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NOVA GEOGRAFIA E GEOGRAFIA ATIVA

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NOVA GEOGRAFIA e GEOGRAFIA ATIVA
 Daiane Souza
 Luma Moura
 Nayara Almeida
 Samara Costa
Contexto histórico 
A partir da década de 1950, a Geografia viveu uma profunda movimentação conceitual, que deu origem à chamada “Revolução Quantitativa” ou “Nova Geografia”. 
A chamada Nova Geografia diz respeito a um conjunto de ideias e de abordagens a partir das profundas transformações provocadas pela Segunda Guerra Mundial (recuperação econômica Europa) nos setores científico, tecnológico, social e econômico.
Fonte: https://www.sitiosargentina.com.ar/los-secretos-de-la-segunda-guerra-mundial/
A Nova Geografia adotou uma postura pragmática que se associou à difusão do sistema de planejamento do Estado capitalista.
A Nova Geografia de técnicas estatísticas, as quais envolveram o aspecto filosófico e o metodológico foi denominada de “revolução quantitativa e teorética da Geografia. 
Esse novo mundo que se apresentou à sociedade não podia mais ser compreendido pelos paradigmas tradicionais da Geografia o Determinismo Ambiental, o Possibilismo e o Método Regional ,abriu-se um novo caminho, o Neopositivismo ou Positivismo Lógico.
O Determinismo Ambiental: foi o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX. Teve como principal personagem o alemão Ratzel.   Seus defensores afirmam que as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir.
Possibilismo: este procurou abolir qualquer forma de determinação, adotando a ideia de que a ação humana é marcada pela contingência a natureza era considerada como fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse.
Método Regional: que vem contrário ao Possibilismo e ao Determinismo. Nele, a diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra.
Após a 2° Guerra Mundial, verifica-se uma nova fase de expansão capitalista, e consequentemente a geografia perde a capacidade de explicar a complexa realidade redesenhada. Surge então um novo paradigma, a Nova Geografia como objetivo de justificar a expansão capitalista, assim como dar esperanças aos “deserdados da terra”. Para tais tarefas utiliza com método o positivismo lógico (Neopositivismo), utilizando-se para isso de técnicas estatísticas.
AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA GEOGRAFIA
Geografia Quantitativa
Geografia Teorética
CHRISTOFOLETTI, Antônio. 
Tem um caráter quantitativo: Aplicação das técnicas estatísticas.
Teorético
Enfatiza o aspecto teórico e metodológico, subentendendo como imprescindível toda análise quantitativa e englobando os processos de abstração necessários às etapas de metodologia científica e da explicação.
Fundamentos
 As ciências sempre evoluem respondendo seus paradigmas contemporâneos : Apesar de “velha” e “nova” geografia, com diferencias, cada uma com seus conceitos e técnicas bem definidas, ambas caminham juntas (temporalidade), cabe ao geógrafo conhecê-las bem para usar em seu favor.
Quanto as teorias geográficas, Christofoletti, afirma que a perspectiva histórico-geogáfica sempre foi muito utilizada, principalmente na intenção de compreender o desenvolvimento de fatos, demonstrando o desenvolver de cada área e fazendo posteriormente sua comparação com outras áreas. Essa proposta que pretendia encontrar o caráter único -individual (regional) possuía uma característica mais ideográfica. 
Crítica
 A grande crítica à ‘nova geografia’ encontra -se no fato de que dados(números) e modelos não conseguem abraçar as realidades, evidenciando também, uma alienação d o processo histórico, social, político que tanto transformam o espaço . Além do mais, com a matemática há uma homogeneização dos espaços, o que não é coerente com a realidade. 
Foi desse modo que a corrente neopositivista influenciou a Geografia, que passou a ser denominada de Nova Geografia, Geografia Teorética ou Geografia Quantitativa. Esse movimento buscou redefinir a Geografia como ciência. O uso de uma linguagem matemática foi o suporte para se obter clareza e objetividade necessária ao trabalho científico. Assim, construiu-se um campo teórico de investigação para a interpretação da sociedade em sua dimensão espacial e temporal. 
GEORGE, Pierre. A Geografia Ativa. 1966. Editora Difusão
 A Geografia Ativa teve origem na França, em meados da década de 1960, onde até então o predomínio era a escola Lablacheana, ela intitulou o livro de Pierre George, Kayser, Lacoste e Guglielmo em 1964, um divisor de águas no movimento de renovação da Geografia.
[...]“perceber as tendências e as perspectivas da evolução a curto prazo, medir em intensidade e em projeção espaciais relações entre as tendências de desenvolvimento e seus antagonistas, definir e avaliar a eficácia dos freios e obstáculos” (GEORGE, 1973, p.26)
“A Geografia é uma ciência do espaço, mas seus métodos são diferentes daqueles das ciências naturais do espaço. Como ciência do espaço ela é chamada a fazer balanços do que representa globalmente esse espaço para os homens que aí vivem.” (GEORGE, 1973, p. 16).
A Geografia Ativa tinha como proposta a organização do espaço. Imbuída de uma ilusão tecnocrática, considerava que poderia ser possível, por meio de intervenções a partir do planejamento urbano e regional: ou seja, por meio de estratégias de organização do espaço, alcançar um certo crescimento harmonioso do espaço (LENCIONI, p. 141).
Definições do conceito de Região na Geografia Clássica e Ativa
George afirma que observando as mudanças no mundo, e consequentemente, as mudanças que ocorreram e deveriam ocorrer na geografia, principalmente para interpretar e analisar esse “Novo Mundo”.
Para George tudo deveria ser reconsiderado neste novo momento, ou seja, deveria existir uma espécie de revisão dos limites, dos métodos, dos objetivos, das relações da geografia com outras disciplinas etc.
O Homem já não é visto segundo suas diferenças de ordem continental, o que distingue são suas condições econômicas e sociais.
Condições essas que diferem o homem em afortunados e famintos.
Mudanças 
Tecnológicas (avanços na física, química, engenharia, novos inventos, descobrimentos e procedimentos entram em cena.
No pensamento e método científico (corrente filosófica do chamado positivismo lógico que privilegia a quantificação com o uso de modelos matemáticos e estatísticos, representando uma aplicação do método científico aos fatos sociais);

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