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Empirismo, Racionalismo e Criticismo

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Empirismo
Empirismo é o oposto de racionalismo. Os empíricos acreditam que o verdadeiro conhecimento do mundo é obtido através dos sentidos, e não através da razão. Esses filósofos argumentam que temos ideias apenas porque temos percepções. Todo conhecimento é baseado na experiência. 
Em que consiste o empirismo, tomada esta palavra na sua acepção mais ampla? Designamos com o termo empirismo ou empiricismo todas aquelas correntes de pensamento que sustentam ser a origem única ou fundamental do conhecimento dada pela experiência, que alguns simplificam como sendo, em última análise, a experiência sensorial. 
O empirismo congrega inúmeros pensadores que assumem várias manifestações e atitudes, através dos tempos, como se depreende do exame, mesmo perfunctório, da matéria na Grécia, na Idade Média ou na Época Moderna, sendo notáveis as distinções e divergências que atualmente se revelam entre os adeptos do empirismo científico, 88 nas tendências defendidas por Ludwig Wittegenstein (1877-1952), Hans Reichenbach (1891-1953), Rudolf Carnap etc. 
John Locke, o maior nome dessa corrente filosófica, discordou do racionalismo de Descartes e não tinha nenhuma inclinação para utilizar a religião como base de seu pensamento, como Descartes havia feito.
Seu livro mais importante de filosofia chama-se “Um ensaio sobre o entendimento humano”. Neste livro, Locke tentou demonstrar como as pessoas adquirem conhecimento. Ele descreveu os filósofos como “auxiliares” dos cientistas, porque uma das tarefas do filósofo era tirar os obstáculos do caminho que leva à obtenção do conhecimento.
Racionalismo
Os racionalistas consideram que as verdades sobre a realidade só podem ser reveladas através da razão, e não pelo que os sentidos nos apresentam sobre o mundo.
Outros pensadores opõem reservas à redução da verdade a uma pura ordem de fatos, asseverando o papel preponderante da razão no processo cognoscitivo. O racionalismo não significa, no entanto, o esquecimento de que os fatos contribuem para a formação do conhecimento. 
Um racionalismo que reduza todo o saber à razão, de maneira absoluta e abstrata, é de difícil configuração. Seria um racionalismo dogmático, vazio, sem expressão relevante no mundo da Filosofia. O racionalista reconhece que o fato, aquilo que é dado de maneira direta a intuitiva, é elemento indispensável como fonte do conhecer, mas sustenta também que os fatos não são fonte de todos os conhecimentos e que, por si sós, não nos oferecem condições de "certeza".
Em seu livro “As meditações”, Descartes pôs-se a descobrir uma base firme para seu sistema. Ele se deu conta de que tudo o que conhecia havia apreendido a partir de seus sentidos. Mas ele questionava se era sensato confiar em um conhecimento mentiroso. Como poderia confiar em seus sentidos quando, por exemplo, um remo parece dobrar-se na água? O método de Descartes era duvidar de tudo sistematicamente. Tudo o que restasse era o conhecimento seguro que ele poderia pensar, mesmo que estivesse apenas sonhando que estivesse pensando. Essa era a pedra fundamental para seu novo sistema de conhecimento. A primeira dedução a que chegou a partir de sua verdade inquestionável foi que, em virtude do pensamento, ele existia. Entretanto, acreditou estar em uma sinuca filosófica. Como poderia provar que o mundo exterior também existia? Como poderia confiar no que percebia sobre o mundo? A única solução era provar a existência de Deus — só então ele deduziu que seus sentidos, dados por Deus, mereciam confiança. Muitos filósofos consideram que o pensamento de Descartes se enfraquece nesse ponto.
Criticismo
Toda doutrina fundamentada unicamente sobre a auto-reflexão. (Opõe-se ao dogmatismo.) — Kant foi o promotor do criticismo: substituiu a questão da origem do mundo que era a da teologia e (que é objeto da ciência), analisa do fundamento de nosso conhecimento. Toda filosofia que, em lugar de querer conhecer o mundo (que é o objeto da ciência), analisa nosso conhecimento do mundo, é uma filosofia crítica. Vê-se que o criticismo remonta a Platão e que sua vocação é de ser um idealismo.
O criticismo, lato sensu, implica sempre um estudo metódico prévio do ato de conhecer e dos modos de conhecimento, ou, por outras palavras, uma disposição metódica do espírito no sentido de situar, preliminarmente, o problema do conhecimento em função da correlação "sujeito-objeto", indagando de todas as suas condições e pressupostos. 
O criticismo marca uma atitude superadora e sintética ou pelo menos, pretende ser superadora e sintética. O criticismo aceita e recusa certas afirmações das duas outras correntes, mas possui um valor próprio e autônomo, por ter revisto a colocação mesma dos problemas. Essa atitude não é, pois, eclética, porque resulta de uma análise dos pressupostos do conhecimento.
Filosofia do Direito, Miguel Reale
http://vejamaisfilosofia.blogspot.com.br Sueli Rodrigues de Albuquerque Ferreira - Professora de Prática Pedagógica do Ensino Médio da UEPA e de Filosofia e Sociologia do Ensino Superior da Faculdade de Timbaúba. 
http://filosofiaevidaueg.blogspot.com.br/

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