Aula 01 Gestão Financeira PME

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GESTÃO FINANCEIRA DE 
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Prof. Marcelo P. Leite
Economista (reg. nº 23893/Corecon-RJ)
Mestre pelo Inst. de Economia/UFRJ
Especialista em Gestão e Estratégia/UFRRJ
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático:
Entender a importância da Gestão financeira nas Pequenas e Médias Empresas;
Compreender a importância da Contabilidade e de seus indicadores;
Identificar os principais usuários da Gestão financeira.
Aula 1 - Gestão Financeira
GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Aula 1: Gestão Financeira
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
O que é a gestão financeira?
Gestão ou Administração financeira é, antes de tudo, o conjunto de atividades/rotinas que nos permite identificar, medir, analisar, preparar, interpretar e apresentar as informações relativas ao fluxo financeiro da empresa visando assegurar o uso apropriado de seus recursos e maximizar os resultados.
GESTÃO FINANCEIRA
(RECURSOS x RESULTADOS)
IDENTIFICAR
MEDIR
ANALISAR
PREPARAR
INTERPRETAR 
APRESENTAR
Gestão Financeira na Pequena Empresa
GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Aula 1: Gestão Financeira
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
O Gestor Financeiro
→ “Administrar é decidir”
O gestor financeiro deve possuir uma visão do todo de sua empresa e do seu mercado, destacando suas oportunidades , tanto internas como externas. Sendo capaz de realizar a boa interpretação dos dados e das informações que foram geradas e, a partir destas, inferir comportamentos e ações futuras.
GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
A administração é um processo que planeja, organiza, dirige e controla. E, estes processos, devem ser intensificados na Gestão Financeira, para que possamos obter a receita e a despesa real da empresa.
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Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
Micro, Pequenas e Médias Empresas – Classificação (Brasil)
“de acordo com a republicação da Lei Complementar nº 123/2006 (que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), disposto no art. 5º da LC nº 139, de 10/11/2011”.
→ A sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, que estiverem devidamente registrados podem ser classificadas como:
Empresa: organização destinada à produção, distribuição e/ou comercialização de bens e serviços, que tenha por objetivo o lucro.
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Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
Microempresa “ME” – desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
Pequena empresa (Empresa de Pequeno Porte) “EPP” – se sua receita bruta anual for superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);
Média empresa - se sua receita bruta anual for superior a R$ 3.600.000,00 e igual ou inferior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais → receita bruta anual a partir da qual se enquadram as empresas de grande porte – Lei ordinária nº 11.638 de 28/12/2007 ).
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	→ Pela classificação do SEBRAE – divulgada pelo IBGE em 2001:
Microempresa “ME” – até 9 pessoas ocupadas;
Pequena empresa (Empresa de Pequeno Porte)“EPP” – de 10 a 49 pessoas;
Média empresa – a partir de 50 pessoas, respeitadas a RB anual acima.
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
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Importância dos relatórios gerenciais
→ Para uma empresa sobreviver e manter-se num mercado cada vez mais competitivo é necessário que o empresário tome suas decisões apoiadas em informações precisas e atualizadas, fornecidas por relatórios gerenciais, com indicadores de desempenho que possibilitem o acompanhamento periódico dos resultados da empresa.
 - Relatórios gerenciais:
I) Controle das Vendas Realizadas: tem por objetivo apurar, a partir do registro dos movimentos diários, o resultado bruto mensal da empresa, confrontando o valor das vendas (independente se a vista ou a prazo) com o custo das mercadorias vendidas (CMV), independente da sua forma de pagamento. Assim, o “Resultado bruto (RB) = Vendas – CMV”.
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 - Relatórios gerenciais (cont.):
II) Apuração de Resultados da Empresa: tem por objetivo apurar o resultado líquido mensal da empresa. Este é obtido ao se subtrair do “Resultado bruto” as despesas da empresa (que podem ser distribuídas entre: despesas variáveis, despesas fixas e despesas financeira). Constituindo-se no “Resultado Operacional da Empresa” (RO) ou Lucro Operacional (LO), que é o lucro obtido sem o desconto do imposto de renda (IR).
	 . RO = LO = RB – Dv – Df – Dfin (se positivo: Lucro; mas se negativo: Prejuízo)
III) Controle de Caixa do Movimento Realizado: tem por objetivo registrar as entradas e saídas realizadas de recursos financeiros e apurar o saldo disponível a cada dia. Este controle financeiro deverá ser feito diariamente e seu saldo final não pode ser confundido com lucro (quando positivo) ou prejuízo (se negativo), dado que revela apenas a posição do caixa no dia.
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IV) Fluxo de Caixa: objetiva o Controle de Caixa, onde se realiza o registro de todas as entradas (recebíveis) e saídas (pagamentos) de recursos financeiros de acordo com suas datas previstas, apurando o saldo disponível previsto de caixa da empresa diariamente. E, assim como o “Controle de Caixa do Movimento Realizado”, seu saldo final não deve ser confundido com lucro ou prejuízo.
	
	
* IMPORTANTE: separe os valores a receber de acordo com seu nível de confirmação/segurança, evitando superestimar suas entradas de caixa. Pois, uma “Receita real” (valores já faturados e certos e/ou já recebidos – ex.: vendas a vista, cartões, etc.) é diferente de uma “Receita estimada” (negócios já confirmados/realizados mas que apresentem ainda alguma dúvida quanto ao seu faturamento e/ou data de recebimento).
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Fluxo de Caixa - Estrutura Básica:
→ Saldo Inicial: valor constante no caixa no início do período (dinheiro na “gaveta” mais os saldos bancários disponíveis para saque).
→ Entradas de Caixa(+): vendas realizadas à vista, duplicatas, cheques pré-datados, faturas de cartão de crédito disponíveis como “dinheiro” na respectiva data.
→ Saídas de Caixa(-): pagamentos de fornecedores, retiradas dos sócios/proprietários, aluguéis, impostos, folha de pagamento, água,luz, telefone, entre outras despesas habituais.
→ Saldo Operacional: resultado de entradas menos as saídas de caixa na respectiva data (permite avaliar as “Entradas x Saídas”, sem a influência do saldo de caixa anterior).
→ Saldo Final de Caixa: resultado da soma do Saldo Inicial com o Saldo Operacional (apresenta o “Saldo Inicial” do próximo período, indicando se houve sobra ou falta de dinheiro em seu negócio no período considerado).
	
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V) Balanço Gerencial ( ou Patrimonial): tem por objetivo demonstrar onde os recursos financeiros foram aplicados na empresa (Ativo), como também as fontes de recursos financeiros (Passivo + Patrimônio Líquido). Sendo o Ativo composto pelos bens e direitos da empresa e o Passivo representado pelos compromissos, exigíveis, assumidos junto a terceiros,
que foram investidos no Ativo. O Patrimônio Líquido (PL) é formado pelos recursos financeiros dos sócios ou proprietários que foram investidos na empresa.
Ativo 
Passivo 
Ativo Circulante:
- Caixa
 Bancos
 Estoques
- Contas a Receber
Passivo Circulante:
 Contas a Pagar (exigíveis correntes)
Ativo Não Circulante:
- Realizável a Longo Prazo (contribui para mais de um exercício)
- Investimentos
- Imobilizado (bens e infraestrutura)
- Intangível
Patrimônio Líquido:
- Capital Social
- Reservas de Capital
 Ajuste de Avaliação Patrimonial 
 Reservas de Lucros
 Lucros ou Prejuízos acumulados
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Passivo Não Circulante:
 Passivo Exigível a Longo Prazo
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Indicadores Financeiros: 
I) Lucratividade sobre as vendas (L/V): tem como objetivo demonstrar qual é a lucratividade da empresa, ou seja, o poder de ganho da empresa comparando o Resultado líquido, obtido na “Apuração de Resultados da Empresa”, com o montante total de vendas.
	
 L/V = x100 = %
→ Os indicadores financeiros são uma série de índices que são calculados a partir dos valores apurados na empresa, com o objetivo de auxiliar o gestor ou proprietário no acompanhamento da situação econômica e financeira, num determinado momento. Como existe uma grande quantidade de indicadores financeiros, iremos apresentar apenas aqueles que julgamos mais adequados as atividades das pequenas e médias empresas.
Resultado liquido (LO) Vendas brutas
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II) Rentabilidade dos negócios (Rn): tem a finalidade de demonstrar para o gestor ou proprietário qual é o seu poder de ganho, ou retorno, sobre o capital que foi investido na empresa.
	 Rn = x 100 = %
 → Se calcularmos a rentabilidade (poder de ganho) em relação ao PL teremos a “Rentabilidade dos proprietários”.
III) Poder de pagamento da empresa: este é um indicador que está relacionado com a liquidez da empresa, ou seja, com a relação que há entre os seus recebíveis e os seus exigíveis, revelando se a empresa tem condições de honrar os compromissos que assumiu com terceiros em dia.
 	- Este indicador pode ser calculado de duas formas: a) levando em conta o valor dos “Estoques” e b) considerando, apenas, os recebíveis de liquidez mais imediata, em relação ao Passivo.
Resultado liquido (LO) Ativo Total
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	III.a) 
 Liquidez E = = 
				
	III.b) 
 Liquidez I = 
 IV) Nível de endividamento da empresa (Ne): tem por finalidade demonstrar qual o nível de dependência da empresa com relação aos recursos tomados junto a terceiros. Sendo um indicador de suma importância, pois se o endividamento da empresa ficar fora de controle, poderá provocar a sua falência.
	Ne = x 100 = %	
(Disponível + Contas a Receber + Estoques) Passivo Circulante
(Disponível + Contas a Receber) Total do Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Passivo Total Ativo Total
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V) Margem de Contribuição (MC): é a diferença entre o resultado bruto (RB) menos as despesas variáveis, desta forma, o montante da margem de contribuição (MC) deverá ser superior às demais despesas (fixas e financeiras) para que a empresa obtenha lucro no exercício. Este indicador pode também ser calculado como “MC por unidade vendida” (MCu) e “MC percentual” (MC%), apontando qual o valor em R$ que cada unidade contribui para cobrir as despesas fixas e financeiras e, portanto, formar o resultado da empresa (MCu) ou qual foi este ganho percentual (MC%) obtido em cada unidade.
	. Margem de Contribuição (MC) = RB – Dv → RO = LO = MC – Df - Dfin
	MCu = 
	MC% = x 100 = % → Assim, a MC% é a diferença entre 100%, 				 que é a Receita bruta, e o percentual que as 				 Despesas Variáveis representam.
 
Pç de Venda — Despesas Variáveis
MCu Pç de Venda 
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VI) Ponto de Equilíbrio (Pe): é o ponto (momento) em que o total das vendas realizadas (resultado bruto) se iguala ao valor dos custos e despesas do empreendimento. Assim, neste ponto não há lucro nem prejuízo, pois o resultado encontrado, apenas paga, liquida, os compromissos que foram assumidos. Para calcular este “ponto” (Pe) basta somar as despesas fixas (Df) mais as despesas financeiras (Dfin) e dividir este total pela porcentagem da margem de contribuição, neste caso, MC%.
 	Pe = Atenção: lembre-se que o nº % deve ser 				divididos por 100 para se realizar a operação.
Df + Dfin MC% 
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→ O Ponto de Equilíbrio pode ser calculado antes, durante e depois das atividades operacionais da empresa. 
. Se antes, é utilizado para prever o volume necessário de vendas para que a empresa não tenha prejuízo, auxiliando no planejamento das vendas. Ex.: 
Df = 2.000 ; Dfin = 500 e MC% = 50% → PE = (2000 + 500)/0,5 = 5.000 – ou seja, terei de vender, no mínimo, R$ 5.000,00 para poder cobrir todas as despesas. Sendo qualquer valor acima deste, o meu lucro.
. Se durante a realização das atividades, serve como instrumento para acompanhar a evolução das vendas e dos custos e despesas do período. Pois, quanto maior estes gastos, maior será o valor necessário para cobri-los e mais e/ou mais caro a empresa terá de vender.
. Se for calculado depois, serve para comparar o volume de vendas planejado com o realizado e tomar as decisões necessárias caso o resultado não tenha sido o esperado. Por exemplo, um lucro abaixo do esperado devido custos e despesas elevadas, vendas abaixo do planejado, etc.
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NOME DA DISCIPLINA
GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
→ Ao utilizarmos os relatórios e indicadores gerados pelas rotinas de gestão financeira, passamos a usufruir de dados reais que nos permitem maior poder no processo de tomada de decisão e controle.
→ Este processo de controle inicia-se com planejamento estabelecendo o que se deseja controlar e os meios para executá-lo, definindo políticas e diretrizes para a organização e direção das atividades a serem controladas. Passa depois pela avaliação e análise dos resultados e, por fim, pela tomada de ações corretivas dos desvios observados entre o previsto e o realizado.
→ A contabilidade é a ferramenta que fornece ao gestor os instrumentos a partir dos quais ele realizará a sua função de forma mais eficiente. Para isso é importante que o gestor financeiro conheça os demonstrativos e saiba lidar com eles, interpretando-os e os analisando, para que possa tomar decisões de forma precisa.
A importância do controle: 
O papel da contabilidade na gestão financeira: 
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GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
OBRIGADO,
BONS ESTUDOS, 
ACOMPANHEM A WEBAULA, 
LEIAM O MATERIAL DO CURSO,
EXERCITEM OS CONCEITOS APRESENTADOS E 
ATÉ A PRÓXIMA AULA.
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