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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO
FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG)
CURSO DE FARMÁCIA
FARMÁCOS OPIÓIDES
Maria Luísa Pereira Oliveira
PORANGATU/GO
NOV./2017
Maria Luísa Pereira Oliveira
FARMÁCOS OPIÓIDES
Trabalho entregue ao curso de Farmácia como exigência parcial para obtenção de créditos na disciplina de Farmacologia Geral I em situação de fármacos Opióides pelo professor Paulo Henrique.
Porangatu/GO
Nov./2017
INTRODUÇÃO
Opióide e opiáceo são palavras originadas de “ópio”, que é o suco da papoula Papaver somniferum, portanto, grupo de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais. Eles produzem ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso. Hoje em dia a droga opiácea mais utilizada é a heroína. 
Opióide é um narcótico sintético que se assemelha a um opiáceo em sua ação, mas não é derivado do ópio. Opiáceo é qualquer preparação ou derivação do ópio. A DSM-IV utiliza a nomenclatura opióide para abranger ambas as classes (opióide e opiáceo). Os opiáceos sintetizados a partir de opiáceos naturais mais comuns são a heroína (diacetilmorfina) e a codeína (3-metoximorfina). Os opiáceos e opióides podem ser consumidos oralmente, inalados ou injetados (intravenoso ou subcutâneo). Os sintomas ao uso incluem sensação de calor, peso nas extremidades, boca seca, coceira no rosto e, em particular, no nariz, e rubor facial.
Os opioides são muito parecidos com substâncias naturais (chamadas endorfinas) fabricadas pelo organismo para controlar a dor. Alguns funcionam melhor do que outros no alívio da dor severa. Estes medicamentos já foram produzidos a partir da papoula, mas hoje a maioria são sintéticos. Esta droga, derivada quimicamente da morfina extraída do ópio, é proibida em todos os países devido à sua tendência a conduzir à toxicodependência profunda. O uso indevido e contínuo pode levar à dependência física e a sintomas de abstinência. Eles vêm em comprimidos, cápsulas ou na forma líquida.
A interrupção abrupta pode desenvolver a síndrome de abstinência. Para parar a pessoa precisa de acompanhamento médico com diminuição progressiva da dose de opiáceo. Ainda, existem medicamentos que ajudam o dependente a abandonar o uso do opiáceos. Assim A farmacoterapia inclui o uso de substitutos para os opióides, que suprimem os sintomas da abstinência. Exemplos são: a metadona levo-a-acetilmetadol (LAMM), buprenorfina. Também são utilizados os antagonistas de opiáceos, que bloqueiam os efeitos destes, tais como a naloxona e naltrexona.
1 OPIÓIDE
Substâncias chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos são aquelas obtidas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína que é obtida da morfina através de uma pequena modificação química).
Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: meperidina, o propoxifeno, a metadona são alguns exemplos. Todas elas têm um efeito analgésico (tiram a dor) e um efeito hipnótico (dão sono). Por ter estes dois efeitos estas drogas são também chamadas de narcóticas. Resumidamente Larini (2008) defini Ópio como mistura alcalóide extraída da planta papoula Papaver Somniferum e Opióide: é qualquer composto natural, semissintético ou sintético que se ligue especificamente aos receptores opióides e possua propriedades similares às dos opióides endógenos. 
Opiáceo: qualquer opióide natural derivado do ópio (ex. morfina). Os opioides mais comumente usados ​​no tratamento da dor oncológica são: Codeína, Hidromorfona, Levorfanol, Metadona, Morfina, Oxicodona, Hidrocodona, Oximorfona e Fentanil. A morfina, principal princípio ativo do ópio, ainda é um dos analgésicos mais potentes usados no medicina, para tratamento de dores crônicas e profundas.
O tempo de ação dos opióides é variável, porém essas variações não podem ser justificadas apenas pelo clearance e meia vida das drogas. Por exemplo, uma dose analgésica de morfina apresenta maior duração que uma dose analgésica equivalente de fentanil; todavia, a meia vida da morfina é mais curta que a do fentanil. No caso da morfina, a baixa lipossolubilidade e lenta redistribuição determinam uma ação prolongada. Sendo eles absorvidos pelo trato gastrointestinal, mas sofrem o "efeito da primeira passagem" (são metabolizados no próprio intestino e no fígado). 
Devido a seu caráter básico e a limitada ionização ao pH fisiológico, a droga atinge rapidamente o interior das células. Como essas substâncias não têm afinidade especial pelo sistema nervoso central, elas se espalham por todo o organismo, causando diversos efeitos. O metabolismo final ocorre no fígado, onde a morfina é transformada em mono e diglucuronídeos e eliminada na urina.
1.1 	Classificação dos Opióides
A função de cada um dos tipos de receptores opióides não está bem conhecida. O contributo que o seu conhecimento tem trazido para se perceber as diferenças das ações farmacológicas entre os diferentes opióides também não tem sido muito esclarecedor. Existem diversas classificações para os opióides (tabela 1). Sendo elas: 
Tradicional: baseada na potência analgésica. O grupo mais potente é composto por agonistas opióides puros, enquanto o grupo intermediário é composto por agonistas parciais. 
Origem da droga: quanto à etiologia natural ou sintética. 
Funcional: quanto à ação no receptor opióide. 
Tabela 01 – Classificação dos Opioides
Fonte: farmacologia dos opióides (parte 1), 2013. 
Deve-se ter alguma cautela com afirmações não confirmadas experimentalmente e com a falta de experiência, no uso em seres humanos, de alguns compostos. As previsões falhadas neste campo vêm já de há muitos anos, quando a heroína (diacetilmorfina), sintetizada em 1898, foi considerada como grande substituto da morfina porque não causaria dependência, contudo, com os cuidados de interpretação a ter, é razoável admitir que da ativação seletiva de receptores KOP se possa ter efeitos analgésicos com risco limitado de depressão respiratória e de uso compulsivo: os receptores KOP predominam na medula e são menos importantes a nível supra-espinhal, enquanto que os receptores MOP tanto existem na medula como no encéfalo. A ativação dos receptores MOP nos dois sítios produz um efeito analgésico muito potente e no encéfalo causa inibição da ventilação e uso compulsivo.
1.2 Farmacocinética
Os opióides possuem diferentes propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas, portanto a utilização dessas drogas deve ser individualizada. As propriedades farmacocinéticas dos opióides mais utilizados em anestesia estão descritas na tabela 2.
Tabela 02 - Farmacocinética dos opióides mais utilizados clinicamente
Fonte: farmacologia dos opióides (parte 1), 2013. 
A distribuição se dá onde os apióides passem rapidamente do sangue e localizam-se em concentrações mais altas nos tecidos mais perfundidos, como cérebro, pulmões, fígado rins e baço. A concentração no músculo esquelético é menor, m as este é o principal reservatório, devido ao seu maior volume. Também tem grande acúmulo no tecido adiposo. Metabolismo e excreção: convertido em metabólitos polares (principalmente glicuronídios) excretados pelos rins. A morfina é conjugada a M3G e cerca de 10% a M6G. O acúmulo desses metabólitos pode produzir efeitos adversos. Pouca quantidade é excretada pela bile. 
Em solução, eles se dissociam em fração ionizada e não ionizada em proporção dependente do pH do meio e do pKa do opióide. A fração não ionizada é mais difusível que a ionizada.Em meios ácidos, como o estômago, os opióides apresentam alto grau de ionização e baixa absorção. Em contrapartida, em meios básicos, como intestino delgado, ocorre predomínio da forma não ionizada dos opióides e alta absorção. Porém, muitos opióides sofrem metabolismo de primeira passagem hepática e intestinal, resultando em baixa biodisponibilidade oral. A elevada lipossolubilidade dos opióides facilita a sua disponibilidade para a biofase (sítio efetivo), assim quanto maior a lipossolubilidade, mais rápido o início de ação. 
1.3 Farmacodinâmica 
Os agonistas opióides produzem analgesia através de sua ligação a receptores específicos acoplados à proteína G, que se localizam no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e na modulação da dor. Os receptores opióides foram classificados pela primeira vez (MARTIN et al. 1976) nos tipos µ (miú), κ (capa) e δ (delta) com base na diferença dos efeitos neurofisiológicos e comportamentais de três substâncias em cães com lesões crónicas da medula:
µ (analgesia supra-espinhal e espinhal / sedação / inibição da respiração / redução do trânsito GI / modulação de hormônios e NT), 
δ (analgesia supra-espinhal e espinhal / modulação de hormônios e NT) e 
κ (analgesia supra-espinhal e espinhal / redução do trânsito GI / efeitos psicotomiméticos). 
Os receptores opióides estão acoplados à proteína G e afetam a regulação iônica, o processamento de Ca⁺² intracelular e a fosforilação de proteínas. Os opióides exercem duas ações acopladas às proteínas G: (1) fecham os canais de Ca⁺² nas terminações pré-sinápticas, reduzindo a liberação de NT, e (2) hiperpolarizam e, assim, inibem um neurônio pós-sináptico através da abertura dos canais de K⁺. Os analgésicos opióides atualmente disponíveis atuam, em sua maioria nos receptores μ. Todos os três receptores são encontrados em altas concentrações no corno dorsal da medula espinhal. São encontrados tanto no nos neurônios de transmissão da dor na medula espinhal como nos aferentes primários, que transmitem a mensagem da dor. 
1.4 Efeitos colaterais
Efeitos da morfina e substitutos sobre sistema de órgãos e efeito sobre o Sistema Nervoso Central (SNC): 
Analgesia: a dor consiste tanto em componentes sensitivos como afetivos (emocional). Os opióides agem nos dois. 
Euforia: sensação agradável, livre de ansiedade e desconforto. Algumas pessoas apresentam disforia: inquietação, mal estar. 
Sedação: sonolência e turvação da consciência. O sono é induzido mais frequentemente em idosos. A morfina altera padrões normais do sono REM e NREM. 
Depressão respiratória: inibem mecanismos respiratórios do tronco encefálico. Nos indivíduos com elevação da pressão intracraniana, asma, DPOC ou cor pulmonale, essa redução da função respiratória pode não ser tolerada. 
Supressão da tosse: principalmente a codeína. Contudo pode acumular secreções e obstruir as vias aéreas. Ocorre desenvolvimento de tolerância à supressão da tosse. 
Miose: ocorre constrição das pupilas com praticamente todos os agonistas opióides. Útil no diagnóstico de superdosagem de opióides: não altera na tolerância. Pode ser bloqueada por antagonistas opióides. 
Rigidez de tronco: ela decorre de uma ação em níveis supra-espinhais. A rigidez de tronco diminui a complacência torácica e, portanto, interfere na ventilação. A prevenção da rigidez de tronco com preservação de analgesia requer o uso concomitante de agentes bloqueadores neuromusculares. 
Náuseas e vômitos 
Temperatura: os agonistas dos receptores opióides μ, como a morfina, produzem hipertermia, enquanto a administração de agonistas κ induz hipotermia. 
1.4.1 Efeitos periféricos
Sistema cardiovascular: a maioria não tem efeito direto sobre o coração, nem efeitos importantes sobre o ritmo cardíaco, a não ser bradicardia. A meperidina é uma exceção, visto que a sua ação pode resultar em taquicardia. 
Trato Gastrintestinal: a prisão de ventre já é reconhecida, há muito tempo, como um efeito dos opióides, que não diminui com o uso contínuo. 
 Trato biliar: contraem o músculo liso biliar, podendo provocar cólica biliar. 
Trato genitourinário: a função renal é deprimida, por redução do fluxo plasmático renal. 
Útero: os opióides podem prolongar o trabalho de parto. 
Neuroendócrino: há estímulo para liberação de ADH, prolactina, somatotrópica e inibição do LH. 
Prurido: os analgésicos opióides em doses terapêuticas produzem rubor e calor na pele, acompanhados algumas vezes de sudorese e prurido. Aparecem frequentemente quando administrados por via parenteral.
Mulheres grávidas dependentes de opióides podem ter dificuldades durante a gravidez e o parto. As ocorrências mais comuns são: anemia, doenças cardíacas, diabetes, pneumonia e hepatite. Há também uma maior incidência de abortos espontâneos e nascimentos prematuros. Nos recém-nascidos de mães dependentes de opióides geralmente são menores e mostram sinais de infecção aguda. Os opióides têm capacidade de ultrapassar a barreira placentária e a barreira hematoencefálica imatura do feto, causando depressão respiratória de maneira mais intensa que no adulto. A maioria dos recém-nascidos apresentam variados graus de sintomas de abstinência. A mortalidade entre estas crianças é maior que a normal.
CONCLUSÃO 
Os opióides são analgésicos de benefício definido para atenuação de dores agudas. Além disso, induzem um estado de bem estar, por meio da liberação de dopamina. O tratamento com opiáceos é variável e dependente de idade, sexo, estado físico e emocional. O uso contínuo ou indevido de opióides pode resultar em dependência física e dependência química, Efeitos a curto prazo de opióides e derivados de morfina incluem: sonolência, respiração reduzida, prisão de ventre, inconsciência, náusea e coma. O corpo adapta-se à presença da droga e, se o uso for reduzido ou suspenso, surgem os sintomas de abstinência. Esses incluem: inquietação, dores nos músculos e ossos, insônia, diarreia, vômito, calafrios e tremedeiras. Também pode ser desenvolvida uma tolerância, o que significa que quem usa há muito tempo tem que aumentar as doses para se conseguir o mesmo barato.
No alvorecer do terceiro milênio, a despeito das pesquisas realizadas com drogas analgésicas de outros grupos farmacológicos, os opióides continuam sendo os analgésicos mais potentes, embora sua eficácia seja contestada em certos tipos de dor. Os atuais conhecimentos de Farmacologia Clínica permitem selecionar o opióide a ser administrado, considerando a doença e as condições do paciente, na busca da melhor relação custo-benefício.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tutorial de anestesia da semana: farmacologia dos opióides (PARTE 1). 2013. Disponível em: <http://grofsc.net/wp/wp-content/uploads/2013/05/Farmacologia-dos-opi%C3%B3ides-parte-1.pdf> Acessado em: 12/11/2017. 
Notas sobre a classificação dos receptores opióides. Faculdade De Medicina Da Universidade Do Porto. 24.11.2003. Disponível em: < http://medicina.med.up.pt/farmacologia/pdf/Receptores_opioides.pdf>. 	Acessado em: 11/11/2017. 
Nunes I., Santos C., Fortunato S. M. Bases Moleculares da Tolerância aos Opióides. Revista Portuguesa de Psicossomática.2005

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