terminativa. Para a Teoria da Asserção a presença ou ausência das condições pra o correto exercício da ação deve ser apreciada a partir das alegações trazidas pelo autor ao formular a sua demanda, admitindo-se, para tal finalidade, a veracidade de tais alegações. Qualquer outra apreciação quanto à existência ou inexistência das condições pra o correto exercício da ação fora desta sede conduzirá à apreciação do mérito. A presença das condições da ação implica no exercício regular daquele direito. 
b) Conforme precedentes do STJ, a decisão do magistrado não irá sofrer os efeitos da preclusão, eis que se trata de matéria de ordem pública, que pode ser verificada a qualquer momento. É pelo menos o que constou no julgamento do recurso especial nº 343.750 / MG, proferido pela 4ª Turma do STJ e cuja ementa foi a seguinte: “PROCESSO CIVIL. REQUISITOS DA TUTELA JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO. ENUNCIADO N. 424 DA SÚMULA/STF. EXEGESE. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO. I - Tratando-se de matéria indisponível, não há preclusão para o tribunal de segundo grau, mesmo havendo decisão anterior de primeiro grau irrecorrida e ainda que a parte não tenha suscitado a questão. II - Inaplicável o enunciado nº 424 da súmula/STF à matéria que deve ser apreciada de ofício”.
Gabarito da 2ª Questão.
Sugestão de gabarito: Letra “C”. "Mesmo que a petição inicial seja recebida, contudo, isto não significa que as condições da ação e, consequentemente, a regularidade no exercício da própria ação não precise se manifestar ao longo de todo o processo. Por força do art. 462, qualquer alteração relevante no plano do direito material influencia a apreciação a ser feita pelo Estado-Juiz. Assim, se, por qualquer razão, uma das condições pra o legítimo exercício da ação deixar de se fazer presente, o caso é de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267, VI). A recíproca é verdadeira: se, por qualquer razão, o exame da petição inicial em busca de regularidade da constituição do processo e da concorrência das tidas condições da ação não foi bem realizado e, por isto, deferida mas, não obstante, o autor não reunia as condições da ação (por exemplo, a dívida reclamada em juízo não havia, ainda, vencida), o novo fato consistente no vencimento da dívida ao longo do processo faz com que o óbice anterior acabe sendo sistematicamente afastado. A falta de "interesse de agir" fica, por assim dizer, convalidado pela sucessão dos eventos ocorridos no plano do direito material." (BUENO, Cássio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil: teoria geral do direito processual civil. São Paulo: Saraiva)
AULA 11
1ª Questão.Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.
2ª Questão.Assinale a alternativa correta, que diga respeito a litispendência:
a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz;
b) trata-se de matéria que somente pode ser conhecida pelo magistrado após ter sido ventilada diretamente pela própria parte interessada;
c) trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o Ministério Público para que se manifestassem a respeito;
d) Nenhuma das alternativas é correta.
Sugestão de gabarito da 1ª questão: 
Resposta afirmativa. Para que seja configurada a litispendência, há a necessidade de que a ação seja exatamente a mesma e isso se extrai da análise dos elementos da ação, que são as partes, pedido e causa de pedir. Assim, é irrelevante que o procedimento adotado pelo demandante seja distinto pois seexistem dois processos instaurados versando sobre a mesma ação, fatalmente um deles terá que ser extinto com fundamento no art. 267, inciso V, CPC.
Sugestão de gabarito da 2ª questão:
Letra “a”, pois trata de matéria que o juiz pode conhecer de ofício, conforme autorizado pelo art. 267, parágrafo 3º e, também, pelo art. 301, parágrafo 4º, todos do CPC
AULA 12
1ª Questão.Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento próprio.
Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? Justifique.
b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique.
2ª Questão.Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a perempção:
a) é condição negativa para o legítimo exercício da ação;
b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30 dias;
c) o titular do direito jamais poderá alcançar a satisfação do crédito em relação ao réu;
d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias.
Sugestão de gabarito da 1ª questão: 
O autor promoveu uma cumulação de pedidos, um o de investigação de paternidade e o outro o de alimentos. No concurso de ações, o autor tem a sua escolha dois ou mais ações para fazer valer o seu direito em juízo, como se dá na ação redibitório (rescisão do contrato) ou ação postulando abatimento no preço (quanti minoris).
b) Trata-se de cumulação sucessiva de pedidos, porque estes são dependentes, um é prejudicial do outro, no caso, a investigação de paternidade é a questão prejudicial e o pleito de alimentos a questão prejudicada. Na cumulação sucessiva, só é possível atender o segundo pedido se o primeiro pedido for acolhido pelo juiz.
Sugestão de gabarito da 2ª questão:
Letra “C”. Esta é a alternativa incorreta, porque o autor da ação que deu causa à perempção poderá exercer o seu direito de crédito em defesa em outra ação que lhe venha a ser movida pelo réu, alegando a compensação (art. 268, parágrafo único, parte final).
AULA 13
1ª Questão.Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o devedor não honrou o pagamento fixado na sentença.
Indaga-se: 
a) Qual medida Gustavo deverá adotar?  Justifique.
b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique.
c) O que é processo sincrético? Justifique.
2ª Questão.Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreensão, previsto no Decreto Lei nº 911/69:
a) de conhecimento;
b) de execução;
c) cautelar;
d) sui generis.
Sugestão de gabarito da 1ª questão.
a) Gustavo deverá, por meio do seu advogado, requerer o início da fase executiva, que irá observar o procedimento previsto a partir do art. 475-J do CPC. 
b) Não haverá a necessidade de instauração de um novo processo, eis que somente ocorrerá o início de uma nova etapa dentro do mesmo processo já instaurado. É o que se denomina de processo sincrético, ou seja, um processo que tem duas etapas, sendo a primeira de caráter cognitivo e a segunda com foco executivo. Segundo ao doutrina: “O processo de execução era mais um ao lado do processo de conhecimento e do cautelar, tendo a sua própria finalidade. No seu caso específico, o desiderato era obter o cumprimento de uma obrigação estampada em um título executivo, que fosse certa, líquida e exigível. Era um processo como qualquer outro, que contava com uma petição inicial, citação, contraditório por parte do executado e até mesmo com prolação de sentença. Eventualmente, o mesmo apresentava algumas peculiaridades próprias como, por exemplo, a desnecessidade de se produzir qualquer prova, já que o magistrado oficiante no processo não estava ali para ser convencido e julgar, mas sim para determinar as medidas necessárias para a satisfação da obrigação. Recentemente, com o advento da Lei no 10.444/02 e Lei no 11.232/05, é que muito se falou em uma pretensa mitigação da autonomia do processo executivo, uma vez que tais leis teriam criado o denominado “processo sincrético”, que seria nada mais do que um amálgama entre os diversos processos existentes. Com efeito, a Lei no 10.444/02, ao alterar a redação do art. 644, fez constar que: “A sentença relativa à obrigação de fazer ou não fazer cumpre-se de acordo com o art. 461, observando-se, subsidiariamente, o disposto neste capítulo”, o que é indicativo de que o processo continuará mesmo após a prolação da sentença, com a adoção dos meios executivos necessários para a satisfação da pretensão. E, com o advento da Lei no 11.232/05, essa postura também foi aplicada às sentenças que condenam a obrigação pecuniária, pelo menos na maioria dos casos, em virtude do que consta a partir do art. 475-I. Contudo, não é correto concluir que foram essas leis as responsáveis pela criação do processo sincrético, uma vez que este já existia desde o momento da criação do atual CPC como se pode depreender, por exemplo, na ação de depósito, cujo cumprimento da sentença, até hoje, independe de processo executivo autônomo. Só que tais situações eram restritas a bem poucos procedimentos especiais. Com a criação das já citadas leis, ocorreu uma mitigação da autonomia do processo executivo, embora não a sua total abolição, uma vez que, na maioria das vezes, o título executivo judicial não mais precisará ser executado em processo autônomo. Com efeito, após a prolação da sentença, encerrando a etapa cognitiva, será iniciada a segunda fase dentro do mesmo processo, agora com a atuação jurisdicional, focando o cumprimento da obrigação reconhecida no título. Mas, muito embora o processo permaneça uno, ainda assim é possível sustentar a permanência da dualidade de ações” (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. A execução civil. Niterói: Impetus, 2010, pp. 2-3). 
c) Sincrético é o processo em que o itinerário processual contém duas fases, a primeira de cognição, que se encerra com a sentença e a segunda a de cumprimento da sentença, eliminando-se o processo autônomo de execução, pra atender o princípio da duração razoável do processo ou da celeridade (art. 5º, inciso LXXVIII da CRFB).
Sugestão de gabarito da 2ª questão.
Letra "A". Apesar do nome ser idêntico a um procedimento cautelar previsto entre o art. 839 até o art. 843 do CPC, esta busca e apreensão tem o seu procedimento regulado no Decreto Lei nº 911/69 e corresponde a um processo de conhecimento autônomo e independentemente de qualquer outro como, alias, é estabelecido no próprio art. 3º, parágrafo 8º, do mencionado ato normativo específico.
AULA 14
1ª Questão.Humberto promoveu ação de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a capacidade postulatória não constituir outro procurador judicial.
Indaga-se:
Qual será a conseqüência processual? A resposta seria a mesma caso esta situação envolvesse o demandado? Justifique as respostas.
2ª Questão.A incompetência do Juízo usualmente é considerada como pressuposto processual de validade do processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetência absoluta. Indique a alternativa correta:
a) deve extinguir o processo pela ausência de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV, CPC;
b) deve declinar da incompetência absoluta em prol do órgão jurisdicional competente; 
c) deve intimar a parte contrária para informar se renuncia a prerrogativa de tramitaçãodo processo de acordo com as normas constitucionais e processuais;
d) nenhuma das alternativas é a correta.
Sugestão de gabarito da 1ª questão.
Se o demandante não constituir novo advogado no prazo assinalado pelo juiz, o processo será extinto sem resolução do mérito na forma do art. 267, inciso IV, CPC, eis que ausente um pressuposto processual de desenvolvimento (capacidade das partes – capacidade postulatória). Caso esta situação estivesse envolvendo o demandado, a resposta seria distinta, pois o juiz apenas se limitaria a decretar a revelia, tal como exposto no art. 265, parágrafo 2º, CPC.
Sugestão de gabarito da 2ª questão: 
Letra “B”. Há, no entanto, casos em que o magistrado não deve declinar e sim extinguir o processo, como ocorre quando há o reconhecimento de incompetência em sede de Juizado Especial Estadual (art. 51, inciso III, Lei nº 9.099/95). Também é possível mencionar a existência de entendimento minoritário que considera que o processo que tramitou perante a Justiça incompetente deve ser considerado inexistente em sua totalidade, não havendo que se invocar esta tese da “sanatória geral”, ou mesmo o disposto no art. 113, § 2º do CPC, que dispõe:  “declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos...”. É que, de acordo com Cândido Rangel Dinamarco, Ada Pellegrini Grinover e Antonio Carlos de Araújo Cintra: “Há na doutrina a tendência de considerar inexistente o processo instaurado perante Justiça incompetente (porque há violação de normas constitucionais, sendo que a Constituição não ressalva os atos não-decisórios: a ressalva é dos códigos de processo, os quais não podem impor exceções aos preceitos constitucionais ... o princípio do Juiz constitucionalmente competente vem integrar as garantias do devido processo legal, podendo considerar-se inexistente o processo conduzido pelo juiz desprovido de competência constitucional” (Teoria Geral do Processo. 15ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, s/d, pp. 240/241). 
AULA 15
1ª Questão.Geisa promove demanda com o objetivo de obter a revogação da doação de um bem avaliado em R$ 500.000,00, valor este que, por sinal, foi atribuído a causa. A petição inicial foi distribuída perante um dos juízos integrantes da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, observando o procedimento ordinário. Só que, ao analisar a petição inicial, o magistrado determina que a autora promova a sua emenda, de modo a adequá-la ao procedimento correto.
 Indaga-se: 
Foi correta a postura do magistrado? Justifique.
2ª Questão.Rodrigo, com 61 anos de idade, propõe demanda perante uma das Varas Cíveis da Comarca da Capital. Na petição inicial o demandante narra e comprova a sua idade, requerendo a concessão de prioridade de tramitação do processo por este motivo. Como o magistrado deve se posicionar a respeito? Indique a alternativa correta:
a) deve indeferir, pois tal benefício somente é possível aos maiores de 70 anos;
b) deve deferir, já que a prioridade é dada aos maiores de 60 anos;
c) deverá indeferir, pois tal situação violaria o princípio da isonomia;
d) somente deverá aceitar se tiver sido impetrado um mandado de segurança. 
Sugestão de gabarito da 1ª questão.
Sim, o magistrado agiu corretamente. É que, nesta hipótese, o procedimento a ser observado é o sumário. A Lei nº 12.122/2009 alterou o art. 275 e passou a incluir, em seu inciso II, alínea “g”, que na hipótese de revogação da doação este é que será o procedimento a ser adotado, independentemente do valor atribuído a causa.
Sugestão de gabarito da 2ª questão.
Letra “B”.  A Lei nº 12.008/09, alterou a redação do art. 1.211-A do CPC, passando nele a constar que a prioridade será deferida ao maior de 60 anos. Vale dizer que, anteriormente a esta reforma, o benefício somente era concedido aos maiores de 65 anos.

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