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CASO CONCRETO AULA 5 - Direito Civil II

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Nome: Juliany Carneiro Pimentel
Matrícula : 201604019239
DIREITO CIVIL II
CASO CONCRETO AULA 5
Caso Concreto 5
Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus da prova para comprovação da responsabilidade. Diante desse contexto, é de extrema importância avaliar o atual posicionamento jurisprudencial frente ao tema. 
O CDC tem previsão expressa acerca da responsabilidade do profissional liberal, no parágrafo 4º do artigo 14, com a seguinte redação: "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". Ou seja, a responsabilidade é subjetiva, depende da prova da culpa do profissional. A maioria das atividades exercidas por profissionais liberais no Brasil são consideradas como obrigações de meio, ou seja, não há uma garantia do resultado a ser alcançado. Contudo, caso o consumidor não fique satisfeito com o trabalho realizado, caberá a este comprovar a culpa do profissional. 
Assim, o médico, por exemplo, não tem como prometer o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, assim como o advogado que atua no processo não tem o dever de garantir o resultado da demanda ao seu cliente. Faça uma pesquisa junto aos Tribunais Superiores e veja qual tem sido a tendência das decisões a esse respeito. 
O STJ, a o julg a r o R Es p 799.241, entendeu q ue o g es tor de i nves timent o não po de s er 
res pons a bi li zado pelos prej uízos c aus a dos a o i nves tidor em razão da des val orizaç ã o do 
Rea l ocorrida em 1999. O s minis tros defenderam que o g es tor não g a ra ntiu o l ucr o da 
operaç ã o, ma s s i m que empreg a ria tod os os mei os vis ando a obtençã o de l ucro, ou 
s ej a , s ua obrig a çã o é de mei o e nã o de res ultado. 
 
Em c ont rapa rti da, nas obrig a ções de res ulta do, a ju ri s prudênci a vem enten dend o que, 
qua nd o o res ultado p ro meti d o não é al c ança do, já há uma pres unçã o de c ulpa e ass im 
inverte o ô nus da prova , ca bend o a o profis si ona l provar que o res ultado não foi 
al c ança do por ci rcuns tâ nci a s a l hei as a s ua conduta, co mo p or exem plo, a c ul pa 
excl us i va do cons umi dor que não s eg uiu c orre tamen te a s ori entações do profi s s i ona l. 
 
No julg a mento do R Es p, o STJ rec onhec eu a res pons abil i da de do denti s ta pelo 
ins ucess o de um tra ta me nto ort od ôn tic o, defenden do q ue, nos procedimen tos 
odo nt ol óg i cos , os profis sionai s s e c ompr o mete m c om o res ultado do t ra tame nto q ue 
tem c un ho es téti c o e f unc iona l . 
De acordo com a ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a obrigação de meio limita-se a um dever de desempenho, isto é, há o compromisso de agir com desvelo, empregando a melhor técnica e perícia para alcançar um determinado fim, mas sem se obrigar à efetivação do resultado. 
Para o ministro Luis Felipe Salomão, da Quarta Turma, nas obrigações de meio é suficiente que o profissional atue com diligência e técnica necessárias, buscando a obtenção do resultado esperado. 
O médico que indica tratamento para determinada doença não pode garantir a cura do paciente. O advogado que patrocina uma causa não tem o dever de entregar resultado favorável ao cliente. Nessas hipóteses, caso o consumidor não fique satisfeito com o serviço prestado, cabe a ele comprovar que houve culpa do profissional. Por essa razão, as chances de obter uma reparação por eventuais danos causados por negligência, imperícia ou imprudência do prestador de serviços são menores.
Os Tribun ais Superiores, em especial o Superior Tribunal de Justiça, têm fir mado jurisprudência 
no sentido de que as obrigações referentes aos advogados e médicos são obrigações de meio de u ma
forma geral, entretanto quanto aos médicos e dentistas, cujo o teor for de cunho estético, estas tê m 
sido consideradas como obrigações de resultado, entretanto quando for cunho reparador e es tético, 
ou seja, mistas, a responsabilidade será fracionada, cabendo à parte que for considerada como 
reparadora, será meio, quanto à parte que for estética, será de resultado
Os Tribunais Superiores, em especial o Superior Tribunal de Justiça, têm firmado jurisprudência no sentido de que as obrigações referentes aos advogados e médicos são obrigações de meio de uma forma geral, entretanto quanto aos médicos e dentistas, cujo o teor for de cunho estético, estas t m sido consideradas como obrigações de resultado, entretanto quando for cunho reparador e estético, ou seja, mistas, a responsabilidade será fracionada, cabendo à parte que for considerada como reparadora, será meio, quanto à parte que for estética, será de resultado.
	
JURISPRUDÊNCIA
APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. MANDATOS. AÇÃO ORDINÁRIA. RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO. OBRIGAÇÃO DE MEIO. Responsabilidade subjetiva, decorrente de obrigação de meio e não de resultado. Precedentes desta Corte. PERDA DE UMA CHANCE. A teoria da "perda de uma chance" leva em consideração as reais possibilidades de êxito do processo, eventualmente perdidas em razão da alegada negligência e desídia dos advogados. AUSÊNCIA DE ENCAMINHAMENTO DE PEDIDO DE APOSENTADORIA E RETENÇÃO DE DOCUMENTOS. DESÍDIA DA PROCURADORA DEVIDAMENTE DEMOSTRADA NOS AUTOS. DANO MATERIAL E MORAL CARACTERIZADOS. As provas colacionadas aos autos evidenciam a culpa da parte requerida no que se refere ao atraso injustificado do pedido administrativo de aposentadoria da autora após implementados os requisitos legais, ocasionando danos morais e materiais passíveis de indenização. MINORAÇÃO DA INDENIZAÇÃO EXTRAPATRIMONIAL. NECESSIDADE. A indenização moral deve atender a dupla finalidade, a de punir o ofensor e minimizar a ofensa à honra, recompondo os danos causados. No caso dos autos, as circunstâncias de fato, bem como os parâmetros adotados por este Órgão Julgador, justificam a minoração do quantum indenizatório. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. DESCABIMENTO. Honorários de sucumbência fixados de forma apropriada pela sentença, condizente com o trabalho realizado pelos patronos da parte requerente. APELAÇÃO PROVIDA EM PARTE. RECURSO ADESIVO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70062960455,... Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Beatriz Iser, Julgado em 11/03/2015).
(TJ-RS - AC: 70062960455 RS, Relator: Ana Beatriz Iser, Data de Julgamento: 11/03/2015, Décima Quinta Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 16/03/2015)
Questão Objetiva 
Nas obrigações alternativas, é correto afirmar-se que (TJSC/2002): 
b) podem as partes convencionar que a escolha caiba ao credor;

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