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AGUDA: - hepatócitos danificados são eosinofílicos e arredondados com núcleo diminuído ou fragmentado (apoptose) ou inchado (balloning degeneration?).. - Hiperplasia das células de Kupfer, agregados de macrófagos marcam o sítio de perda de epatócitos. Os tratos portais exibem inflamação de células mononucleares, com extravasamento no parênquima. - Icterícia transitória. - Não complicada: restauração hepática em 6 meses. CRÔNICA - Infiltrados inflamatórios nos tratos portais ou ligando os tratos portais a regiões centrais (bridging necrosis). - Perda contínua de hepatócitos resulta em formação de septo fibroso, associada com regeneração resulta em cirrose. - Persiste por mais de 6 meses. - Pode ser precedida por hepatite aguda ou se desenvolver após uma infecção aguda subclínica. - Superfície nodular grosseira do fígado. Hepatite A - Normalmente benigna, auto-limitante, com período de incubação de 2 a 6 semanas (~28 dias). - Não causa hepatite crônica. - É endêmica em países com higiene e saneamento pobres. - Contaminação: inegstão de água e comida contaminada. Fecal-oral. - Infecções esporádicas podem ocorrer em países desenvolvidos pelo consumo de de ostras, mexilhões crus ou no vapor, que concentram o vírus da água do mar contaminada com esgoto humano. - HAV: pequeno, não envelopada, ssRNA picornavirus. - Chega no fígado a partir do TGI, replica-se nos hepatócitos e é liberado na bile e nas fezes. O vírus não é tóxico aos hepatócitos, o dano hepático é feito pelas células T que estão combatendo a infecção viral. - Diagnóstico por detecção de IgM. Hepatite B Síndromes Clínicas: - hepatite aguda, auto-limitante; - hepatite crônica não progressiva; - doença crônica progressiva culminando em cirrose (e alto risco de carcinoma hepatocelular); - hepatite fulminante com necrose massiva do fígado; - portador assintomático. - A resposta imune do hospedeiro ao vírus é o maior determinante do resultado da infecção. - Imunidade inata no início. - CD4 e CD8 produtoras de IFN gama na resolução. - Um desequilíbrio (+ TCD8) origina a hepatite crônica - Não é citopática => morte dos hepatócitos infectados por vírus é mediada por linfocito T CD8. - Genoma do vírus pode se integrar no DNA => desenvolvimento de câncer. - Vírus dsDNA circular, envelopado, 8 genótipos com distribuição global distinta. - HBsAg (antigeno de superfície) aparece antes dos sintomas (anorexia, febre, icterícia), tem o pico quando os sintomas são aparentes e declina com os meses. Pode ser detectado antes do vírus entrar no hepatócito. Presença por mais de 6 meses => infecção crônica Anti-HBsAg => final da doença aguda e significa que há imunidade contra o vírus. - HBeAg (replicação): detectado no soro durante a replicação viral. Depois que o vírus entra no hepatócito. A persistência é um indicador de infectividade e provável progressão para hepatite crônica. Aparecimento de anti-HBe => pico da infecção aguda, não é bom sinal na fase crônica: vírus mutante ou altos e baixos da doença. - HBcAg (core): Vírus entra no hepatócito, não detectável no plasma. Detecta IgM anti-HBcAg => infecção aguda, aparece logo antes dos sintomas, junto com o aumento das aminotransferases; IgG anti-HBcAg => infecção crônica HBsAg Vírus entra no hepatócito, deixando exposto o HBcAg (não é detectável) – IgM- antiHBc (infeccãoaguda) IgG – anti HBc (infeccãocrônica) HBeAg = replicacão viral – maior grau de infectividade (fase inicial aguda e fases cronicas replicativas – mau prognóstico) Pode ser curada sozinha se a resposta do corpo for adequada e se a quantidade de células infectadas é pequena (70% dos casos) -> assintomática. Se a quantidade de hepatócitos infectados for grande, há a manifestação dos sintomas (30% dos casos). - mal estar, dores articulares e fadiga, mas depois podem evoluir para dor local, icterícia (amarelão), náuseas e falta de apetite. *Se soroconversão de HBeAg para anti-Hbe em menos de 3 meses: provavelmente haverá resolução espontânea da hepatite. Mas, acompanhamento até a soroconversão HBsAg para anti-HBs (+ ou - 6 meses) Hepatite C - ssRNA, envelopado, com alta variabilidade (quasispécies). - Maioria dos anticorpos que se formam é contra a proteína do envelope E2, mas é altamente variável então os Ac não conferem proteção. - Progressão para o estado crônico ocorre em 80-85% dos casos, cirrose em 20 a 30% dos casos. - Dano hepatocelular é imunomediado- - Transmissão via sangue, relações sexuais, uso de agulhas compartilhadas... - Não existe vacina. - Fases: - Período de incubação: variável; - Aguda: alteração gordurosa focal branda, aumento de AST e ALT. - Crônica: alteração gordurosa, lesão de ducto biliar, formação de agregados linfóides. - Detecção sorológica: ELISA anti-HCV: 7-8 semanas e confirmação com RIBA; PCR para RNA do HCV: 2 a 4 semanas, determinação do genótipo. Outras hepatites virais: D, E, herpes simples, citomegalovírus, Epstein-Barr. Hepatites não-virais: auto-imune, drogas ou toxinas, alcoólica.
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