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CC CCJ013012

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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0130
Título
SEMANA 12
Descrição
NADA DE DESCULPAS E MÃOS À OBRA!
Para se elaborar uma argumentação jurídica é necessário construir argumentos, aduzir 
raciocínios que a constituem e para isso é necessário conhecer alguns tipos, dentre muitos 
outros existentes, para maior consistência em sua construção. Dessa forma, as 
possibilidades de construções argumentativas são bastante numerosas.
Pois bem, leia os casos concretos 1 e 2 abaixo e responda às questões propostas ao final 
de cada um eles:
 
Caso Concreto 1
Ester, artesã, maior e capaz, entregou a Diogo, em 12 de agosto de 2015, empresário, 
maior e capaz, oitenta esculturas de argila para que fossem vendidas em sua loja. Ficou 
ajustado no contrato, ainda, que, decorridos dois meses, Diogo pagaria a Ester o valor de 
vinte reais por escultura vendida, cabendo-lhe restituir à artesã as esculturas que 
porventura não tivessem sido vendidas no referido prazo. 
Decorrido um mês, Diogo constatou que estava encontrando grandes dificuldades para 
vender as esculturas, o que o levou a promover uma liquidação em sua loja, alienando 
cada escultura por dez reais. A liquidação foi bem-sucedida, ocasionando a venda de 
setenta e cinco esculturas.
Transcorrido o prazo previsto no contrato, Ester procura Diogo, solicitando que ele pague 
o preço ajustado relativo às esculturas vendidas, bem como que restitua aquelas 
remanescentes. 
 
Questão 1
Após a leitura e estudo do caso concreto 1 dado, elabore uma tese em defesa da Autora e 
produza três parágrafos argumentativos, utilizando-se dos seguintes tipos de argumentos: 
vínculo causal, autoridade e concessão e apresente uma conclusão (pedido), 
separadamente.
Contudo antes de iniciar o seu texto argumentativo, na condição de advogado(a) 
consultado(a) por Ester, problematize os itens a seguir para maior domínio sobre a 
situação fática:
A) Deverá Diogo pagar a Ester o preço inicialmente ajustado por cada escultura vendida? 
B) Diogo pode deduzir do preço inicialmente ajustado o valor por ele pago referente aos 
custos regulares de conservação das esculturas durante o período em que as colocou à 
venda?
Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto:
 
Tese propriamente dita: ponto de partida
Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3
Conclusão
 
Orientações para a sua linha de raciocínio na construção de seus argumentos no 
caso concreto 1:
De acordo com o Art. 534 do Código Civil, por se tratar de contrato estimatório ou de 
consignação, cabe a Diogo (consignatário) pagar a Ester (consignante) vinte reais por 
escultura alienada, independentemente do valor de venda das esculturas a terceiros.
Segundo os artigos 400 ou 535 do CC, no contrato estimatório, por ser dever do 
consignatário restituir a coisa não vendida, cabe a ele arcar com as despesas necessárias à 
sua conservação, sem deduzi-las do preço a ser pago à consignante.
 
Caso Concreto 2
O Autor, em 19-4-2014, sábado, comemorava aniversário e planejava para a ocasião, uma 
reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria 
da cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, 
resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à 
comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
A Ré, vizinha e ex-namorada do Autor, que também possuía perfil na referida rede social 
e estava adicionada nos contatos dele, soube, assim, da festa e de sua comemoração. A 
partir desse momento, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, num 
prédio na praia de Icaraí, em Niterói, de forma consciente e voluntária publicou na rede 
social uma mensagem no perfil pessoal do Autor.
Naquele momento, a Ré, com o intuito de ofender a honra do Autor, publicou o seguinte 
comentário: "Não sei o motivo da comemoração já que João, o Autor, não passa de um 
idiota, irresponsável e sem vergonha" e, ainda, com o propósito de prejudicar o Autor 
perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou: "ele trabalha todo 
dia embriagado e vestindo saia. No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas 
ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que 
trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo."
O Autor, que estava em seu apartamento e conectado à rede social, imediatamente, por 
meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários 
ofensivos da Ré em seu perfil pessoal. O Autor ficou mortificado e não sabia o que dizer 
aos amigos, em especial a Pedro, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele 
instante. Demasiadamente envergonhado, o Autor tentou disfarçar o constrangimento 
sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser 
realizada.
No dia posterior ao constrangimento sofrido, em 20/4/2014, o Autor se dirigiu à 
Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos crimes de Informática e narrou os 
fatos acima descritos à autoridade policial e entregou o conteúdo impresso da mensagem 
ofensiva e a página da rede social na Internet que ainda poderia ser visualizada.
 
Questão 2
Após a leitura e estudo do caso concreto 2 , elabore uma tese em defesa do Autor e 
produza três parágrafos argumentativos, utilizando-se dos tipos de argumentos estudados 
até o momento e apresente uma conclusão (pedido), separadamente.
Siga este esquema para melhor aprimoramento do seu texto:
 
Tese propriamente dita: ponto de partida
Argumento 1 + Argumento 2 + Argumento 3
Conclusão
 
Orientações para a sua linha de raciocínio na construção de seus argumentos no 
Caso Concreto 2:
Queixa-crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva ou propriamente dita). 
Fundamento no Art. 41 do CPP ou no Art. 100, § 2º, do CP, c/c o Art. 30 do CPP. 
A exposição dos fatos criminosos: descrição do delito de injúria e do crime de difamação 
com todas as suas circunstâncias, no caso, causa de aumento de pena prevista no Art. 
141, III, do CP (na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da 
calúnia, da difamação ou da injúria).
Os crimes contra a honra narrados no enunciado são de menor potencial ofensivo (Art.61 
da lei nº 9.099/1995). Não obstante a incidência de causa especial de aumento de pena e 
do concurso formal, a resposta penal não ultrapassa o patamar de 2 anos.
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