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1 Os músculos usam ATP para realizar trabalho mecânico: contração muscular célula especializada na produção de ATP para a contração Adaptado para realizar trabalho mecânico de forma intermitente, de acordo com a demanda. → Altamente resistente à fadiga → Produz ATP (fosforilação oxidativa) → Rico em mitocôndrias (grande potencial de produção de ATP) → Irrigado por redes densas de vasos sanguíneos (garantindo que chegue bastante oxigênio) → Oxigênio → ATP Menos mitocôndrias → suprimento menor de vasos sanguíneos Fadiga (consome ATP mais rápido do que produz) → quando em atividade → usa ATP mais rapidamente do que pode repor Fontes de energia para a contração muscular: liberação de ATP de alta energia a partir da creatina fosfato, alta intensidade e duração curta, precisa consumir muita energia para quebrar o ATP-CP Libera muito ácido láctico pelos músculos média intensidade, média/longa duração, consumo do glicogênio muscular para gerar energia via oxidativa dos lipídeos, consumo do oxigênio Oxigênio oxida gordura Transforma uma molécula de glicose em duas moléculas de piruvato e formação de energia pelo ATP, ocorre no citosol Piruvato pode entrar no ciclo do ácido cítrico (dentro da mitocôndria) caso tenha disponibilidade de oxigênio Formação de glicose a partir do piruvato pela via oxaloacetato e fosfoenolpiruvato Gliconeogênese: formação da glicose a partir do piruvato Insulina e GLUT4 a glicose entra na célula 2 Vias metabólicas quebram o ATP transformando em energia – contração muscular → O rendimento do musculo é sempre o mesmo: 25% e os 75% dissipados na forma de calor Atividade leve ou repouso: Ácidos graxos, corpos cetônicos e glicose sanguínea Explosão de atividade intensa: Glicogênio muscular (armazenamento) Digestão: quebra o polissacarídeo em monossacarídeo Glicose monossacarídeo mais abundante Reação anaeróbica: lise da glicose → produção de piruvato e energia Açúcar de 6 carbonos com hidroxilas, bem solúvel em água. Na corrente sanguínea é transportada livremente. Glicose utiliza proteína transmembrana (GLUT4) para atravessar a membrana GLUT4 capta a glicose do meio extracelular e leva para dentro da célula Aumento na concentração da glicose sanguínea, pâncreas libera insulina na corrente sanguínea Insulina reage com receptor de insulina: sinalização intracelular Translocação do GLUT Glicose na célula: → Quebrada formando piruvato que é usado na produção de energia (oxidação por glicólise) → Glicogênio para ser armazenada → Produção de Ácidos Graxos no fígado para armazenamento → Matriz extracelular: síntese de polímeros estruturais → Ribose-5-fosfato: oxidação pela via da pentose-fosfato Muita energia nas células: glicólise é inibida Inibição e ativação da glicólise pelas enzimas ATP inibe fosfofrutoquinase-1 e piruvato quinase AMP e ADP ativam se falta energia 3 reações 1 até 5 → 2 fosforilações: transferência de fosfato, ATP doa fosfato → Quebra de 1 hexose (glicose) em 2 trioses (piruvatos) → ATP é investido para formam compostos com maior energia livre de hidrólise Faz parte do catabolismo porque tem saldo final positivo Enzima termina com transferência de fosfato/fosforilação glicose, frutose e manose → Primeira reação: Irreversível Substrato 1 reação: glicose Produto 1 reação: glicose-6-fosfato Enzima reguladora: hexocinase Tira 1 fosfato do ATP e transfere para molécula da glicose Carga negativa do fosfato previne a passagem do açúcar através da membrana plasmática, prendendo a glicose dentro da célula Fosforilar a glicose para impedir que ela saia da célula → Segunda reação: Reversível Enzima: fosfo-hexose-isomerase Substrato: Glicose-6-fosfato → Frutose-6-fosfato Um rearranjo prontamente da estrutura química (isomerização) desloca o oxigênio carbonílico do C1 para o C2, formando cetose a partir de uma aldose → Terceira reação: Fosforilação da frutose-6-fostafo em frutose-1,6- bifosfato ATP doa fosfato sobra ADP Irreversível Enzima: Fosfofrutocinase-1 (PFK-1) 2 ponto de controle (principal) Fosfofrutoquinase-1: inibida por → Quarta reação: Clivagem da frutose-1,6-bifosfato Enzima: Aldolase Reversível Frutose-1,6-Bifosfato → Di-hidroxiacetona-fosfato + Gliceraldeído-3-fosfato Não consome energia O açúcar de 6C é clivado para produzir duas moléculas de 3C. Apenas o gliceraldeído-3- fosfato pode prosseguir imediatamente através da glicólise → Quinta reação: Interconversão das trioses fosfato Reação reversível Sem consumo de energia Enzima: triose-fosfato-isomerase Di-hidroxiacetona-fostafo → Gliceraldeído-3- fosfato Última reação da fase preparatória O outro produto da etapa 4, diidroxicetona fosfato é isomerizado para formar gliceraldeído 3-fosfato reações 6 até 10 → Armazenamento da energia livre na forma de ATP → Eficiência na recuperação de energia investida → Produção de NADH Inicia com duas moléculas iguais, reações acontecem duas vezes Enzima que termina com transferência de elétrons → Sexta reação: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3- bifosfoglicerato 4 Enzima: gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase Primeira reação conservadora de energia Reação reversível As duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato são oxidadas. A fase geradora de energia da glicólise se inicia, assim que o NADH e uma nova ligação anidrido se Transferência de elétrons NAD+ recebe elétrons → Sétima reação: Reação reversível Transferência do fosfato do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP Enzima: fosfoglicerato-cinase A transferência à ADP do grupamento fosfato de alta energia que foi gerado na etapa anterior forma ATP Produção de energia → Oitava reação: Conversão do 3-fosfoglicerato em 2- fosfoglicerato Muda posição do fosfato Enzima: fosfoglicerato-mutase A ligação éster fosfato remanescente no 3- fosfoglicerato, a qual possui uma energia livre de hidrólise relativamente baixa é deslocada do C3 para o C2 para formar 2-fosfoglicerato Não consome nem produz energia → Nona reação: Desidratação do 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato Enzima: enolase A remoção da água do 2-fosfoglicerato cria uma ligação enol fosfato de alta energia 2-Fosfoglicerato → fosfoenolpiruvato Não consome nem produz energia → Decima reação: Transferência do grupo fosforil do fosfoenolpiruvato para ADP Enzima: piruvato-cinase Reação irreversível 2 reação conservadora de energia A transferência ao ADP do grupamento fosfato que foi gerado na etapa anterior forma ATP completando a glicólise Produz ATP 2 cofatores Balanço energético: oxidação de 1 glicose pela glicólise Saldo: são consumidos 2ATPs e produzidos 4ATPs, saldo final de 2ATPs produzidos e 2NADH produzidos → o que equivale a 7 ATPs 5 Aceptores de elétrons: NAD+ e FAD Oxigênio atua como aceptor final de elétrons Reação anaeróbica do piruvato: produção de lactato Em condições de hipóxia o NADH gerado pela glicólise não pode ser reoxidado pelo O2 A falha na regeneração de NAD+ deixaria a célula carente de aceptor de elétrons para a oxidação de gliceraldeído-3P, e as reações geradoras de energia da glicólise cessariam Cada molécula de glicose que entra na via produz 2 moléculas de piruvato e consequentemente duas moléculas de lactato Lactato pode ser reciclado para formar piruvato e glicose pela gliconeogênese Cooperação metabólica: entre o musculo esquelético e o fígado – ciclo de cori Conversão do piruvato a lactato no musculo 6 Oxidação aeróbia Glicose entrana célula pelo GLUT, é quebrada pela glicólise → produz energia e 2 moléculas de piruvato (podem ser oxidados na presença ou ausência do oxigênio) Presença do oxigênio: oxidados dentro da mitocôndria, transformado em acetil-coa, entra no ciclo de Krebs e é quebrado até CO2 Ausência do oxigênio: conversão do piruvato em lactato NADH para dentro da mitocôndria através de lançadeiras de elétrons (malato-aspartato e glicerol-3-fosfato) Após elétrons estarem dentro da mitocôndria, chegam a cadeia respiratória e são entregues ao oxigênio Respiração celular → Macroscopicamente: captação de O2 e eliminação de CO2 (orgânico) → Microscopicamente: consumo de O2 e formação de CO2 (célula) Ocorre em 3 estágios: → Oxidação de combustíveis orgânicos (glicose, ácidos graxos...) formando acetil- CoA → Introdução do acetil-CoA no ciclo de Krebs com energia armazenada em NADH e FADH2 → NADH e FADH2 oxidam formando ATP A respiração é mais complexa que a glicólise e representa uma evolução Acido graxo produz muito mais energia do que o carboidrato 7 Produção de acetil-Coa (acetato ativado) Antes de entrar no ciclo de Krebs o piruvato precisa ser convertido em acetil-Coa Complexo piruvato desidrogenase: Requer 5 coenzimas e localiza-se na mitocôndria dos eucariotos e no citosol dos procariotos. → TPP (Tiamina Pirofosfato) → FAD (Flavina Adenina Dinucleotídeo) – transporte de elétrons → CoA (coenzima A) → NAD (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) – transporte de elétrons → Lipoato O complexo da Piruvato Desidrogenase contém 3 enzimas: – – – Reação irreversível Piruvato produto da glicose → reação x2 Produção de energia na forma de NADH Inibida por: ATP, acetil-CoA, NADH, ácidos graxos Ativada por: AMP, CoA-SH, NAD+, Ca Acetil-CoA vai para o ciclo de Krebs Produção do acetil-CoA Descarboxilação oxidativa do piruvato a acetil- CoA pelo complexo da piruvato desidrogenase – Mecanismo reacional Reação de transferência de elétrons SH na forma reduzida com elétron e próton 2 elétrons e 2 prótons são transferidos do SH para o FAD, formando FADH2 Sem uma das coenzimas o processo não acontece Acontece na mitocôndria Os organismos podem obter muito mais energia de nutrientes por meio da oxidação aeróbica 2 reações de descarboxilação: perde Co2 Cíclico: começa e termina com a mesma molécula Via anfibólica: participa do (oxidar acetil-CoA, produzindo energia) e (fornece substratos para a biossíntese) 8 reações e 8 enzimas Só trifosfato tem energia Consome acetil-CoA → substrato A cada ciclo consome 1 acetil-CoA A cada volta: 10 ATP 8 Quantidade de voltas no ciclo depende da quantidade de acetil-CoA nao 1 etapa: formação do citrato Condensação do acetil-CoA com oxaloacetato para formação do citrato Inibida por: ATP, NADH, succinil-CoA (feedback) e citrato Ativada por: ADP 2 etapa: formação do isocitrato via cis-aconitato 3 etapa: oxidação do isocitrato a alfa- cetoglutarato e CO2 Reação irreversível Descarboxilação oxidativa do citrato para formar alfa-cetoglutarato Inibida por: ATP Ativada por: ADP, Ca NADH produz energia 4 etapa: oxidação do alfa-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2 Reação de descarboxilação Inibida por: NADH e succinil-CoA Ativada por: Ca Segunda etapa com perda de CO2 Produz energia 5 etapa: conversão do succinil-CoA a succinato O resultado é a produção de ATP (GTP) 1 GTP = 1 ATP GTP + ADP GDP + ATP GTP pode doar fosfato para ADP, regenerando o ATP Quebra de succinil-CoA libera energia 6 etapa: oxidação do succinato a fumarato Produz energia na forma de FADH2 A reação acontece na membrana Direto na cadeia respiratória 9 Os elétrons retirados do succinato passam através do FAD e dos centros ferro-enxofre (03 diferentes) antes de entrarem na cadeia transportadora. 7 etapa: hidratação do fumarato a malato Adição de água na dupla ligação Reação reversível 8 etapa: oxidação do malato a oxaloacetato O oxaloacetato é mantido em baixíssimas concentrações nas células Saldo: são produzidos Equivalendo a Precursores biossinteticos produzidos por um ciclo do ácido cítrico incompleto em bactérias anaeróbias Ciclo do ácido cítrico no catabolismo Hidrolise de polissacarídeos em moléculas menores Açúcares piruvato Ácidos graxos acetil-CoA Aminoácidos entram no CK como intermediário Ciclo do ácido cítrico no anabolismo No anabolismo os intermediários do ciclo podem ser retirados e usados para a síntese de outras moléculas Fonte de matéria-prima para a biossíntese de muitas biomoléculas importantes Manter o oxaloacetato em níveis adequados para permitir a entrada da acetil-CoA no ciclo Em alguns organismos, a acetil-CoA pode ser convertida em oxaloacetato e outros intermediários do ciclo (não acontece em mamíferos, mas acontece em plantas) 10 Conforme a necessidade Reposição de intermediários ATP e NADH inibem o ciclo em diferentes pontos Inibição por feedback: produto avançado inibe enzima inicial Se tiver alta concentração de acetil-Coa o piruvato vai ser transformado em oxaloacetato A membrana interna tem composição química diferente da membrana mitocondrial externa, não é permeável ao NADH Duas lançadeiras: → ocorre no rim, rigado e coração 11 NAD+ recebe elétrons do malato Aspartato + alfa-cetoglutarato: glutamato + oxaloacetato Aceptor de elétrons dentro da mitocôndria: NAD NADH no citoplasma e na mitocôndria 2NADH → 5 ATPs Total de uma glicose: 32 ATPs Esta lançadeira para transporte de equivalentes redutores do NADH citosólico para dentro da matriz mitocondrial é usada em fígado, rim e coração. 1 O NADH no citosol entra no espaço intermembrana por aberturas na membrana externa (pori- nas), então passa dois equivalentes redutores ao oxaloacetato, produzindo malato. 2 O malato cruza a membrana interna via transportador de malato-NADHN-a-cetoglutarato. 3 Na matriz, o malato passa dois equivalentes redutores ao NAD1, e o NADH resultante é oxidado pela cadeia respiratória; o oxaloaceta- to formado a partir do malato não pode passar diretamente para o citosol. 4 O oxaloacetato é primeiro transaminado a aspartato e 5 o aspartato pode sair via transportador de glutamato-aspartato. 6 O oxaloacetato é regenera- do no citosol, completando o ciclo → ocorre está presente no cérebro e musculo esquelético Aceptor de elétrons dentro da mitocôndria: FAD 2 FADH2→ 3 ATPs 12 Total de uma glicose: 30 ATPs A lançadeira glicerol-3P está presente no encéfalo e musculo esquelético, tendo o objetivo de transportar os elétrons do NADH citosolico para a mitocôndria. Primeiramente a di- hidroxiacetona-fosfato é convertida em glicerol- 3P às custas de NADH (liberando NAD+) pela ação da enzima glicerol-3P desidrogenase. O glicerol-3P NO espaço intermembranas, é oxidado a di-hidroxiacetona-P (que retorna para o citosol) pela enzima glicerol-3P-desidrogenase mitocondrial. Neste complexo enzimático, o receptor de e- é o FAD que se reduz a FADH2. Os e- são coletados pela coenzima Q que entrega para o complexo 3 da cadeia transportadora de elétrons Transporte de elétrons Cadeia respiratória está localizada na membrana mitocondrial interna, composta por complexos onde acontece o transporte Cadeia transportadora de elétrons: bombeia prótons através da membrana mitocondrial interna gerando um gradiente de pH (gradiente de prótons) → energia estocada (acoplamento) Energia liberada: usada na forma de ATP que é resultado da fosforilação oxidativa (fosforilação do ADP produzindoATP) → Transporte de elétrons → Fosforilação oxidativa Cadeia respiratória → série de carregadores que agem sequencialmente Os elétrons se movem do NADH, succinato (ou outro doador primário) por flavoproteínas, ubiquinona, proteínas ferro-enxofre e citocromos até o O2 O oxigênio (aceptor final) → é oxidado a água. Os carregadores de elétrons atuam em complexos multienzimáticos (inseridos na membrana mitocondrial interna) Desidrogenase do NADH Catalisa dois processos simultâneos: → Transferência de elétrons → Transferência da 4 H+ Integral de membrana 13 Recebe os elétrons do NADH e transfere para a coenzima Q Bombeia 4H+ ou ubiquinona Carreador móvel Solúvel em lipídeos Transporta elétrons do CI, CII, glicerol-3P citosólico e FTE para o CIII Leva 2 elétrons de cada vez Citocromo b-c1 Transfere elétrons da coenzima para o citocromo C Ciclo Q Formado por várias cadeias polipeptídicas Citocromo C só leva 1 elétron, vai e volta Enquanto um elétron vai direto ao citocromo C, Carreador móvel Transporta elétrons do CIII para o CIV Transporta 1 elétron por vez Carrega elétrons do CIT C para o oxigênio, reduzindo-o a água Cit C → CuA → heme a → heme a3-CuB → O2 Para consumir todo o O2 precisamos de 2 ciclos: 1 ciclo: 2 elétrons 14 Desidrogenase do succinato Enzima do ciclo de Krebs, da reação que formava FADH2 Não bombeia prótons (H+) Envolve os elétrons do FADH2 e transfere estes para a coenzima Q Resumo do fluxo de elétrons e prótons pelos quatro complexos da cadeia respiratória A energia da transferência é eficazmente conservada em um gradiente de prótons A energia estocada chamada de força próton- motriz: → devido à diferença da concentração de prótons nas régios separadas pela membrana → resultante da separação de cargas São necessários 4H+ para produzir e liberar 1 ATP Prótons liberados na matriz mitocondrial Água não é usada Transporte não ocorre na sequência numérica dos complexos Complexos que bombeiam prótons: 1, 3 e 4 Prótons vão ficar acumulados no espaço intermembranas e depois vão retornar pela ATP sintase Conservação de energia (força eletromotriz): resultado do acúmulo de prótons, que gera uma diferença de energia potencial química e elétrica 4 prótons retornando para liberar 1 ATP Se não tiver transporte de elétrons, não vai ter síntese de ATP pela ATP sintase 15 ATP sintetizado vai ser usado no citoplasma, sai da mitocôndria através de transportadores Antiportador: transportador dos nucleotídeos de adenina Fosforilação oxidativa Produção de ATP ADP: marcador energético na célula Se tem muito ADP, falta ATP A concentração intracelular de ADP é uma medida do estado energético das células ATP sintase ativada por altas concentrações de ADP e Pi Processo da cadeia respiratória é regulado a nível de fosforilação oxidativa, através dos níveis de ATP e Pi (marcadores do estado energético da célula) Alta concentração de ADP: fosforilação oxidativa → produzindo ATP A concentração intracelular de ADP é uma medida do estado energético das células Termogenina Fornece uma via para os protons retornarem à matriz sem passarem pelo complexo FOF1 (ATP sintase) → A energia de oxidação não é conservada pela formação de ATP, mas dissipada como calor O tecido adiposo marrom é termogênico As células do tecido adiposo marrom têm mais mitocôndrias e um suprimento mais rico de capilares e de inervação do que as células do tecido adiposo branco, e sua característica cor marrom é conferida pelos citocromos das mitocôndrias e pela hemoglobina nos capilares Tecido adiposo marrom apresenta alta expressão de um gene UCP1 (codifica proteína termogenina) Proteína desacopladora: fornece retorno alterativo aos prótons que são bombeados no transporte de elétrons Quando os prótons voltam pela ATP sintase: produção de ATP (energia química) Retorno dos prótons através da termogenina: libera energia na forma de calor 16 Inibidores da respiração bloqueiam o fluxo de elétrons Inibidores: bloqueiam a cadeia transportadora de elétrons nos sítios correspondentes a cada um dos complexos respiratórios. → Barbituratos (amital), rotenona: bloqueiam a transferência de elétrons da flavoproteína NADH-redutase para a coenzima Q. → Antimicina A: bloqueio da transferencia de elétrons envolvendo citocromo b, coenzima Q e citocromo c1 → Cianetos, azida, CO: transferencia de elétrons do citocromo aa3 para o oxigênio Se o processo é inibido, prótons não serão bombeados Formação de espécies reativas (radicais livres) Espécies reativas → radicais livres: substâncias que apresentam no mínimo um elétron desemparelhado (elétron sozinho em um orbital) Elétron desemparelhado na camada de valência (última camada) C, O e N Espécies reativas de oxigênio e espécies reativas de nitrogênio São produzidos normalmente dentro da célula 5% do oxigênio molecular → espécies reativas de oxigênio Cadeia transportadora de elétrons: principal onde espécies reativas são produzidas Para consumir todo o oxigênio precisamos de 2 ciclos (4 elétrons) → Alta reatividade: busca parear elétron → Meia vida curta: existem na célula por frações de segundo Espécies reativas de oxigênio: → Superóxido (O2) → Peroxido de hidrogênio (H2O2): água oxigenada, altamente reativo, não é radical livre → Hidroxila (OH) Quando chegam menos do que 4 elétrons no oxigênio, serão formadas espécies reativas de oxigênio: mecanismos de regulação, sinalização Sistemas de defesa (evitar excesso de espécies reativas): transformam espécie reativa em menos reativa → Enzimático → Antioxidante Enzimático converte espécie reativa em menos reativa, antioxidante doa elétron para a espécie reativa Maior produção de espécies reativas do que antioxidantes: estresse oxidativo → espécies reativas sobrando 17 Geralmente utilizado em atividades físicas mais intensas Reserva mais rápida de ser acessada Polissacarídeo formado a partir de várias moléculas de glicose, molécula altamente ramificada Vantagem em armazenar glicogênio de forma ramificada: redução da osmolaridade, rapidez em que a glicose é liberada A enzima que degrada o glicogênio só consegue quebrar as glicoses das ramificações/ extremidades Degradação do glicogênio no musculo (glicogenólise): ativado em resposta a ação hormonal (epinefrina) Degradação do glicogênio no fígado (glicogenólise): ativada em resposta a ação hormonal (glucagon) Hormônios: regulação vias metabólicas Glicogênio é sintetizado e degradado por vias metabólicas distintas Degradação e sintetização do glicogênio jamais ocorrem simultaneamente Catabolismo: glicogênio → glicose Substrato: glicogênio Produto: glicose Degrada glicogênio para liberar glicose Baixos níveis de glicose no sangue → jejum Produz ATP no musculo esquelético Manutenção da glicemia no fígado (maior flexibilidade metabólica) → exporta para a corrente sanguínea, para manter os níveis de glicose Diminuição da glicemia → hormônios são liberados → ativação da degradação do glicogênio Enzimas: → Glicogênio fosforilase: controla o processo de glicogenólise, enzima reguladora do processo (quebra fragmentos lineares, glicoses das extremidades), irreversível → Enzima de desramificação bifuncional: catalisa duas reações sucessivas removendo as ramificações, irreversível Transferase: transfere três glicoses de cima para baixo Glicosidase: quebra ligação glicosídica e libera uma molécula de glicose, restando polímero linear → Fosfoglicomutase: moléculas de glicose-1- fosfato → glicose-6-fosfato(tira o fosfato para liberar glicose na corrente sanguínea → fígado) e (entra na glicólise como substrato da reação 2 → musculo), troca o fosfato de lugar, reversível 18 Glicose – 6P: ponto de partida para a síntese Glicose-6P é convertida em glicose-1P na reação da fosfoglicomutase A glicogênio-sintase não consegue iniciar uma cadeia de glicogênio novamente necessita de um iniciador, geralmente uma cadeia poliglicosídica em (a1 → 4) ou uma ramificação que tenha, pelo menos, oito resíduos de glicose A proteína (primer, pequeno fragmento de glicogênio para iniciar a síntese) é o iniciador, sobre o qual são montadas novas cadeias, e a enzima que catalisa essa montagem Processo anabólico Glicose → glicogênio Glicose: substrato Produto: glicogênio A glicose-1P é convertida em UDP-glicose pela ação da PP saem do UTP → UDP-glicose Cadeia grande de glicogênio ligada na glicogenina, formando glicogênio não ramificado promove a transferência da glicose da UDP-glicose para uma extremidade não redutora de uma molécula ramificada de glicogênio faz ramificações, transfere resíduos de glicose formando a ramificação O efeito biológico da ramificação é tornar a molécula mais solúvel e aumentar o número de sítios acessíveis a glicogênio-fosforilase e glicogênio-sintase, as quais agem somente nas extremidades não redutoras Glicogênio pronto para ser sintetizado Glicemia baixa na glicogenólise: adrenalina no musculo e glucagon no fígado Regulação coordenada da síntese e da degradação do glicogênio 19 Degradação de glicogênio (glicogenólise) → enzima: → regulação alostérica e hormonal (fosforilação) Fosforilação: adicionar ou remover fosfatos, fosfato carga negativa, alterando conformação da enzima Fosforilação ocorre em resposta a ação de hormônios Duas formas interconversiveis: glicogênio- fosforilase a (cataliticamente ativa), e glicogênio- fosforilase b (menos ativa) A enzima (fosforilase-b-cinase) responsável pela ativação da fosforilase pela transferência de um grupo fosforil para seu resíduo é ativada por adrenalina (musculo) ou glucagon por uma série de etapas Glicogênio fosforilase → inativa → desfosforilada Glicogênio fosforilase → ativa → fosforilada Glicoses liberadas (glicose-1-fosfato) no fígado viram glicose e vão para o sangue e no musculo entram na glicólise sendo usadas na contração muscular Sua forma ativa, glicogênio-sintase a, e não fosforilada. A fosforilação das cadeias laterais hidroxílicas de vários resíduos de Ser de ambas as subunidades converte a glicogênio-sintase a em glicogênio- sintase b, que é inativa na ausência da glicose, seu ativador alostérico. Oxidação de ácidos graxos: via central de produção de energia Reserva energética: tecido adiposo 20% do peso corpóreo Massa 100 vezes maior (lipídeo) do que o glicogênio hepático 20 → Insolúvel em água: lipídeo do tecido adiposo em forma de gotículas de gordura, não aumentam a osmolaridade do citosol. Devido à sua inercia química podem ser armazenados em grandes quantidades sem reagir com outros constituintes celulares → Lipídeo oxidado libera muito mais energia do que um carboidrato Principal fonte de lipídeos da célula é através dos ácidos graxos: gorduras consumidas na dieta, gorduras armazenadas nas células como gotículas de lipídeos, gorduras sintetizadas em um órgão para exportação a outro Gorduras armazenadas nas células como gotículas de lipídeos Entrada do glicerol na via glicolítica: o glicerol não é metabolizado pelos adipócitos, pois eles não possuem a glicerol-3-fosfato, que pode ser transformado em diidroxiacetona-fosfato (intermediário da glicólise do musculo) Dependendo do tamanho da cadeia carbônica dos ácidos graxos, cadeia longa não consegue entrar direto e precisa de transportador (carnitina) Cadeia curta entra por difusão Beta oxidação quebra acil-COA e moléculas menores (acetil-COA) → vai para o ciclo de Krebs para produzir energia Ativação: ligação de coenzima A com ácido graxo, gasta 1 ATP 21 Circuito da carnitina (+14C): Após o transporte para a mitocôndria podem ser oxidados pelo processo da B-oxidação até acetil-COA (ácidos graxos pares) e acetil-COA + propionil-COA (ácidos graxos ímpares) Acil-COA perde coenzima A e a carnitina se liga na estrutura (enzima CAT1), formando acil- carnitina → entra na mitocôndria através do transportador → carnitina se deliga da estrutura e volta ao citoplasma (enzima CAT2) → acil-CoA Se o circuito da carnitina não estiver funcionando, não chegará acil-CoA na mitocôndria e não vai ter betaoxidação Passo limitante para a oxidação dos ácidos graxos na mitocôndria, e é um ponto de regulação As enzimas de oxidação de ácidos graxos nas células animais estão localizadas na matriz mitocondrial. 12 átomos de carbono ou menos entram nas mitocôndrias em ajuda de transportadores de membrana. 14 átomos de carbono ou mais (maioria dos AGs da dieta ou obtidos do tecido adiposo) → precisam passar pelas 3 reações enzimáticas do tira 2 carbonos do acido graxo na forma de acetil-CoA Acil-CoA → acetil-CoA Catabolismo na matriz mitocondrial Processo acontece em ciclos Cada ciclo de betaoxidação é composto por 4 reações, cada ciclo remove 2 carbonos do acil- CoA na forma de acetil-CoA e produz 1 FADH2 e 1 NADH → 4 ATPs No msuculo, o acetil-CoA vai direto ao ciclo de Krebs Quantidade de ciclos e a quantidade de acetil- CoA dependem do tamanho da cadeia do acido graxo 1. Remoção de unidades sucessivas (acetil-CoA) 2. Oxidação do acetil-CoA pelo C.A.C 3. Elétrons derivados das oxidações passam pela cadeia respiratória B-oxidação dos ácidos graxos Cada volta no ciclo é removida uma molécula de acetil-CoA e o acil-graxo remanescente reinicia o novo ciclo de B-oxidação 1. Desidrogenação da acil-CoA produz uma dupla entre os carbonos α e β (acil-CoA- desidrogenase: transfere elétrons e prótons) acontece na membrana mitocondrial interna ETF, FADH2 produzido entra direto na cadeia respiratória 2. Adição de água a dupla ligação (enoil-CoA- hidratase) formando L-beta-hidroxiacil-CoA 22 3. Desidrogenação para formar β-cetoacil-CoA (enzima reguladora), transferência de prótons e elétrons) produz NADH 4. Reação de β-cetoacil-CoA com uma coenzima A livre para separar o fragmento de 2C (acetil- CoA). Reação de quebra, enzima acil-CoA- acetiltransferase (ponto de controle). Acil-Coa com 2 carbonos a menos inicia novamente um ciclo de betaoxidação Para um acil-CoA de 16C serão necessários 7 ciclos de betaoxidação e serão produzidos ao total 8 acetil-CoA A quantidade de ciclos de betaoxidação e a quantidade de moléculas de acetil-CoA dependem do tamanho da cadeia do aceil-CoA A cada ciclo de Krebs consome 1 acetil-CoA, produzindo 10 ATPs Para a oxidação completa do ácido palmítico são produzidos o equivalente a 107 ATPs Cadeia maior produz mais energia Reações adicionais para a oxidação de ácidos graxos insaturados (dupla ligação na cadeia carbônica) Acido graxo de cadeia carbônica ramificada não acontece beta oxidação, acontece alfa-oxidação Formas de armazenamento de energia no corpo A proteína muscular e os lipídeos são consumidos para suportar a gliconeogênese durante o jejum e inanição Sob circunstâncias normais as proteínas não são utilizadas para a produção de energia Jejum prolongado: proteína → aminoácidos Síntese de proteínas essenciais, cetoácidos para gliconeogênese (glicemia) Produção de energia → perda de massa muscular no jejum 23 Oxidação dos aminoácidos Pode ocorrer em três circunstâncias: → Durante síntese e degradaçãode proteínas celulares, alguns aminoácidos liberados podem sofrer oxidação. → Quando em uma dieta rica em proteínas aminoácidos excedentes são catabolizados → Durante jejum severo e ou diabetes melitus proteínas corporais são hidrolisadas e seus aminoácidos empregado como combustíveis Oxidação dos aminoácidos: 10-15% das necessidades energéticas Musculo: produção de energia Degradação de aminoácidos Aminoácidos → metabolismo energético → desaminados para produzirem o esqueleto de carbono Existem três mecanismos para a remoção do grupo amino dos aminoácidos: → Transaminação – a transferência do grupo amino para um cetoácido aceptor adequado O grupo amino é transferido para o α- cetoglutarato liberando α-cetoácido → coletar grupos amino na forma de L-glutamato doador de grupos amino para as vias biossínteticas ou para as vias de excreção → Desaminação oxidativa – a remoção oxidativa do grupo amino, resultando em cetoácidos e amônia 24 → Remoção de uma molécula de água pela desidratase – por exemplo, serina ou treonina desidratase; essa reação produz um intermediário imina instável, que se hidrolisa espontaneamente para produzir um α-cetoácido e amônia As células contêm tipos diferentes de aminotransferases. Muitas são específicas para o α-cetoglutarato como aceptor do grupo amino, mas diferem em sua especificidade para o L- aminoácido. Essas enzimas são denominadas em função do doador do grupo amino (p. ex., alanina- aminotransferase, aspartato-aminotransferase). Todas as aminotrasferases apresentam o mesmo grupo prostéico (PLP- piridoxal fosfato) e o mesmo mecanismo de ação O glutamato libera seu grupo amino na forma de amônia no fígado A transporta amônia na corrente sanguínea A glutamina é uma forma de transporte não tóxico para a amônia A amônia livre produzida nos tecidos combina-se com o glutamato, produzindo glutamina, pela ação da glutamina-sintetase A transporta amônia do musculo esquelético para o fígado A alanina e a glutamina são liberadas pelo músculo esquelético em quantidades aproximadamente iguais e representam quase 50% dos aminoácidos liberados pelo músculo esquelético no sangue 25 Metabolismo no músculo esquelético Período absortivo Período pós-absortivo JEJUM Adaptações metabólicas
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