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MITOCÔNDRIAS Prof. Jackson Costa 1 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA São encontradas em todos os tipos celulares. São cilíndricas; Tamanho: 3µm comprimento e 0,5µm de diâmetro. Quantidade na célula: varia segundo o tipo celular. Por exemplo: - Células hepáticas: 1000 a 2000 mitocôndrias. MITOCÔNDRIAS 2 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA Situam-se nas regiões onde a demanda de energia é maior. Nos espermatozóides, nos adipócitos e nas células musculares estriadas – as mitocôndrias se acham imobilizadas em lugares fixos. Fornecem a estrutura sobre a qual se encontram inúmeros moléculas que participam nas reações de transferência de energia (Alimentos → ATP). MITOCÔNDRIAS 3 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA Possuem duas membranas: - Uma interna e outra externa Dão lugar a dois compartimentos: - Espaço intermembrana - Matriz mitocondrial MITOCÔNDRIAS 4 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MATRIZ MITOCONDRIAL Contém numerosas moléculas: • Complexo enzimático piruvato desidrogenase → descarboxilação oxidativa. → ciclo de Krebs - exceto: succinato desidrogenase • Enzimas → β – oxidação dos ácidos graxos. • Coenzima A (CoA), coenzima NAD+, ADP, fosfato, O2. • Grânulos: ≠ tamanhos, compostos principalmente por Ca2+ . 5 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MATRIZ MITOCONDRIAL Contém numerosas moléculas: • Treze tipos de RNAm. • Dois tipos de RNAr – formam ribossomas. • Vinte e dois tipos de RNAt. • Várias cópias de DNA circular. 6 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA - Desenvolve pregueamentos para a matriz dando lugar às cristas mitocôndriais . Cristas mitocôndriais - Objetivo: aumentar a superfície da membrana; - Número e a forma: variam de acordo com os distintos tipos celulares. 7 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA - Apresenta um alto grau de especialização. - As duas faces de sua dupla camada lipídica exibem uma acentuada assimetria. 8 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA Elementos que se localizam na membrana interna: • Conjunto de moléculas que compõem a cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória). - NADH desidrogenase - Succinato desidrogenase - Complexo b-c1 - Citocromo oxidase - Ubiquinona - Citocromo c Existem inúmeras cópias destes conjuntos no plano da dupla camada lipídica. 9 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA • ATP sintase - complexo proteico localizado nas imediações da cadeia transportadora de elétrons. - apresenta dois setores: → um transmembrana ( porção F0) Tem um túnel para a passagem de H+. → outro orientado para a matriz mitocondrial ( porção F1) Responsável pela formação de ATP a partir do ADP e fosfato – fosforilação oxidativa. 10 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA • Um fosfolipídio duplo: - difosfatidilglicerol ou cardiolipina → impede a passagem de qualquer soluto através da dupla camada lipídica. Exceto: O2, CO2, H2O, NH3 e ácidos graxos. • Diversos canais iônicos: - permitem a passagem seletiva de íons e moléculas do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial e em sentido inverso. 11 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA INTERNA 12 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS MEMBRANA EXTERNA - permeável a todos os solutos existentes no citosol. - impermeável a macromoléculas. ≠ Permealilidade: - se dá devido a presença de PORINAS - múltiplas proteínas transmembrana de passagem múltipla. - PORINAS formam canais aquosos pelos quais passam livremente íons e moléculas de até 5kDa. 13 DESCRIÇÃO GERAL E ESTRUTURA MITOCÔNDRIAS ESPAÇO INTERMEMBRANOSO - Aqui o conteúdo de solutos é semelhante ao do citosol – dada a presença das porinas na membrana externa. - Porém, contém alguns elementos próprios e uma elevada concentração de H+. 14 FUNÇÕES MITOCÔNDRIAS Gerar ATP – Função Principal - A mitocôndria repassa para o ADP a energia existente nas ligações químicas das moléculas alimentícias, para formar o ATP. - Este processo se dá mediante: Descarboxilação oxidativa – matriz mitocondrial Ciclo de Krebs – matriz mitocondrial Fosforilação oxidativa – membrana mitocondrial interna 15 FUNÇÕES MITOCÔNDRIAS Remoção de Ca2+ do citosol. - Normalmente, esta função esta a cargo do RE. - Porém, quando a concentração de Ca2+ aumenta no citosol a níveis perigosos para a célula, a Ca2+ ATPase localizada na membrana interna das mitocôndrias bombeia o Ca2+ para a matriz mitocondrial, retirando-o do citosol. 16 FUNÇÕES MITOCÔNDRIAS Síntese de aminoácidos. - Nas mitocôndrias dos hepatócitos, a partir de determinadas moléculas intermediárias do ciclo de Krebs, ocorrem algumas etapas metabólicas que levam a síntese de vários aminoácidos. 17 FUNÇÕES MITOCÔNDRIAS Síntese de esteróides. - Nas células do córtex das supra-renais, dos ovários e dos testículos. Morte celular programada. - Por exemplo: No córtex das supra-renais → corticosterona, cortisol, aldosterona. 18 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Mitocôndrias velhas são degradadas por fagolisossomos; Durante a divisão celular, todos os componentes celulares se multiplicam, inclusive as mitocôndrias; A multiplicação das mitocôndrias ocorre por divisão das mitocôndrias preexistentes, que aumentam de tamanho e sofrem fissão binária; 19 20 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS A divisão das mitocôndrias ocorre durante a intérfase e durante a mitose, no entanto, nem todas as mitocôndrias se reproduzem, desta forma, algumas se dividem diversas vezes para compensar a falta de divisão de outras. 21 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS 22 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Os fosfolipídios das membranas das mitocôndrias são produzidos pelo Retículo Endoplasmático; Para extraí-los do RE, as mitocôndrias utilizam as proteínas intercambiadoras, que retiram os fosfolipídios da membrana do RE e descarregam na face citosólica da membrana externa da mitocôndria; 23 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS 24 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Os fosfolipídios passam de uma monocamada para outra através do movimento de flip-flop; O transporte de fosfolipídios da membrana externa para a membrana interna ocorre em pontos de contato criados entre as membranas para esta finalidade; 25 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Alguns fosfolipídios sofrem modificações ao chegarem à membrana mitocondrial interna, como exemplo, o difosfatidilglicerol ou cardiolipina, que resulta da união de dois fosfatidilglicerol; 26 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Alguns fosfolipídios sofrem modificações ao chegarem à membrana mitocondrial interna, como exemplo, o difosfatidilglicerol ou cardiolipina, que resulta da união de dois fosfatidilglicerol; 27 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Parte das proteínas encontradas nas mitocôndrias são produzidas no citosol; A mitocôndria possui moléculas de DNA circular dos quais são transcritos 13 RNAm, 22 RNAt, 2 RNAr; Todas essas moléculas são encontradas na matriz mitocondrial; Os DNA circulares são aderidos à membrana interna da mitocôndria; 28 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Características do DNAmitocondrial: - Circular e sem histonas; - 1 origem de replicação; - Gera 22 tipos de RNAt; - Pequeno, possui apenas 37 genes; - Apresenta uma pequena quantidade de sequencias não- gênicas (íntrons); 29 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Características do DNA mitocondrial: - Os RNAr das mitocôndrias formam ribossomos com coeficiente de sedimentação 55S (procariotos – 70S, eucariotos – 80S); - Existem 4 códons que diferem do DNA nuclear. Os códons AGA e AGG, no DNA nuclear correspondem a arginina,no DNA mitocondrial correspondem a códon de terminação. O códon AUA determina a isoleucina no DNA nuclear, já na mitocôndria corresponde a metionina; 30 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS Características do DNA mitocondrial: - São transcritos as 2 cadeias de DNA, alguns genes estão presentes em uma cadeia, enquanto outros estão são transcritos apenas na outra cadeia; - As moléculas de RNA que transcrevem o DNA se processam enquanto se sintetizam; - A mitocôndria possui várias cópias de DNA, enquanto que o DNA nuclear só apresentam 2 cópias; 31 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS As proteínas que são produzidas pela mitocôndria 13 no total; As outras proteínas são sintetizadas nos ribossomos citosólicos associados aos ribossomos; Enzimas do complexo piruvato desidrogenase; ciclo de Krebs; β oxidação dos ácidos graxos; algumas enzimas da fosforilação oxidativa; os canais iônicos; as permeases; DNA polimerase; RNA polimerase; 32 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS As primeiras células eucariontes seriam anaeróbias; Quando a atmosfera tornou-se rica em oxigênio incorporaram em seus citoplasmas bactérias aeróbias, que após mudanças adaptativas converteram-se às mitocôndrias atuais; 33 REPRODUÇÃO MITOCÔNDRIAS A simbiose permitiu que as células eucariontes possam aproveitar o oxigênio atmosférico para a produção de grande quantidade de energia a partir dos alimentos; Em paralelo, as membranas celulares puderam se concentrar em receber e emitir sinais, além de possibilitar a entrada e saída de solutos 34 35 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS ENERGIA CELULAR Energia ATP; Disponibiliza grande quantidade de energia; Utilizada facilmente; MITOCÔNDRIAS Geração de ATP MITOCÔNDRIAS; Mitocôndria: - Capta energia nas ligações covalentes dos alimentos; - transfere ADP 36 ENERGIA CELULAR ATP é formado na mitocôndria; Se difunde pela célula energia para as atividades celulares; MITOCÔNDRIAS 37 ENERGIA CELULAR Alimentos: carboidratos, lipídios, proteínas, minerais, água e oxigênio. - Sistema digestório alimentos - Sistema respiratório oxigênio MITOCÔNDRIAS Parte da energia obtida dos alimentos é convertida para calor; - 60% da energia é liberada na forma de calor - 40% da energia é utilizada para atividades celulares; 38 ENERGIA CELULAR Energia dos alimentos é extraída por reações de oxidação; Resultando sempre na formação de moléculas de água e dióxido de carbono; Oxidação: - Ganho de uma molécula de O (oxigênio); - Perda de hidrogênio; MITOCÔNDRIAS Toda reação de oxidação de uma molécula resulta em redução de outra molécula – perda de O ou ganho de H 39 ENERGIA CELULAR Reações de redução e oxidação dos alimentos resulta em moléculas intermediárias: - Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo – NAD - NAD+ - Oxidada - NADH - Reduzida - Flavina Adenina Dinucleotídeo - FAD - FAD+ - Oxidada - FADH - Reduzida MITOCÔNDRIAS 40 ENERGIA CELULAR Degradação dos alimentos é iniciada no Sistema Digestório de forma extracelular; Na luz do Sistema Digestório enzimas digestivas; - Carboidratos monossacarídeos (especialmente glicose); - Proteínas aminoácidos; - Lipídios ácidos graxos e glicerol; Após absorção pelas células epiteliais do intestino, essas moléculas ingressam no sangue chegando a todas as células do organismo. MITOCÔNDRIAS 41 ENERGIA CELULAR Para um abastecimento contínuo de energia, as células guardam no citosol: - Glicose glicogênio - Ácidos graxos triacilgliceróis; Células musculares, hepatócitos e células adiposas se destacam nessas funções. MITOCÔNDRIAS 42 ENERGIA CELULAR – degradação de ácidos graxos Os ácidos graxos não são degradados no citosol, apenas nas mitocôndrias β – OXIDAÇÃO; Os ácidos graxos são desdobrados até a produção de oito ou nove acetilas (COCH3); O processo compreende vários ciclos sucessivos: - Sete estágios quando se trata de um ácido graxo de 16 carbonos; - Oito estágios quando se trata de um ácido graxo de 18 carbonos; MITOCÔNDRIAS 43 ENERGIA CELULAR – degradação de ácidos graxos Cada ciclo produz: - Grupos acetila (COCH3); - Uma molécula de NADH; - Uma molécula de FADH2; MITOCÔNDRIAS As acetilas vão se unir a CoA (Coenzima A) Acetil CoA para ingressarem no ciclo de Krebs; No ciclo de Krebs, cada Acetil CoA gera: - 1 ATP, 3 NADH e 1 FADH2; 44 • Tiólise •Desidrogenação •Hidratação •Oxidação FADH2 NADH ENERGIA CELULAR – degradação de ácidos graxos MITOCÔNDRIAS 45 ENERGIA CELULAR – degradação de ácidos graxos MITOCÔNDRIAS As gorduras fornecem mais energia que os carboidratos pela quantidade de NADH e FADH2 produzidos durante a β – oxidação; Os NADH e FADH2 produzidos são direcionados para a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Transportadora de Elétrons. 46 ENERGIA CELULAR – degradação de aminoácidos MITOCÔNDRIAS Quando não utilizados para a síntese de proteínas são direcionados para a geração de energia; Pela ação de enzimas específicas, podem ser convertidos em: - Piruvato; - Grupos acetila; - Intermediários do ciclo de Krebs; 47 ENERGIA CELULAR – degradação de carboidratos MITOCÔNDRIAS Glicólise Ocorre no citosol; Série de reações com a participação de 10 enzimas que converte 1 molécula de glicose (6 carbonos) em 2 moléculas de piruvato (3 carbonos); Na primeira etapa desse processo são consumidas 2 moléculas de ATP; No final do processo são produzidas 4 moléculas de ATP; 48 GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Desta forma, há um saldo de 2 ATPs (um por cada piruvato); Além de ATP, são gerados dois NADH que são direcionados para a Cadeia Transportadora de Elétrons; Já as duas moléculas de piruvato deixam o citosol, entram na mitocôndria e são direcionados para o ciclo de Krebs. 49 ENERGIA CELULAR – degradação de carboidratos Glicólise Desta forma, há um saldo de 2 ATPs (um por cada piruvato); Além de ATP, são gerados dois NADH que são direcionados para a Cadeia Transportadora de Elétrons; Já as duas moléculas de piruvato deixam o citosol, entram na mitocôndria e são direcionados para o ciclo de Krebs. 50 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 51 52 1ª Etapa: Fosforilação da glicose A primeira etapa da glicólise consiste na fosforilação da glicose, em glicose-6-fosfato, na presença de ATP e da enzima hexoquinase que atua tendo como co-factor, o íon Mg2+ GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 53 2ª Etapa: Isomerização da glicose Nesta etapa da glicólise, a glicose-6-fosfato é isomerizada em frutose-6-fosfato, pela enzima glicose-fosfato isomerase. GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 54 GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 3ª Etapa:Fosforilação da frutose-6-fosfato Na terceira etapa da glicólise, é realizada uma segunda reação de fosforilação, em que é adicionado mais uma molécula de fosfato a frutose-6-fosfato, pela enzima fosfofrutoquinase, que tem como co-factor, o íon Mg2+, gerando a frutose-1,6-difosfato. 55 4ª Etapa: Quebra da frutose 1,6 - difosfato em duas trioses Ação de uma aldolase, a frutose-1,6-difosfato é hidrolisada em duas trioses isoméricas: o fosfogliceraldeído e a fosfodihidroxiacetona. GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 56 5ª Etapa: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato Esta etapa encerra a única oxidação que ocorre durante a glicólise. Realizada na presença de fosfato inorgânico e é catalisada por uma desidrogenase que tem a NAD+ como co- factor. Durante a etapa, a energia liberada pela oxidação é transferida para a formação de uma nova ligação fosfato, rica em energia. GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 57 5ª Etapa: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato À medida que o fosfogliceraldeído for sendo oxidado, a fosfodihidroxiacetona transformar-se em fosfogliceraldeído e será oxidada. GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Para cada uma das molécula de glicose que ―entra‖ no processo de glicólise, ocorrerá a oxidação de duas moléculas de fosfogliceraldeído em ácido difosfoglicérido. 58 GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 6ª Etapa : Hidrólise do ácido difosfoglicérido Durante esta etapa, a energia liberada pela hidrólise é transferida para a síntese de ATP a partir de ADP e de fosfato inorgânico. 59 Etapa seguintes Produção de ácido pirúvico: Durante as etapas seguintes, o ácido 3-fosfoglicérico é objeto de diversas reações e é transformado, por último, em ácido pirúvico. O fenómeno mais significativo é a fosforilação de mais um ADP em ATP GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 60 GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Em resumo, para cada molécula de glicose, são produzidas duas moléculas de ácido pirúvico. No início do processo, foi investida energia (consumiram-se 2 ATP); No final do processo recuperou-se energia sob a forma de 4 ATP. O saldo é 2 ATP por molécula de glicose; São gerados dois NADH que são direcionados para a Cadeia Transportadora de Elétrons; 61 GLICÓLISE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 62 63 ENERGIA CELULAR – degradação de carboidratos Ciclo de Krebs Ocorrem na matriz mitocondrial Consiste de um série de 9 reações químicas, com a ação de enzimas específicas; 64 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 65 CICLO DE KREBS Piruvato Desidrogenase - O piruvato (resultante da glicólise) sofre a ação do complexo multienzimático Piruvato Desidrogenase, resultando em um Acetil CoA; 66 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 67 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS Piruvato Desidrogenase - É uma enzima bastante complexa, que contém bastantes cofactores: lipoamida, FAD, coenzima A; - A hidrólise da ligação tioéster (S-C=O) do acetil-CoA é bastante exergônica; 68 Piruvato Desidrogenase - Essa energia provém da descarboxilação do piruvato (note que o piruvato tinha três carbonos e a porção acetil do acetilCoA apenas possui dois: o grupo carboxilato migrou como CO2); METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS 69 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS Na primeira reação do ciclo de Krebs, o acetil-CoA é adicionado a oxaloacetato, dando origem ao citrato, numa reação de adição aldólica. 70 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS O citrato é depois isomerizado a isocitrato. Este é então descarboxilado a α-cetoglutarato. 71 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS Assim como o piruvato, o α-cetoglutarato é um α-cetoácido; Sua descarboxilação fornece energia suficiente para que se forme uma ligação tioéster com a coenzima A; A enzima responsável é a α-cetoglutarato desidrogenase, análoga à piruvato desidrogenase na sua composição e co- fatores; 72 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS 73 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS A ligação tioéster do succinil-CoA é, como todas as ligações tioéster, bastante energética. A sua hidrólise vai constituir o único ponto do ciclo de Krebs onde ocorre produção direta de ATP (ou equivalente - GTP). 74 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS O succinato é, tal como o oxaloacetato, um produto com quatro carbonos; A parte final do ciclo de Krebs consiste em regenerar o oxaloacetato a partir do succinato; O succinato é primeiro oxidado a fumarato, pelo complexo succinato desidrogenase (também denominado complexo II), que se encontra na face matricial da membrana interna da mitocôndria; 75 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS 76 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS A hidratação do fumarato produz malato; Malato é oxidado a oxaloacetato, completando o ciclo; 77 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS 78 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS O resultado do ciclo de Krebs é portanto: Acetil-CoA + oxaloacetato + 3 NAD+ + GDP + Pi +FAD oxaloacetato + 2 CO2 + FADH2 + 3 NADH + 3 H+ + GTP 79 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CICLO DE KREBS As moléculas de CO2 formadas durante o ciclo passam para o citosol e em seguida para o sangue, que as transporta até os pulmões para sua eliminação. 80 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS O NADH produzido no citosol pela glicólise deve ter acesso à CTE para a oxidação aeróbica; Não há uma proteína transportadora na mitocôndria para NADH na MMI; Somente os elétrons do NADH citosólico são transportados para a mitocôndria por um dos vários sistemas de transporte; - Circuito do malato-aspartato - Circuito do glicerol-fosfato 81 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CIRCUITO DO MALATO-ASPARTATO 82 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CIRCUITO DO GLICEROL - FOSFATO O glicerol-3-fosfato desidrogenase catalisa a oxidação do NADH citosólico pela DHAP para produzir NAD+, o qual retorna à glicólise; Os elétrons do glicerol-3-fosfato são transferidos para a flavoproteína-desidrogenase da MMI, formando FADH2, que fornece elétrons diretamente para CTE. 83 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CIRCUITO DO GLICEROL - FOSFATO 84 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Por meio da fosforilação oxidativa, que as células eucarióticas têm sua maior fonte de ATP; Nesse processo o ATP é formado a partir de ADP e Pi ; O ATP é um transdutor energético universal dos sistemas vivos, utilizado na maioria das reações dependentes de energia; CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS 85 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS 86 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Sugere-se molécula de ATP é sintetizada e desfosforilada mais de 3.000 vezes (dependendo do indivíduo) a cada 24 horas; Esse suprimento se dá na maior parte na membrana mitocondrial, e é realizado por dois sistemas acoplados: a cadeia mitocondrial transportadoras de elétrons e a fosforilação oxidativa. 87 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Os carreadores que transportam os elétrons a partir do NADH e FADH2 até O2 estão associados a membrana mitocondrial interna; Alguns desses centros redox são móveis e outros são proteínas integrais de membrana; 88METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS A oxidação de NADH e FADH2 é promovida pela cadeia de transporte de elétrons: - Os elétrons são carreados do Complexo I e do complexo II para o III pela coenzima Q - Do complexo III para o IV pelo citocromo C 89 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Moléculas transportadoras: - Flavoproteínas (coenzima flavina); - Citocromos , envolvidos nas cadeias de tranporte de elétrons: cit b, cit c1, cit c, cit a, cit a3; - Ubiquinonas ou coenzima Q, transportador não protéico; 90 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Transporte de elétrons: - Os elétrons energéticos do NADH passam para a CTE; 91 CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Transporte de elétrons: - Os elétrons energéticos do NADH passam para a CTE; METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 92 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase) O complexo I transfere elétrons a partir do NADH para a CoQ; É o maior complexo protéico na MMI, com 43 polipeptídeos; Ele contém uma molécula de flavina mononucleotídeo (FMN) e seis a sete grupos ferro-enxofre que participam no transporte de elétrons; 93 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Os grupos ferro-enxofre estão presentes como grupos prostéticos de proteínas ferro-enxofre, e podem sofrer oxidação e redução de um elétron; 94 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase) O NADH participa apenas em reações que envolvem a transferência de 2 elétrons; 95 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo I (NADH-Coenzima Q oxidorredutase) A FMN e a CoQ podem transferir um ou dois elétrons por vez, proporcionando a formação de um conduto de elétrons entre o doador de dois elétrons, o NADH e os aceptores de um elétron, os citocromos. 96 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Translocação de prótons A medida que os elétrons são transferidos, quatro prótons são translocados da matriz para o espaço intermembrana – Bomba de Prótons. 97 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Translocação de prótons 98 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase) - Contém a enzima do ciclo do ácido cítrico, a succinato desidrogenase e três outras pequenas subunidades hidrofóbicas que transferem elétrons do succinato à CoQ - Seus grupos redox incluem o FAD ligado covalentemente à succinato-desidrogenase para o qual os elétrons são inicialmente transferidos; 99 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo II (Succinato-Coenzima Q oxidorredutase) 100 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo III (Coenzima Q-Citocromo c oxidorredutase) - Transfere elétrons da CoQ reduzida para o citocromo c1 a partir de um centro [2Fe-2S], e para o citocromo b 101 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo III (Coenzima Q-Citocromo c oxidorredutase) - O Complexo III catalisa a transferência de elétrons CoQH2 para citocromo c com o transporte de prótons da matriz para o espaço intermembranoso; 102 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Complexo III (Coenzima Q-Citocromo c oxidorredutase) - Complexo IV oxida o citocromo c e reduz o O2 . - É neste complexo proteico que ocorre a catálise e a transferência de 4 elétrons do citocromo c até o oxigênio molecular para formar água. - O citocromo c oxidase também transloca dois prótons da matriz para o espaço intramembranar. Esse mecanismo não esta bem esclarecido nesta fase. 103 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Teoria quimiosmótica ou propulsora de prótons - O transporte de elétrons e a síntese de ATP estão acoplados pelo gradiente eletroquímico através da MMI; - A energia livre do transporte de elétrons pela cadeia mitocondrial leva ao bombeamento de H (prótons) da matriz para o espaço intermembrana, estabelecendo um gradiente eletroquímico de H (força próton-motiva) através da membrana mitocondrial interna; 104 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Teoria quimiosmótica ou propulsora de prótons - Acoplamento do transporte mitocondrial de elétrons e a síntese de ATP (teoria quimiosmótica); - O transporte de elétrons movimenta os prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranas estabelecendo um gradiente eletroquímico de prótons através da membrana mitocondrial interna; 105 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Teoria quimiosmótica ou propulsora de prótons - O retorno dos prótons para a matriz via F0—F1 (ATP-sintase) e a geração de ATP; - A energia também é utilizada na translocação do Ca2+. 106 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Síntese de ATP - A síntese do ATP na mitocôndria é catalisada pelo complexo ATP—sintase bombeadora de prótons encontrada na MMI; 107 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Síntese de ATP 108 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Síntese de ATP - A formação e a liberação de ATP ocorre em três etapas: 1. Uma molécula de ADP e uma molécula de P ligam-se ao sítio 0 (aberto); 2. A passagem de prótons para o interior através da MMI causa mudanças na conformação dos sítios catalíticos; 3. 0 ATP é liberado do sítio aberto; 109 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS CADEIA RESPIRATÓRIA (CRISTAS MITOCONDRIAIS) 26 ATP 110 111 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Fermentação Láctica 112 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS Fermentação Alcoólica
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