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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIASE CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA PROCESSOS FÍSICOS NA ELETRIZAÇÃO DE CORPOS MATERIAIS Toledo - PR OUTUBRO/2017 Drielly Gama Carvalho Júlia Coutinho Bertuzzi Talyta Wenzel Feitoza da Silva Santos PROCESSOS FÍSICOS NA ELETRIZAÇÃO DE CORPOS MATERIAIS Relatório apresentado à disciplina de Física Geral e Experimental II. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Toledo. Professor: Dr. Fernando Rodolfo Espinoza Quiñones Toledo – PR 2017 RESUMO Com o objetivo de observar os processos físicos de eletrização de corpos materiais, realizaram diversos procedimentos como gerador de Van der Graaf. O gerador de Van der Graaf, consiste em produzir elevadas tensões através da rotação de uma correia transportadora que é conectada a dois roletes, sendo um superior e um inferior, as cargas são coletadas pelos pentes e conduzidas para o domo ou para a superfície desejada. Com o gerador ligado foi aproximado um bastão de madeira com uma esfera de plástico na extremidade e pode-se observar uma descarga elétrica. Um eletroscópio de folhas também foi aproximado ao domo do gerador e observou-se que a folha metálica se afastou da haste metálica, devida as cargas positivas atraídas. Foi montado um sistema de duas placas metálicas em paralelo, uma carregada positivamente e uma negativamente, onde colocou-se uma vela entre elas assim podendo ser observado a presença de um campo elétrico, indicado pela deformação da chama da vela, inclinando-se para o lado de uma das placas. Ao colocar uma gaiola metálica ao redor da vela, ocorreu a blindagem elétrica do campo, podendo observar a não movimentação da chama. Por fim, o poder das pontas foi verificado pelo giro causado pela transferência/indução de cargas a um torniquete, gerando um campo elétrico Palavras chave: Gerador de Van der Graaf, cargas, campo elétrico. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................... Erro! Indicador não definido. METODOLOGIA .................................................. Erro! Indicador não definido. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 10 5 1. METODOLOGIA 1.1. GERADOR DE VAN DER GRAAF Para o gerador de Van Der Graaf, foram utilizados o gerador e um bastão de madeira (material isolante) com uma esfera de plástico em sua extremidade, como na figura 1. Com o gerador ligado, aproximou-se a esfera de plástico ao domo do gerador e observou-se os fenômenos que ocorreram. Figura 1. Gerador de Van der Graaf. (Fonte: ESPINOZA-QUIÑONES(2017)) 1.2. ELETROSCÓPIO DE FOLHAS O eletroscópio de folhas, apresentado na figura 2, é um balão de vidro e dentro há uma haste metálica inserida através de uma rolha isolante. Na haste metálica há uma folha metálica fixada ao seu extremo. Novamente com o gerador de Van der Graaf ligado, aproximou-se o eletroscópio de folhas ao domo e observou-se as alterações que ocorreram a cada aproximação realizada. 6 Figura 2. Eletroscópio de Folhas. (Fonte: ESPINOZA-QUIÑONES(2017)) 1.3. GERAÇÃO DE SOPRO ELÉTRICO SOBRE UMA CHAMA Foi montado um sistema com duas placas metálicas em paralelo, como na figura 3, e em uma placa conectou-se a carga positiva e na outra a carga negativa, assim gerando um campo elétrico uniforme. As cargas positivas e negativas são originadas do gerador de Van der Graaf. Entre as placas metálicas foi posicionada um suporte isolante e nele foi colocado a vela, ao ligar o gerador, observou-se o fenômeno físico gerado pela ação do campo elétrico na chama da vela. Após feita a primeira observação, colocou-se uma gaiola metálico em torno da vela e observou-se novamente o fenômeno físico gerado. Além da vela, utilizou-se também uma lamparina movida a álcool, para uma comparação. Figura 3. Sistema utilizado para o experimento de geração de sopro elétrico. (Fonte: ESPINOZA-QUIÑONES(2017)) 7 1.4. GERAÇÃO DE TORQUE PELO EFEITO DO PODER DAS PONTAS Com o mesmo sistema da geração de sopro elétrico sobre uma chama, foi realizado a geração de torque pelo efeito do poder das pontas. Mas foi utilizado um eixo metálico com quatro varas metálicas afixadas ao eixo e dispostas no mesmo plano, com sua pontas dobradas no mesmo sentido como na figura 4. A vara metálica foi também foi posicionada no topo do domo do gerador. Em todos os procedimentos realizados foram observados os efeitos ocorridos. Figura 4. Sistema utilizado para o experimento de geração de torque pelo efeito do poder das pontas. (Fonte: ESPINOZA-QUIÑONES(2017)) 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 2.1. GERADOR DE VAN DER GRAAF O gerador de Van der Graaf é uma máquina eletrostática capaz de produzir elevadas tensões, constituído por: base, motor, coluna (suporte) isolante, roletes inferior e superior, escova, pente coletores, correia transportadora e esfera (domo) metálica. O gerador funciona a partir do movimento da correia que se eletriza por atrito com a escova, a correia tem a função de transportar as cargas vindas da escova até o pente coletor. A escova fica abaixo do rolete inferior entrando em contato com a parte externa da correia. O pente coletor fica acima do rolete superior e coleta as cargas presentes na correia eletrizada, em contato com a esfera metálica distribui as cargas por sua superfície. O rolete inferior e superior tem a função de fazer com que a correia fique em movimento, eles ficam por dentro da correia em contato com sua parte interna. O primeiro rolete, o inferior, tem o eixo conectado a 8 uma polia que está ligada ao motor, portanto sempre que o motor girar o rolete também vai girar (esse rolete que dá movimento a correia). O segundo rolete, o superior, tem o eixo livre, ou seja, ele gira de acordo com o movimento da correia e serve como tensor da correia. (UnB). As partes do gerador podem ser observadas na figura 5 abaixo. Figura 5. Partes interna do gerador de Van der Graaf. (Fonte: UnB) Na realização do experimento observou-se a formação de descargas elétricas quando o bastão com a esfera de plástico foi aproximado, isso acontece pois houve uma ruptura dielétrica no ar entre o bastão e o domo. A superfície do domo estava carregada positivamente e o bastão possui carga neutra, assim ocorreu a eletrização por indução. Esse processo de indução é baseado no princípio da atração e repulsão, já que a eletrização ocorre apenas com a aproximação de um corpo eletrizado a um corpo neutro. O fenômeno pode ser visto pois houve a liberação de energia na forma de fóton. 2.2. ELETROSCÓPIO DE FOLHAS Quando se aproxima um material eletrizado da esfera presente no eletroscópio de folhas, as cargas de mesmo sinal do material eletrizado se repelem pelo processo de indução. No experimento realizado eletroscópio de folhas inicialmente estava neutro, ao aproximar-se do domo carregado positivamente houve a indução de cargas e a folha metálica se afastou da haste metálica por possuir cargas positivas também. Os elétrons foram atraídos para a esfera do eletroscópio e a lâmina carregou-se positivamente havendo repulsão entre a folha e a haste. O ângulo que fazem as folhas e a hastepode indicar a quantidade de carga transferida. 9 2.3. GERAÇÃO DE SOPRO ELÉTRICO SOBRE UMA CHAMA As placas paralelas possuíam polaridades diferentes, uma positiva e outra negativa, de tal forma que a chama tendeu para o lado da placa com polaridade negativa, portanto a chama (formada por íons excitados) possui uma carga positiva. Além disso a inclinação também pode ser explicada pelo campo elétrico atuando nas moléculas do ar nas proximidades da chama. Quando foi colocado a tela metálica cilíndrica ao redor da vela, percebeu-se que a chama não sofreu alteração pelo campo elétrico, já que ela funciona como uma blindagem que anula o campo. Isso porque a teia metálica é um condutor que quando carregado espalha suas cargas pela superfície externa afim equilibrar-se com o campo. 2.4. GERAÇÃO DE TORQUE PELO EFEITO DO PODER DAS PONTAS Em materiais condutores pontiagudos ao invés da carga elétrica distribuir-se sobre toda a superfície, para maior afastamento devido a repulsão, ela se acumula na ponta, sendo esse efeito denominado poder das pontas (IFSC). O poder das pontas é relacionado com rigidez dielétrica, a qual corresponde ao maior valor do campo elétrico que torna um isolante um condutor elétrico. Para o ar, ela é de 30.000 V/cm. De acordo com esse fator, se uma ponta de um condutor eletrizado o campo elétrico for esse valor ou acima, haverá perda de cargas (UNESP). Como o torniquete elétrico é constituído por fios metálicos terminados em quatro pontas, as quais são dobradas em um mesmo sentido. A repulsão, leva as cargas a serem expelidas nas pontas e o sistema ao consequente movimento, já que uma ponta carregada positivamente, atrairá elétrons e repelirá os íons positivos das moléculas de ar, obedecendo a segunda e terceira lei de Newton (UFOP). A diferença para o torniquete girando acoplado ao domo e entre as placas paralelas é que quando está sobre o domo carregado, a eletrização ocorre por um processo de condução, já no primeiro caso pelo campo elétrico formado pelas placas. 10 3. CONCLUSÃO Pode-se concluir através do experimento que apesar de o campo elétrico não ser visível, ele influencia cargas elétricas, e explica vários fenômenos, dessa forma os objetivos da prática foram atingidos com satisfação, já que verificou-se os efeitos elétricos e chegou-se a explicações plausíveis para suas ocorrências. Além disso, verificou-se conceitos tais como: eletrificação de um corpo, polaridade, campo elétrico, linhas de campo, blindagem elétrica, poder das pontas, etc. À partir dos módulos experimentais, mostrou-se a aplicação dos conteúdos aprendidos em sala. 4. REFERÊNCIAS ESPINOZA-QUIÑONES, F. R. Prática VIII – Processos físico na eletrização de corpos materiais. Toledo/PR – 2017. Leite, Franklin B. R; Titulo: Montagem do gerador de Van der Graaf para o uso em atividade experimentais no ensino de física. Planaltina – DF. UnB. Poder das Pontas. Universidade de São Paulo. Disponível em http://www.ifsc.usp.br/~strontium/Teaching/Material2010- 2%20FFI0106%20LabFisicaIII/01-IntroducaoEletrostatica.pdf. Acesso em 26 de Outubro de 2017. Poder das Pontas. Universidade Estadual Paulista. Disponível em http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Poder %20das%20Pontas.htm. Acesso em 26 de Outubro de 2017.
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