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Aula 1 Direitos e Acoes Coletivas 2017

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TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos 
2017
 
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TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Docente: Me. ALTAIR CESAR RAMOS DOS SANTOS 
	
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Conteúdo 
Direitos Coletivos;
Ações Coletivas;
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Diferenciação
	
	Diversos doutrinadores diferenciam direitos de garantias fundamentais.
	A distinção entre direitos e garantias fundamentais, no direito brasileiro, remonta a Rui Barbosa, ao separar as disposições meramente declaratórias, que são as que imprimem existência legal de direitos reconhecidos (direitos), e as disposições assecuratórias, que são as que, em defesa dos direitos, limitam o poder (garantias).
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 63.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 63.
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DIREITOS E GARANTIAS 
	
	Segundo Canotilho, citado por Moraes, as clássicas garantias são também direitos, embora muitas vezes se salientasse nelas o caráter instrumental de proteção dos direitos.
	Assim, as garantias traduzem-se quer no direito dos cidadãos a exigir dos poderes públicos a proteção dos seus direitos, quer no reconhecimento de meios processuais adequados a essa finalidade. 
	Exemplos: Direito de acesso ao tribunais para defesa dos direitos, princípios do nullum crimen sine lege e nulla pena sine crimen, direito de habeas corpus, princípio do non bis in idem). 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 63.
CANOTILHO, J. J. Gomes. Constituição dirigente e vinculação do legislador. Coimbra: Coimbra Editora, 1994, p. 520.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 63.
CANOTILHO, J. J. Gomes. Constituição dirigente e vinculação do legislador. Coimbra: Coimbra Editora, 1994, p. 520.
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DIREITOS OU INTERESSES 
Terminologia
	
	Ainda com relação à terminologia, importante diferenciar DIREITOS e/ou INTERESSES.
	Segundo Fredie Didier Jr. E Hermes Zaneti Jr., na legislação brasileira revela-se comum a denominação conjunta “direitos e interesses” referindo-se a direitos difusos, direitos coletivos e individuais homogêneos (art. 129, inc. lll, da CF/88, CDC, LACP etc.).
	Embora a grande maioria dos juristas nacionais tem preferido manter a expressão “interesses”, vale lembrar, segundo os citados autores, que não se trata de defesa de interesses e, sim, de direitos, muitas vezes, previstos no próprio texto constitucional (art. 5º, inc. XXXV da CF/88). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 79-84.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 79-84.
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DIREITOS COLETIVOS 
Abrangência
	
	O que são os DIREITOS COLETIVOS (em sentido lato)?
	
	Todo indivíduo é titular de direito. Mas existem direitos que ultrapassam o âmbito estritamente individual. São os denominados direitos transindividuais.
	Assim, em sentido amplo, esses direitos que ultrapassam o âmbito estritamente individual são denominados DIREITOS COLETIVOS.
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
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DIREITOS COLETIVOS
Denominação 
	
	Dogmaticamente, Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. lecionam que: 
	“Denominam-se direitos coletivos lato sensu os direitos coletivos entendidos como gênero, dos quais são espécies: os direitos difusos, os direitos coletivos stricto sensu e os direitos individuais homogêneos. 
	Em conhecida sistematização doutrinária, haveria os direitos/interesses essencialmente coletivos (difusos e coletivos em sentido estrito) e os acidentalmente coletivos (individuais homogêneos).” (2010, p. 73)
TOLOMEI, Fernando Soares; souza, Gelson Amaro de. Apontamentos sobre as ações coletivas no direito brasileiro. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9861>. Acesso em 1.agosto.2017. 
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil. 5. ed., rev., ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2010. v. 2, 4, p. 73.
TOLOMEI, Fernando Soares; souza, Gelson Amaro de. Apontamentos sobre as ações coletivas no direito brasileiro. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9861>. Acesso em 1.agosto.2017. 
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil. 5. ed., rev., ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2010. v. 2, 4, p. 73.
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DIREITOS COLETIVOS 
Exemplos 
	
	Os DIREITOS COLETIVOS são conquistas sociais reconhecidos na Constituição Federal de 1988 e legislação vigente, como por exemplo:
O direito à SAÚDE (Ex: arts. 196 e seguintes da CF/88);
O direito a um GOVERNO HONESTO e EFICIENTE (Ex. art. 37, da CF/88);
O direito ao MEIO AMBIENTE equilibrado (Ex. art. 225, da CF/88);
Os DIREITOS TRABALHISTAS (art. 7º, CF/88).
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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DIREITOS COLETIVOS 
Direito à Saúde na CF/88 
	
	Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
	Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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DIREITOS COLETIVOS 
Direito a um Governo Honesto e Eficiente na CF/88 
	
	Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
	[...] (grifo nosso)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em 1.agosto.2017.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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DIREITOS COLETIVOS 
Direito ao Meio Ambiente Equilibrado na CF/88 
	
	Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. (grifo nosso)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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DIREITOS COLETIVOS 
Direito Trabalhistas na CF/88 
	
	Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
	I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
	II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
	III - fundo de garantia do tempo de serviço;
	[...].
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Planalto . Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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Breves Apontamentos Acerca dos Direitos e Garantias Fundamentais 
	
	A Constituição Federal de 1988, apresenta em seu Título ll, os Direitos e Garantias fundamentais (gênero), subdividindo-os em cinco capítulos (espécies do gênero):
 
Direitos e garantias individuais e coletivos;
Direitos sociais (Direito ao trabalho, ao seguro social, a subsistência, o amparo à doença, à velhice, etc.);
Nacionalidade (Direitos de Nacionalidade);
Direitos políticos, e;
Partidos políticos (Direitos relacionados à existência, organização e participação em partidos políticos).
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
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Breves Apontamentos Acerca dos Direitos e Garantias Fundamentais 
	
	Modernamente, a doutrina clássica apresenta a classificação de direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira gerações (ou dimensões, para alguns doutrinadores, como por ex. Pedro Lenza), considerando para tanto a ordem cronológica em que passaram a ser constitucionalmente reconhecidos. 
 
	IMPORTANTE: Segundo Pedro Lenza, leciona que uma nova ‘dimensão’ não abandonaria as conquistas da ‘dimensão’ anterior e, assim, a expressão se mostraria mais adequada nesse sentido de proibição de evolução reacionária. 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
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GERAÇÕES OU DIMENSÕES DE DIREITOS 
	
	Segundo Celso de Mello, citado por Moraes:
	‘[...] enquanto dos direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades clássicas, negativas e formais – realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que se identificam com as liberdades positivas, reais e concretas – acentual o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade’. 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
STF – Pleno – MS nº 22.164/SP – Rel. Min. Celso de Mello, Diário da Justiça, Seção l, 17 nov.1995, p. 39.206.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
STF – Pleno – MS nº 22.164/SP – Rel. Min. Celso de Mello, Diário da Justiça, Seção l, 17 nov.1995, p. 39.206.
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
1ª Geração ou Dimensão de Direitos 
Direitos fundamentais de primeira geração: Liberdades Públicas (direitos civis e políticos) = LIBERDADE. 
	Segundo Lenza, os direitos da 1ª dimensão marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito e, nesse contexto, o respeito às liberdades individuais, em uma verdadeira perspectiva de absenteísmo estatal. 
	O seu reconhecimento surge com maior evidência nas primeiras constituições escritas, e podem ser caracterizados como frutos do pensamento liberal-burguês do século XVIII.
	Entretanto, surgiu institucionalmente a partir da Magna Charta (1215) e, culminou com as Declarações americana de 1776 e francesa de 1789.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
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1ª GERAÇÃO OU DIMENSÃO DE DIREITOS 
	Conforme Bonavides, ‘os direitos de primeira geração ou direitos de liberdades têm por titular o indivíduo, são oponíveis ao Estado, traduzem-se como faculdades ou atributos da pessoa e ostentam uma subjetividade que é seu traço mais característico; enfim, são direitos de resistência ou de oposição perante o Estado’. 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. p. 563-564.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. p. 563-564.
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
2ª Geração ou Dimensão de Direitos 
	
Direitos fundamentais de segunda geração: Direitos sociais, econômicos e culturais = IGUALDADE. 
	Surgiram a partir da Revolução Industrial europeia, a partir do século XIX, em razão das péssimas situações e condições de trabalho, com reivindicações trabalhistas e normas de assistência social, mas tornaram-se mais evidentes no início do século XX, marcado pela Primeira Grande Guerra e pela fixação de direitos sociais (Constituição do México, de 1917, Constituição de Weimar, de 1919, Tratado de Versalhes de 1919 (OIT).
	Essa perspectiva de evidenciação dos direitos sociais, culturais e econômicos, bem como dos direitos coletivos, ou de coletividade, correspondendo aos direitos de igualdade (substancial, real e material e não meramente formal).
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 861.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 861.
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2ª GERAÇÃO OU DIMENSÃO DE DIREITOS 
	
	Para Bonavides, “essas Constituições
‘passaram primeiro por um ciclo de baixa normatividade ou tiveram eficácia duvidosa, em virtude de sua própria natureza de direitos que exigem do Estado determinadas prestações materiais nem sempre resgatáveis por exiguidade, carência ou limitação essencial de meios e recursos’ (aquilo que hoje se fala em ‘reserva do possível’, acrescente-se”.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 861.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 564.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 861.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 564.
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
3ª Geração ou Dimensão de Direitos 
	
Direitos fundamentais de terceira geração: Direitos de solidariedade ou fraternidade = FRATERNIDADE. Englobam o direito a um meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ao progresso, a paz, a autodeterminação dos povos e outros direitos difusos.
	Conforme lição apresentada por Marinoni e Arenhart, os direitos de terceira dimensão “são ditos de solidariedade a caracterizados por sua ‘transindividualidade’, pertencendo não mais apenas ao indivíduo, considerado como tal, mas sim a toda a coletividade.” 
 
	
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de conhecimento. 6. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 737.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de conhecimento. 6. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 737.
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
3ª Geração ou Dimensão de Direitos 
	
	Segundo ainda Pedro Lenza, os direitos fundamentais da 3ª dimensão são marcados pela alteração da sociedade por profundas mudanças na comunidade internacional (sociedade de massa, crescente desenvolvimento tecnológico e científico), identificando-se profundas alterações nas relações econômico-sociais. 
	Ainda segundo o autor, novos problemas e preocupações mundiais surgem, tais como a necessária noção de preservacionismo ambiental e as dificuldades para proteção dos consumidores (como exemplos).
	
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 61.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 860.
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3ª GERAÇÃO OU DIMENSÃO DE DIREITOS 
	Ainda, segundo Pedro Lenza,, citando Norberto Bobbio, “O ser humano é inserido em uma coletividade e passa a ter direitos de solidariedade ou fraternidade”.
	Portanto, os direitos da 3ª dimensão são direitos transindividuais que transcendem os interesses do indivíduo e passam a se preocupar com a proteção do gênero humano, com altíssimo teor de humanismo e universalidade. 
	Segundo Bonavides, a teoria de Karel Vasak, identificou, em rol exemplificativo, os seguintes direitos de 3ª dimensão: direito ao desenvolvimento; direito à paz (apontado por Bonavides como direito de 5ª dimensão), direito ao meio ambiente, direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação. 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 569.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 569.
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DIREITOS DIFUSOS
Conceito 
	Direitos difusos, relacionados à terceira geração dos direitos, segundo José Marcelo Vigliar, citado por Moraes, “são os interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há vinculo jurídicos ou fático muito preciso”.
	
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 62.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 62.
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OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DAS GERAÇÕES DE DIREITOS 
	
	Ainda com relação as gerações dos direitos, Celso Lafer, também citado por Moraes, classifica esses mesmos direitos em quatro gerações, dizendo que “os direitos de terceira e quarta gerações, transcendem a esfera dos indivíduos considerados em sua expressão singular e recaindo, exclusivamente, nos grupos primários e nas grandes formações sociais”.
	
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 62.
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Apud discurso de posse do Ministro Celso Mello como Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 62.
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Apud discurso de posse do Ministro Celso Mello como Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
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QUARTA E QUINTA DIMENSÕES DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
	
	Para Bobbio, citado por Lenza, ainda haveriam uma quarta e uma quinta dimensão de direitos fundamentais.
Quarta dimensão: a globalização dos direitos fundamentais.
Quinta dimensão: direito à paz.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
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QUARTA DIMENSÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
	
	Segundo Bobbio, citado por Lenza, referida 4ª geração de direitos decorreria dos avanços no campo da engenharia genética, ao colocarem em risco a própria existência humana, por meio da manipulação do patrimônio genético.
	Por outro lado, Bonavides afirma que ‘a globalização política na esfera da normatividade jurídica introduz os direitos da quarta dimensão, que aliás, correspondem à derradeira fase de institucionalização do Estado Social’, destacando-se os direitos a: democracia (direta); informação; pluralismo. 
	Assim, para Bonavides, os direitos da 4ª dimensão decorrem da globalização dos direitos fundamentais, o que significa universalizá-los no campo institucional. 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 569.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 862.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 6.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 569.
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QUINTA DIMENSÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
	
	O DIREITO À PAZ, foi caracterizado por Karel Vasak, como de 3ª dimensão.
	Entretanto, Bonavides, entende que o direito à paz deva ser tratado em dimensão autônoma, chegando a afirmar que a paz é axioma da democracia participativa, ou, ainda, supremo direito da humanidade. 
LENZA,
Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 863.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 593.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 863.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 593.
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AÇÃO
Conceito 
	
	Segundo Lima, a ação é o direito subjetivo público, autônomo e abstrato, de provocar o exercício da função jurisdicional sobre determinada lide ou determinada relação ou situação jurídica sujeita pela lei à tutela jurisdicional do Estado.
	A ação é um direito subjetivo porque, mediante determinadas condições, as chamadas condições da ação, o autor tem o poder de exigir do Estado o exercício de determinada atividade, a atividade jurisdicional. 
	
	É um direito autônomo, porque é um direito diverso do direito subjetivo material que o autor pretende ver reconhecido em juízo; é um outro direito, com outra essência.
		
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
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AÇÃO
Condições (Requisitos) 
	São condições da ação:
Legitimidade;
Interesse;
Possibilidade Jurídica do Pedido.		
	IMPORTANTE: Relacionado às condições da ação, a Lei nº 13.105/2015, que instituiu o novo Código de Processo Civil, suprimiu a possibilidade jurídica do pedido como condição da ação, mantendo as outras duas (legitimidade de parte e interesse de agir), divorciando-se da tradicional tripartição das condições da ação (legitimidade de parte, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido).
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
SANCHES JUNIOR, Antonio Roberto. As condições da ação na Lei nº 13.105/2015 (novo código de processo civil). JUS. Publicado em 03.2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/56515/as-condicoes-da-acao-na-lei-n-13-105-2015-novo-codigo-de-processo-civil>. Acesso em 24.agos.2017.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
SANCHES JUNIOR, Antonio Roberto. As condições da ação na Lei nº 13.105/2015 (novo código de processo civil). JUS. Publicado em 03.2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/56515/as-condicoes-da-acao-na-lei-n-13-105-2015-novo-codigo-de-processo-civil>. Acesso em 24.agos.2017.
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	CONDIÇÕES DA AÇÃO
Legitimidade 
	
Legitimidade: No dizer de Afredo Buzaid, citado por Greco Filho, é a pertinência subjetiva da ação, isto é, a regularidade do poder de demandar de determinada pessoa sobre determinado objeto. 
	Em regra, somente podem demandar aqueles que forem sujeitos da relação jurídica de direito material trazida a juízo.
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 69. 
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 69. 
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	CONDIÇÕES DA AÇÃO
Interesse 
	Interesse: Segundo Vicente Greco Filho o termo interesse pode ser empregado em duas acepções: 
	a) Como sinônimo de pretensão, qualificando-o, então, como interesse substancial ou de direito material, e;
	b) Para definir a relação de necessidade existente entre o pedido e a atuação do Judiciário, chamando-se, neste caso, interesse processual.
	Portanto, INTERESSE PROCESSUAL, é a necessidade de se recorrer ao Judiciário para a obtenção do resultado pretendido, independentemente da legitimidade ou legalidade da pretensão. 
	INDAGAÇÃO QUANTO AO INTERESSE PROCESSUAL: Para obter o que pretende o autor necessita da providência jurisdicional pleiteada? 
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 72. 
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 72. 
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	CONDIÇÕES DA AÇÃO
Possibilidade Jurídica do Pedido 
	
Possibilidade Jurídica do Pedido: Ainda segundo Vicente Greco Filho, a terceira condição da ação, a possibilidade jurídica do pedido, consiste na formulação de pretensão que, em tese, exista na ordem jurídica como possível, ou seja, que a ordem jurídica brasileira preveja a providência pretendida pelo interessado.
	IMPORTANTE: O direito positivo, com o advento da Lei 13.105/2015, deixou de prever a possibilidade jurídica do pedido como algo a ser aferido pelo magistrado antes do ingresso na análise do mérito da ação.
Ver artigos 17 e 485, VI, do Código de Processo Civil.
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 75. 
GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988, p. 75. 
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	CONDIÇÕES DA AÇÃO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
	
	Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
	[...]
	
	Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
	[...]
	VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 Código de Processo Civil. Planalto . Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 Código de Processo Civil. Planalto . Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 1.agosto.2017.
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AÇÃO
Interesses 
	
	Com relação aos interesses em jogo, emerge a distinção básica entre INTERESSE PÚBLICO (titular = Estado) e INTERESSE PRIVADO (titular = indivíduo). 
INTERESSE PÚBLICO: Pode ser conceituado como o interesse geral da coletividade ou interesse da coletividade como um todo.
INTERESSE INDIVIDUAL: è tido como aquele cuja fruição se esgota no círculo de atuação de seu destinatário.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 172.
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DIREITOS COLETIVOS 
	
	Como bem notado por Hugo Nigro Mazzilli, os direitos coletivos lato sensu – ou direitos transindividuais – correspondem a um meio passo entre o interesse público e o privado, vez que rompem com o clássico paradigma individualista sem chegar, contudo, ao extremo da seara comum a todos.
		
TOLOMEI, Fernando Soares; souza, Gelson Amaro de. Apontamentos sobre as ações coletivas no direito brasileiro. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9861>. Acesso em 1.agosto.2017. 
MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 24. ed., rev., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 50.
TOLOMEI, Fernando Soares; souza, Gelson Amaro de. Apontamentos sobre as ações coletivas no direito brasileiro. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9861>. Acesso em 1.agosto.2017. 
MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 24. ed., rev., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 50.
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DIREITOS COLETIVOS
Interesse Metaindividual 
	Nos dias de hoje, essa dicotomia entre PÚBLICO e PRIVADO é insuficiente.
	O público, o privado e o coletivo, haurem sua significação
a partir da síntese dos interesses individuais neles agrupados. 
	
	Assim, um interesse é metaindividual quando, além de perpassar o círculo de atributividade individual, corresponde à síntese dos valores predominantes num determinado segmento ou categoria social, ou seja, é interesse coletivo de um grupo homogêneo.
		
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 171.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 171.
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DIREITOS COLETIVOS
Ações Coletivas como Forma de Acesso à Justiça 
	
	Portanto, os interesses ou direitos coletivos ou difusos, nascem dos conflitos metaindividuais ou plurindividuais, em que estão inseridas comunidades de pessoas mais ou menos indeterminadas ou de difícil determinação, tendo como objeto bens ou valores espalhados pela coletividade e de natureza indivisível.
	Assim, com a abertura da participação popular no processo, permitiu-se o acesso à ordem jurídica justa, concretizada pelos novos esquemas da legitimação para agir. 
		
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 169.
LlIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002, p. 169.
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AÇÕES COLETIVAS
Conceito
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. Ação coletiva é a proposta por um legitimado autônomo (legitimidade), em defesa de um direito coletivamente considerado (objeto), cuja imutabilidade do comando da sentença atingirá uma comunidade ou coletividade (coisa julgada). 
	Ainda, para os autores citados, são elementos indispensáveis para a caracterização de uma ação coletiva: 
A legitimidade para agir;
O objeto do processo, e;
A coisa julgada. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
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AÇÃO COLETIVA
Conceito
	
	Finalmente Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. apresenta como conceito de AÇÃO COLETIVA a demanda que dá origem a um processo coletivo, pela qual se afirma a existência de uma situação jurídica ativa ou passiva.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
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AÇÃO COLETIVA
Exemplo
	
	No direito brasileiro, tem-se como exemplo de AÇÃO COLETIVA ajuizada pela própria comunidade envolvida a ação coletiva proposta pelas comunidades indígenas: art. 37 da Lei Federal nº 6.001/1973 (Estatuto do Índio): 
		Art. 37. Os grupos tribais ou comunidades indígenas são 	partes legítimas para a defesa dos seus direitos em juízo, 	cabendo-lhes, no caso, a assistência do Ministério Público 	Federal ou do órgão de proteção ao índio.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
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AÇÕES COLETIVAS
Fundamentos
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. as ações coletivas, em geral, tem duas justificativas atuais de ordem sociológica e política.
SOCIOLÓGICA: Mais abrangente, revela-se no princípio do acesso à justiça. Podem ser verificadas e identificadas no aumento das ‘demandas de massa’ instigando um ‘litigiosidade de massa’, que precisa ser controlada em face da crescente industrialização, urbanização e globalização da sociedade contemporânea. 
POLÍTICA: De Política Judiciária, relaciona-se ao princípio da economia processual. Ex.: Redução dos custos materiais e econômicos na prestação jurisdicional; Uniformização dos julgamentos, com a consequente harmonia social, evitando-se decisões contraditórias e aumentando a credibilidade dos órgãos jurisdicionais e do próprio Poder Judiciário. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 32.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 32.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
	
	DONIZETTI, Elpídio. Curso de Processo Coletivo. São Paulo: Atlas.
	NEVES, Daniel Amorim Assunção. Manual De Processo Coletivo. São Paulo: Método.
	ZAVASCKI, Teori Albino. Processo Coletivo - Tutela de Direitos Coletivos e Tutela Coletiva de Direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
	
	MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outro interesse. São Paulo: Saraiva.
	DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9ª Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
	MEDINA, José Miguel Garcia. Mandado de Segurança Individual e Coletivo. São Paulo: Revista dos Tribunais.
	MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. São Paulo: Atlas.
	BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. São Paulo: Malheiros.
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REFERÊNCIAS
	
	BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
	BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 25 ed.
	CANOTILHO, J. J. Gomes. Constituição dirigente e vinculação do legislador. Coimbra: Coimbra Editora, 1994.
	DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014.
 	DIREITOS COLETIVOS, Portal de Direitos Coletivos. Conselho Nacional do Ministério Público. Disponível em: <http://www.cnmp.gov.br/direitoscoletivos/>. Acesso em 1.agosto.2017. 
 	
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FONTE DE PESQUISA COMPLEMENTAR
	
	GASTALDI, Suzana. Direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos: conceito e diferenciação. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14164>. Acesso em 1.agosto.2017. 
	
	GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro: teoria geral do processo à auxiliares da justiça. V. I. 5. ed. Saraiva: São Paulo: 1988.
	LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Apud discurso de posse do Ministro Celso Mello como Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
	LENZA, Pedro. Teoria geral da ação civil pública. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.
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FONTE DE PESQUISA COMPLEMENTAR
	
	LIMA, Maria Cristina de Brito. Ações coletivas. Revista da EMERJ, v. 5, n. 19, 2002.
	MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de conhecimento. 6. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
	MAZZILLI, Hugro Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor e outros interesses difusos e coletivos. 12ª ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Editora Saraiva, 2000, p. 41.
	MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Atlas,
2004.
	SANCHES JUNIOR, Antonio Roberto. As condições da ação na Lei nº 13.105/2015 (novo código de processo civil). JUS. Publicado em 03.2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/56515/as-condicoes-da-acao-na-lei-n-13-105-2015-novo-codigo-de-processo-civil>. Acesso em 24.agos.2017.
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FONTE DE PESQUISA COMPLEMENTAR
	
	
	TOLOMEI, Fernando Soares; souza, Gelson Amaro de. Apontamentos sobre as ações coletivas no direito brasileiro. Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9861>. Acesso em 1.agosto.2017.

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