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1)Quais as características básicas do ordenamento jurídico? UNIDADE=As normas que compõem um ordenamento jurídico são oriundas de uma mesma fonte-e sua complexidade deriva do fato de que suas fontes são tão múltiplas que nenhum órgão ou poder é capaz de satisfazer sua sociedade, sozinho; COERÊNCIA=A coerência representa um ordenamento "ordenado", ou seja, além da unidade, o ordenamento deverá representar um sistema de entes ordenados. COMPLETUDE=A forma peculiar que um ordenamento jurídico possui uma norma para regular qualquer caso. O inverso, portanto é o sistema incapaz de compreender a norma proibidora ou permissiva de seu próprio sistema. 2) Segundo a história do pensamento jurídico, quais as duas concepções sistemáticas do ordenamento jurídico? SISTEMA ESTÁTICO=A validade da norma é determinada pelo seu conteúdo, pelos valores nela contidos. A validação da norma ocorre por um critério material, fundado na sua congruência com um conjunto de premissas de ordem moral, pouco importando o conteúdo de outras normas que integram o sistema. Trata-se de um modelo sistemático de perfil horizontalizado, em que a validade de cada norma é aferida individualmente e não de forma relacional. SISTEMA DINÂMICO= Representa o modelo do ordenamento jurídico de Hans Kelsen. Nele a validade da norma é determinada por critérios formais, não sendo determinada pelo seu conteúdo e sim pelo grau de autoridade de quem elabora Trata-se, portanto de um sistema jurídico de perfil verticalizado, em que a validade da norma decorre da sua compatibilidade com as normas hierarquicamente superiores no ordenamento, sendo o conteúdo da norma utilizado apenas como parâmetro relacional, a fim de verificar eventual incoerência entre as prescrições contidas em normas do mesmo sistema, a situação em que prevalecerá o comando contido na norma de maior hierarquia. 3) Qual o modelo sistemático do ordenamento jurídico na atualidade? Dentro da ótica cultural Istambul que predomina no pensamento no pensamento jurídico contemporâneo, pode-se dizer que a visão sistemática do ordenamento jurídico se apresenta com uma estrutura predominante dinâmica, no que tange à hierarquização normativa e à interpendência entre normas, com traços estáticos, uma vez que hoje se reconhece a importância dos valores para a dogmática do direito, que concretamente se expressam no interior do ordenamento na forma de princípios de direitos dotados de normatividade, extraídos da constituição e das demais normas do ordenamento jurídico. 4) Segundo Bobbio, quais as três possibilidades de concepção do ordenamento jurídico? TUDO É PERMITIDO=Uma norma de tal gênero é a negação de qualquer ordenamento jurídico, correspondendo ao estado de natureza de THOMAS HOBBES, em que não há limite à atuação das pessoas, sendo em realidade a expressão da inexistência do direito, cuja função é a de estabelecer balizas para a liberdade dos indivíduos, em prol da convivência social. TUDO É PROIBIDO=Uma norma deste tipo tornaria impossível qualquer vida social humana, a qual começa no momento em que o homem, além das ações necessárias, está em condições de realizar algumas das ações possíveis. Qualquer conduta positiva das pessoas seria antijurídica, o que ocasiona uma inviabilidade concreta deste tipo de ordenamento. TUDO É OBRIGATÓRIO=Também uma norma feita assim torna impossível a vida social, porque as ações possíveis estão em conflito entre si, e ordenar duas ações em conflito significa tornar uma, outra ou ambas, inviáveis na prática. 5) Qual a relação entre normas de execução e normas de produção no ordenamento jurídico? Enquanto a produção de outras normas é a expressão de um poder, a execução revela o cumprimento de um dever. 6) Quais os limites do poder normativo do ordenamento jurídico? LIMITES MATERIAIS=Dizem respeito ao conteúdo da norma que a autoridade em posição hierarquicamente inferior tem competência para editar. Por exemplo, quando a lei constitucional atribuições aos cidadãos o direito à liberdade religiosa, limita o conteúdo normativo do legislador ordinário, ao vedar a edição de leis que tenham por conteúdo a supressão ou restrição da liberdade religiosa. LIMITES FORMAIS=São constituídos de todas aquelas normas da constituição contidas no capítulo sobre o Processo Legislativo, que prescrevem o modo ou procedimento pelo qual as normas de hierarquia inferior podem ser editadas pelos órgãos legislativos, no que se refere à iniciativa do processo legislativo, tramitação de projetos e quórum de aprovação, competência para legislar sobre determinada matéria, entre outras questões. 7) Diferencie norma fundamental do poder constituinte. NORMA FUNDAMENTAL=Está norma suprema representa um pressuposto lógico da validade das normas de ordenamento jurídico e representa exatamente o conjunto das concepções ideológicas, filosóficas e morais que vão determinar seu conteúdo. PODER CONSTITUINTE=É aquele poder de fato, oriundo de circunstâncias históricas determinadas, normalmente de uma revolução, que se apresenta ilimitado, não havendo qualquer direito pretérito a ele oponível, e que servirá de base para a elaboração da Constituição, que representa o primeiro documento formal do ordenamento jurídico. . 8) Quais as regras de completude do ordenamento jurídico? As regras de completude do direito são exatamente aquelas contidas nos artigos 126 e 127 do Código de Processo Civil: Artg.126.O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade na lei. No julgamento da lide Caber-lhe à aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos documentos e aos princípios gerais de direito. Artg.127.O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 9) Qual a premissa de completude do ordenamento jurídico? Autossuficiência normativa da ordem jurídica 10) Explique o pressuposto da supremacia hierárquica da constituição federal, considerando a visão integrado do Direito. A visão integrada das normas do ordenamento jurídico pressupõe que a supremacia hierárquica da Constituição não seja base apenas para a aferição de uma compatibilidade vertical entre normas, com a exclusão do sistema daquelas contrárias ao texto constitucional, mas também abra possibilidade da utilização da interpretação das normas infraconstitucionais à luz dos princípios constitucionais como um mecanismo de harmonização não apenas formal das normas do ordenamento jurídico, mas também de uma integração, sob a ótica de sua finalidade, que é extraída dos princípios implícita e explicitamente presentes na Constituição.
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