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Aula 15 Erisipela Suína

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DOENÇAS INFECCIOSAS
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Erisipela Suína
Suínos:
Erisipela suína, Doença de Aujesky, Peste suína Clássica, Peste suína Africana. 
Prevenção de doença é super importante na produção de aves e suínos, pelo uso de melhoramento genético unidirecional (manejo, instalações e alimentação)
Voltado para uma coisa só, aumentar a produção de carne, cortes nobres. Porém esses animais tem baixas resistência orgânica. 
Erisipela Suína:
 Doença bacteriana: Erisiplea othrix, se nutrem do líquido sinovial que se torna fibroso gerando um atrito, no trato gastrointestinal, infecta o ambiente através das fezes dos suínos. 
A erisipela humana (lesões nos pés e pernas), é causada por outras bactérias em países sem boas condições de higiene, sem tratamento de esgoto. A erisipela suína pode se transformar em uma zoonose para humanos, pelo contato com as fezes dos suínos principalmente nos tratadores (lesões nas mãos, pés, braços, pernas e pescoço)
Lesões de difícil cicatrização
Tratamento com antibióticoterapia local e sistêmica, na ração e água de 3 a 5 dias. 
Para suínos susceptíveis a infecção ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados com as fezes de suínos doentes. Conhecido como a raiva dos suínos.
Patogenia:
Entra pela boca vai para tonsila palatina instala nos linfonodos cervicais via hematolinfática chega nos órgãos alvos principais tecidos cutâneos, trato respiratório superior, trato digestório, trato reprodutivo principalmente nas fêmeas, baço, rins, fígado, articulação e válvulas cardíaca – se a doença se dissemina se torna septicêmica. 
Pode ter 2 quadros clínicos:
Evolução aguda ou septicêmica
A bactéria se instala na pele causando lesões em forma de diamante, ou losangos, com bordas elevadas, de coloração avermelhadas e no interior tem coloração rosa, mancha todo o corpo dos suínos, causado por lesões erisipilóides patominogônicas. Somente essa doença causa isso. Principalmente em animais jovens de 4 a 5 meses até 1 anos e meio, raro em adultos e em jovens menores. 
Evolução Crônica
Só em matrizes e reprodutores, tem menor importância. São animais que tiveram a forma aguda, mas obtiveram uma cura clínica aparente, mas ao longo do tempo se disseminou para outros órgãos, ficando ou permanecendo a bactéria. 
Lesões nas articulações causando as poliartrites não supurativas (quadro clínico) causa emagrecimento progressivo por não se alimentarem, o líquido sinovial se torna gerando dor, e nas válvulas cardíacas, causa endocardite verrugosa, gerando insuficiência cardíaca congestiva que gera a morte do animal. 
2 meses de vida, diferentemente do Aujeszky
Aspectos epidemiológicos:
Acomete machos e fêmeas, não importa a raça.
Grande distribuição mundial, porém bem controlada no Brasil.
Mais prevalente em clima quente e úmido, e em países onde tem tratamento de água e esgoto deficitário. 
Diarréia profusa, abortamento, nascimento de crias fracas e natimortos, aumento do número de fetos macerados e mumificados (fêmeas), e nos machos há comprometimento da espermatogênese e libido, distúrbios (3 meses, 3 semanas e 3 dias) = 114 dias de gestação, problemas digestivos e respiratórios. 
O prognóstico da forma crônica é ruim porque as lesões já estão instaladas, diferente da forma aguda que tem tratamento, os sinais clínicos são mais fáceis de se diagnosticar, começando o tratamento mais rápido. 
Por isso quando a forma crônica é identificada é feito o abate sanitário do animal. O ideal é não usar para consumo a carne, deve-se cremar e enterrar. 
Erisipela Suína
Definição:
A erisipela é uma doença infecto-contagiosa do tipo hemorrágica, caracterizada por lesões cutâneas, articulares, cardíacas ou septicemia, além de causar aborto, por bactérias do gênero Erysipelothrix spp. 
Sinonímia: Ruiva, Raiva dos Suínos.
Agente Etiológico: 
O gênero Erysipelothrix (E.) foi classificado em quatro espécies: Erysipelothrix rhusiopathiae (sorovares 1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 11, 12, 15, 16, 17, 19, 21 e N), Erysipelothrix tonsillarum (sorovares 3, 7, 10, 14, 20, 22 e 23), Erysipelothrix sp. Sorovar 13 e Erysipelothrix sp. sorovar 18 [29]. A
Características do agente:
As bactérias resistem várias semanas na água e no solo em pH alcalino, sobrevivem vários meses em matéria orgânica em putrefação. A sobrevivência é mais longa em temperatura ambiente mais baixa.
Não produz toxina mas excreta uma hialuronidase e uma neuraminidase. A neuraminidase removeria o ácido acetilneuroamínico (ácido siálico) existente na superfície celular do hospedeiro, favorecendo a penetração de E. rhusiopathiae.
A existência de cápsula bacteriana conferiu resistência à fagocitose por leucócitos polimorfonucleares, concluindo-se que a presença de cápsula esteja associada com a virulência.
Aspectos Epidemiológicos: 
 Erysipelothrix spp infectam grande variedade de aves, peixes e mamíferos, incluindo seres humanos. A infecção natural em suínos pode ocorrer por ingestão de alimentos ou água contaminados, ou através de ferimentos na pele. Suínos de todas as idades são suscetíveis, mas os leitões novos são mais resistentes por adquirirem imunidade através da ingestão de colostro.
Geralmente os mais suscetíveis são suínos em idade entre dois meses e três anos, pois acima de três anos os animais já estariam imunizados devido a várias infecções subclínicas durante a vida. Suínos podem ser portadores de Erysipelothrix spp nas tonsilas e outros tecidos linfóides e expelem as bactérias nas fezes, urina, saliva e secreções nasais, contaminando solo, alimentos e água.
 As bactérias sobrevivem até um mês no solo. Erysipelothrix spp foram isolados de swabs colhidos da superfície de carcaças de suínos, das articulações, piso de baias e efluentes de abatedouro
São recomendados desinfetantes fenólicos ou cresóis, por apresentarem boa ação residual e atividade em presença de matéria orgânica.
Fatores estressantes, como mudanças na alimentação, temperatura ambiente, superlotação e transporte, podem predispor à erisipela suína. A erisipela suína é importante na Europa, Ásia, Canadá, Estados Unidos e México. A doença tem sido diagnosticada também em países como Jamaica, Guatemala, Guiana, Suriname, Chile, Peru e no Brasil, com incidência mais baixa.
No Brasil, foi relatada a ocorrência de surtos de erisipela nos quais a doença apresentou-se como artrite em suínos de três a seis meses de idade e forma septicêmica aguda, com morte de matrizes e de suínos de terminação. No Brasil, também foi realizado diagnóstico diferencial entre artrites infecciosas e não infecciosas em suínos no abatedouro e isolou-se E. rhusiopathiae de 14% dos casos de artrite infecciosa
Potencial zoonótico
Patogenia:
A ocorrência de erisipela suína depende de diversos fatores:
Idade do suíno por ocasião da infecção;
Nível de anticorpos (pelo colostro ou vacinação);
Intensidade da contaminação ambiental;
Virulência da amostra da bactéria e
Existência de fatores imunodepressores.
Estes fatores explicam porque em algumas granjas os suínos apresentam sinais brandos, enquanto noutras a doença ocorre de forma grave
A infecção em suínos ocorre frequentemente pela ingestão de alimentos ou água contaminados. É provável que a penetração das bactérias no organismo ocorra através das tonsilas ou tecido linfóide ao longo do aparelho digestivo. A infecção pode ocorrer também através de ferimentos na pele.
 Através de inoculação experimental de E. rhusiopathiae, segue-se a invasão da corrente sanguínea e posterior septicemia ou então bacteremia com localização em diversos órgãos, principalmente coração, baço, rins e articulações, isto ocorrendo entre um a sete dias. 
Sinais Clínicos:
infecção por E. rhusiopathiae em suínos é caracterizada por septicemia, lesões cutâneas e poliartrite, além de lesões nas válvulas cardíacas. Porcas em gestação podem abortar. Em machos podem ocorreralterações no tecido espermiogênico
Em suínos portadores de E. rhusiopathiae existem alguns fatores predisponentes para o aparecimento dos sintomas:
Estresse térmico (mudança de temperatura ambiente);
Mudança brusca de alimentação;
Ingestão de micotoxinas, especialmente aflatoxinas e
Introdução de outras doenças no rebanho (por exemplo, Circovirose)
Diagnóstico:
O diagnóstico de erisipela suína pode ser realizado na granja (pela apresentação do quadro, especialmente quando ocorrem lesões cutâneas) e por testes laboratoriais.
No laboratório, o cultivo das bactérias pode ser obtido a partir de sangue, órgãos, pele ou fezes de animais, utilizando-se meio de cultura seletivo.
O teste sorológico de ELISA, bem como a fixação de complemento são provas laboratoriais utilizadas, mas pode ocorrer confusão com títulos vacinais.
O teste de imunodifusão em gel é utilizado para sorotipagem de Erysipelothrix spp.
Os testes moleculares estão contribuindo para o diagnóstico de erisipela suína, mas as pesquisas são recentes.
Diagnóstico Diferencial:
A infecção por E. rhusiopathiae em suínos deve ser diferenciada de outras infecções, entre as quais as causadas pelo vírus da peste suína clássica, pela Salmonella choleraesuis e pelo Streptococcus suis. As duas primeiras causam confusão pelos sintomas septicêmicos e a última por ocorrer com artrites e endocardite.
Medidas Profiláticas:
Evitar fatores predisponentes
Em casos de granjas onde a ocorrência de erisipela persiste deve ser usado o esquema de vacinação de leitões de seis a 10 semanas de idade e revacinação um mês após.
Leitoas e porcas devem ser vacinadas antes da cobertura. Em leitoas de reposição devem ser aplicadas duas doses, uma na chegada à granja e outra 20 dias após. Porcas são geralmente vacinadas oito dias após o parto. Machos adultos são vacinados a cada seis meses. Leitões filhos de porcas já vacinadas devem receber a vacina aos 90 dias de idade.
Tratamento:
 Testes de suscetibilidade a antimicrobianos revelaram que os sorovares isolados de suínos foram suscetíveis a penicilina G, ampicilina, eritromicina, cefalosporinas, ciprofloxacina.
Ocorre suscetibilidade variável ao cloranfenicol, e tetraciclinas. Geralmente tem sido observada resistência a aminoglicosídios, polimixinas, ácido nalidíxico, novobiocina, vancomicina e sulfonamidas.
Em suínos, a injeção de penicilina durante três a cinco dias tem sido eficiente no tratamento das formas agudas. Penicilina pode ser administrada em dose única de 20.000 unidades/kg de peso, em suínos doentes.
Embora haja suscetibilidade variável às tetraciclinas, estas podem ser adicionadas à água, 1g/10 litros, durante cinco dias, fornecida de modo geral ao rebanho. Casos de artrite e endocardite não respondem bem ao tratamento.

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