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Aula 3 Processos Coletivos 2017

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TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos 
2017
 
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TUTELA DOS INTERESSES COLETIVOS, DIFUSOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Docente: Me. ALTAIR CESAR RAMOS DOS SANTOS 
	
	e-mail: 
	Telefones: 
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Conteúdo 
Processos Coletivos;
Tutela dos interesses coletivos, difusos e individuais homogêneos. 
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AÇÕES COLETIVAS
Conceito
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. Ação coletiva é a proposta por um legitimado autônomo (legitimidade), em defesa de um direito coletivamente considerado (objeto), cuja imutabilidade do comando da sentença atingirá uma comunidade ou coletividade (coisa julgada). 
	Ainda, para os autores citados, são elementos indispensáveis para a caracterização de uma ação coletiva: 
A legitimidade para agir;
O objeto do processo, e;
A coisa julgada. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
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AÇÃO COLETIVA
Conceito
	
	Finalmente Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. apresenta como conceito de AÇÃO COLETIVA a demanda que dá origem a um processo coletivo, pela qual se afirma a existência de uma situação jurídica ativa ou passiva.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
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AÇÃO COLETIVA
Exemplo
	
	No direito brasileiro, tem-se como exemplo de AÇÃO COLETIVA ajuizada pela própria comunidade envolvida a ação coletiva proposta pelas comunidades indígenas: art. 37 da Lei Federal nº 6.001/1973 (Estatuto do Índio): 
		Art. 37. Os grupos tribais ou comunidades indígenas são 	partes legítimas para a defesa dos seus direitos em juízo, 	cabendo-lhes, no caso, a assistência do Ministério Público 	Federal ou do órgão de proteção ao índio.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 39.
LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6001.htm >. Acesso em: 22.agosto.2017.
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AÇÕES COLETIVAS
Fundamentos
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. as ações coletivas, em geral, tem duas justificativas atuais de ordem sociológica e política.
SOCIOLÓGICA: Mais abrangente, revela-se no princípio do acesso à justiça. Podem ser verificadas e identificadas no aumento das ‘demandas de massa’ instigando um ‘litigiosidade de massa’, que precisa ser controlada em face da crescente industrialização, urbanização e globalização da sociedade contemporânea. 
POLÍTICA: De Política Judiciária, relaciona-se ao princípio da economia processual. Ex.: Redução dos custos materiais e econômicos na prestação jurisdicional; Uniformização dos julgamentos, com a consequente harmonia social, evitando-se decisões contraditórias e aumentando a credibilidade dos órgãos jurisdicionais e do próprio Poder Judiciário. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 32.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 32.
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PROCESSO E PROCESSO COLETIVO
Noções Introdutórias
	Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr., citando Abram Chayes ‘na nossa tradição jurídica atual o processo é um veículo para ajustar disputas entre as partes privadas a respeito de direitos privados’. 
	Os processos coletivos servem à ‘litigação de interesse público’, ou seja, servem às demandas judiciais que envolvam, para além dos interesses meramente individuais, aqueles referentes à preservação da harmonia e à realização dos objetivos constitucionais da sociedade e da comunidade. 
	Interesses de uma parcela da comunidade constitucionalmente reconhecida, a exemplo dos consumidores, do meio ambiente, do patrimônio artístico, histórico e cultural, bem como, na defesa dos interesses dos necessitados e dos interesses minoritários nas demandas individuais clássicas (não os dos habituais polos destas demandas, credor/devedor). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p, 33.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p, 33.
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PROCESSO COLETIVO
Conceito
	
	Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. também apresentam o conceito de PROCESSO COLETIVO:
	O processo coletivo se a relação jurídica litigiosa é coletiva. Uma relação jurídica é coletiva se em um de seus termos, como sujeito ativo ou passivo, encontra-se um grupo (comunidade, categoria, classe et.; designa-se qualquer um deles pelo gênero grupo).
	Se a relação jurídica litigiosa envolver direito (situação jurídica ativa) ou dever ou estado de sujeição (situações jurídicas passivas) de um determinado grupo, está-se diante de um processo coletivo. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 38.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 38.
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PROCESSO COLETIVO
Conceito
	
	Assim, para os citados autores (Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr.) processo coletivo é aquele em que se postula um direito coletivo lato sensu (situação jurídica coletiva ativa) ou se afirma a existência de uma situação jurídica coletiva passiva (deveres individuais homogêneos, por ex.).
	Importante observar que o núcleo do conceito de processo coletivo está em seu objetivo litigioso: coletivo é o processo que tem por objeto litigioso uma situação jurídica coletiva ativa ou passiva.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 38.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 38.
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PROCESSO COLETIVO
Características
	Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr. também apresentam as características do processo coletivo no Brasil:
 
	São elas:
a) A legitimação para agir, normalmente atribuída a um legitimado extraordinário;
b) O regime da coisa julgada coletiva, que permite a extensão in utilibus para as situações jurídicas individuais;
c) A caracterização da litigação de interesse público, que é requisito para o prosseguimento de um processo coletivo. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo.
9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
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TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA
Conceito
	
	Finalmente, Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr., apresentam o conceito de TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA como sendo a proteção que se confere a uma situação jurídica coletiva ativa (direitos coletivos latu sensu) ou a efetivação de situações jurídicas (individuais ou coletivas) em face da coletividade, que seja titular de uma situação jurídica coletiva passiva (deveres ou estados de sujeitos coletivos). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40.
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AÇÃO COLETIVA E AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Diferença
	
	Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr., esclarecem que a identificação precisa do que seja processo coletivo serve, ainda, para evitar um equívoco comum: confundir ação civil pública com ação coletiva.
Ação Civil Pública é um exemplo de ação coletiva.
	Existem diversos procedimentos para a tutela coletiva, sendo que o procedimento da ação civil pública é apenas um deles (Lei Federal nº 7.347/1985, reconhecida constitucionalmente no art. 129, lll, da CF/88). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40-41.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 40-41.
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PRINCÍPIOS PROCESSUAIS DA TUTELA COLETIVA
Noções Introdutórias
	
	O devido processo legal precisa ser adaptado ao processo coletivo. É preciso pensar em um devido processo legal coletivo. É preciso construir um regime diferenciado para o processo coletivo.
	Nesse sentido, o processo coletivo exige regramento próprio para diversos institutos, que devem acomodar-se às suas peculidaridades: competência, legitimidade, coisa julgada, intervenção de terceiro, execução etc. 
	De um modo geral, a legislação brasileira avançou bastante no tema, possuindo regramento próprio e geralmente bem adequado em todos esses aspectos. Contudo, é possível e preciso ir além. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101.
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PRINCÍPIOS
Conceitos
	
	Segundo Canotilho, os princípios são “normas que exigem a realização de algo, da melhor forma possível, de acordo com as possibilidades fácticas e jurídicas. Os princípios não proíbem, permitem ou exigem algo em termo de ‘tudo ou nada’; impõem a optimização de um direito ou de um bem jurídico, tendo em conta a ‘reserva do possível’, fáctica ou jurídica”.
	Para Bandeira de Mello, princípio é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica da racionalidade e do sistema normativo, no que lhe confere tônica e lhe dá sentido harmônico [...] Violar um princípio é muito mais grave do que transgredir uma norma.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 4.ed. Coimbra: Almedina, 1992, p. 1215.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Elementos de Direito Administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1986. 
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 4.ed. Coimbra: Almedina, 1992, p. 1215.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Elementos de Direito Administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1986. 
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PRINCÍPIOS
Funções 
	
	Os princípios de direito, além de possuírem normatividade própria e independentes de comando legal expresso, podem assumir também as mais diversas funções dentro de um sistema normativo, sendo as mais importantes: 
Fundamentadores da ordem jurídica; 
Orientam a tarefa interpretativa; 
Suplementam a lei. 
LIMA, Francisco Meton Marques de. O Resgate dos Valores na Interpretação Constitucional: por uma hermenêutica reabilitadora do homem como <<ser-moralmente-melhor>>. Fortaleza: ABC Editora, 2001. p. 107.
LIMA, Francisco Meton Marques de. O Resgate dos Valores na Interpretação Constitucional: por uma hermenêutica reabilitadora do homem como <<ser-moralmente-melhor>>. Fortaleza: ABC Editora, 2001. p. 107.
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PRINCÍPIOS DA TUTELA PROCESSUAL COLETIVA
Espécies 
	
	Dentre os princípios gerais do processo aplicados ao processo coletivo estão os seguintes: 
O acesso à justiça; 
A universalização da jurisdição; 
O contraditório; 
A boa-fé; 
A economia processual; 
A instrumentalidade das formas e dos atos processuais; 
A flexibilização do processo; 
A proporcionalidade e a razoabilidade.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DA TUTELA PROCESSUAL COLETIVA
Espécies Segundo Fredie Didier Jr. e Hermes Zaneti Jr.
	1. Princípio do devido processo legal coletivo:
		1.1 Princípio da adequada representação (legitimação);
		1.2 Princípio da adequada certificação da ação coletiva;
		1.3. Princípio da coisa julgada diferenciada e a “extensão subjetiva” da coisa julgada 	secundum eventum litis à esfera individual; 
		1.4. Princípio da informação e publicidade adequadas;
		1.5 Princípio da competência adequada (forum non convenniens e forum shopping).
	2. Princípio da primazia do conhecimento do mérito do processo coletivo;
	3. Princípio da indisponibilidade da demanda coletiva;
	4. Princípio do microssistema: aplicação integrada das leis para a tutela coletiva;
	5. Reparação integral do dano;
	6. Princípios da não-taxatividade e atipicidade (máxima amplitude) da ação e do processo coletivo;
	7. Princípio do ativismo judicial. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101-121.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101-121.
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1. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
	Por princípio do devido processo legal coletivo entende-se que o processo coletivo possui características tão específicas que é necessário que o princípio do devido processo legal se adeque ao processo coletivo. 
	Assim, o princípio do devido processo legal coletivo seria o princípio matriz, do qual se derivariam diversos outros princípios, tais como o princípio da representatividade adequada, o da ampla divulgação da demanda coletiva e o da extensão subjetiva e transporte da coisa julgada.
	Complementando, Didier Jr., assevera que as mudanças resultam da necessária adaptação do princípio do devido processo legal a esses novos litígios. Com isso nasce o que
se pode chamar de ‘garantismo coletivo’, que paulatinamente deverá consolidar-se na doutrina e na jurisprudência para assegurar mais eficácia e legitimidade social aos processos coletivos e às decisões judiciais nessa matéria. (DIDIER, 2011, p. 113) 
	
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101-102.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 101-102.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
Subespécies 
	
	Relacionados ao devido processo coletivo merecem destaque os princípios a seguir, constituindo-se em verdadeiros princípios autônomos do direito processual coletivo, não obstante extraídos da cláusula geral dos princípios:
	1.1) Princípio da adequada representação;
	1.2) Princípio da certificação adequada;
	1.3) Princípio da informação e publicidade adequadas;
	1.4) Princípio da coisa julgada diferenciada com a extensão secundum eventum litis da decisão favorável ao plano individual; 
	1.5) Princípio da competência adequada.
 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 102.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 102.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.1 Princípio da Adequada Representação
	O princípio da adequada representação, também chamado de “princípio do controle judicial da legitimação coletiva”, preceitua que a ação coletiva deve ser proposta pelo representante adequado da categoria.
	Em outras palavras, “só estaria legitimado quem, após a verificação da legitimação pelo ordenamento jurídico, apresentar condições de adequadamente desenvolver a defesa em juízo dos direitos afirmados.”
	Há uma presunção de que todos os entes descritos no artigo 5°, da lei 7.347/85, são representantes adequados da coletividade.
	Didier (2011, p. 114) traz o termo legitimação conglobante para caracterizar o substituto processual com condições adequadas de fazer a defesa dos direitos coletivos.
	
	
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
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ART. 5º, DA LEI Nº 7.347/85
Legitimados Para Propor a Ação Civil Pública
	
	Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
	I - o Ministério Público; 
	II - a Defensoria Pública;  
	III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
	IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;  
	V - a associação que, concomitantemente: 
	a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;   
	b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
	
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.2 Princípio da Certificação Adequada
	Entende-se por certificação ‘a decisão que reconhece a existência de requisitos exigidos e a subsunção da situação fática em uma das hipóteses de cabimento previstas na lei para a ação coletiva. 
	Através dessa decisão, o juiz assegura a natureza coletiva à ação proposta’. 
	Também nessa decisão são definidos os contornos do grupo (class definition), o que se revela muito importante para o passo seguinte, a notificação ou cientificação adequada dos membros do grupo. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 103.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 103.
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 PRINCÍPIO DA CERTIFICAÇÃO ADEQUADA
Exemplo de Aplicação 
	
	O princípio da certificação adequada está prevista no direito brasileiro no regramento da ação de improbidade administrativa, espécie de processo coletivo, que possui uma fase própria e preliminar para verificação da “justa causa” (existência de mínimos elementos de prova para a demonstração da verossimilhança das alegações) da demanda (art. 17, da Lei nº 8.429/1992). 
		 Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta 	pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro 	de trinta dias da efetivação da medida cautelar.	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 104.
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 104.
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.3 Princípio da Informação e Publicidade Adequadas
	
	O art. 94 do Código de Defesa do Consumidor prevê o princípio da ampla divulgação da demanda coletiva, princípio da notificação adequada ou princípio da informação aos órgãos competentes.
		Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial,
a fim 	de que 	os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem 	prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação 	social por parte 	dos órgãos de defesa do consumidor. 
	
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 Princípio da Informação e Publicidade Adequadas
	
	Donizetti, destaca as consequências do princípio da ampla divulgação da demanda coletiva, que são: 
	1) A possibilidade de suspensão dos processos individuais pelos seus autores individuais; 
	2) A propositura de uma ação coletiva única com o mesmo objeto; 
	3) A intervenção do amigo da corte (amicus curiae); 
	4) Quando se tratar de direitos individuais homogêneos, o princípio possibilita a execução individual da sentença proferida; 
	5) O controle da representação adequada do substituto processual.
	
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DONIZETTI, Elpídio; CERQUEIRA, Marcelo Malheiros. Curso de Processo Coletivo. 1. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010, p. 105
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DONIZETTI, Elpídio; CERQUEIRA, Marcelo Malheiros. Curso de Processo Coletivo. 1. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010, p. 105
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 Princípio da Informação e Publicidade Adequadas
	
	Didier (2011, p. 116-117) desdobra o princípio da informação e publicidade adequadas em princípio da adequada notificação dos membros do grupo e princípio da informação aos órgãos competentes. 
	
	Segundo o citado autor, o princípio da informação aos órgãos competentes funda-se no dever funcional dos órgãos previstos nos arts. 6º e 7º da Lei da Ação Civil Pública de informar a sociedade e o Ministério Público sobre o objeto da ação civil pública.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 104-105.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 104-105.
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PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO E PUBLICIDADE ADEQUADAS
Arts. 6º e 7º, da Lei nº 7.347/85
	
	Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.
	Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.4 Princípio da Coisa Julgada Diferenciada e a Extensão Subjetiva da Coisa Julgada
	
	Antes da análise do Princípio da Coisa Julgada Diferenciada e a Extensão Subjetiva da Coisa Julgada, necessário apresentar alguns esclarecimentos acerca do instituto COISA JULGADA e sua relação com os DIREITOS E PROCESSOS COLETIVOS.
	Segundo lição de Didier Jr e Zaneti Jr., considera-se coisa julgada a situação jurídica que torna indiscutível as eficácias constantes do conteúdo de determinadas decisões jurisdicionais.
	Trata-se de conteúdo inerente ao direito fundamental à segurança jurídica. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
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A COISA JULGADA NO PROCESSO COLETIVO
Aspecto Peculiar
	
	Entretanto, o regime jurídico da coisa julgada coletiva é bastante diferenciado com relação ao processo individual, constituindo um dos aspectos mais peculiares da tutela jurisdicional coletiva.
	 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
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A COISA JULGADA 
	
	O regime jurídico da coisa julgada é visualizado a partir de três dados:
	a) Os limites subjetivos: quem se submete a coisa julgada;
	b) Os limites objetivos: o que se submete a seus efeitos;
	c) O modo de produção: como ela se forma. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim,
2014, p. 333.
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A COISA JULGADA
a) Limites Subjetivos 
	
	Em relação aos limites subjetivos, a coisa julgada pode ser:
Inter partes;
Ultra partes, ou; 
Erga omnes.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
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COISA JULGADA INTER PARTES 
	
A coisa julgada inter partes, é aquela a que somente se vinculam as partes. 
	Subsiste nos casos em que a autoridade da decisão passada em julgado só impõe o caráter de indiscutibilidade para aqueles que figuraram no processo como parte. Trata-se de regra geral para o processo individual. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
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COISA JULGADA ULTRA PARTES 
	
A coisa julgada ultra partes, é aquela a que atinge não só as partes do processo, mas também determinados terceiros. 
	Os efeitos da coisa julgada estendem-se a terceiros, pessoas que não participaram do processo, vinculando-os. 
	É o que ocorre, geralmente, nos casos em que há substituição processual, em que o substituto, apesar de não ter figurado como parte na demanda, terá sua esfera de direitos alcançada pelos efeitos da coisa julgada. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 333.
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COISA JULGADA ERGA OMNES 
	
A coisa julgada erga omnes, por fim, é aquela cujos efeitos atingem a todos, tenham ou não participado do processo.
	É o que acontece com a coisa julgada oriunda dos processos de controle concentrado de constitucionalidade (Ação Declaratória de Inconstitucionalidade - ADI, Ação Declaratória de Constitucionalidade - ADC e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF).
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
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A COISA JULGADA
b) Limites Objetivos 
	Em relação aos limites objetivos, somente se submete à coisa julgada material as eficácias (conteúdo) da norma jurídica individualizada, contida no dispositivo da decisão, que julga o pedido (a questão principal). 
	A solução das questões na fundamentação (incluindo a análise das provas) não fica indiscutível pela coisa julgada, pois se trata de decisão sobre questões incidentes. 
	O regime jurídico da coisa julgada coletiva nada tem de especial. Segue-se, aqui, a regra geral. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
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A COISA JULGADA
c) Quanto ao Modo de Produção 
	
	Quanto ao modo de produção, há três diferentes tipos de coisa julgada.
1. Em primeiro lugar, tem-se a coisa julgada pro et contra, que é aquela que se forma independentemente do resultado do processo, do teor da decisão judicial proferida. 
	Pouco importa se de procedência ou de improcedência, a decisão definitiva ali proferida sempre será apta a produzir coisa julgada.
	Essa é a regra geral, amplamente difundida nos países latino americanos. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
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A COISA JULGADA
c) Quanto ao Modo de Produção 
	
2. Em segundo lugar, tem-se a coisa julgada secundum eventum litis, que é aquela que somente é produzida quando a demanda for julgada procedente. 
	Se a ação for julgada improcedente, ela poderá ser reproposta, pois a decisão ali proferida não produzirá coisa julgada material. 
	Este regime não é bem visto pela doutrina, pois trata as partes de forma desigual, colocando o réu em posição de flagrante desvantagem. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
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A COISA JULGADA
c) Quanto ao Modo de Produção 
	
3. Em terceiro lugar, há ainda a coisa julgada secundum eventum probations, que é aquela que se forma apenas em caso de esgotamento das provas: se a demanda for julgada procedente, que é sempre com esgotamento de prova, ou improcedente com suficiência de provas.
	A decisão judicial só produzirá coisa julgada se forem exauridos todos os meios de prova. 
	Se a decisão proferida no processo julgar a demanda improcedente por insuficiência de provas, não formará coisa julgada. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 334.
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O REGIME DA COISA JULGADA COLETIVA
	Importante observar que a coisa julgada coletiva, apresenta dois aspectos que centralizam todas as discussões a respeito do tema:
	a) De um lado, o risco de interferência injusta nas garantias do indivíduo titular do direito subjetivo, que poderia ficar sujeito à “imutabilidade” de uma decisão da qual não participou: o problema decorre da circunstância de que o legitimado à tutela coletiva é sempre um ente que não o titular do direito coletivo em litígio (legitimação extraordinária);
	b) De outro lado, o risco de exposição indefinida do reú ao Judiciário e a necessária estabilidade jurídica para o Estado: É preciso de um lado, proteger o réu, que não pode ser demandado infinitas vezes sobre o mesmo tema, e limitar o poder do Estado, que não se pode estar autorizando a sempre rever o que já foi decidido. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 335.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 335.
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O REGIME DA COISA JULGADA COLETIVA
Art. 103, do Código de Defesa do Consumidor 
	Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
	I – erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
	II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese
prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
	III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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O REGIME DA COISA JULGADA COLETIVA NAS AÇÕES QUE VERSAM SOBRE DIREITOS DIFUSOS OU COLETIVOS
	
	Conforme observa-se pelo disposto no artigo 103, do Código de Defesa do Consumidor, em relação aos DIREITOS DIFUSOS e COLETIVOS, optou o legislador em estabelecer o regime da COISA JULGADA SECUNDUM EVENTUM PROBATIONIS. 
Em relação aos direitos difusos, optou-se pela COISA JULGADA “ERGA OMNES”;
Em relação aos direitos coletivos, ULTRA PARTES. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336.
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O REGIME DA COISA JULGADA COLETIVA NAS AÇÕES QUE VERSAM SOBRE DIREITOS DIFUSOS OU COLETIVOS
	
	A regra anteriormente apresentada permite, ainda, que qualquer legitimado, inclusive aquele que propôs a demanda julgada improcedente, possa voltar a juízo com a mesma demanda, lastreada em nova prova, de qualquer espécie (documental, testemunhal, pericial etc.).
	Tal regra ainda pode ser encontrada nos seguintes dispositivos legais que compõem o microsistema: 
Art. 103, I, do CDC;
Art. 103, ll, do CDC;
Art. 16, da LACP;
Art. 18, da LAP.
 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336.
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A PROVA SUFICIENTE COMO REQUISITO ESPECÍFICO DAS AÇÕES COLETIVAS
	Entretanto, a prova deve ser suficiente para um novo juízo de direito acerca da questão de fundo. Não basta a prova que, embora nova, não possibilite novo resultado.
	A opção pela coisa julgada secundum eventum probations revela o objetivo de prestigiar o valor JUSTIÇA em detrimento do valor SEGURANÇA, bem como preservar os processos coletivos do conluio e da fraude processual.
	Importante ressalvar que o julgamento por insuficiência de provas não precisa ser expresso. Deve, contudo, decorrer do conteúdo da decisão que outro poderia ter sido o resultado caso o autor comprovasse os fatos constitutivos de seu direito.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336-337.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 336-337.
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A COISA JULGADA NAS AÇÕES QUE VERSAM SOBRE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
	O inciso lll, do artigo 103, do CDC, cuida da coisa julgada coletiva nas ações que tratam dos direitos individuais homogêneos. 
		Art. 103. [...]:
		[...]
		III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para 	beneficiar todas as 	vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. 
	
	A redação é um tanto lacunosa. Deixa claro que haverá extensão da coisa julgada para o plano individual no caso de procedência do pedido da ação coletiva. 
	Entretanto, a doutrina dominante, fazendo interpretação literal do disposto no inc. lll, do art. 103, do CDC, entende que NÃO PREVÊ A EXCEÇÃO DA COISA JULGADA NO CASO DE INSUFICIÊNCIA OU FALTA DE PROVAS. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
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A COISA JULGADA NAS AÇÕES QUE VERSAM SOBRE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
	Não há regramento, no entanto, da coisa julgada coletiva, somente da extensão da coisa julgada coletiva ao plano individual.
	Talvez isso decorra do equívoco de considerar a ação envolvendo direitos individuais homogêneos como uma demanda individual tutelada coletivamente, e não como uma autêntica ação coletiva.
	IMPORTANTE: A ação envolvendo direitos individuais homogêneos é AÇÃO COLETIVA, pois tais direitos pertencem, por ficção, a um grupo de indivíduos. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
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SÍNTESE
	
Se a AÇÃO COLETIVA for julgada procedente ou improcedente por ausência de direito, HAVERÁ COISA JULGADA no âmbito coletivo.
Se julgada improcedente por FALTA DE PROVAS, NÃO HAVERÁ COISA JULGADA no âmbito coletivo.
	IMPORTANTE: Contudo, a doutrina dominante, fazendo interpretação literal do disposto no inc. lll, do art. 103, do CDC, entende que NÃO PREVÊ A EXCEÇÃO DA COISA JULGADA NO CASO DE INSUFICIÊNCIA OU FALTA DE PROVAS. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 338.
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A REPERCUSSÃO DA COISA JULGADA COLETIVA NO PLANO INDIVIDUAL (§§ 2º e 3º DO ARTIGO 103 DO CDC).
	O CDC, em seu artigo 103, §3º, estabeleceu que a coisa julgada coletiva estende os seus efeitos ao plano individual in utilibus: o indivíduo poderá valer-se da coisa julgada coletiva para proceder à liquidação de seus prejuízos e promover a execução da sentença. 
	Trata-se do denominado transporte in utilibus da coisa julgada coletiva para o plano individual. 
	Portanto, se por um lado a sentença coletiva de improcedência do pedido NÃO PRODUZ EFEITOS NA ESFERA INDIVIDUAL, não prejudicando as pretensões individuais (art. 103, § 1º, CDC), por outro lado, a sentença de procedência nas ações para tutela de direitos difusos e coletivos stricto sensu poderá ser liquidada e executada no plano individual sem necessidade de um novo processo. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 339.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 339.
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A REPERCUSSÃO DA COISA JULGADA COLETIVA NO PLANO INDIVIDUAL (§§ 2º e 3º DO ARTIGO 103 DO CDC).
	
	Assim, a coisa julgada proveniente de um processo conduzido por um sindicato ou associação não beneficia apenas os indivíduos sindicalizados ou associados.
	Todo aquele que pertencer ao grupo (categoria ou grupo de vítimas, p. ex.) poderá valer-se da coisa julgada coletiva para obter a proteção em sua esfera individual.
	Assim, é inconstitucional a restrição imposta pelo art. 2º-A, caput, e § 1º, da Lei nº 9.497/1997 (disciplina a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública), que determina a limitação da coisa julgada a alguns associados e ao domicílio no âmbito territorial do órgão
prolator da decisão. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 340.
LEI Nº 9.494, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997. Disciplina a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública, altera a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9494.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 340.
LEI Nº 9.494, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997. Disciplina a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública, altera a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e dá outras providências.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9494.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.4 Princípio da Coisa Julgada Diferenciada e a Extensão Subjetiva da Coisa Julgada
	
	Votando à análise do princípio, quanto ao princípio da extensão subjetiva, conforme já demonstrado anteriormente, tem-se o transporte da coisa julgada é secundum eventum litis ou in utilibus, ou seja, conforme o resultado da lide e somente se benéfico. 
	Tal princípio somente é aplicado aos direitos individuais homogêneos, por serem divisíveis, e prevê que o resultado da sentença coletiva será benéfico a todo o grupo homogêneo e ainda será estendido à esfera individual.
	
	O princípio está previsto no art. 103 do Código de Defesa do Consumidor.
	
	
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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ARTIGO 103, INC. III, §3º, DA LEI Nº 8.078/90
 Princípio da Coisa Julgada
	
	Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
	[...]
	III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
	[...]
 	§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
	
	
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA COISA JULGADA DIFERENCIADA E A EXTENSÃO SUBJETIVA DA COISA JULGADA
	Outra disposição referente a esse princípio pode ser encontrada na previsão da coisa julgada secundum eventum probationis, seguindo a premissa da legislação de que não haverá coisa julgada, poderá ser reproposta a demanda, quando o julgamento for de improcedência por insuficiência de provas. 
	
	Com relação a ausência de coisa julgada quando da improcedência da ação por insuficiência de provas, tem-se os seguintes dispositivos legais: art. 103, incisos e parágrafos do CDC; art. 16, da LACP, e; art. 18 da LAP. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
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PRINCÍPIO DA COISA JULGADA DIFERENCIADA E A EXTENSÃO SUBJETIVA DA COISA JULGADA
	Artigos 103 e 104, do Código Defesa do Consumidor: Coisa Julgada.
	
	Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
	I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
	II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
	III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as 	vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
	Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
        
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA COISA JULGADA DIFERENCIADA E A EXTENSÃO SUBJETIVA DA COISA JULGADA
		Art. 103. [...]:
		[...]
		§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão 	interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, 	categoria ou classe.
		§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, 	os interessados que não tiverem intervindo no processo como 	litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.
		§ 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 	13 da Lei 	n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de 	indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou 	na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão 	as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à 	execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
		§ 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal 	condenatória.
	
	
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA COISA JULGADA DIFERENCIADA E A EXTENSÃO SUBJETIVA DA COISA JULGADA
		 
	Art. 16, da Lei
da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85):
		Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, 	nos limites da competência territorial do órgão prolator, 	exceto se o pedido for julgado improcedente por 	insuficiência de provas, hipótese em que qualquer 	legitimado poderá intentar outra 	ação com idêntico 	fundamento, valendo-se de nova prova.  
	
	
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA COISA JULGADA DIFERENCIADA E A EXTENSÃO SUBJETIVA DA COISA JULGADA
		 
	Art. 18, da Lei da Ação Popular (Lei nº 7.347/85):
		Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível 	"erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação 	julgada improcedente por deficiência de prova; neste 	caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com 	idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
	
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 1.5 Princípio da Competência Adequada
	
	A competência para a ação coletiva é um dos seus aspectos mais sensíveis, e quanto a isso não parece haver objeção doutrinária.
	Exatamente em razão da natureza do direito tutelado (cujo titular é um agrupamento humano composto por pessoas que podem estar em diversos lugares), é muito difícil identificar qual deve ser o juízo competente para julgar a causa. 
	Nesse sentido, o legislador brasileiro optou pela técnica dos foros concorrentes (diversos juízos competentes), nas hipóteses em que se afirma a existência de dano nacional ou regional. 
	Assim, nesses casos, o réu pode ser demandado em qualquer capital de Estado-membro ou em Brasília (art. 93, CDC).
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 105.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 105.
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 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ADEQUADA
Art. 93, CDC
	
		Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é 	competente para a causa a justiça local:
		I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, 	quando de âmbito local;
		II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, 	para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-	se as regras do Código de Processo Civil aos casos de 	competência concorrente.
	
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL COLETIVO
 Princípio da Competência Adequada
	
	Portanto, o PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ADEQUADA trata-se de aplicar, no processo coletivo, a ideia, advinda do direito norte-americano para aplicação no direito internacional, de o juiz da causa (perante o qual a demanda foi proposta) controlar a competência adequada através da teoria forum non conveniens, que nasceu como freio ao forum shopping (que é a situação que permite a escolha do juízo pelo demandante). 
NOTA: O princípio da competência adequada será melhor analisado em aula própria sobre competência nas ações coletivas. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 106.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 106.
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2. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	Em decorrência particular do princípio da instrumentalidade das formas tem-se a valorização do conhecimento no mérito nos processos coletivos. 
	Em decorrência, é preciso reexaminar o juízo de admissibilidade do processo, de modo que o magistrado possa, mesmo diante da falta de um pressuposto processual de validade, avançar e julgar o mérito, aplicando o sistema das invalidades processuais do CPC, mais especificamente o disposto no artigo 249, §2º. 
		Art. 282.  Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará 	as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
		§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
		§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da 	nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107-108.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. Código de Processo Civil. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm >. Acesso em 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107-108.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. Código de Processo Civil. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm >. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	Assim, no âmbito da tutela coletiva, o PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO NO PROCESSO COLETIVO tem aplicação ainda mais premente.
	Segundo Carlos Alberto Alvaro Oliverira, citado por Fredie Didier Jr., “o processo não é o fim em si mesmo, está voltado para a obtenção da justiça material e de pacificação social, sendo que seus institutos, na atual quadra da história de nosso desenvolvimento jurídico, deverão ser conformados pelas máximas estabelecidas pela Constituição Federal”. 
	Nesse sentido, estabelece a Constituição/88 o modelo do Estado Democrático Constitucional brasileiro, de feição pluralista, conformando um sistema aberto e permeável a realidade social e a efetivação dos valores democráticos. 
	Ainda, pode-se afirmar a existência do princípio do interesse jurisdicional no conhecimento do mérito do processo coletivo. 
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107.
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	
	Fredie Didier Jr e Hermes Zaneti Jr., lecionam que princípio da PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO pode ser subdividido em duas funções: 
A primeira função procura
assegurar que as questões meramente formais não embacem a finalidade do processo, permitindo ao órgão jurisdicional que seja mais flexível em relação ao preenchimento dos requisitos de admissibilidade processual.
Além disso, percebe-se a aplicação deste princípio no entendimento segundo o qual a ilegitimidade ativa no processo coletivo deve implicar sucessão processual, saindo a parte ilegítima e ingressando uma parte legítima, em vez da extinção do processo sem exame de mérito.
	Trata-se de aplicação analógica do disposto no art. 5º, §3º, da LACP e 9º, da LAP. 
	
	
	
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107-109.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 107-109.
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	Aplicação analógica do disposto no art. 5º, §3º, da Lei de Ação Civil Pública e 9º, da Lei da Ação Popular. 
		Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
		[...]
		§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação 	legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade 	ativa.  
		Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, 	serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, 	ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do 	Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última 	publicação feita, promover o prosseguimento da ação.
	
	
	
	
	
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	Conforme já apresentado em tópicos anteriores, outra disposição referente a esse princípio pode ser encontrada na previsão do apontado princípio da coisa julgada secundum eventum probationis, seguindo a premissa da legislação de que não haverá coisa julgada, poderá ser reproposta a demanda, quando o julgamento for de improcedência por insuficiência de provas. 
	Com relação a ausência de coisa julgada quando da improcedência da ação por insuficiência de provas, tem-se os dispositivos legais já apresentados: art. 103, incisos e parágrafos do CDC; art. 16, da LACP, e; art. 18 da LAP. 
	
	
	
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
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PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO
	
	O STJ, lastreado no PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMENTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO aplica a necessidade de continuidade do processo, inclusive nos casos em que seja decretado um vício de representação na associação que originalmente ajuizou a ação coletiva (STJ, 2ª T., Resp n. 1.372.593/SP, Rel. Min. Humberto Martins, j. em 07.05.2013, publicado no Dje de 17.05.2013). 	
	
	
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 109.
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3. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE (MITIGADA) DA AÇÃO COLETIVA
	
	Segundo o PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE (CONTINUIDADE) DA DEMANDA COLETIVA, em caso de desistência infundada ou abandono de ação coletiva por sindicato ou associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
	Este princípio encontra previsão legal no artigo 5°, §3°, da lei 7.347/85 e no artigo 9°, da lei 4.717/65.
	Tal preceito justifica-se pela característica indisponibilidade do interesse público que permeia as ações coletivas. 
	Didier ensina que essa norma traduz a preocupação do microssistema no efetivo ajuizamento e na continuidade das ações coletivas.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE (MITIGADA) DA AÇÃO COLETIVA
	Art. 5º, §3º, da Lei nº 7.347/85:
		Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
		[...]
		§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação 	legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
	
	Art. 9º, da Lei nº 4.717/65:
		Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão 	publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando 	assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, 	dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o 	prosseguimento da ação.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm >. Acesso em 22.agos.2017. 
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm >. Acesso em 22.agos.2017. 
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4. PRINCÍPIO DO MICROSSISTEMA: APLICAÇÃO INTEGRADA DAS LEIS PARA A TUTELA COLETIVA
	Também denominado de PRINCÍPIO DA INTEGRATIVIDADE DO MICROSSISTEMA PROCESSUAL COLETIVO, o processo coletivo recebe uma regulamentação específica, própria, pautada em leis determinadas com vistas a garantir a adequada prestação jurisdicional.
	Desde a edição da Lei da ação civil pública (Lei nº 7.417/1985), e do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990),
citados diplomas legislativos tornaram-se o “núcleo essencial” do sistema processual coletivo (normas que regem o processo coletivo), por trazerem em seus textos a normatização básica para a defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos.
	
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
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PRINCÍPIO DO MICROSSISTEMA: APLICAÇÃO INTEGRADA DAS LEIS PARA A TUTELA COLETIVA
	
	Diz-se “núcleo essencial”, porque em seu entorno gravitam vários outros diplomas normativos, chamadas de “normas de reenvio”, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Estatuto das Cidades, Mandado de Segurança Coletivo. 
	Estas normas travam a todo instante um “diálogo” com o núcleo essencial, num eterno envio e reenvio de informações, daí receberem a denominação de “normas de reenvio”.
	
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
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5. PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO
	
	Trata-se de um importante princípio do Direito coletivo: o dano ao grupo deve ser reparado integralmente.
	A disciplina da ação popular (Lei nº 4.717/65), em seu artigo 11, por exemplo, assim prevê:
		Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, 	decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento 	de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários 	dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores 	de dano, quando incorrerem em culpa.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm >. Acesso em 22.agos.2017. 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965. Regula a ação popular. Planalto. Legislação. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm >. Acesso em 22.agos.2017. 
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REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO
	Fica evidente no artigo 11, da Lei nº 4.717/65, a presença do PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO, mesmo que não tenha sido feito o pedido de condenação, este se retira da natureza da ação popular e da ação de improbidade administrativa, admitindo-se uma espécie de pedido implícito.
	Outra faceta do princípio em análise, está na chamada fluid recovery (recuperação fluida), segundo a disposição do art. 100 do CDC, sendo que mesmo não havendo liquidação e execução da totalidade dos titulares dos direitos individuais homogêneos, a reparação deverá ser integral, com os valores auferidos revertidos para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD criado pela Lei n. 7347/85). 
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113.
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PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL DO DANO
Art. 100, da Lei nº 8.078/90
	
	
		Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de 	interessados em número compatível com a gravidade do 	dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a 	liquidação e execução da indenização devida.          
		Parágrafo único. O produto da indenização devida 	reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de 	julho de 1985.   
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. Disciplina sobre a proteção do consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em 22.agos.2017.
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6. PRINCÍPIOS DA NÃO-TAXATIVIDADE E ATIPICIDADE (MÁXIMA AMPLITUDE) DA AÇÃO E DO PROCESSO COLETIVO
	
	Pelas normas do ordenamento jurídico, não haverá lei que exclua lesão ou ameaça a direito da apreciação pelo Poder Judiciário. 
	Assim, pelo princípio da não taxatividade da ação coletiva ou princípio da atipicidade, é garantido que não haverá empecilhos para a propositura de ação coletiva quando da inexistência de procedimentos para a proteção do direito coletivo tutelado.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
PINTO Esdras Silva. Processo coletivo: princípios específicos, espécies de direito coletivo e características principais. Conteúdo Jurídico. Publicado em 11 de dezembro de 2015. Disponível em: < http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,processo-coletivo-principios-especificos-especies-de-direito-coletivo-e-caracteristicas-principais,54910.html >. Acesso em: 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DA NÃO-TAXATIVIDADE E ATIPICIDADE (MÁXIMA AMPLITUDE) DA AÇÃO E DO PROCESSO COLETIVO
	
	O princípio da não-taxatividade apresenta duas facetas: 
A primeira delas determina que não se pode negar o acesso à justiça dos direitos coletivos novos, uma vez que estes se tratam de conceito aberto. 
A segunda diz respeito ao fato de que qualquer forma de tutela é admissível para a efetividade/garantia desses direitos.
	Em linhas gerais, Gajardoni acrescenta que toda ação pode ser coletivizada, a exemplo de ação monitória usada para executar um Termo de Ajustamento de Conduta que não fora devidamente assinado, e não importa o “nome” conferida a determinada ação, uma vez que o que importa é a sua substância.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113-115.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
DIDIER JR, Fredie; ZANETI Jr., Hermes. Curso de Direito Processual Civil: Processo coletivo. 9a. Ed., Vol 4 – Processo Coletivo. Salvador: Juspodivim, 2014, p. 113-115.
ARAÚJO, Ana Carolina Amâncio de. Princípios processuais da tutela coletiva. JUS. Publicado em 03/2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/21297/principios-processuais-da-tutela-coletiva>. Acesso em: 22.agos.2017.
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PRINCÍPIOS DA NÃO-TAXATIVIDADE E ATIPICIDADE (MÁXIMA AMPLITUDE) DA AÇÃO E DO PROCESSO COLETIVO
	
	Didier ressalta a desimportância do nome dado à ação coletiva quando da sua propositura. Para o doutrinador, o importante é a essência da ação e o seu conteúdo. Assim, no caso de haver ação popular, ação civil pública e mandado de segurança coletivo com mesma causa de pedir e objeto, haverá litispendência, conexão ou continência.
	O principal:

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