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JURISPRUDENCIA 3 LEI SECA

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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
 Secretaria da Quinta Câmara Cível 
Rua Dom Manoel, 37, Sala 431 – Lâmina III - Anexo 
Centro – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20010-090 
Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 1 
APELANTE 1: RALFH ROCHA DE SOUZA 
APELANTE 2: JOSEFA MARIA SILVA ROCHA 
APELADO: DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO DETRAN RJ 
JUIZ: EDUARDO JOSE DA SILVA BARBOSA 
RELATORA: DES.ª CLAUDIA TELLES 
 
ACÓRDÃO 
 
Apelação cível. Ação declaratória de nulidade. 
Lei Seca. Recusa ao teste do etilômetro 
(“bafômetro”). Imposição das penalidades de 
multa, suspensão do direito de dirigir e 
frequência e aprovação a curso de reciclagem. 
Condutor que não é o proprietário do veículo. 
Necessidade de notificação do proprietário, 
responsável pelo pagamento da multa. Art. 
282, § 3º do CTB. Enunciado nº 320 do TJRJ. 
Notificação expedida após o prazo legal de 
trinta dias. Art. 281, parágrafo único, II do 
CTB. Ofensa ao contraditório e à ampla 
defesa. Jurisprudência do STJ. Decadência a 
ser reconhecida. Provimento dos recursos. 
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos da apelação cível nº. 
0002662-31.2016.8.19.0014, em que são apelantes Ralfh Rocha de 
Souza e Josefa Maria Silva Rocha e apelado Departamento de Trânsito 
do Estado do Rio de Janeiro DETRAN RJ. 
 
Acordam os Desembargadores que compõem a Quinta 
Câmara Cível do Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos, em dar 
provimento aos recursos. 
 
CLAUDIA TELLES 
DESEMBARGADORA RELATORA 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
 Secretaria da Quinta Câmara Cível 
Rua Dom Manoel, 37, Sala 431 – Lâmina III - Anexo 
Centro – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20010-090 
Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 2 
RELATÓRIO 
 
 
Trata-se de ação declaratória de nulidade, com pedido de 
tutela antecipada, proposta por Ralfh Rocha de Souza em face do 
DETRAN/RJ. 
 
O autor narra que foi autuado pelo réu em 01/05/2015, em 
razão da infração de trânsito prevista nos arts. 277, § 3º c/c 165, ambos do 
Código de Trânsito Brasileiro. Sustenta não assinou a autuação, tampouco 
foi notificado nos trinta dias subsequentes. Alega que apenas em 
05/06/2015, Josefa Maria Silva Rocha, proprietária do veículo, recebeu a 
notificação de penalidade da multa. 
 
Em 31/08/2015, o autor narra que recebeu a notificação de 
instauração do processo relativo à suspensão do direito de dirigir e, 
posteriormente, foi notificado acerca da penalidade. Aduz que a notificação 
para entrega da habilitação foi recebida em 07/01/2016. 
 
Indica que, diante de tais datas, não teria sido respeitado o 
prazo de trinta dias para notificação inicial do condutor e da proprietária do 
veículo, nos termos do art. 281, parágrafo único, II do CTB, o que violaria 
as garantias do contraditório e da ampla defesa. 
 
Em tutela antecipada, pugna pela suspensão da notificação da 
entrega da carteira de habilitação e, no mérito, requer a nulidade do auto 
de infração nº C36214794 e do processo administrativo nº E-
12/062/051653/2015, bem como a exclusão dos pontos lançados na CNH. 
 
Indeferida a tutela antecipada à fl. 39. 
 
Opostos embargos de declaração pelo autor às fls. 45/47, 
estes foram acolhidos para deferir a tutela antecipada e determinar a 
suspensão da penalidade, conforme decisão de fls. 50/51. 
 
Contestação às fls. 66/72, alegando que o autor se recusou a 
fazer o teste do etilômetro, o que enseja a aplicação das penalidades 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
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Rua Dom Manoel, 37, Sala 431 – Lâmina III - Anexo 
Centro – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20010-090 
Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 3 
previstas no art. 165 do CTB, conforme previsto no art. 277, § 3º do 
mesmo diploma. Aduz que a notificação do condutor fora feita dentro do 
previsto na lei. Por eventualidade, pede pela observância do art. 1º-F da 
Lei 9494/97 na hipótese de condenação. 
 
Réplica às fls. 104/117. 
 
O Ministério Público deixou de intervir no feito, conforme fl. 131. 
 
A sentença prolatada às fls. 134/136 julgou improcedente o 
pedido, condenando o autor ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios, estes arbitrados em R$ 1.000,00. 
 
O autor apelou às fls. 147/160, aduzindo violação à garantia da 
ampla defesa e do contraditório em razão da ausência de notificação 
inicial, pugnando pela procedência dos pedidos iniciais. 
 
Josefa Maria Silva Rocha interpôs apelação às fls. 162/174, na 
condição de terceira prejudicada, repisando os argumentos lançamentos 
no recurso do autor. 
 
Contrarrazões às fls. 192/199. 
 
A Procuradoria de Justiça se absteve de atuar no feito, 
conforme fls. 207/208. 
 
É o relatório. 
 
VOTO 
 
 
Os apelantes buscam a anulação do processo administrativo 
que culminou com a suspensão do direito de dirigir do autor por 12 meses 
e obrigatoriedade de frequência e aprovação em curso de reciclagem, em 
decorrência de recusa ao exame do etilômetro (“bafômetro”) em blitz da 
operação Lei Seca. 
 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
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Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 4 
In casu, verifica-se que ocorreu a decadência. 
 
O autor foi autuado em flagrante por dirigir veículo sob 
influência de álcool no dia 01/05/2015 (fl. 74). A partir de então, foi iniciado 
o processo administrativo visando à imposição de penalidade de multa. 
 
Ocorre que, no caso, o autor não era proprietário do veículo, 
mas sim a sua mãe Josefa Maria Silva, que recorre na condição de 
terceira prejudicada. 
 
Em regra, o entendimento do STJ é no sentido de se exigir a 
dupla notificação nos casos de multa de trânsito, como prescreve o 
enunciado nº 312: 
 
“No processo administrativo para imposição de multa 
de trânsito, são necessárias as notificações da 
autuação e da aplicação da pena decorrente da 
infração.” 
 
A notificação inicial, relativa à autuação, apenas será 
dispensada se o condutor, autuado em flagrante, for o proprietário do 
veículo. 
 
Nesse sentido, o STJ: 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO 
INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
TESE DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 458, III, 474 E 535, I 
E II DO CPC/73 REPELIDA. AÇÃO ANULATÓRIA DE 
MULTA DE TRÂNSITO. DUPLA NOTIFICAÇÃO. 
OCORRÊNCIA. CONCLUSÃO DO TRIBUNAL DE 
ORIGEM. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 
7/STJ. AGRAVO INTERNO DO PARTICULAR 
DESPROVIDO. 
[...]2. Esta Corte possui entendimento de que no 
processo administrativo de imposição de multa de 
trânsito é necessária dupla notificação: a) a primeira, 
que poderá ser feita pelo correio, cabe na autuação a 
distância ou por equipamento eletrônico, com o 
desiderato de ensejar conhecimento da lavratura do 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
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Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 5 
auto de infração(art. 280, caput e inciso VI do CTB), 
dispensável, por óbvio, nas hipóteses de 
flagrante, já que o infrator é notificado de modo 
presencial (art. 280, VI, § 3º, c/c o art. 281, II do 
CTB); e b) a segunda deverá ocorrer após julgada a 
subsistência do auto de infração, com a imposição 
de penalidade (art. 282, do CTB) (AgRg no 
AREsp. 728.484/SP, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, 
DJe 10.11.2015). 
3. Na espécie, o Tribunal de origem entendeu que a 
Recorrente foi devidamente notificada, conforme 
determina o Código de Trânsito Brasileiro. Ademais, 
houve autuação em flagrante que, segundo 
entendimento desta Corte, é válida como primeira 
notificação. Assim, a alteração dessas conclusões, 
na forma pretendida, demandaria a incursão no 
acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado no 
âmbito do Recurso Especial, por incidência da Súmula 
7/STJ. 
(AgInt no AREsp 320.408/RS, Rel. Ministro 
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 09/03/2017, DJe 30/03/2017) 
 
ADMINISTRATIVO. MULTA DE TRÂNSITO. 
AUTUAÇÃO EM FLAGRANTE. CONDUTOR QUE 
NÃO ERA PROPRIETÁRIO. NOTIFICAÇÃO PARA 
DEFESA PRÉVIA. 
NECESSIDADE. 
1. In casu, o Tribunal a quo conclui que o condutor, 
quando da infração, não era o proprietário do 
automóvel e que, em casos de autuação em flagrante, 
quando o condutor/infrator não é o proprietário do 
veículo autuado e a este é endereçada a multa, há 
necessidade de oportunização da defesa prévia 
mediante a notificação de infração de trânsito. 
2. A jurisprudência do STJ possui entendimento no 
sentido de que nova notificação de autuação deve ser 
expedida, mesmo em caso de notificação in facie, 
quando a infração se refere ao veículo e é de 
responsabilidade do proprietário que não estava na 
condução do automóvel. 
3. Recurso Especial não provido. 
 
 
 
 
 
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mf 6 
(REsp 1331761/RS, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
20/09/2012, DJe 15/10/2012) 
 
O enunciado nº 320 do TJRJ segue na mesma linha: 
 
“É desnecessária a notificação prevista no artigo 281, 
parágrafo único, II, da Lei Federal nº 9.503/1997, 
quando a infração houver sido autuada em flagrante e 
o proprietário do veículo for o condutor infrator.” 
 
No caso, porém, o condutor não era o proprietário do veículo 
(fl. 16), o que exige a notificação da real proprietária, Sra. Josefa Maria 
Silva Rocha. 
 
Sendo certo que a autuação se deu em 01/05/2015, a 
notificação acerca do processo administrativo da multa apenas foi 
expedida em 05/06/2015 (fl. 24), ou seja, após o prazo de trinta dias 
previsto no art. 281, parágrafo único, inciso II do Código de Trânsito 
Brasileiro: 
 
“Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da 
competência estabelecida neste Código e dentro de 
sua circunscrição, julgará a consistência do auto de 
infração e aplicará a penalidade cabível. 
 
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e 
seu registro julgado insubsistente: 
 
I - se considerado inconsistente ou irregular; 
 
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for 
expedida a notificação da autuação. (Redação dada 
pela Lei nº 9.602, de 1998)” 
 
 
Desta forma, ante a notificação fora do prazo legal, o auto de 
infração não merece prosperar, nos termos do disposto no art. 281, 
parágrafo único, II do CTB, face a decadência do direito de punir. 
 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
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mf 7 
Seguindo a mesma linha, o art. 3º da Resolução 404/2012 do 
CONTRAN dispõe: 
 
“Art. 3º À exceção do disposto no § 5º do artigo 
anterior, após a verificação da regularidade e da 
consistência do Auto de Infração, a autoridade de 
trânsito expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias 
contados da data do cometimento da infração, a 
Notificação da Autuação dirigida ao proprietário do 
veículo, na qual deverão constar os dados mínimos 
definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação 
específica. 
 
(...) 
 
§ 2º A não expedição da notificação da autuação no 
prazo previsto no caput deste artigo ensejará o 
arquivamento do Auto de Infração.” 
 
Tudo conforme a jurisprudência do STJ, a saber: 
 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. 
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E 
RESOLUÇÃO STJ N.º 08/2008. AUTO DE INFRAÇÃO. 
NOTIFICAÇÃO. PRAZO. ART. 281, PARÁGRAFO 
ÚNICO, II, DO CTB. NULIDADE. RENOVAÇÃO DE 
PRAZO. IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS. 
SÚMULA 7/STJ. 
1. O Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) prevê 
uma primeira notificação de autuação, para 
apresentação de defesa (art. 280), e uma segunda 
notificação, posteriormente, informando do 
prosseguimento do processo, para que se defenda o 
apenado da sanção aplicada (art. 281). 
2. A sanção é ilegal, por cerceamento de defesa, 
quando inobservados os prazos estabelecidos. 
3. O art. 281, parágrafo único, II, do CTB prevê que 
será arquivado o auto de infração e julgado 
insubsistente o respectivo registro se não for expedida 
a notificação da autuação dentro de 30 dias. Por isso, 
não havendo a notificação do infrator para defesa no 
 
 
 
 
 
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Quinta Câmara Cível 
 
 
 
 
 
Apelação Cível nº 0002662-31.2016.8.19.0014 
 
 
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Tel.: + 55 21 3133-6005 – E-mail: 05cciv@tjrj.jus.br 
mf 8 
prazo de trinta dias, opera-se a decadência do direito 
de punir do Estado, não havendo que se falar em 
reinício do procedimento administrativo. 
(...) 
6. Recurso especial conhecido em parte e provido. 
Acórdão sujeito ao art. 543-C do CPC e à Resolução 
STJ n.º 08/2008. 
(REsp 1092154/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 
31/08/2009) 
 
 
Ante o exposto, voto pelo provimento dos recursos para 
julgar procedente o pedido inicial, declarando a nulidade do auto de 
infração nº C36214794 e do processo administrativo E-
12/062/051653/2015, com fulcro no art. 281, parágrafo único, inciso II 
do CTB. 
 
Em consequência, invertem-se os ônus sucumbenciais, 
observada a isenção legal. 
 
 
Rio de Janeiro, 03 de outubro de 2017. 
 
CLAUDIA TELLES 
DESEMBARGADORA RELATORA

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