Buscar

RECURSO INOMINADO PRÁTICA IV WEB 15

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/ RJ
PROCESSO NÚMERO: ...
Virgínia Lopez, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem tempestivamente e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, representada por sua advogada com procuração anexa às folhas (DOC.1), com endereço eletrônico..., endereço comercial para fins de notificação..., interpor
RECURSO INOMINADO
Contra a sentença prolatada em face da Empresa Usuracard S.A., também já qualificada nos termos do processo em epígrafe, pelas razões que seguem em anexo com o devido preparo.
Requer que Vossa Excelência se digne em recebê-lo com efeito devolutivo e posteriormente que seja remetido para o 2° grau.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
_______________________________________
ADVOGADA-OAB/UF N°...
RAZÕES RECURSAIS
EGRÉGIO COLÉGIO RECURSAL
COLENDA TURMA RECURSAL
RECORRENTE: VIRGÍNIA LOPEZ
RECORRIDA: USURACARD S.A.
JUIZADO DE ORIGEM: VARA JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO RIO DE JANEIRO
A sentença recorrida merece ser reformada pelas razões a sehuir expostas.
1 DAS PRELIMINARES
1.1 DA TEMPESTIVIDADE
De acordo com a Lei 9.099/95, o recurso deverá ser interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença por petição escrita, vide artigo 42 CAPUT da Lei citada.
1.2 DO PREPARO
Conforme comproante de custas em anexo (DOC.2), já foi realizado o devido preparo de 1° e 2° graus, no prazo abaixo de 48 ( quarenta e oito) horas da interposição para que não seja deserto, de acordo com o artigo 42,§2° Lei 9.099/95.
1.3 DO INTERESSE RECURSAL 
Havendo a existência do binômio recursal: a necessidade e a utilidade, neste caso concreto, estamos diante do fato em que a recorrente foi lesada, constando seu nome no Serviço de Proteção de Crédito (SPC), mesmo sem haver restrições lícitas, uma vez que foram devidamente pagas.
Ocorre que esta restrição refletiu na negativa da realização de contrato para aquisição de um imóvel, o qual seria sua casa própria.
2. DA SÍNTESE DA DEMANDA (dispensada)
3. DO MÉRITO
3.1 DO CABIMENTO
É cabível a aplicabilidade do Recurso Inominado, devido as sentenças recorríveis dos Juizados Especiais, regidos pela Lei 9.099/95.
A sentença em parte julgou improcedente o pedido de dano moral entendendo que o mesmo é incabível.
Não restando dúvida sobre a existência do nexo causal, a comunicação entre o ato ilícito e o dano moral, devendo ser aplicável a norma processual civil nos termos do artigo 14 CPC/15.
3.2 DO CABIMENTO POR INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
Com devida clareza o artigo 187 do Código Civil expressa que comete ato ilícito àqueles que contrariam os valores: econômico, social, boa-fé e os bons costumes.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Ocorre que a recorrida não exigiu com boa-fé, nem com bons costumes, diante de deixar o nome constar no SPC, enquanto já devidamente pagos, o que levou a recorrente prejuízos, pois a mesma estava prestes a realização de uma negociação e não conseguiu realizar a contratação de seu imóvel, todos os comprovantes seguem em anexo (DOC.3).
Diante o exposto, observa-se o artigo 937 Código Civil relata sobre a indenização de reparar.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
À luz da Jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DÍVIDA INEXISTENTE - INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - SPC/SERASA - DEVER DE INDENIZAR - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - VALORAÇÃO DO DANO - RAZOABILIDADE. A inscrição do nome do consumidor em cadastro desabonador ao crédito, em razão de dívida inexistente, constitui causa de dano moral puro, gerador do dever de indenizar, o qual não depende da existência de reflexos patrimoniais, nem da prova dos incômodos sofridos. Ao fixar valor da indenização deve-se ter em conta as condições do ofendido, do ofensor e do bem jurídico lesado. A indenização deve proporcionar à vítima satisfação na justa medida do abalo sofrido, sem enriquecimento ilícito, produzindo, no causador do mal, impacto suficiente para dissuadi-lo de igual e semelhante atentado. (TJ-MG - AC: 10515100010963001 MG, Relator: Newton Teixeira Carvalho, Data de Julgamento: 22/05/2014, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/05/2014) 
Destarte que diante de uma responsabilidade civil, há obrigação de indenizar.
4.DOS PEDIDOS
A recorrente requer que o Recurso Inominado seja reconhecido e no mérito provido para a sentença guerreada no sentido de condenar a recorrida a pagar indenização por dano moral no valor de R$ (...).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data.
______________________________________
ADVOGADA-OAB/UF N°....

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais