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Habilitação Técnica de Nível Médio em Massoterapia GD4 – Versão 6 – Dezembro 2013 Habilitação Técnica de Nível Médio em Massoterapia GD4 – Versão 6 – Dezembro 2013 EQUIPE RESPONSÁVEL COORDENAÇÃO TÉCNICA Gerência de Desenvolvimento 4 Silvia Helena Mussolini de Oliveira ELABORAÇÃO Consultora Pedagógica GEDUC Fernanda Aparecida Yamamoto Consultores Especialistas Alexandre Amatuzzi Barros Cleliani Carneiro Camargo Gerson Lúcio Vieira Sergio Toshiaki Sato Núcleo de Empreendedorismo, Sustentabilidade e Inovação ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-PEDAGÓGICO GEDUC Desenho Educacional Ana Cleide Gois Bispo Patricia Luissa Masmo HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA SUMÁRIO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 4 ORIENTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO .......................................................... 6 OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO ................................................................ 9 ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO ................................ 16 PLANO COLETIVO DE TRABALHO DOCENTE ................................................. 25 Módulo I – Ambientação Profissional - 56 horas .......................................... 27 Módulo II – Conceitos Básicos em Saúde - 160 horas .................................. 36 Módulo III – Avaliação Massoterapêutica - 152 horas .................................. 45 Módulo IV – Massagens Ocidentais - 302 horas .......................................... 54 Módulo V – Massagens Orientais - 290 horas ............................................. 71 Módulo VI – Promoção da Saúde - 60 horas ............................................... 86 Módulo VII – Acompanhamento Terapêutico em Massoterapia - 100 horas .... 92 Módulo VIII – Gestão Empreendedora - 80 horas ....................................... 96 ANEXO 1 - MODELO SUGERIDO PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AULA ......124 ANEXO 2 - MODELO DE CARTA DE APRESENTAÇÃO .....................................125 ANEXO 3 – PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO ...................................126 HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA APRESENTAÇÃO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 4 APRESENTAÇÃO Caros integrantes da equipe do Curso Técnico em Massoterapia Este Plano de Orientação para a Oferta é um documento norteador que apresenta aos técnicos e docentes da rede uma coletânea de experiências e práticas diretivas para o desenvolvimento do curso de maneira alinhada com a Proposta Pedagógica da Instituição, o Plano de Curso e o Regimento das Unidades Educacionais – Senac São Paulo. A premissa deste Plano de Orientação é o respeito aos saberes e às competências dos próprios docentes e, portanto, não determina atividades ou fazeres estáticos. Sendo assim, é importante que cada docente imprima em suas aulas seu estilo, sua experiência e seus conhecimentos a respeito do grupo de alunos que está mediando. Ao planejar as aulas, é essencial que o docente do Senac São Paulo desfrute da mesma autonomia e flexibilidade que esperamos dos nossos alunos no seu desenvolvimento. Assim, sugerimos que cada unidade, considere sempre em suas reuniões pedagógicas com supervisores educacionais, técnicos e docentes as singularidades e individualidades de cada profissional, assim como as valorizamos em nossos alunos. Em caso de dúvida, entre em contato com: Silvia Mussolini – silvia.moliveira@sp.senac.br Bom trabalho!!! HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA APRESENTAÇÃO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 5 O que vocês encontram neste Plano de Orientação para a Oferta Operacionalização do Curso Oferece dicas sobre seleção de docentes, materiais, equipamentos, parcerias, etc. Indica pontos importantes a serem considerados pela coordenação para a organização e acompanhamento do trabalho pedagógico da equipe envolvida no curso. Orientações para o Atendimento Traduz as informações importantes do Plano de Curso para uma linguagem que auxilia o atendente a trabalhar a venda do curso. Orientações para o Desenvolvimento do Curso Explicita os referenciais norteadores e descreve as indicações metodológicas para o desenvolvimento do curso. Orienta o Plano Coletivo de Trabalho Docente, com sugestões de atividades, indicação das bases tecnológicas, temas, estimativa de tempo e descrição dos indicadores de desempenho para a avaliação das competências. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 6 ORIENTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO Que curso é este? É um curso de educação profissional técnica de nível médio que capacita o Técnico em Massoterapia para atuar em espaços próprios, spas, academias, clubes desportivos e instituições voltadas ao cuidado com os idosos. É profissão regulamentada? A profissão não é regulamentada, não dando direito a obtenção de registro profissional em órgão de classe. Quem pode fazer o curso? Para matrícula no curso o candidato deve estar cursando, no mínimo, a 2ª série do Ensino Médio e ter, no mínimo, 18 anos. Quem é o Técnico em Massoterapia? É o profissional de Saúde que utiliza técnicas de massagem com o objetivo de Promover a Saúde, o Bem-Estar e de reconduzir ao equilíbrio energético e fisiológico do ser humano, podendo ainda associar à sua prática profissional outras terapias naturais, complementares e integrativas não invasivas. Por que fazer o Curso? A massagem é uma prática que tem sido difundida e utilizada nos mais diferentes espaços a fim de promover a saúde e o bem-estar das pessoas. É uma profissão que permite trabalhar em empresas do segmento ou por conta própria (como autônomo), inclusive prestando serviços em domicílio. É uma profissão que contribui para a promoção da saúde das pessoas. Qual o diferencial deste curso? Plano de Curso atualizado por profissionais sintonizados com as tendências do segmento. Docentes com experiência profissional na área. Situações de aprendizagem dinâmicas e interativas que privilegiam a formação de um profissional crítico e criativo. Metodologia de trabalho por projetos, atual e inovadora. Atividades práticas de atendimento ao público, realizadas em laboratório e em espaços da comunidade. Sistema de biblioteca do Senac com acervo técnico para consulta de docentes e alunos. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA APRESENTAÇÃO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 7 O que o interessado vai encontrar no curso? O curso prevê muitas atividades que contribuem para a aprendizagem, como estudo de casos, proposição de problemas, pesquisas em diferentes fontes, contato com especialistas da área, visitas técnicas, trabalho com a comunidade, atividades em laboratório e atendimento ao público. Como o curso está organizado? O curso está organizado em oito Módulos, estruturados para o desenvolvimento de competências, conforme segue: Horas I Ambientação Profissional 56 II Conceitos Básicos em Saúde 160 III Avaliação Massoterapêutica 152 IV Massagens Ocidentais 302V Massagens Orientais 290 VI Promoção da Saúde 60 VII Acompanhamento Terapêutico em Massoterapia 100 VIII Gestão Empreendedora 80 1200 Módulos Total O curso tem estágio? O curso não prevê estágio, ficando a critério da Direção da Unidade Senac autorizar a sua realização como uma atividade opcional do aluno desde que esteja matriculado e frequente regularmente o curso, ficando sob sua responsabilidade, identificar empresas/instituições para concessão do campo. Quando o estágio opcional do aluno pode ser recusado? O pedido de estágio opcional do aluno poderá ser indeferido pelo gerente da Unidade quando não forem atendidas as condições mínimas estabelecidas no Plano de Realização de Estágio Profissional que consta do respectivo Plano de Curso. O estágio será sempre registrado no diploma? Neste curso, o estágio será registrado, somente quando o aluno realizar o mínimo de 120 horas das atividades previstas no Plano de Atividades do Estagiário incorporado ao Termo de Compromisso. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA APRESENTAÇÃO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 8 O aluno perde as horas já realizadas de estágio quando a empresa rescinde o termo de compromisso antes do tempo previsto? Não. Nesse caso, a empresa deve entregar ao estagiário, termo de realização do estágio com a indicação resumida das atividades desenvolvidas e, essas horas serão acumuladas para complementar o mínimo exigido, caso o aluno apresente solicitação de estágio em outra empresa. Qual é a forma de avaliação da aprendizagem? A avaliação é contínua e cumulativa e se dá por meio de atividades diversas, como exemplo, estudos de casos, simulações, pesquisas individuais e em grupos, relatórios, debates, exercícios, relatórios de visitas técnicas e pelos trabalhos desenvolvidos para o projeto. Que menções e frequência são necessárias para o aluno ser aprovado? Menções ÓTIMO ou BOM, atribuídas por Módulo e a frequência mínima de 75% do total de horas de efetivo trabalho educacional em cada Módulo. O Senac fornece material didático aos alunos? Sim, nesse curso serão fornecidos três livros: ANDREOLLI, C.P.P; PAZINATTO, P.P. Drenagem Linfática Reestruturação Anatômica e Fisiológica Passo a Passo. São Paulo: Napoleão, 2009. DONATELLI, S. Caminhos de energia – Atlas dos Meridianos e pontos para Massoterapia e Acupuntura. São Paulo: Roca, 2011. ZORZI, R. Corpo Humano – órgãos, sistemas e funcionamento. Rio de Janeiro: Senac, 2010. Que documento de conclusão é conferido ao aluno aprovado no curso? Diploma de Técnico em Massoterapia com validade nacional, ao aluno que concluir com aprovação todos os Módulos que compõem a organização curricular do Plano de Curso e comprovar a conclusão do ensino médio. Mais Informações O candidato pode consultar o Plano de Curso no site do Senac São Paulo (www.sp.senac.br) ou na biblioteca da Unidade e, caso ainda tenha dúvidas, pode ser encaminhado para conversar com a coordenação de curso da Unidade. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 9 OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO Autorização da Unidade para Oferta do Curso Para inserir este curso em sua programação, a unidade interessada deve consultar o técnico responsável da Gerência de Operações, que articulará com a Gerência de Desenvolvimento a análise de espaços específicos para o curso. Para desenvolver o curso, o Plano de Curso deve estar aprovado. Infraestrutura mínima (estabelecida em Plano de Curso) Instalações Laboratório que disponha de iluminação e exaustão adequadas, equipado com instalações elétricas e hidráulicas apropriadas para serviços de massoterapia, conforto acústico, pia com cubas profundas de aço inoxidável e torneiras com acionamento automático com água fria e quente. As instalações devem estar de acordo com o disposto no Código da Vigilância Sanitária. Equipamentos A Unidade disponibilizará de: Ar condicionado quente e frio Aquecedores de ambiente (4 unidades, considerando um ambiente com 10 macas). Sugestão: tipo Torre com rodas Som ambiente Computador multimídia, com leitor de CD/DVD, acesso à internet, entrada USB e caixas de som Máquina fotográfica e filmadora Data show Dispensador para sabonete líquido (um para cada pia) Dispensador para álcool gel (um para cada pia) Toalheiro para toalhas de papel descartável (um para cada pia) 2 Cestos de lixo grande de plástico com tampa acionável por pedal (para lixo comum e resíduos biológicos), que devem ser acomodados próximo da pia exceto massoterapia, que precisa apenas de 1, para lixo comum Filtro de água Relógio de parede 1 Escada com dois degraus HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 10 Quadro magnético branco, preferencialmente afixado na parede, ou smartboard Tela de projeção embutida no teto (no caso da utilização de smartboard, não haverá necessidade da tela de projeção) Mobiliário Armários altos (dimensões: 80x50x210 cm) em laminado texturizado cor argila. Sugestão de quantidade: 2 armários para a massoterapia Cortinas suspensas de material emborrachado de fácil assepsia, adequadas para as práticas de saúde Banquetas de altura regulável com encosto (mocho), 2 por box. Utilização de capas de plástico transparentes removíveis, para proteção e conservação do equipamento. Carrinhos auxiliares. Especificações: com tampo de inox, 2 gavetas e portas. Sugestão do Fornecedor: Podontolider Cestos de inox pequenos para lixo com tampa acionável por pedal (1 por box) Dispensador para álcool gel (1 por box) Macas de procedimento. Especificação mínima: automática com elevação de encosto e elevação e extensão de membros inferiores, braços retráteis e acionamento na lateral da maca identificado em braile (adaptado para deficiência visual). Sugestão: fabricante Podontolíder. E padrão de cor: azul claro. Utilização de capas de plástico transparentes removíveis, para proteção e conservação do equipamento. Sugestão de indicação de fornecedor: Antônio Marcos (tel: 9293-0276) Arquivos suspensos para fichas de avaliação Estação docente: Mesa para computador Computador Impressora Cadeira com braços e rodízios Mobiliário portátil Colchonetes impermeáveis e laváveis. Sugestão de medida 185 cm (comprimento) X 65 cm (largura) X 0,65 cm (espessura). Quantidade: 25 unidades. 10 Macas portáteis. Sugestão de fabricante: MEX ou LEGNO. Cor: azul marinho. Utilização de capas de plástico transparentes removíveis (para proteção e conservação do equipamento). HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 11 10 Cadeiras para massagem rápida. Sugestão de fabricante: MEX (Geração III) ou LEGNO. Cor: azul claro. Material Didático/Apoio CDs e softwares de apoio Manequim Anatômico: esqueleto* Manequim Anatômico: músculos e órgãos** Mapa de auriculoterapia chinesa Mapa de Sistemas. Sugestão: Linfático, Circulatório, Músculo esquelético. Mapas dos 5 elementos Mapas dos Meridianos Mapas de reflexologia podal Modelo de orelha para auriculoterapia***Mais informações referente a infraestrutura do laboratório vide o Manual de Referências Arquitetônicas na Intranet. http://www.intranet.sp.senac.br/jsp/default.jsp?template=1277.dwt Observações: * Recomendação de Modelo Anatômico Esquelético: Empresa 3B Scientific – Cód. A-13 – Esqueleto de Luxo, montado sobre base dotada de rodízio e freios. ** Recomendação de Modelo Anatômico Músculo e Órgãos: Empresa Altay Scientific – Cód. 6000.56 – Modelo Anatômico Humano – Figura Muscular de Luxo. *** Recomendação de Modelo Auriculoterapia: Empresa: Bioaccus – Orelha de Auriculoterapia com 90 pontos – Wagner Fonseca. Coordenação do Curso Será indicado pelo técnico de área da Unidade, um docente com formação em nível superior e experiência na área que auxiliará na coordenação do curso. Caberá a esse docente acompanhar toda a organização e desenvolvimento do curso, desde a sua implantação até a sua conclusão, considerando o Plano de Curso em todos os seus aspectos e as orientações contidas neste documento. A promoção de reuniões periódicas mensais do corpo docente para análise do andamento do curso e avaliação continuada do corpo discente é de responsabilidade do técnico da área assessorado por este docente. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 12 Parcerias A Unidade interessada em trabalhar com esse curso e não tiver disponível um espaço adequado em suas dependências, conforme descrito no Plano de Curso pode realizar parceria externa com outra instituição. Para informações detalhadas, acesse o Manual para Oferta de Cursos em Locais Externos na Intranet. Com fornecedores Quanto a parcerias com empresas para captação de produtos e equipamentos, a Unidade terá autonomia para realizá-la, conforme as diretrizes da Cooperação Institucional, descritas no Manual de Orientações e Procedimentos: Acordo de Cooperação, Desconto Corporativo e Desconto Comerciário na Intranet. Em todos os casos deverá ser utilizado o modelo de contrato validado pela Assessoria Jurídica do Senac e disponibilizado no SisNormas. Docentes Seleção Para atuar neste curso os docentes devem ter formação específica relacionada a cada competência a ser desenvolvida, habilidade para docência e atualização com as questões relativas ao segmento profissional do curso. Para o desenvolvimento de algumas competências do curso há indicação de formação no quadro Sugestões para o Plano Coletivo de Trabalho Docente desse documento. A formação requerida dos docentes está especificada no quadro de atividades que orienta o Plano Coletivo de Trabalho Docente, de acordo com os conceitos, princípios, técnicas e tecnologias exigidas pelas competências de cada módulo que compõe o curso. Procedimentos para a Seleção Análise de currículo e entrevista podem ser instrumentos suficientes para uma primeira etapa da seleção, pois permitem levantar dados sobre a experiência profissional e acadêmica do docente. Na entrevista é interessante investigar a experiência do candidato no segmento e a afinidade com a Proposta Pedagógica Institucional, buscando assegurar os conteúdos técnicos e a abordagem metodológica. Uma mini aula demonstrativa que requeira a abordagem de conteúdos que serão ministrados pelo docente pode ser incluída no processo seletivo, para avaliar seus conhecimentos técnicos e a disponibilidade para trabalhar com situações ativas de aprendizagem. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 13 Para esclarecimentos sobre procedimentos para contratação, consultar as orientações contidas no SISNORMAS. Orientações Iniciais Todo docente da Instituição deve conhecer a Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, o Regimento das Unidades Educacionais Senac São Paulo, o Plano de Curso no qual atuará e este documento com as orientações que o acompanham. Estes documentos devem ser fornecidos na íntegra para o docente envolvido no processo, pois, na perspectiva do trabalho por competências, não basta que ele conheça apenas os aspectos relativos às competências com as quais trabalhará durante o curso. Ele precisa conhecer a proposta e se articular com os demais docentes para garantir a integração curricular. Quando um docente é contratado para um curso que já está em andamento, é importante que se promova sua integração no processo. Neste caso, além de receber os documentos, o docente deve ser orientado pelo técnico sobre o planejamento do curso e discutir sua contribuição para o desenvolvimento das competências em foco. É interessante que ele mantenha contato com docentes mais experientes para troca de ideias que poderão auxiliá-lo no planejamento das suas aulas. Recomenda-se que os docentes participem do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), onde são contemplados temas ligados à proposta pedagógica do Senac e seus desdobramentos na sala de aula. Os cursos equilibram aspectos conceituais e práticos e vão desde o planejamento das atividades até o uso de novas tecnologias e abordagens pedagógicas. Alunos Matrícula A matrícula é o ato formal que dá o direito de participação dos alunos no processo educacional da Unidade. O documento que registra este ato é o Requerimento de Matrícula. Para informações detalhadas sobre a matrícula, acesse o Manual de Orientações Educacionais na Intranet. Vestuário do aluno nas práticas de laboratório Para as atividades previstas de atendimento ao cliente, fica a critério da unidade orientar o uso ou não das roupas e calçados brancos. Kit Material Consulte a página do curso na Intranet. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 14 Planejamento do Curso na Unidade Antes de iniciar o curso, é importante reunir a equipe docente para discutir os documentos, pois não basta somente disponibilizá-los. A partir da análise das orientações que constam deste documento, a equipe, formada por docentes e acompanhada pelo técnico responsável pelo curso, deve discutir e adequar o Plano Coletivo de Trabalho Docente. O Plano Coletivo de Trabalho Docente é um plano geral que explicita e sugere a sequência de atividades, dá subsídios para a elaboração do cronograma e indicações para que cada docente possa elaborar seu Plano de Aula. Ele tem por objetivo privilegiar o foco nas competências, situar o projeto como caminho metodológico do curso e manter a articulação entre as atividades previstas pelos diferentes docentes. Os Planos de Aula elaborados pelos docentes devem ser requeridos pela coordenação para acompanhamento do processo e compartilhados com a equipe envolvida. Para efeito de alinhamento, sugere-se o modelo (anexo 1). O cronograma de aula deve ser elaborado de forma integrada para garantir o desenvolvimento das competências que compõem o Módulo. Graficamente o fluxo de planejamento pode ser representado da seguinte forma: Proposta Pedagógica Plano de Curso Plano de Orientação para a Oferta Plano Coletivo de Trabalho Docente (discutido na Unidade pela coordenação e equipe docente) Plano de aula (elaborado na Unidade pelo docente, com a orientação da coordenação)Prática Pedagógica Avaliação da Prática HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA OPERACIONALIZAÇÃO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 15 Reuniões de Planejamento e Avaliação do Curso Ao programar a oferta do curso devem ser previstas reuniões com os docentes para o planejamento e a avaliação do processo, pois o Plano Coletivo de Trabalho Docente e os Planos de Aula são propostas vivas a serem compartilhadas entre os colegas e passíveis de modificação sempre que o desenvolvimento do grupo de alunos assim indicar. Portanto, não podem ser tratados como documentos burocráticos. Para melhor aproveitamento e alinhamento da Proposta Pedagógica, desenvolver o Plano Coletivo de Trabalho Docente e os Planos de Aula no cronograma de trabalho. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 16 ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO As orientações para o desenvolvimento do curso atendem aos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico e da Proposta Pedagógica do Senac São Paulo, que, por sua vez, pautam-se em referenciais norteadores. Referenciais Norteadores Trabalho por Competência “A mobilização exerce-se em situações complexas, que obrigam a estabelecer o problema antes de resolvê-lo, a determinar os conhecimentos pertinentes, a reorganizá-los em função da situação, a extrapolar ou preencher as lacunas. Entre conhecer a noção de juros e compreender a evolução da taxa hipotecária há uma grande diferença. Os exercícios escolares clássicos permitem a consolidação da noção e dos algoritmos de cálculo. Eles não trabalham a transferência. Para ir nesse sentido, seria necessário colocar-se em situações complexas como obrigações hipotecárias, empréstimos, leasing. Não adianta colocar essas palavras nos dados de um problema de matemática para que essas noções sejam compreendidas, ainda menos para que a mobilização dos conhecimentos seja exercida. Entre saber o que é um vírus e proteger-se conscientemente das doenças virais, a diferença não é menor. Do mesmo modo que entre conhecer as leis da física e construir uma barca, fazer um modelo reduzido voar, isolar uma casa ou instalar corretamente um interruptor.1 "...Se as competências serão formadas pela prática, isso deve ocorrer, necessariamente, em situações concretas, com conteúdos, contextos e riscos identificados..." [Trabalhar regularmente por problemas] "... coloca o aprendiz em situações que o obrigam a alcançar uma meta, a resolver problemas, a tomar decisões [...] O exercício constante é indispensável; é preciso confrontar-se com dificuldades específicas, bem dosadas, para aprender a superá-las. [...] O aprendizado por problemas, desenvolvido em certas profissões, notadamente em algumas faculdades de medicina, supõe "simplesmente" que os estudantes sejam colocados em situações de identificação e resolução de problemas, construídos pelos professores de maneira a encorajar uma progressão na assimilação dos conhecimentos e na construção das competências. Os alunos devem procurar a solução, construí-la – o que evidentemente supõe que a tarefa proposta esteja em sua zona de desenvolvimento próxima e que possa apoiar-se em uma certa familiaridade com o campo conceitual implicado."2 "... para ser 'realista', um problema deve estar de alguma maneira 'incluído' em uma situação que lhe dê sentido. Há várias gerações de alunos, a escola tem 1 PERRENOUD, P. Construir competências é virar as costas aos saberes? In Pátio. Revista pedagógica (Porto Alegre, Brasil) n° 11, Novembro 1999, pp. 15-19. Este artigo foi publicado originalmente em Résonances, Mensuel de l’école valaisanne, n. 3, Dossier Savoirs et compétences, novembre 1998, pp. 3-7 : " Construire des compétences, est-ce tourner le dos aux savoirs ?” 2 PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. (p.39, 57) HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 17 proposto problemas artificiais e descontextualizados: as famosas histórias de trens e banheiras. O problema escolar a 'resolver', no tradicional exercício do ofício de aluno [...] é uma tarefa que cai do céu, uma forma de exercício. [...] Uma situação-problema não é uma situação didática qualquer, pois deve colocar o aprendiz diante de uma série de decisões a serem tomadas para alcançar um objetivo que ele mesmo escolheu ou que lhe foi proposto ou até traçado. Destaque para duas características de uma situação-problema: Deve estar organizada em torno da superação de um obstáculo pela classe, obstáculo este previamente identificado. Deve oferecer uma resistência suficiente, que leve o aluno a investir seus conhecimentos anteriores disponíveis, bem como suas representações, de maneira que leve ao seu questionamento e à elaboração de novas ideias.”3 Pedagogia de Projetos "O trabalho com Projetos traz uma nova perspectiva para entendermos o processo de ensino-aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos. Nesta postura, todo conhecimento é construído em estreita relação com os contextos em que são utilizados, sendo, por isso mesmo, impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes nesse processo. A formação dos alunos não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, onde o conhecer e intervir no real não se encontram dissociados. ‘Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas, principalmente, pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada.’ (...) O desenvolvimento de projetos, com o objetivo de resolver questões relevantes para o grupo, vai gerar necessidades de aprendizagem e, nesse processo, os alunos irão se defrontar com os conteúdos das diversas disciplinas, entendidos como ‘instrumentos culturais’ valiosos para a compreensão da realidade e intervenção em sua dinâmica. Há, assim, a possibilidade, com os Projetos de Trabalho, de evitar que os alunos entrem em contato com os conteúdos disciplinares a partir de conceitos abstratos e de modo teórico, como, muitas vezes, tem acontecido nas práticas escolares. Nesta mudança de perspectiva, os conteúdos deixam de ter um fim em si mesmo e passam a ser meios para ampliar a formação dos alunos e sua interação na realidade, de forma crítica e dinâmica. Há, também, o rompimento com a concepção de ‘neutralidade’ dos conteúdos disciplinares, que passam a ganhar significados diversos, a partir das experiências sociais dos alunos, envolvidos nos Projetos. (...) Para isso, ao se pensar no desenvolvimento de um projeto, três momentos devem ser configurados: 1)Problematização: é o ponto de partida, o momento detonador do projeto. Nessa etapa, os alunos irão expressar suas ideias, crenças, conhecimento sobre o problema em questão. Este passo é fundamental, pois dele depende todo o 3 PERRENOUD, P. Op.cit., 1999. (p.57, 58) HABILITAÇÃOTÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 18 desenvolvimento do projeto. Os alunos não entram na escola como uma folha em branco; já trazem, em sua bagagem, hipóteses explicativas, concepções sobre o mundo que os cerca. E é dessas hipóteses que a intervenção pedagógica precisa partir, pois, dependendo do nível de compreensão inicial dos alunos, é evidente que o processo toma diferentes caminhos. É na fase de problematização que o professor detecta o que os alunos já sabem e o que ainda não sabem sobre o tema em questão. É também a partir das questões levantadas nesta etapa que o projeto é organizado pelo grupo. 2) Desenvolvimento: é o momento onde se criam as estratégias para buscar respostas às questões e hipóteses levantadas na problematização. Aqui, também, a ação do sujeito é fundamental. Por isso, é preciso que os alunos se defrontem com situações que os obriguem a confrontar pontos de vista, rever suas hipóteses, colocar-se novas questões, confrontar-se com novos elementos postos pela Ciência. Para isso, é preciso que se criem propostas de trabalho que exijam a saída do espaço escolar, a organização em pequenos e grandes grupos, o uso de biblioteca, a vinda de pessoas convidadas à escola, entre outras ações. Nesse processo, [os alunos] têm que utilizar todo o conhecimento que têm sobre o tema e se defrontar com conflitos, inquietações que levarão ao desequilíbrio de suas hipóteses iniciais. 3)Síntese: em todo este processo, as convicções iniciais vão sendo superadas e outras, mais complexas, vão sendo construídas. As novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de conhecimento dos alunos e vão servir de conhecimento prévio para outras situações de aprendizagem. Apesar de serem destacados nesse esquema três momentos no desenvolvimento de um projeto, é importante frisar que se trata de um processo e não de etapas estanques. Os projetos são processos contínuos, que não podem ser reduzidos a uma lista de objetivos e etapas. Refletem uma concepção do conhecimento como produção coletiva, onde a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam, dando significado a aprendizagens construídas".4 Deve-se atentar para o fato de que as competências norteiam o planejamento e não as disciplinas ou os conteúdos como, tradicionalmente, se tem como referência. Nesta proposta, os conteúdos são considerados como insumos para a resolução dos problemas ou projetos. É importante que estes referenciais norteadores sejam discutidos com os docentes e sirvam como base para avaliar o adequado alinhamento entre a forma como o curso está sendo desenvolvido e estes princípios. 4LEITE, Lúcia Helena Álvarez. Pedagogia de projetos: intervenção no presente. N°8. Revista Presença Pedagógica, Belo Horizonte: 1996. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 19 Material de apoio didático Bibliografia Os títulos indicados na bibliografia do Plano de Curso devem estar disponíveis na Biblioteca da Unidade para consulta de alunos e docentes. Para verificar a Bibliografia Básica e Complementar acesse o Plano de Curso de Técnico em Massoterapia. Sites para consulta ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): www.abnt.org.br ANVISA: www.anvisa.gov.br Bibliomed: www.bibliomed.com BVS (Biblioteca Virtual em Saúde): www.bireme.br CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): www.mtecbo.gov.br CNS (Conselho Nacional de Saúde): http://conselho.saude.gov.br FIOCRUZ: www.fiocruz.br Instituto Ethos: www.ethos.org.br Ministério da Saúde: http://portal.saude.gov.br/saude/ MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): www.mte.gov.br OMS (Organização Mundial de Saúde): www.who.int OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde): www.opas.org.br Produtos Médicos e Hospitalares www.medline.com.br SEBRAE:www.sebrae.com.br Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo: http://portal.saude.sp.gov.br Scielo Brasil: www.scielo.br Sites especializados em Saúde www.lilacs.com Material a ser entregue ao aluno Está prevista a entrega dos livros seguintes, a serem utilizados como material didático: ANDREOLLI, C.P.P; PAZINATTO, P.P. Drenagem Linfática Reestruturação Anatômica e Fisiológica Passo a Passo. São Paulo: Napoleão, 2009. DONATELLI, S. Caminhos de energia – Atlas dos Meridianos e pontos para Massoterapia e Acupuntura. São Paulo: Roca, 2011. ZORZI, R. Corpo Humano – órgãos, sistemas e funcionamento. Rio de Janeiro: Senac, 2010. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 20 Planejamento das Atividades As sugestões que seguem visam subsidiar a elaboração do Plano Coletivo de Trabalho Docente e dos Planos de Aula, a fim de possibilitar que os alunos constituam as competências previstas no Plano de Curso. Assim cabe: Aos docentes trabalharem de forma integrada, prevendo atividades com foco nas competências, articuladas por situações complexas de aprendizagem; À coordenação acompanhar o processo com mais segurança; e À Instituição manter o alinhamento e a qualidade do curso, de acordo com a Proposta Pedagógica. Mais do que orientar, o roteiro sugerido tem como intuito desencadear um processo de discussão entre o técnico responsável pelo curso na Unidade e os docentes envolvidos para que possam elaborar um Plano Coletivo de Trabalho Docente que atenda às expectativas e às necessidades do grupo de alunos e à realidade local e que possibilite a construção de Planos de Aula (anexo 1) alinhados com a proposta de trabalho por competências. As competências previstas em cada Módulo orientam o caminho metodológico, pautado nos princípios da pedagogia de projetos. Assim, toda a problematização tem como contexto o projeto a ser desenvolvido ao longo do curso. Ao iniciar o curso, é importante que os docentes envolvidos e a coordenação criem um ambiente favorável para a integração do grupo e a apresentação da proposta. Deve ser estabelecido um contrato de aprendizagem – um contrato verbal acordado entre alunos e docentes, tendo em vista os princípios da aprendizagem com autonomia. É nesse momento que as questões mais relevantes relacionadas com a metodologia e o processo de avaliação devem ser esclarecidas, visando envolver e responsabilizar os alunos como sujeitos ativos no processo. Deve-se enfatizar a importância dos trabalhos em grupo, do empenho individual, da necessidade da investigação constante, da participação ativa, do compartilhamento das ideias e da autoavaliação. A avaliação da aprendizagem deve ocorrer durante o processo, pautando-se, fundamentalmente, na observação do desempenho do aluno ao realizar as atividades propostas. Os indicadores de desempenho orientam a observação do docente, de modo que sua intervenção se dê de forma imediata sempre que identificar dificuldade. O feedback deve ser constante e os alunos devem conhecer os indicadores para que possam se comprometer com seu autodesenvolvimento. Registros das Atividades O registro das competências desenvolvidas é feito, sinteticamente, pelo docente a cada dia de aula. Tendo em vista o Plano Coletivo de Trabalho Docente e a sequênciametodológica proposta, as atividades realizadas e as bases tecnológicas de cada Módulo devem ser registradas em um único Diário de Classe. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 21 Para informações detalhadas sobre preenchimento do Diário de Classe, acesse o Manual de Orientações Educacionais na Intranet. Atividades externas As parcerias com empresas locais, públicas e privadas, são imprescindíveis para a realização deste curso, pois permitem o contato dos alunos com situações reais de trabalho. As atividades externas como entrevistas, visitas técnicas e palestras em empresas, desde que previstas no Plano Coletivo de Trabalho Docente e nos Planos de Aula, devem ser registradas como horas de efetivo trabalho educacional, sem exceder oito horas diárias. Para as atividades com duração de oito horas deve haver, durante este período, uma hora de intervalo. Por exemplo, se há previsão, no Plano de Aulas, de realização de entrevistas pelos alunos com profissionais da área, o docente deve estimar as horas necessárias para tal atividade e, mediante apresentação do relatório e do produto da entrevista, atribuir presença ao aluno na data reservada para tal atividade e no horário acordado. Caso o aluno não realize a atividade no horário destinado para tal, deverá comunicar ao docente para um novo agendamento. Caso não apresente os produtos requeridos, será atribuída falta. É necessário que o aluno tenha ciência deste procedimento e que sejam tomadas as providências necessárias para qualquer atividade externa (Modelo de carta de apresentação - anexo 2 e Seguro contra Acidentes). Para maiores informações sobre parceria com empresas, acesse o Manual de Orientações e Procedimentos: Acordo de Cooperação, Desconto Corporativo e Desconto Comerciário na Intranet. Indicações Metodológicas Um dos princípios das “diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional técnica de nível médio” é o desenvolvimento de competências para a laboralidade. Assim, o Senac São Paulo de acordo com sua Proposta Pedagógica, oferece para os seus cursos uma metodologia voltada às práticas pedagógicas, onde o aluno é estimulado a construir o conhecimento e a desenvolver competências5. Neste contexto, os cursos técnicos do Senac São Paulo são desenvolvidos com foco nas competências descritas nos respectivos Planos de Curso. São elas que norteiam o planejamento das atividades e os conteúdos são considerados insumos para a resolução dos desafios gerados pelo projeto, que traça o caminho metodológico do curso. 5Proposta Pedagógica Senac São Paulo, Revitalização 2005. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 22 O projeto é o fio condutor que integra todas as ações, materializando-se pouco a pouco em cada etapa. É dele que emanam os desafios para os quais os alunos deverão buscar e criar as soluções. Toda a eficácia da proposta depende da apresentação desses desafios desencadeados por uma atividade exploratória proposta pelo docente, com o intuito de levantar os conhecimentos e as experiências prévias dos alunos. Com as atividades propostas para responder ao desafio, o aluno vai desenvolvendo sua capacidade para resolver problemas, incorporando novos recursos e refletindo sobre todo o processo, na busca de melhorá-lo a cada nova etapa. O docente deve propor estratégias de aprendizagem levando em conta que a competência é formada pela prática e que esta se dá em situações concretas que contribuam para a construção de soluções pelos alunos para os problemas diversificados e desafiadores desencadeados pelo projeto, orientando a busca de informações, estimulando o raciocínio lógico e a criatividade e incentivando respostas inovadoras. Deve-se garantir a flexibilidade com o uso do tempo e do espaço educativo. O tempo indicado para cada competência é apenas estimado e não deve “engessar” a proposta e o espaço de aprendizagem não deve se restringir à sala de aula. Resumindo, para cada competência, observa-se no quadro de sugestões para o plano coletivo de trabalho docente o seguinte movimento: Desafio: O desafio, emanado do projeto, está intimamente ligado à competência em foco e deve despertar a curiosidade dos alunos em saber mais sobre o assunto. É formulado como questão que o aluno toma para si, devendo instigá-lo para as atividades que virão. Atividade exploratória: É o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. Nessa etapa, os alunos devem ser estimulados a expressar suas ideias, crenças, experiências e conhecimentos relacionados com a competência em questão, uma vez que a aprendizagem significativa se dá a partir do repertório do aluno, de suas hipóteses explicativas e concepções sobre o mundo que o cerca. Estes conhecimentos prévios servem de referência para as novas experiências, pois permitem aos alunos a construção de significados. A intervenção pedagógica parte dessas hipóteses iniciais dos alunos, sobre as quais o docente levanta questões, estimulando-os a questionarem também os seus conhecimentos prévios. Como atividade exploratória o docente pode utilizar um jogo, uma imagem, um vídeo, uma produção realizada anteriormente pelos alunos, entre outras. É importante que ele não forneça explicações sobre o estímulo apresentado, mas instigue os alunos a explicitarem suas ideias, desafiando-os para a realização do projeto e de suas etapas, para a busca de novas experiências e conhecimentos. Atividades sugeridas para responder ao desafio: É a etapa de desenvolvimento, quando o docente planeja estratégias de aprendizagem que possibilitam aos alunos construir repertório para responder aos desafios e desenvolver a competência. As atividades previstas devem favorecer o confronto de pontos de vista, revisão das hipóteses iniciais e formulação de novas questões. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 23 Atividades que exijam a saída do espaço escolar, como participação em eventos, visitas técnicas e trabalho de campo; a organização em pequenos e grandes grupos; o uso de biblioteca; a vinda de pessoas convidadas, entre outras, contribuem para ampliar o olhar do aluno. Síntese: As novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de conhecimento dos alunos e vão servir de conhecimento prévio para outras situações de aprendizagem. A síntese indica o repertório de produções que subsidiam a elaboração do projeto. Essas produções, construídas ao longo do Módulo, são reunidas no Portfólio Individual. Sistematização do Módulo: É o momento final do Módulo, quando os alunos sistematizam as produções reunidas no Portfólio Individual que subsidiam a elaboração do Projeto para apresentação. Esta apresentação deve ser definida de acordo com a natureza do projeto proposto. Pode ser escrita e/ou oral e/ou demonstrativa, porém não necessita seguir a formalidade dos trabalhos acadêmicos. É importante frisar que a construção do projeto é um processo e as etapas não são estanques. Os projetos são processos contínuos, que não podem ser reduzidos simplesmente a uma lista de etapas, pois reflete uma concepção do conhecimento como produção coletiva,onde a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam, dando significado a aprendizagens construídas6. Estas indicações atendem aos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico e da Proposta Pedagógica do Senac São Paulo e se pautam em referenciais norteadores relacionados com os pressupostos da aprendizagem significativa, do currículo integrado, do trabalho por competências e do trabalho por projeto7. Para que os docentes possam adotar a metodologia proposta, é importante que estes referenciais norteadores sejam discutidos nas reuniões de planejamento e sirvam de base para a coordenação avaliar se a forma como o curso está sendo desenvolvido se alinha com estes princípios. Recomenda-se que os docentes participem do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. No portfólio da Educação Corporativa constam diferentes títulos com foco no processo de ensino-aprendizagem e em tecnologias educacionais, que podem ampliar o repertório dos profissionais. Estratégias de Aprendizagem Estratégias de aprendizagem, denominadas tradicionalmente como estratégias de ensino, são instrumentos e atividades planejadas intencionalmente, com foco no desenvolvimento do perfil profissional de conclusão. 6 LEITE, Lúcia Helena Álvarez. Pedagogia de projetos: intervenção no presente. N°8. Revista Presença Pedagógica, Belo Horizonte: 1996. 7Para obter mais esclarecimentos sobre os referenciais norteadores, recomenda-se a leitura dos seguintes títulos: LEITE, Lúcia Helena Álvarez. Pedagogia de projetos: intervenção no presente. N°8. Revista Presença Pedagógica, Belo Horizonte: 1996. PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. (p.39, 57) SANTOMÉ, J. T. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998. SMOLE, Kátia Cristina Stocco. Aprendizagem Significativa: O lugar do conhecimento e da inteligência. http://www.fe.unb.br/pie/zAPRENDIZAGEM%20SIGNIFICATIVA.htm (fev/2009) HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO CURSO VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 24 Na literatura educacional há uma diversidade de títulos que abordam este tema. Recomenda-se que a biblioteca da Unidade disponha os seguintes títulos para os docentes: BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de Ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 2007. MASETTO, M. T. Competência Pedagógica do Professor Universitário. São Paulo: Summus, 2003. SANZ, L. A. Procedimentos Metodológicos: fazendo caminhos. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003. (Série Didática para a Educação Profissional) VEIGA, I. P. A. Técnicas de ensino: por que não?. Campinas: Papirus, 2007. Para descrição sintetizada das estratégias adotadas neste curso, acesse o Banco de Estratégias de Ensino-aprendizagem na Intranet. Estágio Profissional Supervisionado Para realização do estágio opcional, o aluno deve atender às condições descritas no respectivo Plano de Realização de Estágio (vide Plano de Curso do Técnico em Massoterapia). Para informações detalhadas, acesse o Manual de Estágio para Cursos de nível Superior, Médio e de Formação Inicial e Continuada na Intranet. O Plano de Atividades do Estagiário deve ser elaborado na própria Unidade pela coordenação do curso juntamente com seus docentes especialistas (anexo 3). HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA PLANO COLETIVO DE TRABALHO DOCENTE VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 25 PLANO COLETIVO DE TRABALHO DOCENTE Durante o planejamento do trabalho docente é necessário observar que determinadas competências, de acordo com as bases tecnológicas necessárias ao seu desenvolvimento, poderão exigir a contratação de mais de um docente no decorrer do curso. O projeto no curso O projeto deste curso consiste no desenvolvimento do Guia do Profissional Massoterapeuta, que é a sistematização do aprendizado gerado ao longo de cada competência. Deve ser desenvolvido individualmente e ser compartilhado com os demais participantes no decorrer do curso, durante as aulas, de modo que todos possam aprender com a experiência dos colegas, e ao final do curso, deverá ser apresentado um único Guia a ser entregue e apresentado ao final do curso. No decorrer dos módulos, a produção do projeto será realizada em três etapas: Acompanhamento Massoterapêutico: será construído com as produções realizadas ao longo dos módulos I, II, III, IV, V e VII. O mesmo deverá ser elaborado de forma que demonstre as qualificações do aluno como profissional de massoterapia. Ações de Promoção da Saúde: os alunos deverão realizar junto a uma instituição/comunidade e/ou empresa um projeto que planeje e execute ações que visem à promoção de saúde e bem-estar das pessoas, sendo desenvolvido no módulo VI. Plano de Negócios: o aluno deverá apresentar um plano de negócios demonstrando viabilidade de inserção no mercado de trabalho, desenvolvido no módulo VIII. Devido à possibilidade de concomitância no desenvolvimento dos módulos, as etapas do projeto poderão ser desenvolvidas simultaneamente. A cada competência é cumprida uma etapa que contribui para a construção do Guia do Profissional Massoterapeuta. É assim que o projeto torna-se o fio condutor que integra todas as ações e se materializa pouco a pouco em cada etapa. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA PLANO COLETIVO DE TRABALHO DOCENTE VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 26 As atividades realizadas em sala de aula devem ser arquivadas em portfólio, para que cada aluno tenha até o final do curso o seu registro individual do processo de aprendizagem. As produções que compõem o projeto devem ser mediadas pelo docente para a construção do Guia do Profissional Massoterapeuta. Evidencia-se, assim, que o projeto neste curso não se caracteriza como um trabalho paralelo ou final, a exemplo dos clássicos Trabalhos de Conclusão de Curso – TCCs. Sempre que possível é interessante que se opte por projetos reais, pois os desafios serão também reais, a exemplo do que acontece no mundo do trabalho. Ao final dos respectivos módulos, as etapas dos projetos deverão ser apresentadas aos docentes envolvidos com ênfase no desenvolvimento do trabalho, tendo em vista o acompanhamento do aluno em seu processo de aprendizagem. É importante que os alunos sejam orientados a realizar uma apresentação sintética do seu trabalho. Para o desenvolvimento desta apresentação, recomenda-se a participação de alguns docentes envolvidos no decorrer dos módulos. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 27 Módulo I – Ambientação Profissional - 56 horas Este módulo integra o aluno no campo da Massoterapia, mediante contato com profissionaisda área, ambientes nos quais atuam e vivências que permitam contextualizar o trabalho na área da Saúde numa visão holística e no segmento, de modo que possa articular suas expectativas sobre a profissão com as possibilidades que ela oferece, visando ao seu desenvolvimento profissional. Deve ser desenvolvido no início do curso e em concomitância com o módulo II. Orientações para o Projeto no Módulo Neste módulo, o aluno inicia o desenvolvimento do projeto Guia do Profissional Massoterapeuta e as orientações para o desenvolvimento do portfólio individual, que consiste no desenvolvimento e sistematização de dados e/ou informações. As seguintes produções deverão compor o projeto Guia do Profissional Massoterapeuta: Perfil profissional do técnico em massoterapia, incluindo sua área de atuação bem como seus limites. Guia de recomendações para receber e assessorar o cliente com qualidade, incluindo postura profissional, conduta ética e aspectos que podem se constituir em diferencial no atendimento. Nas situações de aprendizagem (coluna 2) estão explicitados o desafio relacionado com o projeto em cada etapa; as possíveis atividades para responder ao desafio que podem contribuir para o desenvolvimento das competências; e a síntese que representa o produto a ser integrado ao portfólio individual que servirá de subsídio para a elaboração do projeto. O desafio deve ser o elemento desencadeador das atividades que são realizadas, devendo estar intimamente ligado à competência em foco, despertar a curiosidade dos alunos em saber mais sobre o assunto e instigá-lo para as atividades que virão. A atividade exploratória, etapa inicial em que os alunos são estimulados a expressar suas ideias, experiências e conhecimentos relacionados à competência em questão, ocorre no desenvolvimento de todos os módulos de acordo com a concepção metodológica do projeto, mas não necessariamente com essa denominação. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 28 Apresentação do Curso Tempo estimado: 8 horas Docente(s): Técnico da área com um docente que tenha domínio do programa. Se possível é interessante que os demais docentes que atuarão neste curso participem das atividades de apresentação. Para iniciar o curso pode-se propor uma atividade lúdica para a apresentação dos participantes, com o intuito de promover um clima de descontração e integração. Em duplas, os alunos podem entrevistar um ao outro e depois apresentar o colega para toda a turma. Em seguida, faz-se a apresentação do manual do aluno e do regulamento do curso através de leitura compartilhada e reflexiva. Neste momento o docente deve propiciar condições para o levantamento das expectativas dos alunos com relação ao curso e à profissão do Técnico em Massoterapia por meio de uma mesa redonda. A ideia é explorar os conhecimentos prévios que os alunos trazem sobre a profissão, compartilhar ideias e esclarecer possíveis dúvidas. Neste momento o docente deve explicar sobre o desenvolvimento do projeto ao decorrer do curso. Nesta atividade inicial, a estrutura geral do curso deve ser apresentada, assim como o conceito de competências profissionais; o desenvolvimento do projeto ao longo dos módulos; a participação e o compromisso dos alunos no processo de avaliação contínua. Para orientar o processo de avaliação, torná-lo transparente e capaz de contribuir para a promoção e a regulação das aprendizagens é necessário que os indicadores de desempenho sejam definidos, explicitados e negociados com os alunos desde o início do curso, visando direcionar todos os esforços para que ele alcance o desempenho desejado. A avaliação da aprendizagem deve ser contínua, priorizando aspectos qualitativos relacionados com o processo de aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, observados durante a realização das atividades. A auto avaliação deve ser estimulada e desenvolvida, permitindo o acompanhamento pelo aluno do seu progresso, assim como a identificação de pontos a serem aprimorados. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 29 Competência: Reconhecer-se como profissional da Saúde que interage em um sistema complexo com diversos atores, considerando os condicionantes e determinantes do processo de saúde e doença, respaldando sua ação na perspectiva do ser humano integral. Temas: Conceitos de Saúde / Atribuição Profissional Tempo estimado: 16 horas Formação docente: Técnico em massoterapia e/ou profissional da Saúde com experiência em saúde pública Bases Tecnológicas8 Sugestões de Situações de Aprendizagem9 Indicadores de Desempenho Tema: Conceitos de Saúde Saúde e bem-estar: conceito preconizado pela OMS; processo saúde- doença; Visão sistêmica de saúde: olhar integral do ser humano; Sistema único de saúde – SUS: estrutura, funcionamento, modelos de atenção à saúde, políticas públicas e programas de saúde; Lei orgânica da saúde e documentos legais que Desafio: Sendo Técnico em Massoterapia, posso dizer que sou um agente de promoção da saúde? Atividade exploratória: Os alunos podem selecionar artigos de revistas ou jornais, inclusive fotos e ilustrações, que expressem a ideia de saúde. Com este material podem montar um painel coletivo que expresse o consenso do grupo sobre a seleção. A discussão deve remeter à visão integral do ser humano10 e ao conceito de saúde da OMS, relacionando com a questão do desafio. Com base nesse levantamento o docente pode realizar questionamentos que remetam à importância do massoterapeuta para a promoção da saúde e, consequentemente, do compromisso desse profissional com a sociedade, destacando o crescimento das práticas integrativas e complementares. Atividades sugeridas para responder ao desafio Apresentação e discussão de trechos de filme que possibilitem a reflexão sobre a importância da visão holística do ser humano para o Para o processo de avaliação contínua da aprendizagem, o docente deve observar se o aluno apresenta os seguintes indicadores, no decorrer das atividades: Participa de forma ativa das atividades e das discussões propostas, com postura adequada, ouvindo os colegas, contribuindo com o grupo e respeitando as opiniões diferentes da sua (*) Realiza auto avaliação e projeta metas de 8Conhecimentos, habilidades e valores a serem mobilizados para o desenvolvimento da competência. 9 As situações de aprendizagem devem garantir a efetiva realização da ação prevista no enunciado da competência. 10Para melhor explorar questões de saúde integral, na perspectiva ecológica, ver Bibliografia Complementar. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIAMÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 30 tratam da adoção de práticas integrativas e complementares no SUS. Tema: Atribuição Profissional Possibilidades de atuação profissional do massoterapeuta no sistema de saúde: atribuições e limites de atuação (equipe multidisciplinar); Postura e papel profissional: reconhecimento dos princípios que regem a atividade do profissional de saúde. desenvolvimento de ações de promoção da saúde. Como exemplo, podem ser usados trechos de A barca do sol e da esperança (Luiz Roberto Ribeiro, Ed.Senac Nacional, RJ, 2001), O ponto de mutação (Bernt Capra, 1990) ou Zoom Cósmico (Siamar, 2009, disponível no Sistema de Bibliotecas Senac São Paulo). Leitura e discussão em subgrupos de textos ou trechos extraídos de documentos oficiais que conceituem saúde, por exemplo, lei orgânica da saúde, documentos da OMS, documentos legais que tratam da adoção de práticas integrativas e complementares no SUS. As discussões podem ser complementadas com pesquisa na Internet em sites especializados, orientados pelo docente. Após sistematização das ideias discutidas na atividade anterior, os alunos devem apresentar as produções em plenária. Pesquisa na internet para levantamento de informações sobre políticas públicas e programas de saúde em sites do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde, da Vigilância Sanitária etc. A finalidade é discutir o funcionamento da área da Saúde, a estrutura do SUS e possibilidades de uso da massagem nos programas existentes, explorando conquistas obtidas nos últimos anos para a inserção de terapias integrativas e complementares nos programas de saúde, tendo em vista seu caráter multiprofissional e interdisciplinar. O docente também pode sugerir a leitura do livro “Fundamentos da Saúde”, sem autor, Ed. Senac, 2007. O aluno deve investigar se há iniciativas dessa natureza na região. Essas pesquisas devem ser registradas em forma de relatório. Palestras com profissionais que atuam em órgãos de saúde (Secretaria da Saúde e Anvisa) e/ou visita a estes locais para entrevistas e levantamento de dados sobre o SUS, os serviços de saúde e programas existentes, para levantamento de hipóteses sobre possibilidades de inserção do massoterapeuta nas instituições de saúde. Em contrapartida, desenvolvimento pessoal (*) Organiza e deixa limpo o ambiente de trabalho (*) Organiza sua produção em portfólio individual (*) Realiza as atividades propostas com interesse (*) Empenha-se na resolução dos problemas encontrados no decorrer das atividades (*) Situa sua possível atuação como massoterapeuta no contexto da área da Saúde. Identifica a interface entre a área da Saúde e o segmento de Massoterapia. Articula conceitos de saúde e bem-estar. Identifica os diferentes profissionais da área da saúde. Situar-se no contexto do SUS e na estrutura dos serviços de saúde, vislumbrando possibilidades HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 31 colocar em discussão o grande desafio que representa essa inserção e os limites de atuação. Síntese: Os alunos devem apresentar as produções acerca das conclusões sobre o seu papel como agente na promoção de saúde realizadas em sala de aula. Essas produções devem ser arquivadas em portfólio individual para subsidiar a elaboração do projeto. de inserção que o massoterapeuta poderia ter. (*) Estes indicadores devem ser considerados pelo docente no decorrer de todo o curso. Competência: Analisar o campo e organização do trabalho, com base na legislação vigente, nos aspectos éticos e multidisciplinares, e as relações que interferem na ação profissional e nos limites que devem ser respeitados, identificando possibilidades que permitam ampliar sua atuação. Temas: História e Legislação / Postura Profissional Tempo estimado: 16 horas Formação docente: Técnico em Massoterapia Bases Tecnológicas Sugestões de Situações de Aprendizagem Indicadores de Desempenho Tema: História e Legislação Trajetória da massoterapia no Brasil até a atualidade e abordagens existentes; Legislação vigente da profissão do massoterapeuta e Classificação Brasileira de Ocupações (CBO); Desafio: Qual o perfil profissional do técnico em massoterapia e seus limites de atuação? Atividade exploratória: Para desencadear as atividades nesta etapa, o docente pode solicitar aos alunos que pesquisem, antecipadamente, em revistas, jornais e sites, artigos e reportagens que abordem os benefícios da massagem e possibilidades de atuação profissional e tragam esse material para a aula. Em subgrupos, os alunos devem montar um painel que retrate as ideias acerca dos benefícios acerca da prática da massagem e de sua difusão. Os alunos devem ser instigados a analisar o campo de atuação da massoterapia. Esta é uma primeira análise para que eles se situem e Para o processo de avaliação contínua da aprendizagem, o docente deve observar se o aluno apresenta os seguintes indicadores, no decorrer das atividades: Reconhece aspectos legais para a atuação profissional do massoterapeuta. Identifica o papel do Técnico em Massoterapia e sua HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 32 Desenvolvimento profissional: possibilidades de atuação do Técnico em Massoterapia Organização do trabalho na região: contexto sócio- econômico, na perspectiva de levantar possibilidades de atuação do técnico e suas especificidades; Tema: Postura Profissional O papel do massoterapeuta como profissional do bem-estar na sociedade moderna; Trabalho em massoterapia: respeito às diversidades e às regras de convivência; Âmbito de atuação profissional: atribuições e limites de atuação (responsabilidades e aspectos éticos). percebam possibilidades de ação e as diferentes abordagens em massoterapia, que serão tratadas mais detalhadamente no módulo de promoção à saúde. Atividades sugeridas para responder ao desafio Pesquisa na internet para identificação de atividades existentes que podem incluir a massoterapia (spas, salão de beleza, clinicas de estética, clubes, empresas etc.) e tipos de massagem. O docente também deve sugerir a busca de informações a respeito das normas e leis que regem a profissão do técnico em massoterapia (ex.: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações e Lei n° 3968/61). Após este levantamento, em subgrupos, os alunos devem sistematizar a pesquisa com a montagem de painéis que listem as possibilidades de atuação profissional. Entrevistas com profissionais para explorar as suas experiências e identificar as atividades que realiza, incluindo tipos de massagens que adota,se atua com abordagem ocidental ou oriental ou se utiliza princípios dessas duas abordagens. Visitas técnicas a diferentes ambientes de trabalho para observação do local e levantamento de atividades dos profissionais envolvidos. Após as atividades anteriores, o docente deve orientar os alunos a construir um relatório contendo os dados das pesquisas, visitas e entrevistas realizadas e apresentar essas produções em plenária. Dramatização/simulação de situações que envolvam profissionais afins (médico, fisioterapeuta, enfermeiro, esteticista) para discutir os limites de atuação, abordando atividades vedadas aos técnicos. Como exemplo, o docente pode expor uma situação em que um Técnico em Massoterapia indique um medicamento e faça o diagnóstico médico do cliente, e as consequências desta atitude errônea, vedada em sua atuação profissional. interface com os demais profissionais da área da Saúde. Reconhece as atribuições do profissional e os desafios do setor. Reconhece a importância da ação multiprofissional na atuação em massoterapia. Identifica possibilidades de ampliação do seu campo de atuação. Mantém postura ética e atitude de respeito às diversidades e às regras de convivência. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 33 Visita ao laboratório da unidade propiciando vivências de práticas de massagem oriental e ocidental, realizada por alunos em fase mais adiantada do curso Técnico em Massoterapia, para projetarem seu desenvolvimento nesse processo. Após esta observação, individualmente, os alunos realizam uma atividade reflexiva, registrando suas considerações, redigindo como se veem no futuro, definindo metas a serem alcançadas no decorrer do curso. Síntese: Ao final desta etapa, os alunos devem apresentar os relatórios das produções acerca das conclusões sobre o perfil profissional do técnico em massoterapia, bem como as suas possibilidades e limites de atuação. Estas produções devem ser arquivadas no portfólio individual e posteriormente irão compor o projeto. Competência: Receber e assessorar o cliente com cortesia e profissionalismo, levando em conta a postura e a comunicação adequada ao atendimento, os princípios da ética e da qualidade e as normas que regulam as relações na prestação de serviços. Tema: Atendimento ao Cliente Tempo estimado: 16 horas Formação docente: Psicólogo ou outro profissional especializado em qualidade no atendimento, advogado e técnico em massoterapia. Bases Tecnológicas Sugestões de Situações de Aprendizagem Indicadores de Desempenho Tema: Atendimento ao Cliente Atendimento ao cliente - percepção de si e do outro: importância do autoconhecimento para a Desafio: Quais atitudes o Técnico em Massoterapia deve desenvolver para promover um atendimento de boa qualidade aos clientes? Atividade exploratória: Para a realização desta etapa podem ser levantados pelos alunos temas de suas próprias experiências em condição de consumidor. Após este levantamento o docente pode propor uma dramatização/simulação e a partir desta vivência os alunos podem Para o processo de avaliação contínua da aprendizagem, o docente deve observar se o aluno apresenta os seguintes indicadores, no decorrer das atividades: HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 34 relação com o outro; respeito às diferenças individuais; importância do toque no cuidado; Qualidade no atendimento: comunicação interpessoal, postura profissional e apresentação pessoal; Ética profissional: aspectos relacionados com o atendimento ao cliente; Código de defesa do consumidor: aspectos a serem considerados no atendimento ao cliente. discutir os prós e os contras de cada conduta e listar aspectos que consideram relevantes quanto à comunicação, postura ética e qualidade no atendimento ao cliente. Com base nos aspectos destacados, a mediação do docente deve remeter ao desafio. Atividades sugeridas para responder ao desafio Apresentação e discussão de trechos de filme que abordem questões de ética profissional e atendimento ao cliente. Podem ser usados, por exemplo: - trechos de Um golpe do destino, onde um médico famoso é subitamente acometido de enfermidade que o coloca na posição de paciente (Handa Haines, EUA, 1991). - cenas do filme A mulher do Açougueiro, nas quais são abordadas questões éticas que envolvem a atuação de um psiquiatra (Terry Hughes, EUA, 1991). Na discussão pode ser destacada a importância de se manter atitude profissional ética na relação com o cliente. Mesa redonda com profissionais da área de Saúde e docentes do módulo para debate sobre postura, comunicação adequada, princípios de ética e qualidade na prestação de serviço. Atividade de resolução de problemas em que o docente propõe situações de reclamação do cliente sobre o atendimento, relacionados com o direito do consumidor. Recomenda-se realizar pesquisas na internet em sites sobre o código de defesa do consumidor. Palestra com advogado sobre direitos e deveres do profissional e do consumidor, com registro, pelos alunos dos aspectos a serem observados na garantia desses direitos. Jogo de erros e acertos: Os alunos utilizam recortes de revistas para discutir aspectos a serem considerados na apresentação pessoal. Esta Apresentam-se adequadamente do ponto de vista da higiene corporal, cabelos presos e unhas bem aparadas. Apresenta vestuário adequado à atividade (cor, conforto, discrição e limpeza). Comunica-se de modo cordial e profissional, denotando respeito pelo o cliente. Identifica direitos do consumidor e suas implicações na relação com o cliente. HABILITAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO EM MASSOTERAPIA MÓDULO I - AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL VERSÃO 6 – DEZEMBRO 2013 35 atividade deve ser complementada com orientações sobre uso adequado de vestimentas. Para finalizar esta atividade os alunos podem realizar uma apresentação de vestimentas adequadas para o atendimento. Dramatização/simulação: O docente aponta situações/problemas mais comuns que envolvam o processo do atendimento ao cliente para serem dramatizadas e analisadas em subgrupos pelos alunos. Vale lembrar que após cada atividade os alunos devem desenvolver um guia listando as boas práticas relacionadas com a recepção e assessoria do cliente. Síntese: Ao final desta etapa, os alunos devem a apresentar as produções acerca do guia de boas práticas de qualidade no atendimento