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2 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Introdução ................................................................................................4 Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral ...............................................................4 Organização da Justiça Eleitoral ....................................................................8 Poderes Normativos dos Tribunais para Editarem seus Regimentos Internos .....10 Sede .......................................................................................................13 Processo de Escolha de Membros do TRE .....................................................13 Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador (TJ/PR) e Juiz de Direito (Justiça Estadual do Paraná) ............................................................14 Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/4ª Região ...............................15 Escolha de Membros do TRE/PR da Classe dos Advogados ..............................16 Composição dos TREs ...............................................................................20 Juiz Federal do TRE/PR: Juiz do TRF/4ª Região ou do 1º Grau de Jurisdição da Justiça Federal no Estado do Paraná? ..........................................................21 Vedações a Escolha dos Membros do TRE .....................................................22 Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/PR .....................................24 Recondução .............................................................................................25 Biênios ....................................................................................................25 Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha ..........................26 Presidente e Vice-Presidente ......................................................................30 Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PR .......................................31 Competências da Justiça Eleitoral ...............................................................33 Registro de Candidatos ..............................................................................35 Expedição de Diplomas ..............................................................................35 Registro e Cancelamento de Diretório de Partido Político ................................36 Conflito de Competência ............................................................................36 3 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Exceção de Suspeição ou de Impedimento ...................................................38 Fixar Data das Eleições .............................................................................38 Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais no Paraná .........................................39 Requisição de Força Federal .......................................................................40 Outras Competências do TRE .....................................................................41 Principais Competências do Presidente do TRE/PR .........................................45 Das Atribuições do Procurador Regional Eleitoral ...........................................52 Exercícios de Fixação ................................................................................56 GABARITO ...............................................................................................60 4 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br INTRODUÇÃO REGIMENTO INTERNO– RESOLUÇÃO N. 661/2013 Caros concursandos, a disciplina de Regimento Interno é extremamente importan- te e pode dar a você pontos importantes para a sua classificação e nomeação. Dada a extensão desse ato normativo do TRE/PR, você precisa priorizar algumas partes. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça Eleitoral. Pois bem! Estude bastante a parte relacionada à composição e à escolha dos membros do TRE/PR. Alie esse estudo ao art. 120 da Constituição Federal. Também dê atenção às competências do TRE, do Presidente, do Corregedor Regional e do Procurador Re- gional Eleitoral. Algumas vezes o examinador, para avaliar seus conhecimentos, faz perguntas relacionadas às atribuições desses órgãos. Vamos lá, bons estudos! Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses as- pectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais: Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral Lembrem-se de que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas caracterís- ticas que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principais traços desse ramo do Poder Judiciário: • Justiça especializada – a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. WESLEI MACHADO Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Amazonas, foi Analista Judiciário (Área Judiciária) do TSE e Assessor de Desembargador no TJDFT; Especialista em Direito Constitucional – IDP; Professor de diversos cursos preparatórios para concursos em Brasília; Professor e Assessor do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília; Professor de Direito Eleitoral do Curso ATAME e do IDP. 5 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 • Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consultiva e regulamentar) – além do exercício da função típica jurisdicional, a Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administrativa, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadastro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais pertinentes à maté- ria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstancia na expedição de nor- mas – resoluções e instruções – destinadas a regulamentar a legislação eleitoral. • Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – a Jus- tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 1ª instância, por juízes estaduais; e, na 2ª instância e instância superior, por membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada. • Periodicidade de investidura de juízes – os membros da Justiça Eleitoral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os juízes dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado. Errado. Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções elei- torais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporariedade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes eleitorais vitalícios. 6 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br • Funcionamento ininterrupto das atividades – apesar de não haver elei- ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta. • Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercício de suas funções jurisdicionais: – TSE – jurisdição em todoo território nacional. A circunscrição em que o TSE exerce jurisdição é o País. – TREs – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circuns- crição eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui sua sede. – Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas e, nesta, os juízes eleitorais podem exercer seu papel jurisdicional. As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que juízes ou tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de eleitores para o exer- cício do voto. • Garantias da magistratura aplicadas aos Juízes Eleitorais – a Constitui- ção Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais eleito- rais, aos juízes de direito e aos integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, plenas garantias e a inamovibili- dade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vita- liciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente essa última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: 7 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 – Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse perío- do, esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. – Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão somente uma gra- tificação de representação e participação se participarem das sessões de julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral. – Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral; os membros dessa Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis. (CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Os mem- bros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e são inamovíveis. Certo. A afirmativa está correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da CF. Entretanto, gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for aplicável” con- tida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibilidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação peculiar, não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias. 8 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Organização da Justiça Eleitoral Pois bem! Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. Essa justiça especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme art. 118 da CF/1988, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, tribunais regionais eleito- rais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. Estrutura da Justiça Eleitoral Tribunal Superior Eleitoral Tribunais Regionais Eleitorais Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais 9 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Certo. Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 da CF. Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos monocrá- ticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular. Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdi- cional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; os tribunais regionais eleitorais compõem a 2ª instância; os juízes e as juntas elei- torais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral. Caros alunos, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções juris- dicionais. Cada um deles possui atribuições próprias que não se confundem – atri- buições essas que veremos, no momento oportuno, ao longo deste curso. 10 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO TSE Superior ou Especial Colegiado TRE 2ª Instância Colegiado Junta Eleitoral 1ª Instância Colegiado Juiz Eleitoral 1ª Instância Monocrático Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/PR. Poderes Normativos dos Tribunais para Editarem seus Regimentos Internos Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços adminis- trativos, bem como dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus órgãos jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dado ao tribunal a possibilidade de criação de um Regimento Interno. “Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos sucessivos distúrbios institucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento inter- no dos tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 03/08/1994, DJ de 27/04/2001). Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais devem observar. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias processuais. Essa disposição está contida no art. 96, inciso I, alínea a, da Constituição Federal. Mas o que são normas de processo e garantias processuais? 11 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Ao analisar esse tema, este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal: “Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais crite- riosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tribunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processuais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também as normas que regulem os atos des- tinados a realizar acausa finalis da jurisdição. Ante a regra fundamental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto de validade não ape- nas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional.” (ADI 2.970, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20/04/2006, DJ de 12/05/2006) Pois bem, o Tribunal Regional do Paraná é formado por sete membros. Essa prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembargadores integrantes do TJ/PR; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/PR; um juiz federal membro do TRF/4ª Região; e dois advogados. O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná dispõe acerca do funcionamento do tribunal; organização dos membros durante as sessões; traduz as regras de distribuição processual; disciplina a competência do Presidente e de- mais membros; prescreve como se dará a substituição dos seus juízes membros em caso de ausências. Passaremos à análise do Regimento Interno do TRE/PR; e, nas partes de desta- que, serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as dispo- sições do TRE/PR. 12 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Referência Legislativa Constituição Federal Art. 96. Compete privativamente: I – aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Seção I Da Composição Art. 1º O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná, TRE-PR, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, compõe-se: I – mediante eleição, por voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná; b) de dois juízes, dentre os juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do Es- tado do Paraná; II – de um juiz federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal. III – de dois juízes, por nomeação, pelo Presidente da República, dentre seis advoga- dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. § 1º Os substitutos dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral serão escolhidos pelo mes- mo processo dos efetivos, em número igual ao de cada categoria. § 2º Não podem integrar o Tribunal Juízes de Direito Substitutos em 2º Grau, Juízes Auxiliares da Corregedoria de Justiça e da Presidência e Vice-Presidência do Tribunal de Justiça. 13 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 § 3º A nomeação de que trata o inciso III não poderá recair em magistrado aposentado, membro do Ministério Público, Procuradores federais, estaduais e municipais, ou advo- gado que ocupe cargo público de que possa ser exonerado ad nutum, que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato com a Administração Pública, ou que exerça mandato de caráter político federal, estadual ou municipal. Sede O TRE/PR possui sede na capital do estado do Paraná. Isso significa que o local físico, o prédio no qual os juízes do TRE/PR se reúnem para decidir as questões eleitorais, está situado, atualmente, em Curitiba. Caso a capital do Paraná fosse mudada, a sede do TRE/PR também seria, pois o RITRE/PR fala que a sede deve ser na capital do Estado, e não necessariamente no município de Curitiba. Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/PR exerce sua jurisdição em todo o estado do Paraná. Um esquema didático para facilitar o seu estudo: TRE Sede na Capital do Estado e DF Órgão colegiado de 2ª Instância Processo de Escolha de Membros do TRE Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE: a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/PR e juízes de direito da Justiça Estadual; b) escolha de juiz do TRF/4ª Região; c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas, como alguns preferem). 14 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador (TJ/ PR) e Juiz de Direito (Justiça Estadual do Paraná) Os desembargadores do TJ/PR (2 juízes) e juízes de direito da Justiça Estadual de Paraná (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/PR em eleição, realizada no TJ/PR, na qual o voto é secreto (art. 120, § 1º, inciso I, da CF). Art. 120. Omissis § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer um dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual do Paraná, indepen- dente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/PR. Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses ju- ízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República. (CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os mem- bros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo Presidente da República, entre cida- dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça de cada estado da Federação. Errado. Veremos mais adiante que alguns juízes do TRE/PR – mais precisamente, 2 deles – são nomeados pelo Presidente da República, dentre advogados de notável saber ju- rídico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PR. Mas o que queremos 15 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 chamar atenção aqui é que não são todos os juízes do TRE/PR que são nomeados pelo Presidente da República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente e, sim, pelo respectivo Tribunal competente para a escolha. Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessá- ria em razão da substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/categoria ao qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ/PR, na qualidade de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhidos também entre os desembargadores do TJ/PR, sendo assim para as demais classes/categorias. Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/4ª Região Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF, há duas possibilidades: a) nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do TRF; b) nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal. Art. 120. Omissis § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; Pois bem, agora eu gostaria que vocês prestassem bastante atenção no que vamos lhes ensinar. 16 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br A escolha desse juiz do TRE/PR na classe dosjuízes federais não ocorre por meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF, sem qualquer tipo de eleição entre seus membros. Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/1988. Vejam que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se aplica às alíneas “a” e “b” do inciso I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, ao inciso II, o que desobriga o TRF/4ª Região de realizar qualquer eleição para a escolha de membro de TRE/PR. Escolha de Membros do TRE/PR da Classe dos Advogados Compete ao Presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/PR da classe dos advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e idonei- dade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PR (art. 120, § 1º, inciso III, da CF). § 1º Os TREs compor-se-ão: (…) III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ. Aqui, oportunas se fazem algumas observações importantes. A primeira delas refere-se ao fato de a CF exigir que a escolha de juízes do TRE/PR, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, substi- tuindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inciso III, do CE, pela nova ex- pressão “advogados”, do art. 120, § 1º, inciso III, do seu texto. Ainda sobre as modificações do art. 25, inciso III, do CE, introduzidas pelo texto do art. 120, § 1º, inciso III da CF, a nova redação substituiu a expressão “repu- tação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em 17 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada aquele desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. Foi essa a resposta da Co- missão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada pelo então Presidente do Senado, senador Antônio Carlos Magalhães, no sentido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cui- dam da mesma coisa. Atentem-se ainda para o seguinte fato: a CF/1988 não se refere à lista sêxtupla (infelizmente, alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advoga- dos se deve ao fato de haver duas vagas para essa classe. Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/PR encaminha uma lista trí- plice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/PR para o Presidente da República. A lista tríplice é elaborada no TJ/PR e encaminhada ao TSE para homo- logação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber jurídico e idoneidade moral), poderá solicitar ao TJ/PR que faça a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda presentes em todos os candi- datos os requisitos constitucionais, procede ao encaminhamento da lista tríplice ao Presidente da República. Uma vez elaborada pelo TJ/PR e homologada pelo TSE, o Presidente da República não poderá recusar a lista tríplice, sendo que sua escolha deve recair, obrigatoria- mente, entre um dos advogados nela constantes. 18 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br LISTA TRÍPLICE COMPETENTE PARA SUA ELABORAÇÃO REQUISITOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL PELA NOMEAÇÃO TJ/PR IDONEIDADE MORAL NOTÁVEL SABER JURÍDICO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Outra importante observação está relacionada com a ausência da OAB no pro- cesso de escolha dos juízes do TRE/PR da classe dos advogados. Com efeito, a lista tríplice levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/PR é ela- borada única e exclusivamente pelo tribunal competente – nesse caso, o TJ/PR –, sem qualquer participação da OAB/PR. Direto do STF “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Advogados. Artigos 120, § 1º, inc. III, e 94, pará- grafo único, da Constituição. Compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23/08/1991) Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. A primeira é a de que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos ad- vogados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes de TRE/PR de idêntica classe. O motivo é também de ordem financeira e revela-se no fato de tais membros, no exercício da magistratura no TRE/PR, receberem apenas uma gratificação de pre- sença e representação, e mais nada. Direto do STF “Art. 20, inciso II – incompatibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI n. 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29/06/2001) 19 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos advogados, revela-se na desnecessidade de os juízes do TRE/PR, da classe dos advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” estabelecida no art. 95, parágrafo único, incido V, da CF., Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (…) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (…) V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) Direto do STF QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas. 2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE) Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos juízes substitutos do TRE/PR é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os ju- ízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da Repú- blica a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PR. Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes do TRE/PR, vamos a um quadro-resumo para facilitar seu estudo e encerrar esse assunto. JUÍZES DO TRE/PR (PROCESSO DE ESCOLHA) ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA 2 DESEMBARGADORES DO TJ/PR TJ/PR Eleição pelo voto secreto 2 JUÍZES DE DIREITO TJ/PR Eleição pelo voto secreto 1 JUIZ FEDERAL TRF/4ª Região Escolha arbitrária 2 ADVOGADOS Presidente da República Lista tríplice elaborada pelo TJ/PR 20 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Composição dos TREs A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/1988: Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízesdentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. E também do art. 25 do CE: Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 21 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte forma: Composição do TRE Vice-Presidente Desembargador do TJ/PR Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inciso I, alínea ‘b’, CF/1988 Advogado Art. 120, § 1º, inciso III, CF/1988 Juiz Federal Art. 120, § 1º, inciso II, CF/1988 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inciso I, alínea ‘b’, CF/1988 Advogado Art. 120, § 1º, inciso III, CF/1988 Presidente Desembargador do TJ/PR Juiz Federal do TRE/PR: Juiz do TRF/4ª Região ou do 1º Grau de Jurisdição da Justiça Federal no Estado do Paraná? Analisando a composição dos TREs, podemos afirmar, ainda, que todos eles terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua compo- sição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TREs, teremos dois desembargadores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª instância da Justiça Federal); enquanto em outros, no lugar desse último membro – juiz do TRF –, haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece? 22 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tribu- nais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. Lembrem-se agora de que o art. 120, § 1º, inciso II, da CF afirma que nos Esta- dos onde houver sede de TRF, um juiz deste tribunal será escolhido para compor o respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TREs, onde não há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF temos, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª ins- tância da Justiça Federal). Pois bem! O Estado do Paraná não é sede de Tribunal Regional Federal. Portan- to, o juiz federal que integra o TRE/PR é juiz da 1ª instância da Justiça Federal no Estado do Paraná. Art. 2º Não podem integrar, concomitantemente, o Tribunal cônjuges, companheiros ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o quarto grau, excluin- do-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por último. Vedações a Escolha dos Membros do TRE As vedações expressas no Código Eleitoral, aplicáveis aos juízes do TRE, estão elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas no art. 2º (supra- citado) do Regimento Interno. A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer parte do TRE/PR pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, nesse caso, a que tiver sido escolhida por últi- mo. Essa vedação aplica-se a todos os juízes do TRE/PR, não importando a classe/ categoria do juiz. 23 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a um caso prático. Hipótese didática O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/PR. Após algum tempo, seu cunhado “B” é nomeado juiz federal e escolhido para compor o mesmo TRE/PR. Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz “A”, da classe dos desembargadores do TJ/PR, estiver no TRE/PR, seu cunhado “B”, juiz federal, não poderá compor o TRE/PR. A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE) afirma que a escolha desses membros não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações: a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão). b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública. c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos membros efetivos quanto aos membros substitutos do TRE. Art. 3º. Não podem integrar o Tribunal o cônjuge, o companheiro, o parente consan- guíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo na circunscrição, no período compreendido entre a homologação da escolha do candidato em convenção partidária e a proclamação dos eleitos. Art. 4º. Os Juízes do Tribunal, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. § 1º Nenhum Juiz Efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma ou em diversa categoria, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se transcorridos dois anos do término do segundo biênio. § 2º O intervalo de dois anos referido no § 1º somente poderá ser reduzido no caso de inexistência de outros Juízes que preencham os requisitos legais para a investidura. § 3º Poderá o Tribunal, desde que haja motivo justificado, autorizar o desligamento de Juiz antes do término de seu biênio. § 4º Cada biênio será contado da data da posse, ininterruptamente, sem desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licenças ou férias, salvo na hipótese do art. 3º. 24 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br § 5º Para efeito deste artigo, consideram-se também consecutivos dois biênios, quando entre eles houver interrupção por prazo inferior a dois anos. § 6º As normas deste artigo também se aplicam ao Juiz Substituto, sendo-lhe permiti- do, entretanto, vir a integrar o Tribunal como Juiz Efetivo, sem que sua investidura seja limitada pela condição anterior. § 7º O Magistrado de Zona Eleitoral que for nomeado Juiz Efetivo ou Substituto do Tri- bunal deixará as funções eleitorais da primeira instância, desde a posse. Referência Legislativa Constituição Federal Art. 121. Omissis (...) § 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. Código Eleitoral Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. § 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indis- pensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado pela Lei n. 4.961, de 4.5.1966) Res.-TSE n. 20.958/2001 Art. 1º Omissis § 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte.§ 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal, no Estado respectivo. Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/PR Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o prin- cípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta elei- toral – exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. 25 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE –, esse período de tempo de exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, nos seguintes termos: Art. 121. Omissis § 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi- dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. Portanto, os juízes do TRE/PR são escolhidos para exercerem as funções eleito- rais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afas- tar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. Recondução Em casos de recondução, os membros do TRE/PR devem submeter-se ao mesmo processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/PR, deverão ser eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro da Justiça Federal, será designado pelo TRF/4ª Região; se membros provenientes da advocacia, deverão ser nomeados pelo Presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PR. Biênios Os juízes do TRE/PR e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obri- gatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio é o período de 2 (dois) anos. Hipótese didática Imagine que, em janeiro de 2012, o cidadão X se torne juiz efetivo do TRE/PR. Passados dois anos (2012 – 2013), finda o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 – 2015) sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo os dois biênios, um 3º biênio (2016 – 2017) está vedado. 26 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que se consi- deram consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior a dois anos. Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de juiz do TRE/PR (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar, para re- tornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de inexistência de outros juízes que preencham os requisitos legais. Art. 5º. Para preenchimento do cargo de Juiz do Tribunal, o Presidente fará a comuni- cação ao Tribunal competente para a escolha: I – até 30 (trinta) dias antes do término do biênio, de Juiz das categorias de Desembar- gador, Juiz de Direito e Juiz Federal; II – até seis meses antes do término do biênio, de Juiz da categoria de Advogado; III – imediatamente após a vacância do cargo, se ocorrida antes do final do biênio. Parágrafo único. No caso de vacância por término de biênio, a comunicação deverá in- dicar se se trata do primeiro ou do segundo biênio. Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha Para viabilizar a escolha de um novo juiz, há algumas disposições regimentais referentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal. Até trinta dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente do Tribunal Eleitoral convocará o Tribunal de Justiça, para a escolha, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. Até seis meses antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente do Tribunal Eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 27 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 MINISTROS DO TSE INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA Magistrados de Carreira 30 dias antes do término do biênio Classes dos advogados Seis meses antes do término do biênio Art. 6º. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o Juiz do Tribunal que completar o respectivo biênio, assim como o Magistrado que for promovido, aposentar-se volunta- ria ou compulsoriamente, ou for afastado de suas funções de origem. Art. 7º. Os Juízes do Tribunal, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicá- vel, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis, nos termos do art. 121, § 1º, da Constituição Federal. Seção II Da Posse Dos Juízes Do Tribunal Art. 8º. O Presidente e o Vice-Presidente eleitos tomarão posse em sessão solene, a realizar-se no primeiro dia útil do mês de fevereiro. Art. 9º. A posse dos Juízes Efetivos dar-se-á perante o Tribunal, e a dos substitutos perante o Presidente, lavrando-se o respectivo termo. § 1º Em ambos os casos, o prazo para a posse é de 30 (trinta) dias, contados da publi- cação oficial da escolha ou nomeação. § 2º Não havendo publicação oficial, o prazo para a posse será contado da data da sessão em que o Juiz do Tribunal tomar ciência da nomeação, desde que já ocorrida a vacância do cargo. § 3º O prazo para a posse poderá ser prorrogado pelo Presidente do Tribunal, em até 60 (sessenta) dias, desde que assim o requeira, motivadamente, o Juiz a ser compro- missado. § 4º Quando a recondução se operar antes do término do primeiro biênio, não haverá necessidade de nova posse, sendo suficiente sua anotação no termo de investidura inicial. § 5º Havendo interrupção no exercício do mandato, deverão ser observadas as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura, não sendo considerado o primeiro biênio para efeito de antiguidade. § 6º Os Juízes Efetivos e Substitutos prestarão o seguinte compromisso: “Declaro acei- tar o cargo para o qual fui eleito e prometo bem e fielmente desempenhar os deveres do cargo de Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis da República e pugnando sempre pelo prestígio e respeitabilidade da Justiça Eleitoral”. 28 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Os juízes efetivos, não importando sua classe, tomarão posse perante o Tribunal, e os substitutos, perante o Presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição e as leis da República. A posse de um juiz efetivo ocorre perante o Tribunal em sessão plenária, mais pre- cisamente, na primeira sessão com a sua presença. De outro modo, como o juiz substituto somente participa eventualmente das sessões do Tribunal, decidiu o RI- TRE/PR que sua posse se dá perante o Presidente do Tribunal e, em geral, ocorre no próprio gabinete do Presidente JUÍZES DO TRIBUNAL POSSE Juízes EFETIVOS perante o tribunal Juízes SUBSTITUTOS perante o Presidente Art. 10. A antiguidade dos Juízes no Tribunal é definida pela data da respectiva posse. Parágrafo único. Na hipótese de Juízes, deigual categoria ou não, tomarem posse na mesma data, considerar-se-á mais antigo, para os efeitos regimentais, nesta ordem: I – o que houver servido por mais tempo como Efetivo; II – o que houver servido por mais tempo como Substituto; III – o que tiver mais tempo de serviço como Juiz Eleitoral de primeiro grau; IV – o mais idoso. Seção III Das Férias, Licenças e Afastamentos Art. 11. Os Juízes gozarão de licenças e férias nos casos previstos em lei, e por ela regulados. Art. 12. Os Juízes da categoria dos Magistrados, afastados de suas funções na Justiça Comum perderão, automaticamente, o exercício na Justiça Eleitoral pelo tempo corres- pondente, salvo na hipótese do art. 15. 29 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Parágrafo único. Eventuais afastamentos deverão ser comunicados ao Presidente do Tribunal. Art. 13. Os Juízes do Tribunal não poderão afastar-se para usufruir férias, num mesmo período, em número que possa comprometer o quórum de julgamento. Parágrafo único. Os Juízes não poderão afastar-se para usufruir férias, em ano eleitoral, em período determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Art. 14. As férias dos Juízes poderão ser interrompidas por exigência do serviço elei- toral. Art. 15. Quando o exigir o serviço eleitoral, os Magistrados que compõem a Justiça Elei- toral poderão ser afastados do exercício dos cargos efetivos, por ato do Tribunal, sem prejuízo dos respectivos subsídios, submetendo-se a deliberação ao Tribunal Superior Eleitoral e comunicando-se ao órgão de origem. Art. 16. O Tribunal, mediante justificativa, poderá conceder licença a Magistrado que esteja afastado da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral, bem como a Juiz da categoria de Advogado. Art. 17. Independentemente do período, os Juízes Efetivos e Substitutos comunicarão à Presidência do Tribunal suas eventuais ausências. Seção IV Da Convocação de Substitutos Art. 18. Durante as férias e licenças de Juiz Efetivo do Tribunal, por tempo superior a 15 (quinze) dias, bem como na vacância desse cargo, o Presidente convocará o respectivo Substituto. § 1º No caso de vacância, o Substituto permanecerá em exercício até que seja designa- do e empossado o novo Juiz Efetivo. § 2º Na hipótese do caput, por tempo igual ou inferior a 15 (quinze) dias, e em ausência ocasional de Juiz, poderá ser convocado Substituto, obedecida a ordem de antiguidade, se necessário para compor o quórum.” (Redação dada pela Res. TRE/PR n. 705, de 18.5.2015) § 3º Em qualquer das situações previstas neste artigo, não sendo possível o compareci- mento do Juiz Substituto mais antigo, será convocado o outro Juiz Substituto da mesma categoria. 30 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Critério de Substituição: os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nesta ordem: Ser o juiz substituto necessariamente da mesma classe (Desembargador, Juiz de Di- reito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausente. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA. Recai inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe. Seção V Do Presidente, Do Vice-Presidente e Do Corregedor Regional Art. 19. A Presidência e a Vice-Presidência serão exercidas por Juízes integrantes da categoria de Desembargador, eleitos por voto secreto pelos Juízes do Tribunal, em até 60 (sessenta) dias antes do término dos mandatos vigentes, pelo período de um ano, contado da data da posse, sendo vedada a reeleição. § 3º Ocorrendo vacância do cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, na primeira me- tade do mandato, será convocada nova eleição para o período remanescente, no prazo de 30 (trinta) dias. § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, se a vacância ocorrer na segunda metade do mandato, o Vice-Presidente assumirá a Presidência, enquanto o Juiz Substituto mais antigo da categoria de Desembargador assumirá a Vice-Presidência e a Corregedoria Regional Eleitoral, respectivamente, pelo período remanescente do mandato. Presidente e Vice-Presidente Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão definidos no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ que dele fazem parte. Considerando que temos dois desembargadores na composição do TRE, um deles sempre será o Presidente, cabendo ao outro a vice-presidência. 31 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PR Segundo o art. 4º do RITRE/PR, o Tribunal elegerá seu Presidente e Vice-Pre- sidente entre os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da posse. Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Re- gional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/PR, caberá ao Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleitoral do TRE/PR. Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim, temos: JUIZ/CLASSE CARGO NO TRE/PR Desembargador do TJ PRESIDENTE Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE Desembargador do TJ, que exerça a função de Vice-Presidente CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL Art. 20. São atribuições do Tribunal, além de outras que lhe são conferidas por lei: I – processar e julgar originariamente: a) pedidos de habeas corpus e de mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridade que responda a processo perante o Tribunal Regional Federal ou o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por crimes de responsabilidade ou comuns; b) pedidos de mandado de segurança contra atos, decisões e despachos do Presidente, do Corregedor Regional Eleitoral, do Procurador Regional Eleitoral e dos Relatores, dos Juízes Eleitorais e dos órgãos do Ministério Público Eleitoral de primeiro grau; c) pedidos de mandados de injunção e de habeas data, quando versarem sobre matéria eleitoral; d) exceções de impedimento e de suspeição de seus Juízes, do Procurador Regional Elei- toral, e dos servidores de seu quadro de pessoal, assim como dos Juízes e Promotores Eleitorais e de quaisquer daqueles mencionados nos incisos I a IV e nos parágrafos 1º e 2º do artigo 283 do Código Eleitoral; e) conflitos de competência entre Juízes Eleitorais do Estado; 32 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br f) crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, cometidos por Juízes Eleitorais ou autoridades que respondam a processo perante o Tribunal Regional Federal ou o Tri- bunal de Justiça do Estado do Paraná, por crimes de responsabilidade ou comuns; g) reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos quanto à sua contabilidade e à apuração da origem de seus recursos; h) o registro e a impugnação do registro de candidatos aos cargos de Governador, Vice- -Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual; i) prestações de contas anuais dos órgãos regionais dos partidos políticos e, nas eleições estaduais e federais, dos comitês financeiros dos órgãos estaduais e dos candidatos mencionados na alínea “h”; j) ações de impugnação de mandato eletivo de Governador, de Vice-Governador, de membros do Congresso Nacional e de membros da Assembleia Legislativa; k) pedidos de desaforamento de processos não decididos por Juízes Eleitoraisem 30 (trinta) dias de sua conclusão para julgamento, formulados por partido político, candi- dato, Ministério Público Eleitoral ou parte interessada, sem prejuízo das sanções aplicá- veis pelo excesso de prazo; l) nas eleições estaduais e federais, as reclamações e representações a que se refere o artigo 96 da Lei n. 9.504, de 30.09.1997, ainda que utilizado o procedimento da Lei Complementar n. 64, de 18.05.1990; m) reclamações, representações e ações de investigação judicial eleitoral previstas nes- te Regimento, na legislação eleitoral e nas instruções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, ressalvada a competência do Tribunal Superior Eleitoral e dos Juízes Eleitorais; II – julgar os recursos interpostos: a) de atos praticados ou decisões proferidas por Juízes Eleitorais, Juntas Eleitorais ou Comissão Apuradora das Eleições; b) de atos ou decisões dos Relatores; c) de decisões proferidas por Juízes Auxiliares; III – responder a consultas formuladas, em tese, sobre matéria eleitoral. Art. 21. Compete, ainda, privativamente ao Tribunal: I – elaborar seu Regimento, reformá-lo, emendá-lo e interpretá-lo, ressalvada a atribui- ção do Presidente do Tribunal, prevista no artigo 22, inciso XXI; II – organizar sua estrutura orgânica e encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral pro- posta de criação ou supressão de cargos, na forma da lei; III – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior Eleitoral; IV – determinar providências para o efetivo cumprimento da legislação eleitoral, em sua circunscrição; V – assegurar a preferência do serviço eleitoral sobre qualquer outro, no Estado; VI – requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões e, se for o caso, solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a requisição de força federal, para o mesmo fim; VII – expedir resoluções para o cumprimento das normas eleitorais no âmbito de sua circunscrição e as necessárias à organização e à administração de sua estrutura orgâ- nica; VIII – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo a proposta de criação de zonas eleitorais ao Tribunal Superior Eleitoral, para autorização; 33 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 IX – designar Juízes Auxiliares, dentre os Substitutos, para apreciação de reclamações ou representações referentes a pleito eleitoral, na forma da lei; X – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar contra Juiz membro do Tribunal ou Juiz Eleitoral, decidindo, fundamentadamente, sobre o afastamento do respectivo cargo, por prazo determinado ou até decisão final, bem como aplicar penas disciplinares de advertência, censura ou suspensão por até 30 (trinta) dias ou afasta- mento definitivo do magistrado; XI – constituir a Comissão Apuradora das Eleições; XII – aprovar o relatório geral de apuração elaborado pela Comissão Apuradora das Eleições, divulgando o quociente eleitoral e o partidário; XIII – proclamar os eleitos para os cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, membros do Congresso Nacional e membros da Assembleia Legislativa e os suplentes respectivos; XIV – diplomar os eleitos para os cargos previstos no inciso anterior; XV – regulamentar e fixar data para a realização de novas eleições determinadas por decisão judicial e nos casos e na forma prevista na legislação; XVI – proceder ao registro dos comitês financeiros relativo às campanhas eleitorais dos candidatos a Governador, a Vice-Governador, a membros do Congresso Nacional e a membros da Assembleia Legislativa; XVII – decidir sobre representações e reclamações acerca de assuntos pertinentes a sua organização e atividade; XVIII – exercer outras competências decorrentes de lei e deste Regimento. Competências da Justiça Eleitoral Caros concurseiros, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em con- cursos públicos: as competências do TRE/PR. Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus órgãos: TSE, TRE’s, juizes eleitorais e juntas eleitorais. Partindo desse pressuposto, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaustivo e enfado- nho, haja vista que, em geral, os cursos limitam-se a transcrever as competências de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro comentário que, infe- lizmente, não acrescentam muito ao texto legal. 34 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-los que o TRE/PR faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma justiça peculiar e que apresenta algumas funções específicas e próprias, não encontradas nas demais. Por isso, vamos re- lembrar rapidamente essas funções: • Função Administrativa – trata-se da função de organização do eleitoral, de administração e fiscalização das eleições; • Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, às per- guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e de aplicação das leis em tese; • Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve, com caráter de defini- tividade, litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso concreto. • Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamentares para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir instruções. Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 105 da Lei n. 9.504/1997. Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. A esse respeito, veja: Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, não houve a edição de nenhuma lei complementar, mas, sim, a recepção da Lei Ordinária n. 4.737/1965 – o Código Eleitoral –, com status de lei complementar, especificamente na parte de que trata da definição de competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. 35 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Portanto, o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela-se no estudo do Código Eleitoral, mais precisamente nos quatro títulos da sua “PARTE SEGUNDA”, bem como na análise dos Regimentos Interno dos TRE’s. Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utilizada, vamos começar efetivamente nosso estudo sobre as principais competências do TRE/PR, tratadas no Código Eleitoral, bem como neste Regimento Interno. O regis- tro de candidatura é o nosso primeiro assunto. Registro de Candidatos Compete ao TRE/PR fazer o registro de candidaturas dos candidatos aos cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República (todos do estado do Paraná). Competência: Registro de Candidato CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL Governador Vice-Governador Deputado Federal Senador Deputado Estadual Estado TRE/PR Art. 29, I, a, CE Expedição de Diplomas Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas assina- dos pelo órgão competente da Justiça Eleitoral. Portanto, compete ao TRE/PR expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República (todos do estado do Paraná). 36 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Expedição de Diplomas CARGOS ELETIVOS COMPETENTE Governador Vice-Governador Deputado Federal Senador Deputado Estadual TRE/PRRegistro e Cancelamento de Diretório de Partido Político A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é restrita aos tribunais eleitorais. Assim, seja qual for o diretório, seu cancelamento ou registro não pode ser feito por juiz eleitoral, muito menos ainda por junta eleitoral. O TSE cuida do cancelamento e registro dos diretórios nacionais, enquanto o TRE/PR, dos diretórios regionais dos partidos no estado do Paraná e dos Diretórios dos partidos dos municípios do Paraná. Competência: Cancelamento e Registro de Diretório de Partido Político DIRETÓRIO ÓRGÃO COMPETENTE BASE LEGAL REGIONAL ESTADUAL MUNICIPAL TRE/PR Art. 29, I, a, CE Conflito de Competência O conflito de competência é matéria muito cobrada em concursos públicos, por- tanto pedimos-lhe especial atenção no seu estudo. 37 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Conflito de competência é o choque entre autoridades jurisdicionais que se su- põem competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para funcionar num mesmo processo, em relação aos mesmos atos. Compete ao TRE/PR processar e julgar os conflitos de competência surgidos entre juízes eleitorais que exerçam jurisdição no estado do Paraná. Entretanto, se o conflito for entre juízes Tribunais Regionais e Juízes eleitorais de estados diferentes, a competência é do TSE (art. 22, I, b, do CE). Competência: Conflitos de Jurisdição Envolvendo Tribunais da Justiça Eleitoral CONFLITO DE JURISDIÇÃO ÓRGÃO COMPETENTE TRE/PR X TSE A relação funcional entre o TSE e os TRE/PR não admite o conflito de jurisdição TRE/PR X TRE DE QUALQUER OUTRO ESTADO TSE (art. 22, I, b, do CE) TRE/PR X JUIZ ELEITORAL DE QUALQUER OUTRO ESTADO TSE (art. 22, I, b, do CE) TRE/PR X TRIBUNAL SUPERIOR (COM EXCEÇÃO DO TSE) STF (art. 102, I, o, da CF) TRE/PR X OUTRO TRIBUNAL QUE NÃO SEJA UM TRIBUNAL SUPERIOR (POR EXEMPLO: TJ) STJ (art. 105, I, d, da CF/88) JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO NO PR X JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO NO PR TRE/PR 38 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Exceção de Suspeição ou de Impedimento Em síntese, as exceções instrumentais de suspeição e impedimento são formas estabelecidas em lei com o propósito de afastar aquele que não possui capacidade subjetiva ou compatibilidade com a causa. Compete ao TRE/PR processar e julgar as exceções de suspeição e de impedimento opostas em face de seus membros, do procurador regional eleitoral e dos servidores da sua secretaria, assim como dos juízes, escrivães e chefes de cartórios eleitorais. Exceção de Suspeição ou de Impedimento (Competência do TRE) MEMBROS DO TRE/PR ESCRIVÃES ELEITORAIS TRE/PR SERVIDORES DA SECRETARIA ELEITORAL – PR PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL – PR JUÍZES ELEITORAIS COM JURISDIÇÃO NO PR Fixar Data das Eleições Compete privativamente ao TRE/PR fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores – quando não estabelecida pela lei ou pela CF/88. 39 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Da análise desses dispositivos legais, conclui-se, de imediato, que a competência do TRE/PR para fixar datas de eleições para cargos eletivos é residual e somente deve- rá ser exercida quando houver necessidade de realização de eleições suplementares. Fixação de Datas de Cargos Eletivos (Competência Residual) CARGOS ELETIVOS ÓRGÃO COMPETENTE Governador e Vice-Governador Deputados Estaduais Prefeitos e Vice-Prefeitos Vereadores Juízes de Paz TRE/PR Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais no Paraná O processo de divisão ou criação de zonas eleitorais no estado do Paraná pode ser dividido em duas etapas: na primeira, o TRE/PR elabora e encaminha a propos- ta de criação ou alteração ao TSE (art. 30, IX, CE); na segunda, a Corte Suprema Eleitoral aprova a proposta das cortes regionais (art. 23, VIII, CE). Esquematicamente, esse processo pode ser assim representado: TRE/PR Elabora e encaminha ao TSE proposta de criação ou alteração de zonas eleitorais. Aprova a proposta encaminhada pelo TRE/PR. TSE 40 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br Esse assunto já foi, inclusive, cobrado em concurso público. Veja: (CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Compete privativamente aos TRE’s aprovar a divisão do respectivo Estado em zonas eleito- rais, bem como a criação de novas zonas. Errado. A competência dos TRE’s restringe-se à elaboração e ao encaminhamento da pro- posta de criação ou divisão de zonas eleitorais ao TSE, cabendo a este órgão apro- var o pedido. Requisição de Força Federal A requisição de força federal é ato dirigido ao Poder Executivo para garantir o cumprimento da lei, de decisão judiciária ou para garantir a lisura do pleito eleitoral. Trata-se de uma prerrogativa privativa do TSE no âmbito da Justiça Eleitoral. Assim, mesmo quando o TRE/PR dela pretende fazer uso, essa requisição deve necessariamen- te ser dirigida ao TSE para que este, então, encaminhe o pedido ao Poder Executivo. Vamos a um esquema didático para facilitar o estudo: TRE/PR Solicita de forma fundamentada ao TSE o pedido de requisição de força federal. Aprova o pedido do TRE/PR e o encaminha ao Poder Executivo. TSE 41 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 Outras Competências do TRE Continuando nosso estudo, temos ainda algumas competências do TRE/PR que merecem uma especial atenção. Vamos a elas, fazendo algum esclarecimento quando necessário: • elaborar seu regimento interno; • organizar sua Secretaria; • propor ao Congresso Nacional, por intermédio do TSE, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos – Nota-se que o TRE/ PR não pode enviar diretamente ao Congresso Nacional o projeto de lei de criação ou supressão de seus cargos. O TRE/PR encaminha sua proposta ao TSE, que a remete, então, ao Poder Legislativo. • constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição – É sa- bido que as juntas eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da Jus- tiça Eleitoral, cuja existência se restringe ao período eleitoral. É comum os concursandos acharem erroneamente que compete ao juiz eleitoral a sua constituição, quando, na verdade, tal competência é do TRE/PR; • designar, onde houver mais de uma vara, aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral; • aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais; • indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora. 42 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br CAPÍTULO III DAS ATRIBUIÇÕES DO Presidente Art. 22. São atribuições do Presidente do Tribunal: I – presidir as Sessões do Tribunal, dirigir seus trabalhos, propor e encaminhar as ques- tões, registrar os votos, apurar e proclamar os resultados, bem como assinar as atas das sessões; II – decidir sobre pedidos de preferência e adiamento do julgamento; III – participar da discussão e do julgamento em processos sobre matéria administra- tiva e, nos demais feitos de competência da Corte, proferir voto de desempate, se for o caso; IV – determinar a remessa dos documentospertinentes à Procuradoria da Fazenda Na- cional para inscrição em dívida ativa, quando for o caso; V – exercer o juízo de admissibilidade de recursos especiais e ordinários; VI – decidir sobre processos disciplinares contra servidores que resultem na aplicação de pena de demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade, assim como de sus- pensão superior a 30 (trinta) dias, exceto os da competência privativa do Corregedor Regional Eleitoral; VII – relatar processos: a) de execução de decisões judiciais que determinem a realização de novas eleições em decorrência de vacância de cargos do Poder Executivo Municipal ou Estadual; b) – que visem à criação ou remanejamento de zona eleitoral; VIII – apreciar pedidos de medida cautelar em recurso especial pendente de juízo de admissibilidade; IX – apreciar pedido de suspensão de execução de liminar e de sentença em mandado de segurança impetrado na Justiça Eleitoral de primeiro grau, na forma da lei; X – decidir, na ausência dos demais Juízes do Tribunal, sobre pedidos de liminar em medidas judiciais urgentes e determinar liberdade provisória ou sustação de ordem de prisão em processos de habeas corpus de competência originária do Tribunal. XI – fazer constar em ata eventual ausência de Juízes Efetivos do Tribunal e presença dos respectivos Substitutos; XII – tomar compromisso dos Juízes Substitutos do Tribunal e dar-lhes posse, na forma da lei, convocando-os nos casos previstos na legislação e neste Regimento; XIII – comunicar ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e ao Tribunal Regional Fe- deral a interrupção ou o término do biênio de Juiz do Tribunal Regional Eleitoral; XIV – designar, por delegação do Tribunal, Juízes de Direito para o exercício das funções de Juiz Eleitoral; 43 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 XV – solicitar ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná que suspenda, antes e depois das eleições, férias, licenças e movimentações dos Juízes de Direito que exerçam função eleitoral; XVI – requerer ao Tribunal Superior Eleitoral qualquer medida necessária ao bom fun- cionamento do Tribunal ou à fiel execução da legislação eleitoral; XVII – estabelecer escala permanente de plantão de Juízes do Tribunal para apreciação de medidas judiciais urgentes, assim consideradas aquelas destinadas a evitar o pere- cimento de direito ou assegurar a liberdade de locomoção; XVIII – assinar os diplomas dos eleitos para os cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, membros do Congresso Nacional e membros da Assembleia Legislativa e dos suplentes respectivos; XIX – nomear os membros das Juntas Eleitorais; XX – determinar a publicidade de seus atos e decisões; XXI – resolver eventuais dúvidas que surgirem na classificação e na distribuição dos processos; XXII – exercer o poder de polícia nas dependências do Tribunal; XXIII – representar o Tribunal em solenidades e atos oficiais; XXIV – despachar o expediente do Tribunal e editar atos, portarias e ordens de serviço; XXV – cumprir, fazer cumprir os atos e decisões do Tribunal, bem como determinar a necessária publicidade destes últimos; XXVI – responsabilizar-se pelos atos de gestão fiscal, nos termos da lei; XXVII – decidir sobre: a) concessão de benefícios e vantagens financeiras aos Juízes Eleitorais e aos Juízes do Tribunal, na forma da lei; b) pedidos de licença de servidores por motivo de afastamento do cônjuge ou compa- nheiro, para capacitação, para tratar de interesses particulares ou para o desempenho de mandato classista; 44 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br c) pedidos de cessão de servidores para exercício em outros órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal, exclusivamente para exercer cargos em comis- são, sem ônus para a Justiça Eleitoral e enquanto perdurar tal condição; d) outros atos relativos à vida funcional dos servidores; XXVIII – nomear, exonerar, declarar a vacância de cargo efetivo, demitir e aposentar servidores do quadro de pessoal do Tribunal e conceder pensão, nos termos da lei; XXIX – nomear servidores para exercer cargo em comissão e a eles dar posse; XXX – autorizar a realização de concursos públicos para provimento de cargos do qua- dro de pessoal, apresentando o respectivo resultado para homologação pelo Tribunal; XXXI – autorizar a requisição de servidores federais, estaduais e municipais, no âmbi- to de sua jurisdição, para auxiliar nos Cartórios Eleitorais e na Secretaria do Tribunal, quando o exigir a necessidade do serviço, sendo automático o desligamento, após es- gotado o prazo; XXXII – constituir grupos de trabalho destinados à realização de estudos de interesse do Tribunal ou de atividades definidas em lei, bem como designar seus componentes; XXXIII – decidir, quando couber, os recursos interpostos contra decisões administrativas do Diretor-Geral; XXXIV – supervisionar os serviços e fixar o horário de expediente nas dependências do Tribunal e nos Cartórios Eleitorais; XXXV – expedir ato próprio, divulgando a prorrogação ou a suspensão dos prazos, em decorrência de fechamento extraordinário do Tribunal; XXXVI – firmar convênios no interesse do Tribunal; XXXVII – decidir sobre o desarquivamento de processos que estejam sob a guarda do arquivo do Tribunal; XXXVIII – apresentar relatório de sua gestão ao Tribunal, na última sessão ordinária que anteceder ao término de seu mandato; 45 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO www.grancursosonline.com.br Resolução n. 661/2013 XXXIX – dar posse ao Diretor-Geral da Secretaria; XL – delegar ao Diretor-Geral da Secretaria, temporariamente, o exercício das atribui- ções que não lhe sejam privativas por disposição legal; XLI – designar chefes de cartórios eleitorais; XLII – pronunciar-se sobre as contas do Tribunal e atestar conhecimento das conclusões contidas no parecer do órgão de controle interno, caso não seja o ordenador de despe- sas. XLIII – aprovar e encaminhar ao Tribunal Superior proposta orçamentária e plurianual, solicitando, quando necessária, a abertura de créditos suplementares; XLIV – desempenhar outras atribuições que lhe forem conferidas por lei. Principais Competências do Presidente do TRE/PR • Presidir as sessões do Tribunal, propor e encaminhar as questões, registrar e apurar os votos, proclamar o resultado e subscrever a res- pectiva súmula de julgamento – Essa é uma das principais atribuições do Presidente. Trata-se de sua atuação durante a realização das sessões do Tri- bunal. Nestas, o Presidente preside, propõe questões, apura o vencido (con- tagem dos votos) e proclama o resultado. • Convocar sessões extraordinárias – Excepcionalmente, o Presidente do Tribunal poderá convocar seções extraordinárias, cujo dia e horário serão de- finidos no próprio ato convocatório. • Dar posse aos membros substitutos – Diferente dos juízes efetivos, que tomam posse perante o TRE/PR, os juízes substitutos, por participarem so- mente esporadicamente das sessões do TRE/PR, tomam posse perante o Pre- sidente do TRE/PR. Juiz POSSE Juiz EFETIVO Perante o TRE/PR Juiz SUBSTITUTO Perante o Presidente do TRE/PR 46 de 60 REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO Resolução n. 661/2013 www.grancursosonline.com.br CAPÍTULO IV DAS ATRIBUIÇÕES DO Vice-Presidente Art. 23. São atribuições do Vice-Presidente: I – substituir o Presidente em seus impedimentos, suspeições, eventuais ausências ou afastamentos; II – suceder o Presidente que não completar o mandato, exceto na hipótese do § 3º do artigo 19; § 1º O Vice-Presidente, no caso do inciso I, quando no exercício da
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