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Resumo de TPS NP2

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RESUMO TPS NP2
 Representações Sociais
O primeiro teórico a falar sobre representações sociais como “representação coletiva” foi Émile Durkheim, que explicou que o pensamento individual seria um fenômeno puramente psíquico, mas não se reduziria a atividade cerebral, e o pensamento social não se resumia a soma dos pensamentos individuais. Esse estudo ajudou a Moscovici muitos anos a pós usar esse ponto de vista contra a visão individualista da psicologia social da América do norte como teorizando a Representação Social.
Uma psicologia social mais orientada é necessário que tenha uma visão da sociedade e não do indivíduo como a psicologia social norte-americana tinha.
As Representações sociais entram como a visão do senso comum de uma sociedade, como elas conceituam, explicam e dão nome as coisas coletivamente.
Ela tem função de classificar tudo e criar padrões
As representações sociais não podem ser excluídas mais sim reformuladas.
Ela dá a uma ideia uma imagem e uma imagem a uma ideia.
Intervem e orientam o que é visível.
O que devemos responder em certas situações.
Elas se manifestam por meio de imagens, conceito, categorias, teorias, mas não se deduzem só aos aspectos cognitivos.
A teoria das representações sociais é uma proposta científica de leitura do conhecimento de senso comum e preocupa-se com o conteúdo das representações.
Universo consensual: A sociedade é visível, continua, permeada por sentido e finalidade, possui uma voz humana e ele é tudo.
Universo Reificado: A sociedade é transformada em um sistema de entidades sólidas, básicas, invariáveis, que são indiferentes a individualidade e não possuem identidade.
 Ancoragem: Esse é um processo que transforma algo estranho e perturbador que nos intriga, em nosso sistema particular de categorias e o compara com um paradigma de uma categoria (representação) que nós pensamos ser apropriada.
Ex: doentes mentais serem comparado com com vagabundos, maloqueiros epilépticos.
Objetivação (cria a realidade em si) dá realidade material a um objeto abstrato, a ideia imprecisa (icônica) se associa a um conceito de imagem. Depois há uma naturalização desse objeto, atuando no sentido da construção social da realidade. Ex. Deus (abstrato), Pai (concreto).
Identidade
A identidade é construída pelos grupos que faço parte (fenômeno social), ela é social e não natural.
Essas relações são determinadas pelos papéis sociais, você é filho, pai, esposo, trabalhador, e todas esses papéis têm representações sociais e padrões comportamentais esperados. 
Porém não somos papéis individuais a todo tempo, mas sim representante de mim. 
O conhecimento de si é dado pelo reconhecimento recíproco dos indivíduos identificados através de um determinado grupo social que existe objetivamente, com sua história, suas tradições, suas normas, seus interesses. 
 
O Processo Grupal
Na psicologia social o indivíduo não é separado do seu aspecto social (grupo), mas sim para se conhecer o indivíduo você precisa conhecer o grupo em que ele está inserido, e para conhecer um grupo, você precisa conhecer os indivíduos que fazem parte dele.
Os primeiros estudos sobre pequenos grupos está ligado a Lewin: Para ele a função do grupo é definir papéis.
Para Riviere o grupo é um conjunto de pessoas ligadas no tempo e espaço, movimentada pelas suas representações iguais.
Para Calderon e Govia, é uma relação sustentada pelas tarefas.
A função de um grupo é garantir a produtividade social, ara iso deve-se haver mecanismos para organizar essas relações e as harmonizar. Assim criando papeis e uma identidade social dos indivíduos.
Processo Grupal na Análise Institucional 
Somente quando os membros se organizam é que se pode falar de grupo. 
Descreve o Grupo-terror onde a figura de poder determina as obrigações a manutenção do status quo e contrário a esse grupo está o grupo-vivo que se caracteriza por relações de igualdade entre seus membros e pela autogestão . 
Loureau classificou os grupos em grupo-objeto e grupo-sujeito. 
Na categoria grupo-sujeito Loureau trata do nível de resistência à mudança apresentada pelo grupo (LANE,1984). Teremos um grupo-sujeito se esse tiver um crescimento decorrente dessa mudança. 
No grupo-objeto os indivíduos se mantém sobre coerência, unidade, harmonia e se submetem a realização de um trabalho onde a divisão determina hierarquias de poder.
STATUS QUO: A organização da sociedade, é uma expressão do latim que significa “estado atual”. 
ESTÁGIOS DE GRUPOS:
Grupo Aglutinado: há um líder que propõe ações conjuntas e do qual os membros esperam soluções é m grupo de baixa produtividade.
Grupo possessivo: o líder e torna coordenador de funções e as tarefas exigem a participação de todos levando a maior interação e conhecimento mútuos.
Grupo coesivo: aceitação mutua dos membros, o líder se mantêm como coordenador e a ênfase do grupo etá na manutenção da segurança conseguida. O grupo tende a se fechar, evitando a entrada de novos elementos.
Grupo independente: A liderança amplamente distribuída, pois o grupo já tem experiência. As relações de dominação são minimizadas e a coordenação das atividades tende a autogestão.
SÍLVIA LANE E O PROCESSO GRUPAL
O estudo de Lane tem uma visão marxista, e apresenta sua visão a partir dessas concepções. O próprio o grupo só poderá ser conhecido enquanto um processo histórico, e neste sentido talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal em vez de grupo.
O homem nasce interagindo com o ambiente, assim não pode se vê-lo como natural e sim construído por um homem (ambiente).
O ambiente se modifica pelas necessidades de sobrevivência do homem, ou mais a frente satisfação de suas necessidades. O trabalho é o que produz essas mudanças, criando bens e acumulando bens (capital), depois a necessidade do dinheiro e depois as classes sociais. Logo as relações de trabalho geram a estrutura da sociedade.
Uma abordagem psicológica baseada nessa questão observaria primeiro o homem como um macro, abrangendo o contexto social, estrutural, relações e etc, e depois micro, que analisa o homem formando por esse contexto ajudando a identificar e repensar questões desse contexto.
PRODUÇÃO: o grupo é uma necessidade produtiva. 
DOMINAÇÃO: os grupos tendem a reproduzir as formas sociais de dominação, no caso do capitalismo entende-se a submissão de alguns membros a outra pessoa. 
GRUPO-SUJEITO: nível de resistência da mudança. Grupos com menores resistência a autocrítica, capacidade de crescimento através da mudança. 
CATEGORIA NÃO-GRUPO: alguns grupos têm resistência a mudança, e só se pode falar de grupo quando ao se produzir algo se desenvolvem e se transformam as relações entre os membros.
O PROCESSO PSICOSSOCIAL DA EXCLUSÃO
O que é exclusão social para a Psicologia Social? 
É uma relação específica de relações interpessoais ou intergrupos que produz: 
Segregação: afastamento ou manutenção de uma distância topológica. 
Marginalização: manutenção do indivíduo a parte de um grupo, de uma instituição ou do corpo social. 
Discriminação: fechamento do acesso a certos bens ou recursos, certos papéis ou status. 
No caso das exclusões socialmente produzidas, a Psicologia Social procurar compreender de que maneira as pessoas ou os grupos, são construídos como uma categoria à parte. 
Construção de modelos teóricos para explicar a exclusão: 
Preconceito 
Estereótipo 
Discriminação 
Identidade social – representações sociais e ideologia. 
Porque ela acontece?
Freud apresentou a teoria da frustração, que diz que o comportamento hostil com o outro é acentuado por uma situação de frustração. Sendo deslocada para o alvo mais acessivel.
Ex: 
Bode expiatório: coloca o outro em situação depreciativa – sob a forma de preconceito e estereótipos negativos – Exemplo: situação dos judeus na Alemanha nazista. 
Ideia de que “o mundo é justo”, e que os sujeitos têm o que merecem e merecem o que eles tem.
Relações de poder, as normas sociais e as representaçõessociais mostram suas influências nas agressões de cunho individual. 
Escola de Frankfurt teoria da personalidade autoritária – ligada a ideologia e a personalidade – justificativa para comportamentos racistas e antidemocráticos; conservadores (resistência a mudança), etnocentrismo, rejeição àqueles que são diferentes. Influência da educação familiar autoritária – não considera as diferenças individuais. 
Racismo simbólico: presente nos EUA, representando uma forma resistência às mudanças no status quo das relações racionalizadas após a Declaração dos Direitos Humanos. 
Racismo moderno: ideia de que os negros recebem mais do que merecem, violando os valores importantes para os brancos, como igualdade e liberdade. Este tipo de racismo também é mais atuante nos EUA. 
Dois Mediadores da Exclusão: 
Preconceito: é um julgamento prévio positivo ou negativo, formulado sobre uma pessoa ou objeto, sem o conhecer realmente. (atitude: Cognitiva + Afetiva)
Esteriótipo: Representações na sociedade que permitem simplificar algo a um conceito Ex: Todo corintiano é ladrão.
SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO: RETRATA A VIVÊNCIA COTIDIANA DAS QUESTÕES SOCIAIS DOMINANTES EM CADA ÉPOCA HISTÓRICA, ESPECIALMENTE NA DOR DE SER TRATADO COMO INFERIOR. Tonalidade ética na vivência da desigualdade social. 
PERSPECTIVA E A PRÁTICA ADOTADA PELO PSICÓLOGO SOCIAL NA SAÚDE COLETIVA 
Os psicólogos precisam incorporar uma nova concepção de sua prática profissional, sua postura deve ser questionada quanto ao modo em que o psicólogo está inserido no contexto da saúde. Ele deve ser um agente de mudança com compromisso social com seus usuários. Deve-se procurar erradicar o agir mecânico, burocratizado e alienado que prejudica as relações construídas naquele contexto. Os profissionais da área da saúde precisam ser vistos em sua subjetividade e buscar fazer com estejam preocupado sem proporcionar um espaço mais humanizado e de acolhimento, desse modo o psicólogo deve fazer com que ele reflita acerca de sua posição naquele lugar, sendo capaz de agir e refletir, fazendo-o se transformar, sair do conformismo, comprometer-se, ser uma PRÁXIS. O psicólogo pode ser capaz de construir e reconstruir a história devida dos seus usuários para além do diagnóstico e do sintoma, reelaborando esse sofrimento e fazendo uma reinvenção da vida. Isso tudo poderá ser feito por meio de estratégias de modificação da realidade daquele contexto. Além de tudo isso, o psicólogo deve possuir uma perspectiva questionadora acerca de seu papel como cidadão ativo, ter um saber crítico sobre si, sobre seu mundo e sua ação nesse mundo.

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