Buscar

Lei penal no tempo e a lei penal no espaço (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Departamento de Ciências Jurídicas
Direito Penal I
Prof. Lanker Vinícius 
A LEI PENAL NO TEMPO
 
O art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil, que dispõe: “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”. Em outras palavras, a lei pode estabelecer o termo inicial de sua própria vigência. Não o fazendo, ela entra em vigor 45 dias após a publicação.
O término de vigência formal de uma lei corresponde à sua revogação. Esta revogação pode ser total (ab-rogação), quando a norma perde totalmente sua vigência ou parcial (derrogação), quando cessa parcialmente a autoridade da lei.
A lei, via de regra, produz efeitos apenas durante o período de sua vigência, em face do princípio tempus regit actum
PRINCÍPIOS DA LEI PENAL NO TEMPO
	NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA
		A primeira hipótese trata da lei nova que torna típico fato anteriormente não incriminado. Nessa hipótese a lei penal e irretroativa.
	ABOLITIO CRIMINIS
		Ocorre a chamada abolitio criminis quando a lei nova já não incrimina fato que anteriormente era considerado como ilícito penal.
Pela abolitio criminis se fazem desaparecer o delito e todos os seus reflexos penais, permanecendo apenas os civis.
	NOVATIO LEGIS IN PEJUS
		Nova lei mais severa a anterior. Vige, no caso, o princípio da irretroatividade da lei penal “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
	NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
		A última hipótese é a da lei nova mais favorável que a anterior. Além da abolitio criminis, a lei nova pode favorecer o agente de várias maneiras. “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado
LEI INTERMEDIÁRIA 
	Em caso de vigência de três leis sucessivas, deve-se ressaltar que sempre será aplicada a lei mais benigna, entre elas: a posterior será retroativa quando às anteriores e a antiga será ultrativa em relação àquelas que a sucederem. Se, entre as leis que se sucedem, surge uma intermediária mais benigna, embora não seja nem a do tempo do crime nem daquele em que a lei vai ser aplicada, essa lei intermediária mais benévola aplicada, segundo art. 2º do CP.
COMPETÊNCIA PARA A APLICAÇÃO DA LEI MAIS BENÉFICA
	A aplicação da lei mais favorável cabe ao magistrado que presidir o processo.
LEIS TEMPORÁRIAS E EXCEPCIONAIS
	De acordo com o art. 3º do CP, a lei excepcional ou temporária embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que as determinaram, aplicas-se ao fato praticado ao fato praticado durante sua vigência.
	
TEMPO DO CRIME
	Necessário se torna saber qual é o tempo do crime, ou seja, a ocasião, o momento, a data em que se considera praticado o delito para a aplicação da lei penal a seu autor.
	Três são as teorias a respeito da determinação do tempo do crime. Pela teoria da atividade, considera-se como tempo do crime o momento da conduta (ação ou omissão). Pela teoria do resultado (ou do efeito), considera-se tempo do crime o momento de sua consumação, não se levando em conta a ocasião em que o agente praticou a ação. Por fim, a teoria mista considera como tempo do crime tanto o momento da conduta como o d resultado.
	Art. 4º “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.
A LEI PENAL NO ESPAÇO
INTRODUÇÃO
	Pode um crime violar interesses de dois ou mais países, quer por ter sido a ação praticada no território de um e a consumação dar-se em outro.
A aplicação da lei penal no espaço relaciona-se com os limites de incidência e eficácia de normas penais de determinado Estado soberano quanto a infrações ocorridas sob a sua própria soberania ou sob a de outro Estado.
PRINCÍPIOS DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
	O princípio da territorialidade prevê a aplicação da lei nacional ao fato praticado no território do próprio país.
O princípio da nacionalidade (ou de personalidade) cogita da aplicação da lei do país de origem do agente, pouco importando o local onde o crime foi praticado. 
Pelo princípio da proteção (da competência real, de defesa), aplica-se a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional.
Pelo princípio da competência universal (ou da justiça cosmopolita), o criminoso deve ser julgado e punido onde for detido.
Por fim há o princípio da representação, subsidiário, que determina a aplicação da lei do país quando, por deficiência legislativa ou desinteresse de outro que deveria reprimir o crime, este não o faz, e diz respeito aos delitos cometidos em aeronaves ou embarcações.
TERRITORIALIDADE	
	Prevê o art. 5º do CP: “aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. É evidente, portanto, que a nossa legislação consagra, como base para a aplicação da lei penal no espaço, o princípio da territorialidade.
CONCEITO DE TERRITÓRIO
	Em sentido estrito (material), território abrange o solo (e subsolo) sem solução de continuidade e com limites reconhecidos, as águas interiores, o mar territorial, a plataforma continental e o espaço aéreo.
	Território por extensão (ou ficção) - para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar.
LUGAR DO CRIME
	Para a aplicação da regra da territorialidade é necessário entretanto, que se esclareça qual é o lugar do crime:
teoria da atividade (ou da ação), em que o lugar do crime é o local da conduta criminosa (ação ou omissão);
a teoria do resultado (ou do efeito), em que se considera para a aplicação da lei o local da consumação (ou do resultado) do crime;
a teoria da ubiqüidade (ou da unidade mista), pela qual se entende como lugar do crime tanto o local da conduta como o do resultado. Art. 6° do CP.
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
	O art. 7º do CP prevê a aplicação da lei brasileira a crimes cometidos no estrangeiro. São os casos de extraterritorialidade da lei penal.
	O inciso I refere-se aos casos de extraterritorialidade incondicionada, uma vez que é obrigatória a aplicação da lei brasileira ao crime cometido fora do território brasileiro.
	
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
O inciso II, do art. 7º, prevê três hipóteses de aplicação da lei brasileira a autores de crimes cometidos no estrangeiro. 
	A aplicação da lei brasileira, nas três hipóteses, fica subordinada a todas as condições estabelecidas pelo § 2º do art. 7º. 
	O art. 7º, § 3º, prevê uma última hipótese da aplicação da lei brasileira: a do crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil.
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
	Art. 8° do CP
DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE A APLICAÇÃO DA LEI PENAL
EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA
	Art. 9° do CP.
CONTAGEM DE PRAZO
	Art. 10 do CP
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA
	Art. 11 do CP.

Continue navegando