Buscar

APOSTILA AV 1 EMPRESARIAL I 2016.01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O presente material não tem a intenção de esgotar o assunto, devendo ser considerado apenas como mais um item de apoio ao aluno. 2016.01
_______________________________________________________________________________________
	(Evolução Histórica do Direito Empresarial)
 	A princípio, começa a se desenvolver um Direito Comercial, essencialmente baseado em costumes, com a formação das corporações de mercadores (Gênova, Florença, Veneza), surgidas em virtude das condições avessas ao desenvolvimento do comércio. Era preciso que os comerciantes se unissem para ter força política - o poder econômico e militar de tais corporações foi tão grande que foi capaz de operar a transição do regime feudal para o regime das monarquias absolutas. Nessa fase, os comerciantes estavam sujeitos a uma jurisdição especial (cônsul), distinta da jurisdição comum, o direito comercial só se aplicava aos comerciantes. Havia o chamado critério corporativo (sistema subjetivo), pelo qual se o sujeito fosse membro de determinada corporação de ofício o direito a ser aplicado seria o da corporação. Posteriormente o direito seria aplicado pelo próprio Estado com a ascensão da burguesia ao poder, mantendo-se a disciplina autônoma. Desse modo, pode-se afirmar que numa primeira fase o direito comercial era o direito dos comerciantes.
 	Com o passar do tempo os comerciantes passaram a praticar atos acessórios, que surgiram ligados a atividade comercial, mas logo se tornaram autônomos (títulos cambiários), sendo utilizados inclusive por quem não era comerciante. Já não era suficiente a concepção de direito comercial como direito dos comerciantes, era necessário estender seu âmbito de aplicação para disciplinar relação que não envolviam comerciantes. Desenvolve-se a partir desse momento o sistema objetivista, o qual desloca o centro do direito comercial para os chamados atos de comércio. Tal sistema foi adotado pelo de Código Comercial napoleônico, o qual influenciou diretamente a elaboração do nosso Código Comercial de 1850, posteriormente complementado pelo Regulamento 737 de 1850.
 	Modernamente surge uma nova concepção que qualifica o direito comercial como o direito das empresas, orientação maciçamente adotada na doutrina pátria, apesar de alguma ainda existir alguma resistência. Nesta fase histórica, o direito comercial reencontra sua justificação não na tutela do comerciante, mas na tutela do crédito e da circulação de bens ou serviços.
 	FASE SUBJETIVA MODERNA – este período inicia com a edição, em 1942 na Itália, do Códice Civile. Este Código reúne numa única lei as normas de direito privado, passando a disciplinar tanto a matéria de direito civil como a comercial. O núcleo conceitual do Direito Comercial deixa de ser ato de comércio, e passa a ser a empresa (teoria da empresa)
	 RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO E COM A ECONOMIA -  EVOLUÇÃO:
	
	A noção inicial de empresa advém da economia, ligada à ideia central da organização dos fatores da produção (capital, trabalho, natureza), para a realização de uma atividade econômica.
 	A empresa é a unidade produtora cuja tarefa é combinar fatores de produção com o fim de oferecer ao mercado bens ou serviços, não importa qual o estágio da produção". 
 	A partir de tal acepção econômica é que se desenvolve o conceito jurídico de empresa, o qual não nos é dado explicitamente pelo direito positivo, nem mesmo nos países onde a teoria da empresa foi positivada inicialmente.
 	Por tratar-se de um conceito originalmente econômico, alguns autores pretendiam negar importância a tal conceito, outros pretendiam criar um conceito jurídico completamente diverso. Todavia, os resultados de tais tentativas se mostraram insatisfatórios, tendo prevalecido a idéia de que o conceito jurídico de empresa se assenta nesse conceito econômico, pois o fenômeno é o mesmo econômico, sociológico, religioso ou político, apenas formulado de acordo com a visão e a linguagem da ciência jurídica.
	DIREITO COMERCIAL BRASILEIRO
 	A história do Direito Comercial brasileiro se inicia com a abertura dos portos às nações amigas, com a chamada Lei de Abertura dos Portos, de 1808. Em 1850, o então Imperador D. Pedro II aprovou o Código Comercial brasileiro.
	FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL:
Modo de surgimento de regras jurídicas de índole empresarial.
Formas de divisão:
- Fontes primárias - leis empresariais. Direito positivo.
- Fontes secundárias - fontes indiretas ou subsidiárias
 *Usos e costumes - raízes histórias do direito consuetudinário.         
*Analogia e princípios gerais do Direito (Art. 4. da LICC)
*Jurisprudência
	CÓDIGO CIVIL ITALIANO DE 1942:
	
 	Na Itália, o Código civil de 1942 adota a teoria da empresa, sem, contudo ter formulado um conceito jurídico do que seja empresa, o que deu margem a inúmeros esforços no sentido da formulação de um conceito jurídico. Destacamos a originalidade e por aspectos didáticos a teoria dos perfis da empresa elaborada por Alberto Asquini.
 	Asquini defrontou-se com a inexistência de um conceito de empresa, e analisando o diploma legal chegou a conclusão que haveria uma diversidade de perfis no conceito, para ele " o conceito de empresa é o conceito de um fenômeno jurídico poliédrico, o qual tem sob o aspecto jurídico não um, mas diversos perfis em relação aos diversos elementos que ali concorrem?.
 	O primeiro perfil da empresa identificado por Asquini foi o perfil subjetivo pelo qual a empresa se identificaria com o empresário, cujo conceito é dado pelo artigo 2.084 do Código Civil Italiano como sendo "quem exercita profissionalmente atividade econômica organizada com o fim da produção e da troca de bens ou serviços". Neste aspecto, a empresa seria uma pessoa.
 	Asquini também identifica na empresa um perfil funcional, identificando-a com a atividade empresarial, a empresa seria aquela "particular força em movimento que é a atividade empresarial dirigida a um determinado escopo produtivo". .
 	Temos ainda o perfil objetivo ou patrimonial que identificaria a empresa com o conjunto de bens destinado ao exercício da atividade empresarial, distinto do patrimônio remanescente nas mãos da empresa, vale dizer, a empresa seria um patrimônio afetado a uma finalidade específica.
 	Por fim, haveria o perfil corporativo, pelo qual a empresa seria a instituição que reúne o empresário e seus colaboradores, seria "aquela especial organização de pessoas que é formada pelo empresário e por seus prestadores de serviço, seus colaboradores e demais stakeholders. Um núcleo social organizado em função de um fim econômico comum.
	(TEORIA DA EMPRESA)
Conceito de Empresa e a organização da atividade econômica;
Princípios Norteadores da Ordem Econômica;
A Teoria da Empresa e sua aplicabilidade no Código Civil de 2002. O empresário;
	Conceito de Empresa
 	Com a promulgação do Código Civil brasileiro de 2002, foi concluída a transição entre o sistema francês e o italiano, o qual inspira-se no Código Civil italiano, e adota a teoria da empresa. O atual Código Civil brasileiro, em seu art. 966, assim define o empresário: “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.”
 	Ao positivar a teoria da empresa, o novo Código Civil passa a regular as relações jurídicas decorrentes de atividade econômica realizada entre pessoas de direito privado. Evidentemente, várias leis específicas ainda permanecem em vigor, mas o cerne do direito civil e comercial passa a ser o novo Código Civil.
           O Código Civil, na Parte Especial, trata no Livro II Do Direito de Empresa. Esse Livro II, por sua vez, está dividido em quatro títulos: 
Título I - Do Empresário, 
Título II - Da Sociedade, 
Título III - Do Estabelecimento, 
Título IV - Dos Institutos Complementares.
 A teoria empresa está em oposição à teoria dos atos de comércio, quefora adotada pelo Código Comercial de 1850.
 	 A teoria da empresa não divide os atos em civis ou mercantis. Para a teoria da empresa, o que importa é o modo pelo qual a atividade econômica é exercida. O objeto de estudo da teoria da empresa não é o ato econômico em si, mas sim o modo como a atividade econômica é exercida, ou seja, a empresa, com os sentidos que veremos adiante.
 Qual a diferença entre empresário e sociedades empresárias?
 	Sociedade empresária é a sociedade que exerce atividade econômica organizada. Ou, como diz o art. 982, é a que "tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967)".
 	Em oposição às sociedades empresárias, estão as sociedades simples, que são as sociedades que não exercem "profissionalmente atividade econômica organizada" (art. 966).
 	O novo Código Civil não define o que seja "atividade econômica organizada" ou o que seja "empresa". Essas definições cabem à doutrina.
 	O que é empresa?
 	Já é célebre a definição de empresa dada por Asquini, para quem ela compreende quatro perfis. Vejamos três significados jurídicos para o vocábulo técnico, que correspondente aos três primeiros perfis:
1.perfil subjetivo. A empresa é o empresário, pois empresário é quem exercita a atividade econômica organizada, de forma continuada. Nesse sentido, a empresa pode ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica, pois ela é titular de direitos e obrigações. Quando se diz "arrumei um emprego em uma empresa", temos a palavra empresa empregada com esse significado.
2.perfil funcional. A empresa é uma atividade, que realiza produção e circulação de bens e serviços, mediante organização de fatores de produção (capital, trabalho, matéria prima etc). Quando se diz "a empresa de estudar será proveitosa", temos a palavra empresa empregada com esse significado.
3.perfil objetivo (patrimonial). A empresa é um conjunto de bens. A palavra empresa é sinônima da expressão estabelecimento comercial. Os bens estão unidos para uma atividade específica, que é o exercício da atividade econômica. Como exemplo desse significado, podemos dizer "a mercadoria saiu ontem da empresa".
 	 A empresa, portanto, tem todos esses significados.
           Há também um quarto perfil, criticado pela doutrina por não corresponder a qualquer significado jurídico, mas apenas por estar de acordo com a ideologia fascista, que controlava o Estado italiano por ocasião da positivação da teoria da empresa:
           4.perfil corporativo. A empresa é uma instituição, uma organização pessoal, formada pelo empresário e pelos colaboradores (empregados e prestadores de serviços), todos voltados para uma finalidade comum.
           Para fins do art. 966, a palavra empresa tem como significado o segundo perfil mencionado acima. Empresa, portanto, é a atividade econômica organizada. A organização é a união de vários fatores de produção, com escopo de realização de bens ou serviços. O empresário, assim, é quem realiza essa empresa, expressão tomada como sinônimo de atividade.
           No caso concreto, pode-se interpretar o parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil como uma exceção à regra do caput ou como uma explicação. Vamos analisar as duas possíveis interpretações a esse parágrafo único, para, ao final, concluir por uma ou outra interpretação.
           Estaria excluída, assim, a atividade econômica desempenhada por médicos, advogados, escritores, escultores, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores. Essas atividades, ainda que realizada de forma profissional e organizada, com objetivo de lucro, não se sujeitariam ao regime jurídico empresarial.
           O parágrafo único diz que a atividade de prestação de serviços intelectuais realizada por uma grande organização não seria empresarial. Ou seja, uma sociedade de advogados, titular de um grande escritório de advocacia, com muitos empregados, com muitos computadores em rede, máquinas copiadors, acesso rápido à Internet, bibliotecas, enfim, com uma grande estrutura, não seria considerada empresa. Essa sociedade de advogados, com seu grande escritório de advocacia, reuniria todas as definições teóricas do caput do art. 966 do novo Código Civil, mas não seria considerada empresa em razão do parágrafo único ter excluído a profissão intelectual da atividade econômica sujeita ao regime empresarial.
           Esse parágrafo único conta, na sua parte final, com a expressão "salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa".
           Ou seja:
            "Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa".
           A idéia do parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil é que a princípio a profissão intelectual não é empresarial por características próprias, isto é, não compreende a organização de fatores de produção. O parágrafo único do art. 966 diz a profissão intelectual, a despeito de ter conteúdo econômico (o parágrafo único usa a palavra "profissão", o que denota o caráter econômico) não é empresarial, mesmo se existentes auxiliares ou colaboradores.
           De acordo com a teoria da empresa, não basta a contratação de pessoas ("auxiliares ou colaboradores", no dizer do parágrafo único do art. 966) em uma atividade econômica para a configuração da existência jurídica da empresa. É preciso um elemento a mais, que é o estabelecimento, o conjunto de bens.
           Assim, de acordo com o parágrafo único do art. 966 do novo Código Civil, embora a princípio a profissão intelectual não seja empresarial, excepcionalmente pode ela constituir elemento de empresa. Nesse caso, ela será empresarial.
           Como exemplo do grande escritório de advocacia, com sua biblioteca, sua rede de computadores da mais alta tecnologia, com acesso à Internet. Ou mesmo pensemos em um grande hospital, de propriedade de um médico, com os mais modernos aparelhos cirúrgicos. Penso não haver dúvida de que tais constituem o estabelecimento, parte da organização empresarial prevista no caput do art. 966.
            É preciso diferenciar a hipótese do advogado que contrate uma secretária e um office-boy para realizar as tarefas de secretariado e de mensageiro, da hipótese do grande escritório de advocacia mencionado acima. Esse advogado não é um empresário, mas apenas um profissional liberal, um trabalhador autônomo, que pode ter auxiliares nas suas atividades. Isso não é vedado pela lei, nem tampouco o transforma em empresário de acordo com a teoria da empresa. É este o sentido do parágrafo único do art. 966: diferenciar alguém que realiza atividade econômica não organizada de alguém que realiza atividade econômica organizada.
           Portanto, a princípio, a atividade intelectual não é empresarial (primeira parte do parágrafo único), mas se presente todos os elementos de uma empresa, ela será empresarial (segunda parte do parágrafo único). Em outras palavras, a profissão intelectual pode ser empresarial, se presentes todos os requisitos previstos no caput. Essa é a explicação do parágrafo único do art. 966.
	ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Conceito de Empresa e a organização da atividade econômica;
EMPRESA – é então a organização técnico-econômica que se propõe a produzir, mediante a combinação dos diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens ou serviços destinados a troca (venda) e tecnologia, com a esperança de realizar lucros, correndo os risco por conta do empresário, isto é, daquele que reúne, coordena e dirige esse elementos sob a sua responsabilidade. 
Atividade organizada, através da coordenação dos fatores da produção - trabalho, natureza, capital e tecnologia - em medida e proporções variáveis, conforme a natureza e objeto da empresa
Código Civil Brasileiro de 2002
ATeoria da Empresa e sua aplicabilidade no Código Civil de 2002. O empresário;
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. (Art. 966)
	PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NORTEADORES DA ORDEM ECONÔMICA
Segundo o que estabelece o art. 170 da Constituição da República Federativa do Brasil são: 
a livre iniciativa; 
a dignidade da pessoa humana; 
a boa-fé; 
a soberania nacional; 
a propriedade privada; 
a função social da empresa; 
a defesa do consumidor e;
o tratamento favorecido à micro empresa;
	APLICABILIDADE DA TEORIA DA EMPRESA
	A organização não compreende apenas a contratação de serviços sob regime civil ou trabalhista. Juridicamente, a organização definida no art. 966 é a organização de fatores produção. Abrange capital e trabalho. O capital compreende o estabelecimento, que é o conjunto de bens utilizados pelo empresário na sua atividade econômica (estoque, matéria prima, dinheiro, marcas, automóveis, computadores etc).
           Essa organização deve ser profissional. Isso significa que deve ser contínua e com intuito de lucro, objetivando meio de vida. Atos isolados não são empresariais, mesmo que tenham conteúdo econômico.
           Toda essa atividade organizada deve ter um sentido econômico. Se o objeto não for a produção ou a circulação de bens ou de serviços, não estaremos diante da empresa.
           Essa é a teoria da empresa. Ela estuda isto: a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. É o que se lê, claramente, no caput do art. 966 do novo Código Civil.
	Estruturas Econômicas: Empresário Individual e Sociedades. Conceitos. Responsabilidade Patrimonial
Empresário Individual: também conhecido como firma individual, nada mais é do que a pessoa natural exercendo atividade de natureza mercantil sem a presença de qualquer modelo societário, sua responsabilidade no insucesso do negócio é, se não for EIRELI, ilimitada ou seja, responde com seu patrimônio pessoal.
Sociedade Empresária: "Entidade resultante de um acordo de duas ou mais pessoas, que se comprometem a reunir capitais e trabalho para a realização de operações com fim lucrativo". Quando criada, adquire personalidade jurídica, podendo ser sujeito de direito, ganhando autonomia e se separando das pessoas que a constituíram. Não se deve confundir firma com empresa nem com estabelecimento empresarial. Função social da empresa.
Responsabilidade Patrimonial: O princípio da autonomia patrimonial indica que dentro da legalidade e observados os atos constitutivos da sociedade, a empresa, em decorrência dos atos praticados pelos seus administradores, assume direitos e obrigações, e por eles responde sem o comprometimento ou vinculação do patrimônio dos sócios.
	(EMPRESÁRIO INDIVIDUAL)
Empresário Individual;
Atividades excluídas do contexto empresarial. Atividade Intelectual.  Científica. Artística. Literária:
Pressupostos para o Exercício da Empresa Individual: Capacidade. Ausência de Impedimento Legal.  Incapaz empresário;
Mulher Casada empresária. Estrangeiro empresário. Servidor Público. Empresário Falido.  Os proibidos de Empresariar;
	RESPONSABILIDADE DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
DIRETA
PESSOAL 
IILIMITADA
	 	O empresário individual também conhecido como firma individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas.
 	 	Em outras palavras nada mais é do que a pessoa natural exercendo atividade de natureza mercantil sem a presença de qualquer modelo societário.
- Em regra, não explora atividade economicamente importante, vez que grandes empreendimentos demandam muito capital, sendo grande o risco de insucesso.
- Normalmente são negócios rudimentares e marginais, às vezes até ambulantes (Ex.: sacoleiros, doceiros, fruteiros, pasteleiros, etc.).
- Nome empresarial da espécie ´´firma individual``, emprestando-se o seu nome civil. EX.: Pedro Melo Comércio de Frutas.
- Responsabilidade patrimonial ilimitada (art. 591 do CPC).
- Se casado, para que haja a alienação de bem imóvel que integre o fundo de comércio, faz-se necessária a outorga uxória ou marital.
- Tem inscrição no CNPJ somente para fins tributários.
- Requisito para ser empresário individual: ter pleno gozo da sua capacidade civil.
	ATIVIDADES EXCLUÍDAS DO CONTEXTO EMPRESARIAL.
Atividade Intelectual, Científica, Artística e, Literária. 
 	Algumas atividades, no entanto, permaneceram excluídas da nova conceituação de empresário. Pela leitura do parágrafo único do artigo 966CC conclui-se que as atividades intelectuais, as de natureza cientifica, artística e literária quando prestada com teor de pessoalidade pelo seu titular, serão atividades disciplinadas pelas normas do direito civil.
 	Quando, porém, imperar a impessoalidade, entendam: o afastamento do profissional para a realização da atividade fim , que se concretiza por meio de empregados, maquinários, frotas etc. teremos as então atividades intelectuais, científicas, artísticas , literárias como sendo também enquadradas em práticas empresariais. Dessa forma , estabelece a lei a seguinte redação:
“Art. 966 CC (...) Parágrafo único. 
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
	PRESSUPOSTOS PARA O EXERCÍCIO DA EMPRESA INDIVIDUAL.
	Art. 972 do CC – “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”
Capacidade. Incapaz empresário
Ausência de Impedimento Legal.
Estrangeiro empresário.
Servidor Público. 
Empresário Falido.
Os proibidos de Empresariar.
 	Os pressupostos para o regular exercício da atividade empresarial estão estabelecidos no artigo 972 do Código Civil, que determina o seguinte:
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”
Dessa forma, a lei estabelece dois pressupostos de regularidade da atividade empresarial: 1) o pleno gozo da capacidade civil e 2) nenhum impedimento legal.
 	A capacidade civil é um instituto do Direito Civil que estabele a condição legal para a pessoa exerce atividade da vida civil e empresarial de forma autônoma. O critério adotado pelo sistema jurídico brasileiro para conferir a capacidade civil plena às pessoas naturais foi o parâmetro biológico, com isso todos nós nos tornarmos capazes civilmente para comprar uma casa ou vender um automóvel, sem a assistência dos pais, a partir dos 18 anos. 
 	Ocorre no entanto que a regra apresente exceções, concentradas naqueles que não obstante a maioridade não possuem discernimento para os atos do dia-a-dia, como por exemplo aqueles que são interditados pelos familiares.
 	Outra questão, fica por conta de algumas pessoas que - pelo instrumento da emanciapação - se tornam capazes antes dos 18 anos. Nesses casos a lei civil exige que elas tenham no mínimo 16 anos completos. As situações que levam à emancipação estão previamente enumeradas pelo legislador no Código Civil no artigo 5º parágrafo único e, dentre outras hipóteses, temos a concessão pelos pais, tutor ou juiz; o casamento e exercer atividade empresarial com economia própria. 
maiores de 18 anos, no gozo de seus direitos civis;
maiores de 16 e menores de 18 anos, desde que emancipados.
MENOR DE IDADE E ATIVIDADE EMPRESARIAL
	É possível desde que:
1 - Representante Legal
2 - Capital Integralizado
3 - Não assumir função de administrador da sociedade
(Art. 974, §3º inciso I, II e III alteradopela lei n.º 12.399 de 1º/04/2011)
 	O menor, em princípio, por não ter adquirido a capacidade civil plena, não poderá exercer regularmente a atividade de empresário individual( não confunda com a figura de sócio) . Com duas exceções:
Menor emancipado
A empresa como objeto de herança para o menor
	CAPACIDADE CIVIL
Art. 5º - “A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.”
HÁ EXCESSÃO
Prevista no art 5º § único
 	Na emancipação, o menor com 16 anos completos pode adquirir a capacidade civil plena nas hipóteses previstas na lei civil. Determina o artigo 5º parágrafo único o seguinte:
“Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.”
 	A relação apresenta acima pela lei é taxativa, ou seja, não pode ser ampliada. Somente essas situações enumeradas pela Lei Civil conduzem à capacidade civil plena do menor de idade. 
 	A empresa como objeto de herança, temos o instituto da sucessão. Neste último caso, o menor herda a empresa do pai falecido. O Código Civil no seu artigo 974 CC estabelece que o juiz poderá autorizar a continuidade da empresa nomeando neste caso um representante legal para o exercício da atividade do dia-a-dia da empresa. Por ser menor de idade – não apresenta capacidade civil para assumir os atos e obrigações da empresa objeto da herança, por isso até que o mesmo venha adquirir tal condição, a atividade será exercida pelo representante legal estabelecido pelo Estado. 
	O menor incapaz pode dar continuidade em uma atividade exercida por um empresário individual, mas não pode constituir e ser um empresário individual
 	O impedimento legal não se prende à idade do agente, mas a alguma condição que ele se enquadra que naquele momento a lei o impede de exercer atividade empresarial. Isso nos leva a verificar que o impedimento é sempre determinado pela lei. Quando, porém, aquela condição é desfeita, cessa o impedimento e o agente se torna hábil a exercer a atividade empresarial. Assim um servidor público está impedido de exercer atividade empresarial individual (não confundir em ser sócio), quando, no entanto, houver a quebra do vínculo com a Administração Pública por meio da aposentadoria, nada o impede ser um empresário individual.
Outros exemplos de impedimentos:
militares da ativa das três Forças Armadas e das Polícias Militares;
servidores públicos civis (União, Estados, Territórios e Municípios);
magistrados;
médicos, para o exercício simultâneo da medicina e farmácia, drogaria ou laboratório;
estrangeiros não-residentes no país (porém poderá exercer inclusive individualmente se tiver com sua situação de permanência no país regular) ;
cônsules, salvo os não-remunerados;
corretores e leiloeiros;
falidos, enquanto não reabilitados.
IMPORTANTE – A proibição se limita ao exercício individual do comércio, não se estendendo à participação em sociedade como acionista, quotista ou comanditário.
 	Caso a pessoa proibida de exercer a atividade empresarial venha a praticar, deverá saber que responderá pelas obrigações contraídas com o risco inclusive de ser declarada falida.
	Art. 972 do CC “...legalmente impedidos...”
Estrangeiro - Lei 6.815/80
Servidor Público – Lei 8.112/90
Falido Lei 11.101/05
SOCIEDADE ENTRE MARIDO E MULHER: IMPEDIMENTO LEGAL RELATIVO.
 	Quanto à sociedade, no entanto, temos um impedimento que chamamos de relativo. Trata-se das sociedades entre cônjuges, isso porque a lei civil no seu artigo 977 CC determina que marido e mulher possa contratar sociedade entre si, desde que o regime de casamento não seja o da comunhão total (todos os bens se comunicam entre eles, os adquiridos antes e depois do casamento) ou da separação de bens obrigatória (não comunicação de bens entre os cônjuges, quer tenham sido adquiridos antes ou posterior ao casamento).
 	Neste último regime, verifica-se que a separação de bens é obrigatória. Isso significa que não foi escolha do casal a opção do regime de separação de bens e sim uma imposição da lei. Existem várias situações em que a lei civil determina que o regime de bens do casal deva ser o da separação, com ocorre no caso da idade de um dos cônjuges ser superior da de 60 anos – Artigo 1.641do Código Civil.
IMPORTANTE – O impedimento legal do artigo 977CC para os casais casados sob o regime de comunhão total (ou universal) e de separação de bens obrigatória produzirá efeito ex nunc. Significa dizer que o impedimento somente será aplicado às sociedades marido e mulher após a vigência do Código Civil em diante. Em outras palavras, as sociedades entre marido e mulher constituídas antes de 2003 (data da vigência do Código Civil) não apresentam nenhum impedimento legal, independentemente do regime de bens adotado pelo casal. 
VIOLAÇÃO AO IMPEDIMENTO LEGAL PARA EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
 	O artigo 973 do Código Civil determina que aquele que exercer atividade empresarial violando o impedimento legal para tal, responderá pelas obrigações contraídas. 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” 
 	Nesse momento a lei o equipara ao empresário apenas no contexto das obrigações e deveres. A proposta do legislador é proteger o terceiro de boa-fé que desconheça do impedimento legal, com isso o impedido deverá honrar as obrigações assumidas não podendo se prevalecer dos direitos inerentes ao empresário regular.
 	Pode-se trazer aqui, à título de exemplo, tome por base a aplicação da Lei 11.101/2005 que trata dos institutos da recuperação judicial, extrajudicial e da falência da empresa aplicados exclusivamente à empresário ou sociedade empresária.
 	Os dois primeiros são procedimentos benéficos ao empresário, já que se trata da possibilidade do reerguimento da sua empresa que passa por crise econômico-financeira, já a falência é um processo agressivo de execução dos bens do empresário devedor que concentra todos os seus credores numa única ação, este último procedimento de benefício não tem nada. 
 	Pois bem, aquele impedido legalmente de exercer a atividade empresarial, se assim o fizer ficará submetido a uma possível ação de falência, se porventura não cumprir com as obrigações decorrentes da sua atividade, pois, deverá honrar com as obrigações contraídas; por outro lado nunca poderá se valer dos pedidos de recuperação judicial ou extrajudicial, destinados aos empresários que exercem regularmente a atividade empresarial.
	(OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO)
Obrigações Profissionais do Empresário;
Registro Público de Empresas Mercantis;
Escrituração Regular: Livros do Empresário. Contabilidade. Não observância das obrigações: desdobramentos;
	Registro do Empresário
*Artigo 967 Código Civil – “É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade”
____________________________________________________________________
*Lei 8.934/94 – É a lei que disciplina o registro
 (DNC + Junta Comercial)
 	
 	São obrigações dos empresários e sociedade empresárias, em níveis, federal, estadual e municipal, o empresário deve:
registrar-se na Junta Comercial.
manter escrituraçãoregular de seus negócios.
levantar demonstrações contábeis periódicas.
	SISTEMA DE REGISTRO NO BRASIL – Sistema híbrido 
02 (dois) órgãos:
* DNRC - Departamento Nacional de Registro de Comércio – Normatiza, fiscaliza...
* Junta Comercial – é o órgão que recebe o pedido de registro
	REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS:
	Antes do início da atividade empresarial é obrigatório o arquivamento dos atos constitutivos da empresa no Registro Público de Empresas Mercantis, de acordo com o artigo 967 do Código Civil. Importante destacar a bifurcação existente em relação ao registro: o empresário e a sociedade empresária realização o registro junto ao Registro Público de Empresas Mercantis, enquanto as sociedades simples vinculam-se ao Cartório Civil de Pessoa Jurídica. O registro das empresas de exercem atividade economicamente organizada está disciplinada na Lei 8.934/1994.
	ESCRITURAÇÃO REGULAR: LIVROS DO EMPRESÁRIO. CONTABILIDADE. NÃO OBSERVÂNCIA DAS OBRIGAÇÕES: DESDOBRAMENTOS:
	ESCRITURAÇÃO
Art. 2º IN (instrução normativa) 107 DNRC
São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias:
I -livros, em papel;
II- conjunto de fichas avulsas (art.1.180 – CC/2002);
III- conjunto de fichas ou folhas contínuas (art.1.180 – CC/2002);
IV- livros em microfichas geradas através de microfilmagem de saída direta do computador (COM);
V- livros digitais
 	A manutenção da escrituração regular é obrigatória de acordo com o artigo 1.179 do Código Civil e possui natureza gerencial, onde o empresário pode verificar os resultados obtidos e redirecionar esforços para o próximo exercício, natureza fiscal, onde verificam o cumprimento da legislação vigente acerca do recolhimento obrigatório dos impostos, inerentes a sua atividade e de  natureza documental, onde há o registro dos eventos contábeis, descrevendo os acontecimentos financeiros e contábeis relevantes da empresa, possuindo fé pública após autenticação no Registro Público de Empresas Mercantis.
O artigo 1.180 do Código Civil torna obrigatória a manutenção do Livro Diário, podendo, caso a empresa seja microempresa ou empresa de pequeno porte, que o registro seja feito no Livro Caixa, atendendo ao mandamento constitucional do tratamento diferenciado a microempresa e empresa de pequeno porte  - artigos  170, IX e 179, da CRFB/1988.
	Livro Obrigatório: ARTIGO 1.180 CC – LIVRO – DIÁRIO
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
A não escrituração regular, além das punições previstas em lei, pode configurar crime de acordo com a nova legislação falimentar.
	LIVROS FACULTATIVOS DO EMPRESÁRIO:
 ART. 1.179§ 1º CC
 Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
Ex. de Facultativo: Livro Caixa; Livro Razão; Livro de Conta Corrente; Livro de Inventários e Balanços.
	Livro Obrigatório Comum: Diário.
DIÁRIO REGULAR:
(da forma externa – necessita de autenticação)
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
(da forma de escrituração no livro diário)
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
	Livros Obrigatórios Especiais:
São livros obrigatórios por determinação de lei especial:
Livro de Registro de Duplicata. Artigo 19 L.5474/68,
Lei das Sociedades por Ações – Artigo 100 L.6404/76
	CONTABILIDADE
Art. 1184 § 2º CC - Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
	BALANÇOS: PATRIMONIAL E DE RESULTADO ECONÔMICO
Art. 1.188 CC. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
	(TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO)
	Considera-se EMPRESÁRIO:
1 - Empresário individual;
2 – Empresa Individual de Responsabilidade LTDA.
3 - SOCIEDADES
No estudo do Direito Societário, serão analisadas as questões relativas ao conceito de sociedade e os efeitos de sua personificação. 
 	Por sociedade, se entende a união de dois ou mais sócios, que pretendem realizar determinada atividade, com a finalidade de lucro. 
 	Para se tornar regular, esta sociedade deverá realizar o seu registro no órgão competente, em razão da sua atividade. Se empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais de cada Estado. Se Simples, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
 	Quanto aos efeitos deste registro, esta sociedade se torna personificada, ou seja, adquire personalidade jurídica, passando a ser pessoa distinta dos seus sócios. Empresária ou Simples é a Sociedade. Seus sócios não serão considerados empresários. 
	SOCIEDADES - PERSONALIDADE JURÍDICA
Art. 44, II do Código Civil
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
.......................
 II - as sociedades
________________________________________
 	Sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas, basta que para isto firmem um contrato de sociedade.
A Sociedade passa a ter responsabilidade patrimonial, contratual e processual. Toda sociedade independente do seu tipo, terá responsabilidade ilimitada. Seus sócios, dependendo do tipo societário, é que terão responsabilidade limitada ou ilimitada.
	Surgimento de uma pessoa jurídica:
Art. 985 do CC - A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
02 (dois) princípios norteiam a sociedade empresária:
PRINCIPIO DA SEPARAÇÃO PATRIMONIAL
PRINCIPIO DA LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
	EIRILI – Da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
	O art. 1.033, inciso IV da Lei 10.406/02, dispõe que se dissolve a sociedade quando ocorrer a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 (cento e oitenta) dias.
Como se verifica, pelo novo diploma legal, ocorrendo à retirada, exclusão ou morte dos sócios, a sociedade pode reduzir-se a apenas um participante, a qual poderá permanecer nessa situação, ou seja, com um único sócio pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data do evento que a reduziu.
Nesse período, o sócio remanescente poderá reconstituir a sociedade pela admissão de novo(s) sócio(s).
Decorrido o prazo de 180 dias sem que haja o ingresso de novo sócio, a sociedade é considerada legalmente dissolvida.
	Fábio Ulhôa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 25. ed. v.1.  São Paulo: Saraiva, 2013.
Enumera 03 (três) consequências da personificação:
Titularidade Negocial
Titularidade Processual
Responsabilidade Patrimonial
	Outros doutrinadores no entanto
EFEITOS DA PERSONIFICAÇÃO:
1 – LEGITIMIDADE PROCESSUAL;
2 – TITULARIDADE NEGOCIAL;
3 – DOMICILIO;
4 – AUTONOMIA PROCESSUAL;
5 – NACIONALIDADE;
6 – NOME EMPRESARIAL.
	(DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA)A REGRA É: ART 795 do CPC
Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos casos previstos em lei ; o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade . 
§ 1°. Cumpre ao sócio, que alegar o benefício deste artigo, nomear bens da sociedade, sitos na mesma comarca, livres e desembargados, quantos bastem para pagar o débito .
 
§ 2°. Aplica-se aos casos deste artigo o disposto no parágrafo único do artigo anterior . (serve para o fiador que pagar a dívida)
 	Entende-se por Desconsiderar a Personalidade Jurídica de determinada sociedade, quando a mesma estiver ocupando o polo passivo de uma relação processual, onde deseja se afetar o sócio que, sob o véu da sociedade praticou o ato lesivo ao credor, através da fraude. Daí afasta-se a sociedade e penetra-se na responsabilidade deste ou mais sócios que agiram com fraude.
	Nomenclatura – não considerar a pessoa jurídica
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Foi criado visando evitar o mau uso da pessoa jurídica;
Necessário que seja declarada pelo juiz
	Pressuposto: Fraude
Abuso da personalidade jurídica pelo desvio de finalidade com atitudes fraudulentas e ilícitas;
 Aplicável aos sócios ou ao administrador que não pertença aos quadros societários
 	Legislação: A Desconsideração da Personalidade Jurídica encontra-se disciplinada no artigo 50 do Código Civil e, no artigo 28 do CDC, na CLT, e na Legislação Trabalhista. Não significa a morte da Pessoa Jurídica, relativização da Personalidade Jurídica ou dissolução, apenas o afastamento da Pessoa Jurídica do polo passivo da relação processual.
 	A propositura do pedido ocorre de forma incidental em fase de execução. 
 	Importante salientar que tal regra não deverá ser considerada para os casos de empresas que não estiverem devidamente regularizadas, onde o que de fato ocorre para estes casos é uma responsabilidade direta.
	Previsão legal: 
Art.50 Código Civil (Teoria da lesão maior) para os casos de fraude ou abuso da pessoa jurídica:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Outros dispositivos (Teoria da lesão menor) – prejuízos a pessoas específicas
Ex. art. 28 do código de defesa da consumidor (8.078/90)
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
Art. 4º da lei de proteção Ambiental (9.065/98)
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Ocorre na Justiça do trabalho - em que pese o silêncio da Consolidação das Leis do Trabalho a respeito da teoria da desconsideração da personalidade jurídica, os tribunais trabalhistas têm aplicado, subsidiariamente, com fulcro no dispositivo supracitado, as normas legais do direito comum que a regulam, quais sejam, o art. 28 do Código de Defesa do Consumidor e o art. 50 do Código Civil;
Processo de execução Fiscal art. 135 do Código Tributário Nacional:
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
......... 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
	Desdobramento da teoria
(Desconsideração inversa)
Ocorre nos casos em que o sócio desloca bens do patrimônio pessoal de forma premeditada, para a sociedade:
Ex.: Escapar de uma meação com cônjuge;
 Não quitar dividas em fase de execução;
____________________________________________________
Necessário se provar uma atitude fraudulenta ou ilícita, o simples fato de não ter bens suficientes não basta, pois existe a possibilidade de se penhorar as quotas da sociedade.
	NÃO LEVANDO EM CONTA OS BENS DE FAMÍLIA protegido pela Lei 8.009/90 – Art 1º
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. 
	(NOME EMPRESARIAL) 
(art. 1.155 ao 1.168 do CC e a Lei 8.934/94 de Registro Público de Empresas )
 	O nome empresarial funciona como um identificador do empresário, bem como individualiza a atividade por ele exercida, da mesma forma que o nome civil identifica uma pessoa física. Através do nome empresarial é fácil identificar de imediato o tipo de sociedade adotada bem como a extensão de sua responsabilidade e também o objeto da empresa.
 	Possui proteção jurídica após a inscrição do empresário individual ou o arquivamento do contrato social (sociedades) no registro próprio.
 	O nome empresarial funciona como um elemento de identificação da Empresa, não podendo ser confundido com os demais como a Marca (que identifica o produto) e o Título do Estabelecimento (ou nome fantasia que identifica o Ponto). 
	O Nome Empresarial encontra-se disciplinado no Código Civil, do artigo 1.155 ao 1.168 e, também na Lei 8.934/94.
	NOME EMPRESARIAL – algumas considerações:
PROTEÇÃO REGIONAL (Art.1.166 CC);
REGISTRO - Órgão: Reg. Público de Emp. Mercantis (Art.1.150 CC);
DIREITO DE EXCLUSIVIDADE: Sem Prazo de Vigência (Art.60 L.8934/94)
REGRAS DE COMPOSIÇÃO - Princípios: Novidade e Veracidade (Art.34 L.8934/94)
NÃO ALIENAÇÃO (Art.1.164 CC)
PROTEÇÃO REGIONAL (Art.1.166 CC);
	Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.
	Pela regra geral a proteção é válida no território do Estado membro em que foi registrado.
 	Em casos excepcionais, com previsão legal a proteção ao nome empresarial pode ter caráter nacional (art. 1.166 § único), ou internacional em alguns casos.
 
 	Com a proteção do nome, passa a ser considerado crime de concorrência desleal usar indevidamente o nome empresarial alheio (art. 195, V da Lei 9.279/96 – Lei da Propriedade Industrial:
	Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
............................................
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências; 
 
REGISTRO - Órgão: Reg. Público de Emp. Mercantis (Art.1.150 CC);
	Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tiposde sociedade empresária.
 
DIREITO DE EXCLUSIVIDADE: 
 	O nome empresarial não pode ser igual ao de outro já inscrito (art. 1.163 do CC)
	Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga.
	Tal proteção ocorre e se deve ao fato de que o direito protege o nome empresarial com vista à tutela de 02 (dois) interesses do empresário:
1 – Preservação da clientela;
2 – Preservação do crédito; 
	Esta exclusividade não tem prazo de vigência, porém é importante que o Empresário mantenha em movimento sua atividade, pois após 10 (dez) anos se não houver nenhuma alteração ou modificação no contrato social a empresa deve comunicar a Junta Comercial que ainda está em funcionamento, pois caso contrário pode perder a proteção ao nome empresarial, conforme preceitua o art. 60 da Lei 8.934 de 1994.
	Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se em funcionamento.
§ 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada inativa, promovendo a junta comercial o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao nome empresarial. 
.........
REGRAS DE COMPOSIÇÃO - Princípios: Novidade e Veracidade (Art.34 L.8934/94)
 	
	Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.
 	Não pode o empresário que explora determinada atividade pretender usar nome imitado ainda que de uma empresa com uma proposta empresarial diversa da sua, alegando que não haverá concorrência. A lei veda nomes idênticos ou semelhantes. Apesar de não deixar muito claro o que seja “semelhante”.
Ex. a) Rei da bola Comércio e Indústria Ltda.
 b) Príncipe da bola Comercio e ind. Ltda.
 c) Companhia Importadora Rei da Bola.
 d) Show de bola comércio e indústria Ltda.
 	Há entre os nomes acima alguma semelhança? Possivelmente. Sendo que para tanto caberá ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição feita com violação da lei, conforme preceitua o art. 1.167 do CC.
	No caso de Empresa individual, a firma individual deve ser constituída sobre o patronímico do empresário.
NÃO ALIENAÇÃO (Art.1.164 CC)
	Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
 	
Mas na hipótese de alienação do estabelecimento, se previsto em contrato, o adquirente pode usar o nome do alienante, precedido do seu, com a qualificação de sucessor de.
ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL: FIRMA ou DENOMINAÇÃO art. 1.155 do CC
O direito contempla 02 (duas) espécies de nome empresarial: a Firma e a Denominação.
A FIRMA e a DENOMINAÇÃO se distinguem em dois planos: 
* quanto a estrutura;
* quanto a função;
	Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
	Quanto a estrutura a firma só pode ter por base o nome civil do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresária (art. 1.156 do CC), já a denominação (art. 1.158 § 2º do CC) deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base o nome civil ou qualquer outra expressão linguística (que doutrinadores chamam de elemento fantasia).
 	Dependendo do tipo societário ou por força de lei, em alguns casos, a sociedade terá Firma ou Denominação. A Denominação deverá indicar obrigatoriamente o objeto da sociedade.
 	Conforme dispõe o artigo 1º. da Instrução Normativa do Departamento Nacional de Registro de Comércio nº. 104/07, o nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária exercem sua atividade e se obrigam nos atos a elas pertinentes.
 
 	O nome empresarial tem duas funções de relevância no desenvolvimento da atividade empresarial. Em primeiro lugar identifica o empreendimento e a sua atividade, em segundo, é um instrumento de agregação da fama e da reputação do empresário ou da sociedade empresária.
	Firma Social e Denominação:
Firma Social (Razão Social) – Ex.
Pereira, Faustino, & Silva Ltda.
Pereira, Faustino & Companhia Ltda.
Denominação – Ex. - Confeitaria e acessórios Pereira Faustino Ltda.
	Conforme o tipo societário adotado pela sociedade haverá a espécie de nome a ser considerado.
Sociedade de responsabilidade ilimitada:
 	A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de responsabilidade ilimitada. Art. 1.157 e § único do CC
Sociedade Limitada :
 	Pode a Sociedade Limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.
 	A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. Art. 1.158 §1º, 2º e 3º do CC
Cooperativa:
 	A Sociedade Cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". Art. 1.159 do CC
Sociedade Anônima:
 	A Sociedade Anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.
 	Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. Art. 1.160 e § único do CC
Sociedade em Comandita por Ações :
 	A Sociedade em Comandita por Ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações". Art. 1.161 do CC
Sociedade em Conta de Participação :
 	A Sociedade em Conta de Participação não pode ter firma ou denominação. Art. 1.162 do CC
 - EIRELI : Lei 12.441/2011;
Microempresa (ME);
Empresa de pequeno porte (EPP);
 	Necessitam incluir no final do nome a expressão que a caracterizam sob pena de não fazer jus ao regime tributário especial e simplificado.
 ALTERAÇÃO NO NOME EMPRESARIAL 
- SÓCIO FALECIDO, EXCLUSO OU RETIRANTE – art. 1.165 do CC
O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. Art. 1.165 do CC, devendo para tanto proceder a devida alteração.
- ALTERANDO A CATEGORIA DO SÓCIO – art. 1.157 do CC
 	Quanto a responsabilidade das obrigações sociais, se era comanditado e passa a ser comanditário, por exemplo.
- ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO – art. 1.164 do CC
- NO CASO DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE;
- NO CASO DE HAVER OUTRA EMPRESA COM REGISTRO ANTERIOR JÁ UTILIZANDO O NOME.
CANCELAMENTO – art. 1.168 do CC
 	A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.
	ATOS CONSTITUTIVOS DAS SOCIEDADES
 	Atos Constitutivos: Temos como Atos Constitutivos das Sociedades, o Contrato Social e o Estatuto Social. 
	O contrato social é o elemento constitutivo das normas estabelecidas entre os sócios e o documento que será levado ao Registro Público de Empresas Mercantis.  Sua elaboração deve obedecer às normas legais (art. 997 do C.C), contendo cláusulas que são essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial como, por exemplo, o nome da sociedade, qualificação dos sócios, indicação da sede, dentre outros.
CLAUSULAS DO CONTRATO SOCIALEssenciais – Previstas no art. 997 do CC, com exceção para os incisos V e VII, que não alcançam as atividades empresariais.
 
Facultativas – São clausulas livres porem não contrárias a lei, a ordem pública ou os bons costumes, pois o contrato não poderá ser arquivado – art. 53, I decreto 1.800/1996 – Lei de Registro Público das empresas Mercantis 8.934/1994.
	Art. 53. Não podem ser arquivados:
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares ou que contiverem matéria contrária à lei, à ordem pública ou aos bons costumes, bem como os que colidirem com o respectivo estatuto ou contrato não modificado anteriormente;
 
 	A doutrina estabelece elementos de validade para o contrato social e os classifica em elementos comuns e elementos específicos.
ELEMENTOS DO ATO CONSTITUTIVO:
São Elementos Comuns do Contrato Social e de acordo o artigo 104 do CC: 
1. Agente capaz; 
2. Objeto Licito; 
3. Forma Prescrita ou não Defesa em Lei.
 	Quanto ao elemento capacidade é importante sinalizar a possibilidade de o menor integrar uma sociedade desde que as seguintes condições sejam respeitadas: o capital social deve estar totalmente integralizado e o menor não poderá assumir atos de administração da sociedade. 
Art. 974 (c.c. 2002)....
Parágrafo 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
I- o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II- o capital social deve ser totalmente integralizado;
III- o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representados por seus representantes legais
Outra questão diz respeito à sociedade entre marido e mulher, em que a lei civil admite desde que não sejam casados sob o regime de comunhão universal ou de separação obrigatória de bens. Artigo 977 do CC.
SÃO ELEMENTOS ESPECÍFICOS DO CONTRATO SOCIAL:
1.    Pluralidade de sócios; diz respeito à necessidade de existência de, no mínimo, em regra, de dois sócios;
	“Art. 1.033 Código Civil. 
Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: (...)
IV - A falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;(...).”
	No caso da Sociedade Anônima, o prazo será de um ano art. 206, I, d da Lei 6.404/1976.
	Caso não consiga efetivar nova sociedade o caminho então será o previsto no art. 1.033 § único do CC. (transformar em empresário individual)
2.    Participação nos resultados; Embora não possa ser excluído nenhum sócio do lucro ou prejuízo, a participação pode ser diferente, e até deve, na medida o esforço feito por cada um deles. Aquele que mais contribui para a sociedade deverá ter maior fração no lucro. O que é proibido é a exclusão de participação, seja no ganho de lucros ou mesmo no prejuízos; (art. 1008 do CC)
3.    Affectio societatis; vontade de se associar. Se não existe, não haverá sociedade. Se há vontade de se associar, deve haver pelo menos duas pessoas naturais dispostas a isso. Não existe, por óbvio, sociedade de um único sócio, nem sociedade em que os sócios não estejam psicologicamente intencionados em unir esforços.
4. Formação do Capital social; consiste na contribuição dos sócios para a formação de um montante pecuniário pertencente à pessoa jurídica. Esta contribuição pode se ocorrer em espécie, bens ou créditos. Art. 1.004 do CC.
	Em Direito Societário recebe o nome de ESTATUTOS aquela norma, acordada pelos sócios ou fundadores, que regulamenta o funcionamento de uma pessoa jurídica, quer seja uma sociedade, uma associação ou uma fundação. Em geral, é comum a todo o tipo de órgãos colegiados, incluindo entidades sem personalidade jurídica.
 	As suas funções básicas, entre outras, são as seguintes:
Regular o funcionamento da entidade frente a terceiros (por exemplo, normas para a tomada de decisões, representantes, etc.).
Regular os direitos e obrigações dos membros e das relações entre eles.
 	Neste caso, a norma fundamentalmente tem efeitos inter partes.
_________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
�

Continue navegando