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2 Competências e habilidades Ao concluir as etapas propostas neste desafio, você terá desenvolvido as competências e habilidades descritas a seguir, que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2016): Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão. Desenvolver a capacidade crítico-analítica de avaliação quanto às implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação. Desenvolver a iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, bem como a vontade de aprender, estar aberto às mudanças e ter consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional. Desenvolver a capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, e diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável. Desenvolver a capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativos, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. Objetivo do Desafio Desenvolver de forma interdisciplinar a experimentação da solução de problemas a partir de conhecimentos discutidos nas seguintes disciplinas: Empreendedorismo, Comportamento Organizacional, Técnicas de Negociação, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Com base nos conteúdos estudados, propor um programa de mudança da cultura organizacional de uma empresa que, no momento, caracteriza-se por uma gestão conservadora, buscando implantar uma gestão orientada ao empreendedorismo. 3 Produção acadêmica A produção se dará por meio de análise e interpretação de dados de um caso empresarial, utilizando técnicas, como leitura de textos e elaboração de relatório, com base nos conteúdos discutidos nas disciplinas que compõem o Desafio Profissional, além de pesquisa bibliográfica complementar. Desafio Profissional Uma empresa industrial, devido à retração do mercado consumidor causada pela crise que o país tem vivenciado, possui parte de sua capacidade produtiva ociosa. Diante de tal situação, a alta direção dessa organização se reuniu e resolveu implantar na empresa uma cultura empreendedora, buscando mudar a visão e o comportamento de seu quadro funcional, por meio da criação de um programa de incentivo a novas ideias. Uma empresa industrial, nos últimos dois anos, tem vivenciado uma situação de queda na produção causada, principalmente, pela retração de seu mercado consumidor. Devido a essa situação, a alta direção da organização, após reunir-se com todos os membros do conselho diretivo e após analisar as diversas possibilidades de adoção de medidas para mudar sua situação econômica atual, decidiu que o melhor caminho seria desenvolver e implantar um programa de mudança da cultura da empresa, que está pautada em um comportamento organizacional conservador. Mudar a cultura de uma organização é um dos desafios mais difíceis para as lideranças, pois essa cultura compreende um conjunto interligado de objetivos, funções, processos, valores, práticas de comunicação, atitudes e suposições. Os elementos estão encaixados como em um sistema, reforçados mutuamente e combinados para impedir qualquer tentativa de mudança. Mudar o comportamento de uma organização é um empreendimento de grande escala e, para ser bem-sucedido, todas as ferramentas organizacionais 4 deverão ser utilizadas e todos os seus membros deverão ser envolvidos (CARAVANTES, 2008). Em geral, um programa de sucesso se inicia com as ferramentas de liderança, incluindo uma visão ou uma projeção do futuro. Essa projeção deve ser extensamente exposta e explicada aos membros da organização, pois exigirá uma mudança de comportamento de todos, por meio de desenvolvimento pessoal e profissional das equipes de trabalho. A intenção da alta direção é implantar uma cultura voltada ao intraempreendedorismo, ou empreendedorismo corporativo, que, segundo Dornelas (2012), é um meio de identificar, desenvolver, capturar e implementar novas oportunidades de negócios no ambiente organizacional e leva à identificação de novas possibilidades no mercado e criação de valor para acionistas, funcionários e clientes. Ou seja, é o comportamento pelo qual o colaborador busca encontrar novas oportunidades de implementar melhorias nos processos, produtos e/ou serviços da organização. Para tal, ele deve ser inovador, criativo, flexível e ir além daquilo que lhe está predeterminado. Em termos de gestão, não basta às empresas estabelecer o que cada cargo deve realizar e avaliar se o ocupante dele atingiu os objetivos predeterminados. Elas precisam invocar forças proativas, criativas e inovadoras dos indivíduos e fazer com que estes escolham investir esforços no mesmo sentido dos interesses e objetivos organizacionais. Dessa forma, uma visão intraempreendedora requer a adoção de práticas para promover maior participação e envolvimento das pessoas com o trabalho e com a organização. Além disso, segundo Dornelas (2012), é necessário permitir relativa liberdade para o exercício constante da criatividade e autonomia, de forma a proporcionar inovação e melhorias aos processos empresariais. Para promover tais mudanças, são necessários programas de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores e o alinhamento da cultura e dos objetivos da organização com a cultura e os objetivos dos profissionais que nela trabalham. Esse 5 alinhamento deve ser feito por meio da divulgação e disseminação da missão, da visão e dos valores organizacionais. De acordo com Lima (2015, p. 70), normalmente, a missão, a visão e os valores “resultam do que o fundador pensava e, em certo momento, resolveu transformar em orientação formal para seu negócio”. Segundo o autor, “missão e visão, então, transformam-se na maneira como se deve conduzir o negócio”. Sendo assim, podem ser alterados conforme muda o mercado e muda a estratégia do negócio. Valores são permanentes, são os comportamentos desejados de todos, em qualquer situação. Devem conter o que os gestores ou criadores julgam importante para o desempenho das pessoas. Neles se encontram aspectos estruturais da cultura de gestão da empresa (LIMA, 2015). Esses três elementos precisam ser, ao mesmo tempo, inspiradores e levar as pessoas a se sentirem parte, isso faz com que elas saibam qual caminho devem seguir. A missão, de acordo com Caravantes (2008), é a razão de existir da organização, é sua inspiração. Segundo Lima (2015, p. 71), “a missão leva as pessoas a compartilhar um sonho e propõe uma causa”. A missão da instituição esclarece o compromisso e o dever da instituição para com a sociedade. Exemplo de missão: Kroton – “Melhorar a vida das pessoas por meio da educação responsável, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, gerando valor de forma sustentável”. A visão, de acordo com Caravantes (2008), é o que a empresa quer se tornar – sua aspiração. Ela define o que a empresa quer atingir e aonde ela quer chegar em determinado tempo no futuro. Exemplo de visão: Kroton – “Ser referência em educação como a melhor escolha para estudar, trabalhar e investir, líder nas localidades onde atua”. Os valores são os princípios que orientam a instituição. Correspondem ao que é importante para ela e devem ser considerados guias para o comportamento de seus membros. Segundo Lima (2015), geralmente, englobam conteúdos éticos e 6 morais. A atribuição principal dos líderes é divulgá-lose encontrar mecanismos eficientes para internalizar os valores na equipe de trabalho. Exemplo de valores: Kroton “Paixão por educar”. “Respeito às Pessoas.” “Honestidade e Responsabilidade.” “Fazer acontecer.” “Foco em geração de valor.” “Trabalhar junto”. Empresas com filosofia empreendedora são orientadas a recompensas, ou seja, adotam um sistema de recompensas com base na contribuição à descoberta/geração e exploração de oportunidades por parte de seus colaboradores. Sendo assim, empresas com cultura orientada ao intraempreendedorismo estimulam funcionários a gerar ideias, experimentos e a participar de outras atividades que possam produzir um resultado criativo. O ambiente intraempreendedor nasce e se expande em função da natureza da cultura das organizações. Em culturas conservadoras, a estrutura de poder e as teias hierárquicas sufocam a liberdade dos colaboradores, calando também a sua capacidade de inovar. Nas empresas que têm a ousadia de implantar estruturas flexíveis, a capacidade criativa dos seus colaboradores pode ser decisiva para o seu desenvolvimento, entretanto, segundo Cintra (2011), na maioria dessas empresas, essa capacidade criativa precisa ser desenvolvida por meio de programas de treinamento e desenvolvimento pessoal e profissional. O seu Desafio Profissional é desenvolver uma proposta de programa de implantação de mudança da cultura organizacional da empresa aqui relacionada. Imagine que você seja o gestor escolhido pela alta direção para coordenar a elaboração desse programa de mudança de cultura e comportamento organizacional e precisa, com base no que foi apresentado e nos seus conhecimentos, apresentar a melhor proposta de melhoria para os diretores empresa. 7 Para construir o seu Desafio Profissional, será necessário seguir os seguintes passos: Passo 1 Para iniciar a criação do programa de mudança, você deverá criar um novo conjunto de missão, visão e valores para a empresa, direcionando essas variáveis para a promoção da cultura empreendedora. Passo 2 Propor um programa de treinamento e desenvolvimento com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, privilegiando programas que enfatizam a gestão do conhecimento na empresa e sempre direcionando ações que privilegiem o empreendedorismo. Para isso, você deverá identificar quais são as características de pessoas empreendedoras e propor um programa que vise desenvolver ou otimizar essas características nos profissionais da empresa. Passo 3 Desenvolver um programa de incentivo à inovação, propondo formas de negociar com os colaboradores, formas de recompensa às ideias inovadoras que forem passíveis de implantação, visando à utilização da capacidade ociosa atual da empresa. Essa é uma forma de motivar a mudança de comportamento e angariar novas ideias. Passo 4 Identificar qual é o modelo de liderança ideal para a implantação de uma cultura empreendedora na empresa e relacionar a importância e a influência da liderança nos resultados a serem alcançados. Fundamente suas considerações. 8 Passo 5 Neste passo, você deve fazer uma análise geral de tudo o que foi apresentado e de todos os passos já executados, além de apresentar um plano de divulgação do programa a todos os colaboradores da empresa, buscando alinhar os objetivos da organização com os objetivos de todos os envolvidos. Orientação pedagógica O desenvolvimento das competências e habilidades dispostas nas Diretrizes Curriculares Nacionais, além de todas as propostas deste Desafio, são a base para a utilização das ementas de nossas disciplinas para o desenvolvimento da atividade. A observação dessas ementas em conjunto com a leitura dos artigos apresentados farão com que você, aluno, desenvolva uma visão sistêmica sobre o universo empresarial/organizacional e sobre a importância das mudanças organizacionais nesse contexto. Para te ajudar na elaboração deste Desafio Profissional, é importante conhecer o trabalho intitulado Análise das características intraempreendedoras no perfil do líder, de Elisangela Ferraza e demais colaboradores, disponível no link < http://www.ingepro.com.br/Publ_2011/Fev/04%20Artigo%20350%20pg%2033- 45.pdf>. Esse artigo te fornecerá dados importantes sobre as características de um profissional intraempreendedor. Outro trabalho bastante interessante é o artigo O empreendedorismo corporativo como estratégia de gestão em organizações contemporâneas, de autoria de Alexandre Marino Costa, Domingo Cericato e Pedro Antonio Melo, disponível no link <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep0707_1043.pdf>, em que você terá acesso a informações sobre a implantação do empreendedorismo corporativo nas organizações. Por meio da dissertação de mestrado de Sidnei Alberto Fochesatto, intitulada Os planos de incentivo e recompensas como fatores de motivação: estudos de caso nas duas maiores empresas do ramo metal-mecânico de Caxias do Sul, disponível no 9 link <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3510/000339322.pdf>, você poderá conhecer alguns exemplos de programas de recompensa. Você pode também obter informações sobre o desenvolvimento de programas de treinamento e desenvolvimento (T&D), pelo trabalho denominado Treinamento e desenvolvimento organizacional, uma ferramenta nas empresas atuais, de autoria de Paula Almeida Ribeiro Leite e Tereza Cristina Carneiro Lott, com acesso pelo link <http://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/treinamento_e_desenvolvimen to_organizacional_uma_ferramenta_nas_empresas_atuais.pdf>. Postagem do Desafio Profissional Postar no ambiente virtual a versão final do Desafio Profissional em arquivo único no formato .doc/.docx (Word) para a avaliação do tutor a distância. Critérios de avaliação Desafio Profissional: nota de 0 a 4 pontos. Observância à padronização e às orientações para a construção do projeto. Padronização A atividade deve ser estruturada da seguinte forma: 1. Em páginas de formato A4. 2. Com margens esquerda e superior de 3 cm, direita e inferior de 2 cm. 3. Fonte Times New Roman ou Arial tamanho 12, cor preta. 4. Espaçamento de 1,5 entre linhas. 5. Se houver citações com mais de três linhas, devem estar em fonte tamanho 10, com um recuo de 4 cm da margem esquerda e espaçamento simples entre linhas. 6. Com capa, contendo: 6.1. nome de sua unidade de ensino, curso e disciplinas; 6.2. nome completo e RA do(a) aluno(a); 6.3. título da atividade; 10 6.4. nome do tutor(a) a distância (EAD); 6.5. cidade e data da entrega, apresentação ou publicação. Referências AZEVEDO, Carlos Eduardo de. Empreendedorismo: o processo empreendedor. 1. ed. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Caderno de Atividades. BARBOSA, Ronaldo. Gestão do conhecimento. 1. ed. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2016. Caderno de Atividades. BRUNING, Camila; MONTE RASO, Cristiane Cecchin; PAULA, Alessandra de. Comportamento organizacional e intraempreendedorismo. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2015. CALIL, Alexandre Mine. Técnicas de negociação: uma reflexão sobre a abordagem sistêmica na negociação e o processo de negociação. 1. ed. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Caderno de Atividades. CARAVANTES, Geraldo R. Comportamento organizacional. 1. ed. Porto Alegre: ICDEP, 2008. CINTRA, Josiane C. Desenvolvimento pessoal e profissional. Valinhos: Anhanguera Publicações, 2011. DORNELAS, José C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elservier, 2012. HIROTAKA, Takeuchi; IKUJIRO, Nonaka. Gestão do conhecimento. Bookman: 2008. (PLT 245). LIMA, João de. Gestãoda cultura de resultados: o modelo para gerir e liderar pessoas realizadas e empresas vencedoras. 1. ed. São Paulo: Gente, 2015. MARTINELLI, Dante P. Negociação: aplicações práticas de uma abordagem sistêmica. São Paulo: Saraiva, 2009. 11 Como citar este Desafio Profissional PAVESI, Marilza Aparecida Pavesi. Desafio profissional de empreendedorismo, comportamento organizacional, técnicas de negociação, gestão do conhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Valinhos: Anhanguera Educacional, p. 1-10, nov. 2016. Disponível em: < www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 28 nov. 2016.
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