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17 1º Obter informações sobre a área Para realização de um projeto de irrigação é de mera importância o conhecimento da área a ser implantado o sistema, um sistema de irrigação é composto por um conjunto motobomba, tubulações de diferentes diâmetros, aspersores e acessórios. Os dados abaixo mostram informações da área a ser irrigada e as dimensões do sistema de irrigação: 2º Selecionar o aspersor Com base nestes dados é realizado a escolha do aspersor, sendo o aspersor um dos elementos de maior importância nos sistema, sendo ele o responsável por pulverizar o jato d`água. Os aspersores molham de forma circular a superfície do terreno sendo necessária a sobreposição destas áreas para haver maior uniformidade na irrigação. Com base na tabela abaixo fornecida pelo fabricante é possível escolher o aspersor, a escolha deve ser realizada com aquele em que a intensidade de aplicação for menor ou igual a VIB do solo, isso evita que seja aplicada uma quantidade de água maior que o solo pode absorver, evitanda problemas como o escoamento superficial. Deve-se utilizar o maior espaçamento possível entre aspersores o que proporcionara uma redução nos custos na implantação do sistema. VIB=16 Distância entre emissores= 12 x 18 m Intensidade de precipitação= 15,6 Diâmetro irrigado= 27 m Vazão= 3,37 m3h-1 Pressão de serviço= 45 m.c.a Bocal= 2,4 x 6,2 mm 3º Determinar a lamina bruta de irrigação (LBI) A lamina bruta de irrigação é a quantidade de água a ser aplicada pelo sistema de irrigação, é dada pela seguinte formula: Onde: Irr: quantidade de irrigação Ea: eficiência de aplicação 4º Determinar o Turno de Rega (TR) Nesta etapa obtêm-se o Turno de Rega que é a relação entre a lamina liquida de irrigação e a evapotranspiração da cultura, ou o consumo de água pela cultura, onde é obtido o intervalo de dias entre duas irrigações sucessivas. Dada pela formula: Onde: Irr: quantidade de irrigação ETc: evapotranspiração da cultura 5º Determinar o tempo de irrigação (TI) Com base na Lamina Bruta de Irrigação e na intensidade de precipitação do aspersor, determina-se quanto tempo de irrigação é necessário para atingir a lamina de água desejada. O qual é obtido utilizando a seguinte formula: 6º Desenhar o layout da área O layout da área é a descrição do projeto de irrigação, sendo possível observar a metragem do terreno, a disposição da tubulação, a orientação da irrigação, a distância entre o reservatório e a motobomba e entre a motobomba e o início da tubulação principal, entre outros. 7º Dimensionar cada linha lateral Nas linhas laterais são instalados os aspersores, distribuídos igualmente durante toda a tubulação, em distancias múltiplas de seis devido o comprimento padrão das tubulações. Pode ser instalado em declive ou aclive, porem preferencialmente em nível. Para realizar o dimensionamento de uma linha lateral é necessário calcular a perda de carga (hf), com base na vazão total que irá percorrer todo seu comprimento. A variação entre as vazões dos aspersores não pode ser superior a 10%, para que isso seja possível, deve dimensionar uma tubulação onde a pressão de serviço entre o primeiro e o ultimo emissor não seja maior que 20%, para isso calcula-se a perda de carga máxima utilizando a seguinte equação: Neste projeto as linhas laterais apresentam 75 metros, com distância entre aspersores de 12 em 12 metros, com base nestas informações calcula-se o número de aspersores para cada linha lateral utilizando a seguinte equação: Neste caso como número de aspersores calculados foi de 6,25, utiliza-se 6 aspersores por linha lateral, colocando um aspersor no final da tubulação deixando a diferença que é de 3 metros entre o primeiro aspersor após a linha principal e a conecção da tubulação com a mesma. A linha lateral pode apresentar mais de um diâmetro de tubulação, para encontrar qual é o diâmetro ideal para o projeto aplica-se a equação de Hazen-Willians, onde é encontrado o diâmetro teórico, na equação de Hazen-Willians é inserido o fator Fr, este é um fator de correção, calcula -se considerando que a vazão que entra é a mesma que chega a o final da tubulação, ou seja, desconsiderando -se a redução d e vazão, e a multiplica pelo fator d e Christiansen este fator é calculado através das seguintes equações: Onde: F= fator de Christiansen m= expoente da Q da equação de Hazen-Willians N= número de aspersores na linha lateral Como no presente projeto houve uma diferença de 3 metros entre o primeiro aspersor após a linha principal e a conecção da tubulação com a linha principal utiliza-se o fator de correção Fr, encontrado pela seguinte equação: Onde: Fr = fator de Christiansen ajustado N = número de aspersores na LL F= fator de Christiansen EA0 = distância da linha principal ao primeiro aspersor EA = distância entre emissores Baseado no fator de Christiansen, utiliza-se a equação de Hazen-Willians para determinar o diâmetro teórico da linha lateral adequado ao sistema de irrigação, com tubulações de pvc, a linha lateral presenta 75 metros, o qual foi instalado em um terreno em nível, o aspersor escolhido foi instalado com um espaçamento de 12 18 metros totalizando 6 aspersores por linha lateral e trabalhara em uma pressão de serviço de 45 mca com vazão de 3,37 3,37 m3h-1. D = 0,0432 metros Onde: Q = vazão total dos emissores (m³/s) C = coeficiente da rugosidade (adimensional) D = Diâmetro da tubulação (m) L = Comprimento da tubulação (m) Fr = fator de Christiansen ajustado 8º Utilizando o diâmetro teórico, calcular um novo hf O diâmetro encontrado não é um diâmetro comercial, devido a isso deve-se com base na tabela abaixo escolher um diâmetro superior e um diâmetro inferior ao diâmetro encontrado, deve-se calcular um hf para o diâmetro superior e um hf para o diâmetro inferior: 9º Calcular o comprimento da linha lateral para cada diâmetro Como o diâmetro teórico encontrado não é um diâmetro comercial, deve-se utilizar o diâmetro superior e o diâmetro inferior ao encontrado, e com base nisso realizar o cálculo de quantos metros será utilizado de cada diâmetro na linha lateral, utilizando a equação abaixo: Onde: D = diâmetro encontrado utilizando o limite máximo de hf (m); D1 = diâmetro comercial imediatamente superior à D (m); D2 = diâmetro comercial imediatamente inferior à D (m); L2 = comprimento do trecho com o menor diâmetro [m]; L = comprimento total da tubulação [m]; n = expoente do diâmetro na equação de Hazen-Williams (4,87); m = expoente da vazão na equação de Hazen-Williams (1,852). Será necessário 54 metros da tubulação de 1,5”, ou seja será necessário 9 canos de 6 metros. Para encontrar quantos metros será necessário da tubulação de 2”, basta fazer a diferença entre o comprimento da linha lateral e a tubulação de menor diâmetro: Devido a distância padrão das tubulações serem de 6 metros neste caso utilizaremos 4 canos de 6 metros totalizando 24 metros, como sobrara 3 metros de cada barra poderá ser utilizado na outra linha lateral, o que possibilitará uma economia na compra de tubulação, no total serão necessários 36 barras de 1,5” e 14 barras de 2”, como mostra o esquema a seguir: 13,48 m3h-1 3,37 m3h-1 6,74 m3h-1 10,11 m3h-1 16,85 m3h-1 20,22 m3h-1 3 m 12 m 12 m 12 m 12 m 12 m LP 54 m 21 m 10º Recalcular um novo hf para as combinações de comprimento e diâmetro novos Recalculando os hf s poderá se encontrar a perda de carga na linha lateral com os dois diâmetros utilizados, o hf da linha lateral não pode ser maior que o hf máximo que é de 9 mca, para encontrar o hfLL utiliza-se a seguinte formula: Onde: hf1 = perda de carga utilizando D1, L, Qtotal; hf2 = perda de carga utilizando D2, L2, Q2; hf3 = perda de carga utilizando D1, L2, Q2. Q2 = vazão que está passando no primeiro emissor com o menor diâmetro. D1 = diâmetro comercial imediatamente superior à D (m);D2 = diâmetro comercial imediatamente inferior à D (m); L2 = comprimento do trecho com o menor diâmetro [m]; L = comprimento total da tubulação [m]; Para obter hf1, hf2 e hf3 utiliza-se a equação de perda de carga de Hazen-Willians. Para calcular hf1, utiliza-se o diâmetro comercial superior ao diâmetro teórico encontrado, o comprimento total da tubulação e a vazão total (Qtotal) da linha lateral: Para calcular hf2, utiliza-se o diâmetro comercial inferior ao diâmetro teórico encontrado, o comprimento do trecho com menor diâmetro e a vazão que está passando no primeiro emissor com menor diâmetro da linha lateral: Para calcular hf3, utiliza-se o diâmetro comercial superior ao diâmetro teórico encontrado, o comprimento do trecho com menor diâmetro e a vazão que está passando no primeiro emissor com menor diâmetro da linha lateral: Após encontrar os hfs calcula-se o hfLL: Conforme apresentado anteriormente o hfLL não pode ultrapassar o hf máximo que é 9, portanto o hfLL encontrado de 8,3 atende ao critério estabelecido. 11º Dimensionamento do diâmetro da linha principal Para o presente projeto o diâmetro da linha principal foi dimensionado limitando a velocidade de escoamento da água na tubulação a qual deve ficar entre 1,0-2,5 m/s, para isso deve-se escolher o diâmetro comercial que se adeque nos parâmetros exigidos, para a realização do presente projeto utilizou-se o diâmetro comercial de 6”, para este cálculo é utilizada a seguinte equação: Devido ter aumentado o diâmetro da linha principal para 6” em comparação com o diâmetro de saída da linha lateral que é de 2”, para atender o critério de velocidade e a perda de carga durante o percurso da água na tubulação, isso acarreta em um aumento de custo com tubulação do sistema de irrigação. Na sucção como foi utilizado uma tubulação de 6” na linha principal e no recalque, na sucção será utilizado um diâmetro superior, neste caso uma tubulação de 8”, com 2 metros de comprimento. 12º Calcular a altura manométrica do recalque A altura manométrica corresponde a pressão máxima que a bomba deve fornecer, ou seja é a altura vertical e horizontam que a bomba precisa superar para que a pressão e a vazão chegue de forma uniforme em todo o sistema de irrigação desde a sucção até o ponto mais distante. Neste cálculo o resultado é multiplicado por 1,05 que corresponde ao fator de perda de cargas localizadas. Para calcular a altura manométrica deve-se calcular a pressão no início da linha lateral (pinLL), a perda de carga da sucção (hfs) e a perda de carga da linha principal (hfLP). A altura manométrica é calculada pela seguinte equação: Onde: hs = altura da sucção hr = altura do recalque hfs = perda de carga da sucção hfLP = perda de carga da linha principal PinLL = pressão no início da linha lateral Onde: Ps = pressão de serviço emissor hfLL = perda de carga na linha lateral Ae = Altura do emissor DT = Desnível do terreno 13º Potencia da bomba utilizada Onde: Qtotal = vazão de cada linha lateral multiplicada pela quantidade de linhas laterais (em m³/h) Hm = altura manométrica de recalque RB = rendimento da bomba Devido a potência encontrada não ser encontrada no manual de bombas deve-se utilizar a potência superior mais próxima à potência encontrada, neste caso o conjunto motobomba deve ter potência de 75 cv para atender as necessidades deste projeto de irrigação. 6º Layout final da área Rio 75 m Posição 6 Posição 1 Posição 5 Posição 3 Posição 4 Posição 2 MB 150 m 5 m 2 m 200 m
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