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Fisiopatologia das Hepatites virais -5 principais: HAV, HBV, HCV, HDV E HEV -Outros: Epstein-Barr, CMV, VHS, vírus da febre amarela e da rubéola -Quadros autolimitados, um a dois meses; máximo seis meses -Sintomas extra-hepáticos, levando a doença hepática crônica · Epidemiologia: -Hepatite A: 48% -Hepatite B: 34% -Hepatite C: 15% -D e E menos frequentes -No Brasil é problema de saúde pública, sendo alterado devido a cobertura vacinal na hepatite B e detecção nos bancos de sangue do vírus C, e melhores condições sanitárias e socioeconômicas · Transmissão: -Hepatite A e E: via fecal-oral, condições de baixo saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos -Hepatite B, C e D: sangue contaminado (via parental, percutânea e vertical), esperma e secreção vaginal (vai sexual). Via objetos compartilhados (laminas, escova, alicates, narguilé) >Vertical: parto, vírus VHB. -Na hepatice C é menos Obs.: aleitamento tem pouco risco, não é contraindicado na hepatite B >Hepatite D (delta): depende da presença vírus B, indivíduos suscetíveis a B são também a D -Na Amazônia, é mais comum -Gravida depende do momento de infecção · Fisiopatologia: -Lesões dos hepatócitos (células parenquimatosas do fígado) tem intensa resposta de linfócitos T nas membranas celulares -Linfocitos Killer naturais e citotoxicidade celular dependente de anticorpos também modulam a inflamação durante a infecção aguda da hepatite A -Recuperação do paciente: altos níveis de anticorpos contra antígenos do envelope (anti-HAV, anti-HBS, anti-HCV-E1 e E2 e anti-HEV que podem levar a imunização parcial contra reinfecção) · Vírus da hepatite A: -Tem capacidade de resistir ao PH ácido do estômago, assim chegando ao trato digestivo -HAV atravessa o epitélio intestinal, chega as veias mesentéricas e alcançam o fígado pelo sistema porta -Vírus se replica no hepatócito, depois excretado pelos canais biliares, atingindo o intestino pela bile e finalmente eliminado nas fezes Obs.: pode atingir outros órgãos, mas a patogênese é quase exclusiva do fígado >Dividida em duas fases a infecção por HAV: +Fase não citopática: replicação no citoplasma do hepatócito, com pouca ou nenhuma lesão no fígado +Fase citopática: necrose tecidual e infiltração portal. Dano hepatocelular não é causa direto do vírus, mas por resposta imune. Se resposta for excessiva, pode levar a hepatite fulminante · Diagnóstico laboratorial: -Hepatite A: anti-HAV IgM positivo e IgG positiva com infecção, permanece por tempo maior -Hepatite B: anti-HBC IgM positivo -Hepatite C: sorologia anti-HCV, porém só se ativa após 8s; negativo na fase aguda negativo; positivo após a cura -Hepatite D: anti-HDV, após 30/40 dias da infecção aguda (inicial IgM, depois IgG). Importante diagnosticar a coinfecção com HBV ou superinfecção -Hepatite E: anti-HEV IgM, positiva 3 a 12 meses; IgG indica cicatriz sorológica · Vírus da hepatite B: -DNA não-citopático (produz citocinas e interleucinas, ITgama e fator de necrose tumoral), precisa ficar nos tecidos hepáticos pra completar o ciclo de vida -A partir disso, a intensidade da resposta imune determina a gravidade -Chuva de citocinas inflamatórias é responsável pela lesão hepática e manifestações extra-hepáticas +3 partículas de antígenos diferentes (AGHBS, AGHBC e AGHE) -AGHBS é partícula de superfície e induzirá a formação do anti-HBS -AGHBC tem localização nuclear -AGHBE escretado pelos hepatócitos infectados, com relação a replicação e induz a formação do anti-HBE · Vírus da hepatite C: -Vírus RNA , famiia flaviviridae, gênero hepacivirus. Tem 7 genótipos e 67 subtipos -Genótipo 1 mais prevalente (46%), e 3 (30%) -Mecanismo de lesão das células hepáticas é mediada pelo sistema imunológico do hospedeiro em resposta -Histologicamente: esteatose micro/macrovesicular, dano aos ductos biliares e agrupamento de células linfocitárias · Vírus da hepatite D: -Vírus defectivo, precisa da presença do vírus B ou da famila Hepadnavirus para replicação -Pode coinfectar (vírus B e D juntos), recuperação sem sequelas -Pode superinfectar pessoa com vírus B, mais grave, pode levar a hepatite fulminante -Região Amazônica, transmissão via parental, transmissão sexual e contato íntimo -Pode levar a hepatite crônica, sendo grave, progressão para cirrose. Risco aumentado de descompesação hepática, carcinoma hepatocelular e morte · Vírus da hepatite E: -Vírus de RNA de fita simples não envelopado, 4 genotipos. Infectam humanos o 1 e 2; genótipos 3 e 4 são zoonoses (porcos, hospedeiro intermediário) -Transmissão via fecal-oral, água e alimentos contaminados; consumo de carne de porco contaminados; vertical, transfusão de hemoderivados -Doença aguda e autolimitada -Em gestantes tem maior risco de desenvolvimento de doença grave e hepatite fulminante (20-25% de letalidade) -Imunossuprimidos tem caso de cronificação -Manifestações clínicas: infecção sintomática ou assintomática, icterícia e anictérica >Fases da infecção: +Fase prodrômica: sintomas inespecíficos (sistêmicos e gastrointestinais), mal estar, astenia, anorexia, artralgias, mialgias, tosse, cefaleia, fotofobia, náuseas, vômitos e diarreia -Desconforto abdominal devido a hepatomegalia dolorosa, associada a esplenomegalia +Fase ictérica: surgimento da icterícia, com ou sem coluria, hipocolia fecal e prurido indicando a síndrome colestática -Sintomas da prodrômica regridem como a icterícia e febre. Manos gastrointestinais que acentuam Obs.: icterícia pode não aparecer nas infecções subclínicas +Fase de convalescença: percepção de melhora, término representa fim do quadro agudo -Curado ou evolui para cronicidade (infecção pelo HBV ou HCV) Obs.: as três fases não devm passar de 6 meses, se passar, investigar hepatite crônica · Tratamento: -Sem tratamento específico -Repouso relativo -Aumento da ingesta calórica -Tratar sintomas (antitérmicos, antieméticos) -Evitar álcool e medicamento hepatotóxicos (paracetamol por 6m) -Se for fulminante, transplante hepático -Hepatite B, vacina -Hepatite C, se sintomático, dosa HCV-RNA 12s após o início. Caso persista, terapia antiviral específica. Se assintomático, tratamento imediato (interferon com ou sem ribavirina)
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