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Parasito aula 23

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Gênero Babesia
Parasitam basicamente eritrócitos, mas podem parasitar outras células sanguíneas. É transmitida por um carrapato, no carrapato tem o ciclo sexuado (gametogonia). No hospedeiro mamífero, ocorre só merogonia. Principalmente carrapato de boi, aquele grande. 
Há babesia em bovinos também. B. bigemina: é uma babesia grande, encontra no sangue periférico do bovino. B bovis: é pequena, viscerotrópica, faz mesmo mecanismo da babesia canis: expressa proteínas na parede do eritrócito, ele tem menor fluidez ao percorrer os capilares, forma microtrombos nos tecidos. Os dois são transmitidos pelo carrapato: Rhipicephalus microplus, esse carrapato tem uma particularidade no ciclo. O carrapato do cão sobe em três hospedeiros diferentes, esse aqui sobe em um hospedeiro só. Depois que ela subiu larva, faz o ciclo até adulto. O macho, por copular com mais de uma fêmea, e poder ficar em mais de um hospedeiro, tem maior importância. As larvas são as principais formas de transmissão. 
As duas principais rickettsias que acometem bovinos: A. centrale e A. marginale. 
Rhipicephalus sanguineus é o do cão. 
Babesia bovis
É pequena, o merozoíto é pequeno. É arredondada, às vezes aparece na forma lanceolada (forma de gota). Geralmente aparecem em divisão. Tem massa nuclear maior. Tem vacúolos pequenos. Tem tropismo para vísceras e SNC: dá sintomatologia nervosa, pode ser confundida com raiva bovina. Se acumula nos capilares dos vasos, provoca microtrombos, provoca o entupimento dos vasos. 
Babesia bigemina
Também geralmente se vê em duas na hemácia, rompe hemácia, penetra outra. É encontrada mais na circulação periférica, não forma microtrombos, destrói hemácias na circulação periférica.
Anaplasma marginale
Tem a mesma característica de haemobartonela: corpúsculo arredondado, geralmente encontrado na periferia das hemácias. 
Transmissão: vetorial, pelos carrapatos. Ela faz o ciclo no carrapato, tem gametogonia e esporogonia no carrapato. Pode ter uma transmissão mecânica por transfusão de sangue, iatrogênica principalmente. Via moscas também, da mesma forma que é transmitido o T. vivax. Essa transmissão serve tanto para babesiose como para anaplasmose. A forma biológica, por carrapatos, é a mais comum forma de transmissão. Transmissão mecânica por moscas e agulhas (fômites). 
Há períodos de incubação variáveis. Babesia é rápido, mais ou menos uma semana. Anaplasma em torno de um mês. 
A principal forma de manutenção da Babesia bovis é transmissão transovariana, pois quem transmite é a larva. Os esporozoítos passam para o ovo, as larvas nascem cheias de esporozoítos. Quando a larva vai fazer seu primeiro repasto sanguíneo, já transmite. Na grande maioria dos casos, não há transmissão transestadial: não passa para ninfa nem adulto, o carrapato larva somente que apresenta a infecção.
Babesia bigemina: geralmente o ciclo é um pouco maior. A larva nasce infectada, mas ainda não tem capacidade de contaminar o bovino. Geralmente a transmissão é dada por ninfa adulta. Isso não tem tanto problema pois são carrapatos que vão ficar em um único hospedeiro. O macho transmite para diferentes bovinos, pois pode fertilizar uma fêmea em um hospedeiro, e depois descer desse hospedeiro e ir para outro. Isso acontece só para B. bigemina, pois a B. bovis só é transmitida pela larva, quando está adulto, perde a B. bovis. 
A transmissão mecânica tanto de babesia quanto de anaplasma: é mais importante para anaplasma, pois durante o transporte mecânico se perde muita babesia. A. marginale é muito resistente, sendo que a forma mecânica é mais eficiente que a vetorial. 
A fêmea do carrapato (Rhipicephalus) só vai descer para ovipor. 
(PROVA): dificilmente o carrapato de bovino infecta humano. Se isso fosse acontecer é B. bovis, seria a larva que ia subir, a larva transmite só bovis, bigemina ainda não, quando a larva pica, a pessoa sente e arranca, não daria tempo de transmitir bigemina, pois a pessoa não deixaria a larva se tornar ninfa no corpo.
O carrapato, livre da infecção, pode ingerir qualquer parasito (bovis, bigemina ou anaplasma). 
Epidemiologia: o Brasil tem muito problema, pois temos muitos vetores. Podem ter áreas livres, embora seja raro. Áreas estáveis: a população convive com a doença, tem um nível equilibrado de carrapatos, vetores. Áreas instáveis: onde há surtos, doenças concomitantes, há muitas alterações no rebanho. 
Patogenia: é basicamente relacionada à hemólise. Vai depender do estado nutricional, virulência do agente, grau de infestação (carrapatos), associação com outros patógenos, hemoparasitas. Raças européias e cruzadas são mais suscetíveis, assim como os jovens. Raças indianas têm maior resistência. 
Imunidade: exposição aos agentes na fase inicial da vida, um inoculo pequeno, para que o animal consiga articular uma imunidade contra o parasito. Isso ocorre naturalmente em áreas estáveis. Os adultos que já estão tendo contato direto, já têm uma imunidade boa, é fundamental o bezerro mamar o colostro, onde há imunoglobulinas contra babesia, que é fundamental. O parasito não consegue metabolizar a hemoglobina fetal, o filhote nasce com essas hemoglobinas, o parasito tem contra ele o colostro materno e hemoglobina fetal. 
Tristeza parasitária: é a doença clínica da babesiose e da anaplasmose. Está relacionada com estado de nutrição, estado de imunidade. 
Sintomas: febre, anemia, hemoglobinúria (no caso de babesiose, por causa do rompimento de hemácias); no caso de anaplasma há hemocaterese aumentada, vai ter hemoglobinúria e icterícia. Tudo isso leva a anorexia, hemaciação (o animal tem sinal de magreza, distensão abdominal, é o conjunto de sinais, é aquele animal que não se vê que está saudável, é o contrário de hígido ?), prostração. Diarreia, retenção fecal, desidratação, dispnéia, insuficiência respiratória, congestão capilar, trombose, embolia, incoordenação motora, sialorreia, encefalite, etc. 
Diagnóstico
Direto: esfregaços sanguíneos, hemograma (anemia), urinálise, necropsia (icterícia). O principal é esfregaço sanguíneo, lembrando que passada a fase aguda, na maioria das vezes não consegue achar o parasito em esfregaço sanguíneo. Se o animal está com os sinais clínicos, se eu não achei, o correto é associar o esfregaço com técnicas sorológicas. 
Indireto: RIFI e ELISA, PCR, esses são os principais. 
Controle: controle dos vetores, manejo dos animais e de pastagens; ingestão do colostro pelos bezerros; não usar fômites repetidamente. 
Há a pré-imunização, ou premunição: se o animal está exposto a inoculos pequenos do parasito, ele desenvolve resposta imune. Não existe uma vacina para babesia, as pessoas pegavam sangue de um animal contaminado, e inoculava no outro. Um grande problema era a quantificação do parasito, às vezes ia muito em um animal e pouco em outro. Atualmente se faz premunição de forma mais controlada, o inóculo é ajustado, faz-se a contagem de parasitos. Após inocular, vai fazendo exames nos animais, repete isso varias vezes, até não ter mais sinais clínicos. Em uma área endêmica, principalmente quando vai introduzir animais, geralmente se faz isso, vai fazendo pré-imunização nesses animais. 
Tratamento: geralmente usa-se imidocarb. 
Babesiose em equinos
Não tem tantos problemas, são casos mais isolados. O Brasil tem um problema de exportação desses animais. Alguns países como Japão, Canadá, EUA, estão livres da doença, e não permitem a entrada de animais infectados. 
Da mesma forma que em bovinos, há duas babesias, a grande e a pequena: B. caballi e B. equi, respectivamente. São transmitidas também pelo carrapato, rhipicephaulus e dermacentor. 
Geralmente vê-se o parasito de 4 em 4, quatro trofozoítas = cruz de malta.
Tem transmissão transovariana e transestadial.

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