Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor Me: Lucas Corrêa de Almeida Energia potencial e Conservação da energia Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Introdução Por que uma grande avalanche pode atingir uma distancia quase 30 vezes maior que uma avalanche pequena? Quando uma avalanche de pedras desce a encosta de uma montanha e chega a um vale, o atrito entre as pedras e o solo acaba por imobilizar as pedras. A distância que as pedras percorrem em um vale e, normalmente, cerca de 2/3 da altura de onde caíram. Nas grandes avalanches, porem, quando uma grande quantidade de pedras desce uma montanha essa distancia pode ser ate 30 vezes maior, o suficiente para colher de surpresa os moradores de uma cidade próxima Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia potencial Energia potencial e qualquer energia que pode ser associada a configuração (arranjo) de um sistema de objetos que exercem forças uns sobre as outros. Energia potencial gravitacional 𝑼 : Trata-se de uma energia associada ao estado de separarão vertical entre dais objetos que se atraem mutuamente através da força gravitacional. Energia potencial elástica 𝑼: Trata-se da energia associada ao estado de compressão ou distensão de um objeto elástico. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Trabalho e energia potencial Suponha que uma bola de beisebol seja arremessada para cima: Enquanto a bola está subindo, o trabalho 𝑊𝑔 realizado pela força gravitacional sobre ela é negativo, porque a força extrai energia da energia cinética do objeto. A bola perde velocidade, para e começa a cair de volta por causa da força gravitacional. Durante a queda a transferência de energia se inverte, pois, a força gravitacional passa a transferir energia potencial, devido a altura, em energia cinética. Tanto na subida como na descida a variação ∆𝑈 da energia potencial gravitacional é definida como o negativo do trabalho realizado sobre o corpo pela força gravitacional, ou seja, ∆𝑈 = −𝑊 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Forças conservativas e dissipativas Uma força é dita conservativa quando seu trabalho independe da trajetória, dependendo apenas das posições inicial e final A força gravitacional e a força elástica são exemplos de forças conservativas. Uma força que não é conservativa é chamada de dissipativa. Exemplos de forças dissipativas são a força de atrito cinético e a força de arrasto. Se um bloco desliza em um piso com atrito, a força de atrito cinético exercida pelo piso realiza trabalho negativo sobre o bloco, reduzindo sua velocidade e transferindo energia cinética do bloco para uma outra forma de energia, chamada de energia térmica (que está associada ao movimento dos átomos e moléculas). Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Forças conservativas e dissipativas Observações importantes: Os experimentos mostram que essa transferência de energia não pode ser revertida (a energia térmica não pode ser transferida de volta para a energia cinética do bloco pela força de atrito cinético). Assim, a energia térmica NÃO é uma energia potencial! O teste principal para determinar se uma força é conservativa ou dissipativa é o seguinte: deixa-se a força atuar sobre uma partícula que se move ao longo de um percurso fechado, começando em uma certa posição e retornando a essa posição (ou seja, fazendo uma viagem de ida e de volta). A força é conservativa se e apenas se a energia total transferida durante a viagem de ida e de volta, ao longo deste ou de qualquer outro percurso fechado, for nula. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 1 (8.1): A figura mostra um pedaço de 2,0 kg de queijo gorduroso que desliza por um trilho sem atrito do ponto a ao ponto b. 0 queijo percorre uma distancia total de 2.0 m ao longo do trilho e uma distancia vertical de O,80 m. Qual e o trabalha realizado sabre o queijo pela força gravitacional durante o deslocamento? Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: Sabemos que 𝑊𝑔 = 𝑚 . 𝑔 . 𝑑 . 𝑐𝑜𝑠 𝜑. Entretanto, não podemos usar essa equação, visto que o ângulo φ entre a força e o deslocamento variam constantemente nesta trajetória. Como a força da gravidade é conservativa, podemos escolher outra trajetória entre a e b para o cálculo do trabalho Usando o percurso da figura b, temos: Vertical: 𝑊𝑔 = 2 . 9,8 . 0,8 . 𝑐𝑜𝑠 0 = 15,7 𝐽 Horizontal: 𝑊𝑔 = 2 . 9,8 . 0,8 . 𝑐𝑜𝑠 90 = 0. (vemos que não há trabalho gravitacional na horizontal) Então, o trabalho total realizado sobre o queijo por 𝐹𝑔 quando o queijo se desloca do ponto ao ponto b ao longo do percurso tracejado é 15,7 𝐽. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Energia potencial gravitacional Vimos que a variação de energia potencial é dada por Δ𝑈 = − 𝑊. Se uma partícula sai da posição inicial (𝑦0) e vai até a posição final (𝑦), e se tomarmos o sentido do eixo 𝑦 positivo para cima, g terá sinal negativo e a equação se torna: 𝑈 – 𝑈0 = − 𝑊 → 𝑈 – 𝑈0 = − 𝑚 −𝑔 𝑦 – 𝑦0 → 𝑈 – 𝑈0 = 𝑚 𝑔 (𝑦 – 𝑦0). Podemos ainda tomar 𝑈0 como sendo a energia potencial gravitacional do sistema quando ele se encontra em uma configuração de referência no ponto de referência. Então 𝑈 = 𝑚 . 𝑔 . 𝑦 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 2 (8.2): Uma preguiça de 2,0 𝑘𝑔 esta pendurada a 5,0 m acima do solo (ver figura). (a) Qual e a energia potencial gravitacional 𝑈 do sistema preguiça- Terra se tomamos o ponto de referencia 𝑦 = 0 como estando (1) no do solo, (2) no piso de uma varanda que esta a 3,0 𝑚 acima do solo. (3) no galho onde esta a preguiça e (4) 1,0 𝑚 acima do galho? Considere a energia potencial como sendo nula em 𝑦 = 0. (b) A preguiça desce da arvore. Para cada escolha do ponto de referenda, qual e a variação ∆𝑈 da energia potencial do sistema preguiça-Terra? Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: a) A referência da preguiça é 𝑦 = 5,0 𝑚, assim: (1) 𝑈 = 𝑚. 𝑔. 𝑦 → 𝑈 = 2. 9,8 . (5,0) → 𝑈 = 98𝐽 (2) 𝑈 = 𝑚. 𝑔. 𝑦 → 𝑈 = 2. 9,8 . (2,0) → 𝑈 = 39𝐽 (3) 𝑈 = 𝑚. 𝑔. 𝑦 → 𝑈 = 2. 9,8 . (0) → 𝑈 = 0𝐽 (4) 𝑈 = 𝑚. 𝑔. 𝑦 → 𝑈 = 2. 9,8 . −1,0 → 𝑈 = −19,6𝐽 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: b) A variação da energia potencial não depende da escolha do ponto de referência, mas apenas de Δ𝑦, a variação de altura. Nas quatro situações temos o mesmo valor Δ𝑦 = −5,0 𝑚. Assim, para as quatro situações: Δ𝑈 = 𝑚 𝑔 Δ𝑦 = (2,0 𝑘𝑔) (9,8 𝑚/𝑠²) (−5,0 𝑚) = −98 𝐽 . Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Sistemas conservativos e energia mecânica Você já reparou que, em uma montanha-russa, a altura em que o carrinho inicia a primeira descida é maior dentre todas e que, portanto, ele não atinge essa altura em nenhuma outra ocasião? Para entender por que isso ocorre, vamos supor que alguém tenha descoberto como eliminar totalmente o atrito que sempre acompanha o movimento e que resolva aplicar sua descoberta à construção de uma montanha-russa. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Sistemas conservativos e energia mecânica Logo, a pessoa percebe que, ao contrário do que ocorre na realidade, a altura inicial do carrinho pode ser alcançada infinitas vezes. Numa montanha-russa ideal, em qualquer posição que o carrinho esteja, a soma das suas energias cinética e potencial terá sempre o mesmo valor. Essa soma échamada de energia mecânica. Sistemas em que a energia mecânica total se mantém constante são chamados sistemas conservativos. OBS: A energia mecânica, quando conservada (∆𝐸𝑚𝑒𝑐 = 0), indica que o sistema é conservativo. 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐾 + 𝑈 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 3: A figura mostra quatro situações: uma na qual um bloco inicialmente em repouso é deixado cair e três outras nas quais o bloco desce deslizando em rampas sem atrito. (a) Ordene as situações de acordo com a energia cinética do bloco no ponto B, em ordem decrescente. (b) Ordene as situações de acordo com a velocidade do bloco no ponto B, em ordem decrescente Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: a) Como a força gravitacional é conservativa: 𝐸𝑚𝑒𝑐 do sistema é constante. Inicialmente, o bloco tem 𝑉0 = 0, em todos os quatro casos e suas alturas são iguais a ℎ. A equação da variação de energia mecânica 𝐸𝑚𝑒𝑐 do sistema (antes (em A) e depois (em B)) em todos os casos é: 𝐸𝑚𝑒𝑐𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐𝐵 → 𝑈A + KA = UB + KB → 𝑚 . 𝑔 . ℎ𝐴 + 𝑚,𝑣𝐴 2 2 = 𝑚𝑔ℎ𝐵 + 𝐾𝐵 Como 𝑣𝐴 = 0 e ℎ𝐵 = 0 (para todos os quatro casos), temos: 𝑚 . 𝑔 . ℎ𝐴 + 0 = 0 + 𝐾𝐵 → 𝑘𝐵 = 𝑚 . 𝑔 . ℎ𝐴 Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: b) Da mesma forma, como a energia cinética da partícula em B é a mesma para quaisquer das quatro situações, a velocidade da partícula em B é igual nas quatro situações. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Exemplo 3: Na figura, uma criança de massa m parte do repouso no alto de um toboágua, a uma altura ℎ = 8,5 𝑚 acima da base do brinquedo. Supondo que a presença da água torna o atrito desprezível, encontre a velocidade da criança ao chegar à base do toboágua. Prof Me.:Lucas Corrêa de Almeida Exemplos Solução: 𝐸𝑚𝑒𝑐𝐴 = 𝐸𝑚𝑒𝑐𝐵 → 𝑈A + KA = UB + KB → 𝑚 . 𝑔 . ℎ𝐴 + 𝑚,𝑣𝐴 2 2 = 𝑚𝑔ℎ𝐵 + 𝐾𝐵 → 𝑚 . 𝑔 . ℎ𝐴 + 0 = 0 + 𝑚,𝑣𝐵 2 2 → 𝑉𝐵 2 2 = 9,8 . 8,5 → 𝑉𝐵 = 12,9 𝑚/𝑠
Compartilhar