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REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO 
Resolução n. 661/2013
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Introdução ................................................................................................4
Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral ...............................................................4
Organização da Justiça Eleitoral ....................................................................8
Poderes Normativos dos Tribunais para Editarem seus Regimentos Internos .....10
Sede .......................................................................................................13
Processo de Escolha de Membros do TRE .....................................................13
Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador (TJ/PR) e Juiz de 
Direito (Justiça Estadual do Paraná) ............................................................14
Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/4ª Região ...............................15
Escolha de Membros do TRE/PR da Classe dos Advogados ..............................16
Composição dos TREs ...............................................................................20
Juiz Federal do TRE/PR: Juiz do TRF/4ª Região ou do 1º Grau de Jurisdição da 
Justiça Federal no Estado do Paraná? ..........................................................21
Vedações a Escolha dos Membros do TRE .....................................................22
Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/PR .....................................24
Recondução .............................................................................................25
Biênios ....................................................................................................25
Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha ..........................26
Presidente e Vice-Presidente ......................................................................30
Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PR .......................................31
Competências da Justiça Eleitoral ...............................................................33
Registro de Candidatos ..............................................................................35
Expedição de Diplomas ..............................................................................35
Registro e Cancelamento de Diretório de Partido Político ................................36
Conflito de Competência ............................................................................36
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REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO
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Resolução n. 661/2013
Exceção de Suspeição ou de Impedimento ...................................................38
Fixar Data das Eleições .............................................................................38
Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais no Paraná .........................................39
Requisição de Força Federal .......................................................................40
Outras Competências do TRE .....................................................................41
Principais Competências do Presidente do TRE/PR .........................................45
Das Atribuições do Procurador Regional Eleitoral ...........................................52
Exercícios de Fixação ................................................................................56
GABARITO ...............................................................................................60
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REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO 
Resolução n. 661/2013
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INTRODUÇÃO
REGIMENTO INTERNO– RESOLUÇÃO N. 661/2013
Caros concursandos, a disciplina de Regimento Interno é extremamente importan-
te e pode dar a você pontos importantes para a sua classificação e nomeação. Dada a 
extensão desse ato normativo do TRE/PR, você precisa priorizar algumas partes. Essa 
orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça Eleitoral. Pois 
bem! Estude bastante a parte relacionada à composição e à escolha dos membros 
do TRE/PR. Alie esse estudo ao art. 120 da Constituição Federal. Também dê atenção 
às competências do TRE, do Presidente, do Corregedor Regional e do Procurador Re-
gional Eleitoral. Algumas vezes o examinador, para avaliar seus conhecimentos, faz 
perguntas relacionadas às atribuições desses órgãos. Vamos lá, bons estudos!
Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses as-
pectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais:
Aspectos Gerais da Justiça Eleitoral
Lembrem-se de que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas caracterís-
ticas que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principais traços 
desse ramo do Poder Judiciário:
• Justiça especializada – a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário 
especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. 
WESLEI MACHADO
Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Amazonas, foi 
Analista Judiciário (Área Judiciária) do TSE e Assessor de Desembargador 
no TJDFT;
Especialista em Direito Constitucional – IDP; Professor de diversos 
cursos preparatórios para concursos em Brasília; Professor e Assessor 
do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília; Professor de 
Direito Eleitoral do Curso ATAME e do IDP.
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REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO
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Resolução n. 661/2013
• Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consultiva 
e regulamentar) – além do exercício da função típica jurisdicional, a Justiça 
Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administrativa, que se 
revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadastro eleitoral; função 
consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais pertinentes à maté-
ria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstancia na expedição de nor-
mas – resoluções e instruções – destinadas a regulamentar a legislação eleitoral.
• Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – a Jus-
tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 1ª 
instância, por juízes estaduais; e, na 2ª instância e instância superior, por 
membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber 
jurídico e reputação ilibada. 
• Periodicidade de investidura de juízes – os membros da Justiça Eleitoral 
não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporariedade 
do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema 
no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais eleitorais, salvo 
motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de 
dois biênios consecutivos.
(CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os juízes 
dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de 
decisão judicial transitada em julgado.
Errado.
Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções elei-
torais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporariedade do exercício de 
funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes eleitorais vitalícios.
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REGIMENTO INTERNO DO TRE-PR – ESQUEMATIZADO 
Resolução n. 661/2013
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• Funcionamento ininterrupto das atividades – apesar de não haver elei-
ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta.
• Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e 
seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercício 
de suas funções jurisdicionais:
 – TSE – jurisdição em todoo território nacional. A circunscrição em que o 
TSE exerce jurisdição é o País.
 – TREs – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circuns-
crição eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui 
sua sede.
 – Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da 
Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas e, nesta, os juízes eleitorais 
podem exercer seu papel jurisdicional.
As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que juízes ou tribunais 
exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de eleitores para o exer-
cício do voto.
• Garantias da magistratura aplicadas aos Juízes Eleitorais – a Constitui-
ção Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais eleito-
rais, aos juízes de direito e aos integrantes das juntas eleitorais, no exercício 
de suas funções e no que lhes for aplicável, plenas garantias e a inamovibili-
dade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, estão 
descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vita-
liciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente 
essa última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situação dos membros 
da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: 
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 – Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para 
exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos 
por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse perío-
do, esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. 
Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais.
 – Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na 
Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão somente uma gra-
tificação de representação e participação se participarem das sessões de 
julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma 
sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais 
uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.
 – Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral; os 
membros dessa Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis.
(CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Os mem-
bros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e 
são inamovíveis.
Certo.
A afirmativa está correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da CF. Entretanto, 
gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for aplicável” con-
tida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibilidade de uma 
ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação peculiar, não ser 
aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça Eleitoral que 
impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias.
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Organização da Justiça Eleitoral
Pois bem! Inicialmente, é importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo 
do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. 
Essa justiça especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme art. 118 
da CF/1988, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, tribunais regionais eleito-
rais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. 
Estrutura da Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral
Tribunais Regionais Eleitorais
Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais
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(CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Segundo 
a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional 
Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
Certo.
Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 da CF.
Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os 
tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, 
compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos monocrá-
ticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular.
Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdi-
cional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; 
os tribunais regionais eleitorais compõem a 2ª instância; os juízes e as juntas elei-
torais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral.
Caros alunos, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição 
e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções juris-
dicionais. Cada um deles possui atribuições próprias que não se confundem – atri-
buições essas que veremos, no momento oportuno, ao longo deste curso.
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COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
ÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO
TSE Superior ou Especial Colegiado
TRE 2ª Instância Colegiado
Junta Eleitoral 1ª Instância Colegiado
Juiz Eleitoral 1ª Instância Monocrático
Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/PR. 
Poderes Normativos dos Tribunais para Editarem seus Regimentos 
Internos
Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços adminis-
trativos, bem como dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus órgãos 
jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dado ao tribunal a possibilidade de 
criação de um Regimento Interno.
“Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes 
Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se 
expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos 
sucessivos distúrbios institucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência 
para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. 
Em relação à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento inter-
no dos tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno 
dos tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 
03/08/1994, DJ de 27/04/2001).
Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais devem 
observar. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias processuais. 
Essa disposição está contida no art. 96, inciso I, alínea a, da Constituição Federal.
Mas o que são normas de processo e garantias processuais? 
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Ao analisar esse tema, este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
“Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais crite-
riosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tribunais, 
cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição de regras de 
natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processuais das partes, 
‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais 
e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às 
garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que 
constituem a relação processual, como também as normas que regulem os atos des-
tinados a realizar acausa finalis da jurisdição. Ante a regra fundamental insculpida no 
art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto de validade não ape-
nas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria decisão que é tomada por esse 
órgão jurisdicional.” (ADI 2.970, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20/04/2006, DJ 
de 12/05/2006)
Pois bem, o Tribunal Regional do Paraná é formado por sete membros. Essa 
prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembargadores 
integrantes do TJ/PR; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/PR; um juiz federal 
membro do TRF/4ª Região; e dois advogados.
O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná dispõe acerca do 
funcionamento do tribunal; organização dos membros durante as sessões; traduz 
as regras de distribuição processual; disciplina a competência do Presidente e de-
mais membros; prescreve como se dará a substituição dos seus juízes membros 
em caso de ausências.
Passaremos à análise do Regimento Interno do TRE/PR; e, nas partes de desta-
que, serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as dispo-
sições do TRE/PR.
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Referência Legislativa
Constituição Federal
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das 
normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência 
e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
Seção I
Da Composição
Art. 1º O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná, TRE-PR, com sede na Capital 
e jurisdição em todo o Estado, compõe-se:
I – mediante eleição, por voto secreto:
a) de dois juízes, dentre os desembargadores, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do 
Estado do Paraná;
b) de dois juízes, dentre os juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça do Es-
tado do Paraná;
II – de um juiz federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal.
III – de dois juízes, por nomeação, pelo Presidente da República, dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça do 
Estado do Paraná.
§ 1º Os substitutos dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral serão escolhidos pelo mes-
mo processo dos efetivos, em número igual ao de cada categoria.
§ 2º Não podem integrar o Tribunal Juízes de Direito Substitutos em 2º Grau, Juízes 
Auxiliares da Corregedoria de Justiça e da Presidência e Vice-Presidência do Tribunal de 
Justiça.
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§ 3º A nomeação de que trata o inciso III não poderá recair em magistrado aposentado, 
membro do Ministério Público, Procuradores federais, estaduais e municipais, ou advo-
gado que ocupe cargo público de que possa ser exonerado ad nutum, que seja diretor, 
proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor, em virtude de contrato com a Administração Pública, ou que exerça mandato de 
caráter político federal, estadual ou municipal.
Sede
O TRE/PR possui sede na capital do estado do Paraná. Isso significa que o local 
físico, o prédio no qual os juízes do TRE/PR se reúnem para decidir as questões 
eleitorais, está situado, atualmente, em Curitiba. Caso a capital do Paraná fosse 
mudada, a sede do TRE/PR também seria, pois o RITRE/PR fala que a sede deve ser 
na capital do Estado, e não necessariamente no município de Curitiba. 
Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/PR exerce sua jurisdição em 
todo o estado do Paraná.
Um esquema didático para facilitar o seu estudo: 
TRE
Sede na Capital do 
Estado e DF
Órgão colegiado
de 2ª Instância
Processo de Escolha de Membros do TRE
Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE:
a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/PR e juízes de direito da 
Justiça Estadual;
b) escolha de juiz do TRF/4ª Região;
c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas, como alguns preferem).
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Escolha de Membros do TRE das Classes de Desembargador (TJ/
PR) e Juiz de Direito (Justiça Estadual do Paraná)
Os desembargadores do TJ/PR (2 juízes) e juízes de direito da Justiça Estadual 
de Paraná (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/PR em eleição, realizada 
no TJ/PR, na qual o voto é secreto (art. 120, § 1º, inciso I, da CF). 
Art. 120. Omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer um 
dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual do Paraná, indepen-
dente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/PR.
Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses ju-
ízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República.
(CESPE/TRE-GO/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2009) Os mem-
bros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo Presidente da República, entre cida-
dãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça 
de cada estado da Federação.
Errado.
Veremos mais adiante que alguns juízes do TRE/PR – mais precisamente, 2 deles – 
são nomeados pelo Presidente da República, dentre advogados de notável saber ju-
rídico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PR. Mas o que queremos 
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chamar atenção aqui é que não são todos os juízes do TRE/PR que são nomeados 
pelo Presidente da República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo 
Presidente e, sim, pelo respectivo Tribunal competente para a escolha.
Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são 
escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das 
classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessá-
ria em razão da substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/categoria ao 
qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ/PR, na qualidade de 
desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhidos também entre 
os desembargadores do TJ/PR, sendo assim para as demais classes/categorias.
Escolha de Membros do TRE da Classe do TRF/4ª Região
Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF, há duas 
possibilidades: a) nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do 
TRF; b) nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal.
Art. 120. Omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo;
Pois bem, agora eu gostaria que vocês prestassem bastante atenção no que 
vamos lhes ensinar. 
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A escolha desse juiz do TRE/PR na classe dosjuízes federais não ocorre por 
meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF, sem qualquer tipo de 
eleição entre seus membros. 
Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/1988. 
Vejam que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se aplica 
às alíneas “a” e “b” do inciso I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, 
ao inciso II, o que desobriga o TRF/4ª Região de realizar qualquer eleição para a 
escolha de membro de TRE/PR. 
Escolha de Membros do TRE/PR da Classe dos Advogados
Compete ao Presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/PR da classe 
dos advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurídico e idonei-
dade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/PR (art. 120, § 1º, inciso III, da CF).
§ 1º Os TREs compor-se-ão:
(…)
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.
Aqui, oportunas se fazem algumas observações importantes. 
A primeira delas refere-se ao fato de a CF exigir que a escolha de juízes do 
TRE/PR, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, substi-
tuindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inciso III, do CE, pela nova ex-
pressão “advogados”, do art. 120, § 1º, inciso III, do seu texto.
Ainda sobre as modificações do art. 25, inciso III, do CE, introduzidas pelo texto 
do art. 120, § 1º, inciso III da CF, a nova redação substituiu a expressão “repu-
tação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em 
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nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada 
aquele desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a 
qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta”. Foi essa a resposta da Co-
missão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada pelo então 
Presidente do Senado, senador Antônio Carlos Magalhães, no sentido de se aclarar 
o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cui-
dam da mesma coisa. 
Atentem-se ainda para o seguinte fato: a CF/1988 não se refere à lista sêxtupla 
(infelizmente, alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advoga-
dos se deve ao fato de haver duas vagas para essa classe. 
Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/PR encaminha uma lista trí-
plice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, 
esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/PR para o Presidente da 
República. A lista tríplice é elaborada no TJ/PR e encaminhada ao TSE para homo-
logação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que 
algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber 
jurídico e idoneidade moral), poderá solicitar ao TJ/PR que faça a substituição do 
candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda presentes em todos os candi-
datos os requisitos constitucionais, procede ao encaminhamento da lista tríplice ao 
Presidente da República.
Uma vez elaborada pelo TJ/PR e homologada pelo TSE, o Presidente da República 
não poderá recusar a lista tríplice, sendo que sua escolha deve recair, obrigatoria-
mente, entre um dos advogados nela constantes.
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LISTA TRÍPLICE
COMPETENTE PARA SUA 
ELABORAÇÃO
REQUISITOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL PELA 
NOMEAÇÃO 
TJ/PR
IDONEIDADE MORAL
NOTÁVEL SABER JURÍDICO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Outra importante observação está relacionada com a ausência da OAB no pro-
cesso de escolha dos juízes do TRE/PR da classe dos advogados. Com efeito, a lista 
tríplice levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/PR é ela-
borada única e exclusivamente pelo tribunal competente – nesse caso, o TJ/PR –, 
sem qualquer participação da OAB/PR.
Direto do STF
“Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Advogados. Artigos 120, § 1º, inc. III, e 94, pará-
grafo único, da Constituição. Compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça do Estado a indicação 
de advogados, para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. 
III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, 
a que se refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais 
Regionais Federais, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23/08/1991)
Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. 
A primeira é a de que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos ad-
vogados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos 
tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes de TRE/PR de idêntica classe. 
O motivo é também de ordem financeira e revela-se no fato de tais membros, no 
exercício da magistratura no TRE/PR, receberem apenas uma gratificação de pre-
sença e representação, e mais nada. 
Direto do STF
“Art. 20, inciso II – incompatibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário. 
Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e 
os juízes suplentes não remunerados”. (ADI n. 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal 
Pleno. DJ 29/06/2001)
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A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos 
advogados, revela-se na desnecessidade de os juízes do TRE/PR, da classe dos 
advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” 
estabelecida no art. 95, parágrafo único, incido V, da CF.,
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
(…)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
(…)
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três 
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 45, de 2004)
Direto do STF
QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, 
V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da 
Constituição não se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.
2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE)
Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos 
juízes substitutos do TRE/PR é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os ju-
ízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da Repú-
blica a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PR.
Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes do 
TRE/PR, vamos a um quadro-resumo para facilitar seu estudo e encerrar esse assunto.
JUÍZES DO TRE/PR
(PROCESSO DE ESCOLHA)
ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE
FORMA DE 
ESCOLHA
2 DESEMBARGADORES DO TJ/PR TJ/PR
Eleição pelo
voto secreto
2 JUÍZES DE DIREITO TJ/PR
Eleição pelo
voto secreto
1 JUIZ FEDERAL TRF/4ª Região Escolha arbitrária
2 ADVOGADOS
Presidente da 
República
Lista tríplice elaborada pelo 
TJ/PR
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Composição dos TREs
A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/1988: 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito 
Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízesdentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal 
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
E também do art. 25 do CE: 
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal 
de Recursos; e 
III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
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Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte 
forma:
Composição do TRE
Vice-Presidente
Desembargador do TJ/PR
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inciso I, alínea 
‘b’, CF/1988
Advogado 
Art. 120, § 1º, inciso III, 
CF/1988
Juiz Federal
Art. 120, § 1º, inciso II, 
CF/1988
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inciso I, alínea 
‘b’, CF/1988
Advogado 
Art. 120, § 1º, inciso III, 
CF/1988
Presidente
Desembargador do TJ/PR
Juiz Federal do TRE/PR: Juiz do TRF/4ª Região ou do 1º Grau de 
Jurisdição da Justiça Federal no Estado do Paraná?
Analisando a composição dos TREs, podemos afirmar, ainda, que todos eles terão 
sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua compo-
sição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TREs, teremos dois desembargadores do 
TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª instância da Justiça 
Federal); enquanto em outros, no lugar desse último membro – juiz do TRF –, haverá 
um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece?
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A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tribu-
nais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. 
Lembrem-se agora de que o art. 120, § 1º, inciso II, da CF afirma que nos Esta-
dos onde houver sede de TRF, um juiz deste tribunal será escolhido para compor o 
respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) 
possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância 
da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TREs, onde não há sede de TRF, 
no lugar do juiz de TRF temos, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª ins-
tância da Justiça Federal).
Pois bem! O Estado do Paraná não é sede de Tribunal Regional Federal. Portan-
to, o juiz federal que integra o TRE/PR é juiz da 1ª instância da Justiça Federal no 
Estado do Paraná.
Art. 2º Não podem integrar, concomitantemente, o Tribunal cônjuges, companheiros ou 
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o quarto grau, excluin-
do-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por último.
Vedações a Escolha dos Membros do TRE
As vedações expressas no Código Eleitoral, aplicáveis aos juízes do TRE, estão 
elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas no art. 2º (supra-
citado) do Regimento Interno.
A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer 
parte do TRE/PR pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, 
até o 4º grau, excluindo-se, nesse caso, a que tiver sido escolhida por últi-
mo. Essa vedação aplica-se a todos os juízes do TRE/PR, não importando a classe/
categoria do juiz. 
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Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a um 
caso prático. 
Hipótese didática
O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/PR. Após algum tempo, seu cunhado “B” é 
nomeado juiz federal e escolhido para compor o mesmo TRE/PR. Isso é possível? CLARO QUE 
NÃO. Enquanto o juiz “A”, da classe dos desembargadores do TJ/PR, estiver no TRE/PR, seu 
cunhado “B”, juiz federal, não poderá compor o TRE/PR.
A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE) afirma que a escolha desses membros 
não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações:
a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão).
b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, 
privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública.
c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos membros 
efetivos quanto aos membros substitutos do TRE.
Art. 3º. Não podem integrar o Tribunal o cônjuge, o companheiro, o parente consan-
guíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo na circunscrição, no 
período compreendido entre a homologação da escolha do candidato em convenção 
partidária e a proclamação dos eleitos.
Art. 4º. Os Juízes do Tribunal, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por 
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
§ 1º Nenhum Juiz Efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma ou em diversa 
categoria, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se transcorridos dois anos do 
término do segundo biênio.
§ 2º O intervalo de dois anos referido no § 1º somente poderá ser reduzido no caso de 
inexistência de outros Juízes que preencham os requisitos legais para a investidura.
§ 3º Poderá o Tribunal, desde que haja motivo justificado, autorizar o desligamento de 
Juiz antes do término de seu biênio.
§ 4º Cada biênio será contado da data da posse, ininterruptamente, sem desconto de 
qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licenças ou férias, salvo na hipótese 
do art. 3º.
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§ 5º Para efeito deste artigo, consideram-se também consecutivos dois biênios, quando 
entre eles houver interrupção por prazo inferior a dois anos.
§ 6º As normas deste artigo também se aplicam ao Juiz Substituto, sendo-lhe permiti-
do, entretanto, vir a integrar o Tribunal como Juiz Efetivo, sem que sua investidura seja 
limitada pela condição anterior.
§ 7º O Magistrado de Zona Eleitoral que for nomeado Juiz Efetivo ou Substituto do Tri-
bunal deixará as funções eleitorais da primeira instância, desde a posse.
Referência Legislativa
Constituição Federal
Art. 121. Omissis
(...)
§ 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no 
mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma 
ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Código Eleitoral
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por 
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indis-
pensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado pela Lei n. 4.961, de 4.5.1966)
Res.-TSE n. 20.958/2001
Art. 1º Omissis
§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo 
de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte.§ 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação da respectiva 
convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente consanguíneo ou afim, 
até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal, no Estado respectivo.
Temporalidade do Mandato dos Membros do TRE/PR
Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o prin-
cípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus 
membros – integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta elei-
toral – exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. 
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Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE –, esse período de tempo de 
exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, 
nos seguintes termos:
Art. 121. Omissis
§ 2º – Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, 
no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhi-
dos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Portanto, os juízes do TRE/PR são escolhidos para exercerem as funções eleito-
rais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afas-
tar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. 
Recondução
Em casos de recondução, os membros do TRE/PR devem submeter-se ao mesmo 
processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/PR, deverão ser eleitos, 
por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro da Justiça Federal, 
será designado pelo TRF/4ª Região; se membros provenientes da advocacia, deverão 
ser nomeados pelo Presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/PR.
Biênios
Os juízes do TRE/PR e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obri-
gatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio 
é o período de 2 (dois) anos.
Hipótese didática
Imagine que, em janeiro de 2012, o cidadão X se torne juiz efetivo do TRE/PR. Passados dois anos 
(2012 – 2013), finda o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A partir daí, poderá 
ele ainda exercer um 2º biênio (2014 – 2015) sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo 
os dois biênios, um 3º biênio (2016 – 2017) está vedado.
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Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que se consi-
deram consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior 
a dois anos.
Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de 
juiz do TRE/PR (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar, para re-
tornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos 
do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de 
inexistência de outros juízes que preencham os requisitos legais.
Art. 5º. Para preenchimento do cargo de Juiz do Tribunal, o Presidente fará a comuni-
cação ao Tribunal competente para a escolha:
I – até 30 (trinta) dias antes do término do biênio, de Juiz das categorias de Desembar-
gador, Juiz de Direito e Juiz Federal;
II – até seis meses antes do término do biênio, de Juiz da categoria de Advogado;
III – imediatamente após a vacância do cargo, se ocorrida antes do final do biênio.
Parágrafo único. No caso de vacância por término de biênio, a comunicação deverá in-
dicar se se trata do primeiro ou do segundo biênio.
Término de Biênio: Prazo para Início do Processo de Escolha
Para viabilizar a escolha de um novo juiz, há algumas disposições regimentais 
referentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal.
Até trinta dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, 
ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente 
do Tribunal Eleitoral convocará o Tribunal de Justiça, para a escolha, esclarecendo, 
naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
Até seis meses antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, ou 
imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente do 
Tribunal Eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, 
esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
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MINISTROS DO TSE INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA
Magistrados de Carreira 30 dias antes do término do biênio
Classes dos advogados Seis meses antes do término do biênio
Art. 6º. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o Juiz do Tribunal que completar 
o respectivo biênio, assim como o Magistrado que for promovido, aposentar-se volunta-
ria ou compulsoriamente, ou for afastado de suas funções de origem.
Art. 7º. Os Juízes do Tribunal, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicá-
vel, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis, nos termos do art. 121, § 1º, da 
Constituição Federal.
 
Seção II
Da Posse Dos Juízes Do Tribunal
 
Art. 8º. O Presidente e o Vice-Presidente eleitos tomarão posse em sessão solene, a 
realizar-se no primeiro dia útil do mês de fevereiro.
Art. 9º. A posse dos Juízes Efetivos dar-se-á perante o Tribunal, e a dos substitutos 
perante o Presidente, lavrando-se o respectivo termo.
§ 1º Em ambos os casos, o prazo para a posse é de 30 (trinta) dias, contados da publi-
cação oficial da escolha ou nomeação.
§ 2º Não havendo publicação oficial, o prazo para a posse será contado da data da 
sessão em que o Juiz do Tribunal tomar ciência da nomeação, desde que já ocorrida a 
vacância do cargo.
§ 3º O prazo para a posse poderá ser prorrogado pelo Presidente do Tribunal, em até 
60 (sessenta) dias, desde que assim o requeira, motivadamente, o Juiz a ser compro-
missado.
§ 4º Quando a recondução se operar antes do término do primeiro biênio, não haverá 
necessidade de nova posse, sendo suficiente sua anotação no termo de investidura 
inicial.
§ 5º Havendo interrupção no exercício do mandato, deverão ser observadas as mesmas 
formalidades indispensáveis à primeira investidura, não sendo considerado o primeiro 
biênio para efeito de antiguidade.
§ 6º Os Juízes Efetivos e Substitutos prestarão o seguinte compromisso: “Declaro acei-
tar o cargo para o qual fui eleito e prometo bem e fielmente desempenhar os deveres do 
cargo de Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, cumprindo e fazendo cumprir a 
Constituição e as leis da República e pugnando sempre pelo prestígio e respeitabilidade 
da Justiça Eleitoral”.
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Os juízes efetivos, não importando sua classe, tomarão posse perante o Tribunal, e 
os substitutos, perante o Presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso 
formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição e 
as leis da República.
A posse de um juiz efetivo ocorre perante o Tribunal em sessão plenária, mais pre-
cisamente, na primeira sessão com a sua presença. De outro modo, como o juiz 
substituto somente participa eventualmente das sessões do Tribunal, decidiu o RI-
TRE/PR que sua posse se dá perante o Presidente do Tribunal e, em geral, ocorre 
no próprio gabinete do Presidente 
JUÍZES DO TRIBUNAL POSSE
Juízes EFETIVOS perante o tribunal
Juízes SUBSTITUTOS perante o Presidente
Art. 10. A antiguidade dos Juízes no Tribunal é definida pela data da respectiva posse.
Parágrafo único. Na hipótese de Juízes, deigual categoria ou não, tomarem posse na 
mesma data, considerar-se-á mais antigo, para os efeitos regimentais, nesta ordem:
I – o que houver servido por mais tempo como Efetivo;
II – o que houver servido por mais tempo como Substituto;
III – o que tiver mais tempo de serviço como Juiz Eleitoral de primeiro grau;
IV – o mais idoso.
 
Seção III
Das Férias, Licenças e Afastamentos
 
Art. 11. Os Juízes gozarão de licenças e férias nos casos previstos em lei, e por ela 
regulados.
Art. 12. Os Juízes da categoria dos Magistrados, afastados de suas funções na Justiça 
Comum perderão, automaticamente, o exercício na Justiça Eleitoral pelo tempo corres-
pondente, salvo na hipótese do art. 15.
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Parágrafo único. Eventuais afastamentos deverão ser comunicados ao Presidente do 
Tribunal.
Art. 13. Os Juízes do Tribunal não poderão afastar-se para usufruir férias, num mesmo 
período, em número que possa comprometer o quórum de julgamento.
Parágrafo único. Os Juízes não poderão afastar-se para usufruir férias, em ano eleitoral, 
em período determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 14. As férias dos Juízes poderão ser interrompidas por exigência do serviço elei-
toral.
Art. 15. Quando o exigir o serviço eleitoral, os Magistrados que compõem a Justiça Elei-
toral poderão ser afastados do exercício dos cargos efetivos, por ato do Tribunal, sem 
prejuízo dos respectivos subsídios, submetendo-se a deliberação ao Tribunal Superior 
Eleitoral e comunicando-se ao órgão de origem.
Art. 16. O Tribunal, mediante justificativa, poderá conceder licença a Magistrado que 
esteja afastado da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral, bem 
como a Juiz da categoria de Advogado.
Art. 17. Independentemente do período, os Juízes Efetivos e Substitutos comunicarão 
à Presidência do Tribunal suas eventuais ausências.
 
Seção IV
Da Convocação de Substitutos
 
Art. 18. Durante as férias e licenças de Juiz Efetivo do Tribunal, por tempo superior a 15 
(quinze) dias, bem como na vacância desse cargo, o Presidente convocará o respectivo 
Substituto.
§ 1º No caso de vacância, o Substituto permanecerá em exercício até que seja designa-
do e empossado o novo Juiz Efetivo.
§ 2º Na hipótese do caput, por tempo igual ou inferior a 15 (quinze) dias, e em ausência 
ocasional de Juiz, poderá ser convocado Substituto, obedecida a ordem de antiguidade, 
se necessário para compor o quórum.” (Redação dada pela Res. TRE/PR n. 705, de 
18.5.2015)
§ 3º Em qualquer das situações previstas neste artigo, não sendo possível o compareci-
mento do Juiz Substituto mais antigo, será convocado o outro Juiz Substituto da mesma 
categoria.
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Critério de Substituição: os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o 
substituto de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nesta ordem:
Ser o juiz substituto necessariamente da mesma classe (Desembargador, Juiz de Di-
reito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausente. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, UM 
JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA.
Recai inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se 
este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe.
Seção V
Do Presidente, Do Vice-Presidente e Do Corregedor Regional
 
Art. 19. A Presidência e a Vice-Presidência serão exercidas por Juízes integrantes da 
categoria de Desembargador, eleitos por voto secreto pelos Juízes do Tribunal, em até 
60 (sessenta) dias antes do término dos mandatos vigentes, pelo período de um ano, 
contado da data da posse, sendo vedada a reeleição.
§ 3º Ocorrendo vacância do cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, na primeira me-
tade do mandato, será convocada nova eleição para o período remanescente, no prazo 
de 30 (trinta) dias.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, se a vacância ocorrer na segunda metade do 
mandato, o Vice-Presidente assumirá a Presidência, enquanto o Juiz Substituto mais 
antigo da categoria de Desembargador assumirá a Vice-Presidência e a Corregedoria 
Regional Eleitoral, respectivamente, pelo período remanescente do mandato.
Presidente e Vice-Presidente
Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão definidos 
no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ que dele fazem 
parte. Considerando que temos dois desembargadores na composição do TRE, um 
deles sempre será o Presidente, cabendo ao outro a vice-presidência. 
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Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PR
Segundo o art. 4º do RITRE/PR, o Tribunal elegerá seu Presidente e Vice-Pre-
sidente entre os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da 
posse. 
Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Re-
gional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/PR, caberá ao 
Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleitoral do TRE/PR. 
Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim, temos:
JUIZ/CLASSE CARGO NO TRE/PR
Desembargador do TJ PRESIDENTE
Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE
Desembargador do TJ, que exerça a função de 
Vice-Presidente
CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL
 
Art. 20. São atribuições do Tribunal, além de outras que lhe são conferidas por lei:
I – processar e julgar originariamente:
a) pedidos de habeas corpus e de mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra 
ato de autoridade que responda a processo perante o Tribunal Regional Federal ou o 
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por crimes de responsabilidade ou comuns;
b) pedidos de mandado de segurança contra atos, decisões e despachos do Presidente, 
do Corregedor Regional Eleitoral, do Procurador Regional Eleitoral e dos Relatores, dos 
Juízes Eleitorais e dos órgãos do Ministério Público Eleitoral de primeiro grau;
c) pedidos de mandados de injunção e de habeas data, quando versarem sobre matéria 
eleitoral;
d) exceções de impedimento e de suspeição de seus Juízes, do Procurador Regional Elei-
toral, e dos servidores de seu quadro de pessoal, assim como dos Juízes e Promotores 
Eleitorais e de quaisquer daqueles mencionados nos incisos I a IV e nos parágrafos 1º e 
2º do artigo 283 do Código Eleitoral;
e) conflitos de competência entre Juízes Eleitorais do Estado;
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f) crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, cometidos por Juízes Eleitorais 
ou autoridades que respondam a processo perante o Tribunal Regional Federal ou o Tri-
bunal de Justiça do Estado do Paraná, por crimes de responsabilidade ou comuns;
g) reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos quanto à 
sua contabilidade e à apuração da origem de seus recursos;
h) o registro e a impugnação do registro de candidatos aos cargos de Governador, Vice-
-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual;
i) prestações de contas anuais dos órgãos regionais dos partidos políticos e, nas eleições 
estaduais e federais, dos comitês financeiros dos órgãos estaduais e dos candidatos 
mencionados na alínea “h”;
j) ações de impugnação de mandato eletivo de Governador, de Vice-Governador, de 
membros do Congresso Nacional e de membros da Assembleia Legislativa;
k) pedidos de desaforamento de processos não decididos por Juízes Eleitoraisem 30 
(trinta) dias de sua conclusão para julgamento, formulados por partido político, candi-
dato, Ministério Público Eleitoral ou parte interessada, sem prejuízo das sanções aplicá-
veis pelo excesso de prazo;
l) nas eleições estaduais e federais, as reclamações e representações a que se refere 
o artigo 96 da Lei n. 9.504, de 30.09.1997, ainda que utilizado o procedimento da Lei 
Complementar n. 64, de 18.05.1990;
m) reclamações, representações e ações de investigação judicial eleitoral previstas nes-
te Regimento, na legislação eleitoral e nas instruções expedidas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, ressalvada a competência do Tribunal Superior Eleitoral e dos Juízes Eleitorais;
II – julgar os recursos interpostos:
a) de atos praticados ou decisões proferidas por Juízes Eleitorais, Juntas Eleitorais ou 
Comissão Apuradora das Eleições;
b) de atos ou decisões dos Relatores;
c) de decisões proferidas por Juízes Auxiliares;
III – responder a consultas formuladas, em tese, sobre matéria eleitoral.
Art. 21. Compete, ainda, privativamente ao Tribunal:
I – elaborar seu Regimento, reformá-lo, emendá-lo e interpretá-lo, ressalvada a atribui-
ção do Presidente do Tribunal, prevista no artigo 22, inciso XXI; 
II – organizar sua estrutura orgânica e encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral pro-
posta de criação ou supressão de cargos, na forma da lei;
III – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior Eleitoral;
IV – determinar providências para o efetivo cumprimento da legislação eleitoral, em sua 
circunscrição;
V – assegurar a preferência do serviço eleitoral sobre qualquer outro, no Estado;
VI – requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões e, se for o caso, 
solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral a requisição de força federal, para o mesmo fim;
VII – expedir resoluções para o cumprimento das normas eleitorais no âmbito de sua 
circunscrição e as necessárias à organização e à administração de sua estrutura orgâ-
nica;
VIII – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo a proposta de criação de 
zonas eleitorais ao Tribunal Superior Eleitoral, para autorização; 
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IX – designar Juízes Auxiliares, dentre os Substitutos, para apreciação de reclamações 
ou representações referentes a pleito eleitoral, na forma da lei;
X – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar contra Juiz membro 
do Tribunal ou Juiz Eleitoral, decidindo, fundamentadamente, sobre o afastamento do 
respectivo cargo, por prazo determinado ou até decisão final, bem como aplicar penas 
disciplinares de advertência, censura ou suspensão por até 30 (trinta) dias ou afasta-
mento definitivo do magistrado;
XI – constituir a Comissão Apuradora das Eleições;
XII – aprovar o relatório geral de apuração elaborado pela Comissão Apuradora das 
Eleições, divulgando o quociente eleitoral e o partidário;
XIII – proclamar os eleitos para os cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, 
membros do Congresso Nacional e membros da Assembleia Legislativa e os suplentes 
respectivos;
XIV – diplomar os eleitos para os cargos previstos no inciso anterior;
XV – regulamentar e fixar data para a realização de novas eleições determinadas por 
decisão judicial e nos casos e na forma prevista na legislação;
XVI – proceder ao registro dos comitês financeiros relativo às campanhas eleitorais dos 
candidatos a Governador, a Vice-Governador, a membros do Congresso Nacional e a 
membros da Assembleia Legislativa;
XVII – decidir sobre representações e reclamações acerca de assuntos pertinentes a sua 
organização e atividade;
XVIII – exercer outras competências decorrentes de lei e deste Regimento.
Competências da Justiça Eleitoral
Caros concurseiros, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em con-
cursos públicos: as competências do TRE/PR. 
Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus 
órgãos: TSE, TRE’s, juizes eleitorais e juntas eleitorais. Partindo desse pressuposto, 
um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaustivo e enfado-
nho, haja vista que, em geral, os cursos limitam-se a transcrever as competências 
de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro comentário que, infe-
lizmente, não acrescentam muito ao texto legal.
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Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-los que o TRE/PR 
faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma justiça peculiar e que apresenta algumas 
funções específicas e próprias, não encontradas nas demais. Por isso, vamos re-
lembrar rapidamente essas funções:
• Função Administrativa – trata-se da função de organização do eleitoral, de 
administração e fiscalização das eleições;
• Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, às per-
guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e de aplicação das leis em 
tese;
• Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve, com caráter de defini-
tividade, litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso 
concreto.
• Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamentares 
para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir instruções. 
Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 
105 da Lei n. 9.504/1997.
Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei 
complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. A esse 
respeito, veja:
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, 
dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral, 
não houve a edição de nenhuma lei complementar, mas, sim, a recepção da Lei 
Ordinária n. 4.737/1965 – o Código Eleitoral –, com status de lei complementar, 
especificamente na parte de que trata da definição de competência dos órgãos da 
Justiça Eleitoral.
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Portanto, o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela-se no 
estudo do Código Eleitoral, mais precisamente nos quatro títulos da sua “PARTE 
SEGUNDA”, bem como na análise dos Regimentos Interno dos TRE’s.
Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utilizada, 
vamos começar efetivamente nosso estudo sobre as principais competências do 
TRE/PR, tratadas no Código Eleitoral, bem como neste Regimento Interno. O regis-
tro de candidatura é o nosso primeiro assunto.
Registro de Candidatos
Compete ao TRE/PR fazer o registro de candidaturas dos candidatos aos cargos 
de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador 
da República (todos do estado do Paraná).
Competência: Registro de Candidato
CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL
Governador
Vice-Governador
Deputado Federal 
Senador
Deputado Estadual
Estado TRE/PR Art. 29, I, a, CE
Expedição de Diplomas
Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas assina-
dos pelo órgão competente da Justiça Eleitoral.
Portanto, compete ao TRE/PR expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos cargos 
de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador 
da República (todos do estado do Paraná).
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Expedição de Diplomas
CARGOS ELETIVOS COMPETENTE
Governador
Vice-Governador
Deputado Federal
Senador
Deputado Estadual
TRE/PRRegistro e Cancelamento de Diretório de Partido Político
A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é 
restrita aos tribunais eleitorais. Assim, seja qual for o diretório, seu cancelamento ou 
registro não pode ser feito por juiz eleitoral, muito menos ainda por junta eleitoral.
O TSE cuida do cancelamento e registro dos diretórios nacionais, enquanto o 
TRE/PR, dos diretórios regionais dos partidos no estado do Paraná e dos Diretórios 
dos partidos dos municípios do Paraná. 
Competência: Cancelamento e Registro 
de Diretório de Partido Político
DIRETÓRIO ÓRGÃO COMPETENTE BASE LEGAL
REGIONAL
ESTADUAL
MUNICIPAL
TRE/PR Art. 29, I, a, CE
Conflito de Competência
O conflito de competência é matéria muito cobrada em concursos públicos, por-
tanto pedimos-lhe especial atenção no seu estudo.
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Conflito de competência é o choque entre autoridades jurisdicionais que se su-
põem competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para 
funcionar num mesmo processo, em relação aos mesmos atos.
Compete ao TRE/PR processar e julgar os conflitos de competência surgidos 
entre juízes eleitorais que exerçam jurisdição no estado do Paraná.
Entretanto, se o conflito for entre juízes Tribunais Regionais e Juízes eleitorais 
de estados diferentes, a competência é do TSE (art. 22, I, b, do CE).
Competência: Conflitos de Jurisdição
Envolvendo Tribunais da Justiça Eleitoral
CONFLITO DE JURISDIÇÃO ÓRGÃO COMPETENTE
TRE/PR
X
TSE
A relação funcional entre o TSE e os TRE/PR não 
admite o conflito de jurisdição
TRE/PR
X
TRE DE QUALQUER OUTRO ESTADO 
TSE
(art. 22, I, b, do CE)
TRE/PR
X
JUIZ ELEITORAL DE QUALQUER 
OUTRO ESTADO
TSE
(art. 22, I, b, do CE)
TRE/PR
X
TRIBUNAL SUPERIOR 
(COM EXCEÇÃO DO TSE) 
STF
(art. 102, I, o, da CF)
TRE/PR
X
OUTRO TRIBUNAL QUE NÃO SEJA UM 
TRIBUNAL SUPERIOR
(POR EXEMPLO: TJ)
STJ
(art. 105, I, d, da CF/88)
JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO 
NO PR
X
JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO 
NO PR
TRE/PR
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Exceção de Suspeição ou de Impedimento
Em síntese, as exceções instrumentais de suspeição e impedimento são formas 
estabelecidas em lei com o propósito de afastar aquele que não possui capacidade 
subjetiva ou compatibilidade com a causa. 
Compete ao TRE/PR processar e julgar as exceções de suspeição e de impedimento 
opostas em face de seus membros, do procurador regional eleitoral e dos servidores 
da sua secretaria, assim como dos juízes, escrivães e chefes de cartórios eleitorais.
Exceção de Suspeição ou de Impedimento
(Competência do TRE)
MEMBROS DO TRE/PR
ESCRIVÃES ELEITORAIS
TRE/PR
SERVIDORES DA SECRETARIA 
ELEITORAL – PR
PROCURADOR REGIONAL 
ELEITORAL – PR
JUÍZES ELEITORAIS COM
JURISDIÇÃO NO PR
Fixar Data das Eleições
Compete privativamente ao TRE/PR fixar a data das eleições de Governador 
e Vice-Governador, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Vereadores – 
quando não estabelecida pela lei ou pela CF/88.
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Da análise desses dispositivos legais, conclui-se, de imediato, que a competência 
do TRE/PR para fixar datas de eleições para cargos eletivos é residual e somente deve-
rá ser exercida quando houver necessidade de realização de eleições suplementares.
Fixação de Datas de Cargos Eletivos
(Competência Residual)
CARGOS ELETIVOS ÓRGÃO COMPETENTE
Governador e Vice-Governador
Deputados Estaduais
Prefeitos e Vice-Prefeitos
Vereadores 
Juízes de Paz
TRE/PR
Divisão ou Criação de Zonas Eleitorais no Paraná 
O processo de divisão ou criação de zonas eleitorais no estado do Paraná pode 
ser dividido em duas etapas: na primeira, o TRE/PR elabora e encaminha a propos-
ta de criação ou alteração ao TSE (art. 30, IX, CE); na segunda, a Corte Suprema 
Eleitoral aprova a proposta das cortes regionais (art. 23, VIII, CE).
Esquematicamente, esse processo pode ser assim representado:
TRE/PR
Elabora e encaminha ao TSE 
proposta de criação ou alteração 
de zonas eleitorais.
Aprova a proposta encaminhada 
pelo TRE/PR.
TSE
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Esse assunto já foi, inclusive, cobrado em concurso público. Veja:
(CESPE/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2005) Compete 
privativamente aos TRE’s aprovar a divisão do respectivo Estado em zonas eleito-
rais, bem como a criação de novas zonas.
Errado. 
A competência dos TRE’s restringe-se à elaboração e ao encaminhamento da pro-
posta de criação ou divisão de zonas eleitorais ao TSE, cabendo a este órgão apro-
var o pedido. 
Requisição de Força Federal
A requisição de força federal é ato dirigido ao Poder Executivo para garantir o 
cumprimento da lei, de decisão judiciária ou para garantir a lisura do pleito eleitoral.
Trata-se de uma prerrogativa privativa do TSE no âmbito da Justiça Eleitoral. Assim, 
mesmo quando o TRE/PR dela pretende fazer uso, essa requisição deve necessariamen-
te ser dirigida ao TSE para que este, então, encaminhe o pedido ao Poder Executivo. 
Vamos a um esquema didático para facilitar o estudo:
TRE/PR
Solicita de forma fundamentada 
ao TSE o pedido de requisição de 
força federal.
Aprova o pedido do TRE/PR e o 
encaminha ao Poder Executivo.
TSE
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Outras Competências do TRE
Continuando nosso estudo, temos ainda algumas competências do TRE/PR 
que merecem uma especial atenção. Vamos a elas, fazendo algum esclarecimento 
quando necessário:
• elaborar seu regimento interno;
• organizar sua Secretaria;
• propor ao Congresso Nacional, por intermédio do TSE, a criação ou supressão 
de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos – Nota-se que o TRE/
PR não pode enviar diretamente ao Congresso Nacional o projeto de 
lei de criação ou supressão de seus cargos. O TRE/PR encaminha sua 
proposta ao TSE, que a remete, então, ao Poder Legislativo.
• constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição – É sa-
bido que as juntas eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da Jus-
tiça Eleitoral, cuja existência se restringe ao período eleitoral. É comum 
os concursandos acharem erroneamente que compete ao juiz eleitoral a 
sua constituição, quando, na verdade, tal competência é do TRE/PR;
• designar, onde houver mais de uma vara, aquela ou aquelas, a que incumbe 
o serviço eleitoral;
• aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) 
dias aos juízes eleitorais;
• indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem 
dos votos deva ser feita pela mesa receptora. 
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CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO Presidente
Art. 22. São atribuições do Presidente do Tribunal:
I – presidir as Sessões do Tribunal, dirigir seus trabalhos, propor e encaminhar as ques-
tões, registrar os votos, apurar e proclamar os resultados, bem como assinar as atas 
das sessões;
II – decidir sobre pedidos de preferência e adiamento do julgamento;
III – participar da discussão e do julgamento em processos sobre matéria administra-
tiva e, nos demais feitos de competência da Corte, proferir voto de desempate, se for 
o caso;
IV – determinar a remessa dos documentospertinentes à Procuradoria da Fazenda Na-
cional para inscrição em dívida ativa, quando for o caso;
V – exercer o juízo de admissibilidade de recursos especiais e ordinários;
VI – decidir sobre processos disciplinares contra servidores que resultem na aplicação 
de pena de demissão, cassação de aposentadoria e disponibilidade, assim como de sus-
pensão superior a 30 (trinta) dias, exceto os da competência privativa do Corregedor 
Regional Eleitoral;
VII – relatar processos:
a) de execução de decisões judiciais que determinem a realização de novas eleições em 
decorrência de vacância de cargos do Poder Executivo Municipal ou Estadual;
b) – que visem à criação ou remanejamento de zona eleitoral;
VIII – apreciar pedidos de medida cautelar em recurso especial pendente de juízo de 
admissibilidade;
IX – apreciar pedido de suspensão de execução de liminar e de sentença em mandado de 
segurança impetrado na Justiça Eleitoral de primeiro grau, na forma da lei;
X – decidir, na ausência dos demais Juízes do Tribunal, sobre pedidos de liminar em 
medidas judiciais urgentes e determinar liberdade provisória ou sustação de ordem de 
prisão em processos de habeas corpus de competência originária do Tribunal.
XI – fazer constar em ata eventual ausência de Juízes Efetivos do Tribunal e presença 
dos respectivos Substitutos;
XII – tomar compromisso dos Juízes Substitutos do Tribunal e dar-lhes posse, na forma 
da lei, convocando-os nos casos previstos na legislação e neste Regimento;
XIII – comunicar ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e ao Tribunal Regional Fe-
deral a interrupção ou o término do biênio de Juiz do Tribunal Regional Eleitoral;
XIV – designar, por delegação do Tribunal, Juízes de Direito para o exercício das funções 
de Juiz Eleitoral;
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XV – solicitar ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná que suspenda, antes e depois 
das eleições, férias, licenças e movimentações dos Juízes de Direito que exerçam função 
eleitoral;
XVI – requerer ao Tribunal Superior Eleitoral qualquer medida necessária ao bom fun-
cionamento do Tribunal ou à fiel execução da legislação eleitoral;
XVII – estabelecer escala permanente de plantão de Juízes do Tribunal para apreciação 
de medidas judiciais urgentes, assim consideradas aquelas destinadas a evitar o pere-
cimento de direito ou assegurar a liberdade de locomoção;
XVIII – assinar os diplomas dos eleitos para os cargos de Governador e Vice-Governador 
do Estado, membros do Congresso Nacional e membros da Assembleia Legislativa e dos 
suplentes respectivos;
XIX – nomear os membros das Juntas Eleitorais;
XX – determinar a publicidade de seus atos e decisões;
XXI – resolver eventuais dúvidas que surgirem na classificação e na distribuição dos 
processos;
XXII – exercer o poder de polícia nas dependências do Tribunal;
XXIII – representar o Tribunal em solenidades e atos oficiais;
XXIV – despachar o expediente do Tribunal e editar atos, portarias e ordens de serviço;
XXV – cumprir, fazer cumprir os atos e decisões do Tribunal, bem como determinar a 
necessária publicidade destes últimos;
XXVI – responsabilizar-se pelos atos de gestão fiscal, nos termos da lei;
XXVII – decidir sobre:
a) concessão de benefícios e vantagens financeiras aos Juízes Eleitorais e aos Juízes do 
Tribunal, na forma da lei;
b) pedidos de licença de servidores por motivo de afastamento do cônjuge ou compa-
nheiro, para capacitação, para tratar de interesses particulares ou para o desempenho 
de mandato classista;
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c) pedidos de cessão de servidores para exercício em outros órgãos da administração 
pública federal, estadual ou municipal, exclusivamente para exercer cargos em comis-
são, sem ônus para a Justiça Eleitoral e enquanto perdurar tal condição;
d) outros atos relativos à vida funcional dos servidores;
XXVIII – nomear, exonerar, declarar a vacância de cargo efetivo, demitir e aposentar 
servidores do quadro de pessoal do Tribunal e conceder pensão, nos termos da lei;
XXIX – nomear servidores para exercer cargo em comissão e a eles dar posse;
XXX – autorizar a realização de concursos públicos para provimento de cargos do qua-
dro de pessoal, apresentando o respectivo resultado para homologação pelo Tribunal;
XXXI – autorizar a requisição de servidores federais, estaduais e municipais, no âmbi-
to de sua jurisdição, para auxiliar nos Cartórios Eleitorais e na Secretaria do Tribunal, 
quando o exigir a necessidade do serviço, sendo automático o desligamento, após es-
gotado o prazo;
XXXII – constituir grupos de trabalho destinados à realização de estudos de interesse 
do Tribunal ou de atividades definidas em lei, bem como designar seus componentes;
XXXIII – decidir, quando couber, os recursos interpostos contra decisões administrativas 
do Diretor-Geral;
XXXIV – supervisionar os serviços e fixar o horário de expediente nas dependências do 
Tribunal e nos Cartórios Eleitorais;
XXXV – expedir ato próprio, divulgando a prorrogação ou a suspensão dos prazos, em 
decorrência de fechamento extraordinário do Tribunal;
XXXVI – firmar convênios no interesse do Tribunal;
XXXVII – decidir sobre o desarquivamento de processos que estejam sob a guarda do 
arquivo do Tribunal;
XXXVIII – apresentar relatório de sua gestão ao Tribunal, na última sessão ordinária que 
anteceder ao término de seu mandato;
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XXXIX – dar posse ao Diretor-Geral da Secretaria;
XL – delegar ao Diretor-Geral da Secretaria, temporariamente, o exercício das atribui-
ções que não lhe sejam privativas por disposição legal;
XLI – designar chefes de cartórios eleitorais;
XLII – pronunciar-se sobre as contas do Tribunal e atestar conhecimento das conclusões 
contidas no parecer do órgão de controle interno, caso não seja o ordenador de despe-
sas.
XLIII – aprovar e encaminhar ao Tribunal Superior proposta orçamentária e plurianual, 
solicitando, quando necessária, a abertura de créditos suplementares;
XLIV – desempenhar outras atribuições que lhe forem conferidas por lei.
Principais Competências do Presidente do TRE/PR
• Presidir as sessões do Tribunal, propor e encaminhar as questões, 
registrar e apurar os votos, proclamar o resultado e subscrever a res-
pectiva súmula de julgamento – Essa é uma das principais atribuições do 
Presidente. Trata-se de sua atuação durante a realização das sessões do Tri-
bunal. Nestas, o Presidente preside, propõe questões, apura o vencido (con-
tagem dos votos) e proclama o resultado. 
• Convocar sessões extraordinárias – Excepcionalmente, o Presidente do 
Tribunal poderá convocar seções extraordinárias, cujo dia e horário serão de-
finidos no próprio ato convocatório.
• Dar posse aos membros substitutos – Diferente dos juízes efetivos, que 
tomam posse perante o TRE/PR, os juízes substitutos, por participarem so-
mente esporadicamente das sessões do TRE/PR, tomam posse perante o Pre-
sidente do TRE/PR.
Juiz POSSE
Juiz EFETIVO Perante o TRE/PR
Juiz SUBSTITUTO Perante o Presidente do TRE/PR
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CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DO Vice-Presidente
Art. 23. São atribuições do Vice-Presidente:
I – substituir o Presidente em seus impedimentos, suspeições, eventuais ausências ou 
afastamentos;
II – suceder o Presidente que não completar o mandato, exceto na hipótese do § 3º do 
artigo 19;
§ 1º O Vice-Presidente, no caso do inciso I, quando no exercício da

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