Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA THIAGO MATASSOLI GOMES CONTEÚDO DESTA AULA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA SISTEMA NEUROMUSCULAR APLICADO AO MOVIMENTO: AÇÕES MUSCULARES, PAPÉIS DESEMPENHADOS PELO MÚSCULO E INSUFICIÊNCIA. FATORES MECÂNICOS QUE AFETAM A FORÇA SISTEMA ÓSSEO APLICADO AO MOVIMENTO SISTEMA ARTICULAR APLICADO AO MOVIMENTO Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Abordagem Mecânica das Ações Musculares O melhor parâmetro é identificar o comportamento do comprimento do músculo durante a contração. Concêntrica – Tp > Tr; Excêntrica – Tp < Tr; Isométrica – Tp = Tr; Isocinética - velocidade controlada e constante; Tr Tp Tp Tr Tp Tr Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Papéis Desempenhados pelos Músculos Agonista – é o músculo que contrai para realizar o movimento (motor primário). Antagonista – é o músculo que tem ação oposta ao movimento (freia, desacelera e/ou limita o movimento. Acessório – auxilia o motor primário a gerar o movimento. Estabilizador – músculo que entra em contração para fixar uma articulação contra alguma força, exceto a gerada pelo agonista. Neutralizador – músculo que entra em contração para eliminar uma ação indesejada de um agonista. Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Insuficiência ativa – quando um músculo multiarticular estiver em posição de encurtamento (ativo) simultaneamente nas articulações que ele cruza. Diminui a participação do músculo na produção do movimento (efeito CINÉTICO). Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Insuficiência passiva - quando um músculo multiarticular estiver em posição de alongamento simultaneamente nas articulações que ele cruza. Provoca limitação no arco de movimento (efeito CINEMÁTICO). Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Fatores Mecânicos que Afetam a Força Área de secção transversal Relação comprimento x tensão F O R Ç A COMPRIMENTO DO MÚSCULO Repouso Ligeiramente Estirado Atuação somente do componente contrátil (actina e miosina). Atuação somente do componente contrátil (actina e miosina) + componente elástico. Diferença na produção de força Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Fatores Mecânicos que Afetam a Força Relação Força x Velocidade FORÇA VELOCIDAD E Fase Concêntrica Fase Excêntrica Máximo Isométrico - 5 5 Durante a fase concêntrica, quando a resistência é desprezível (pequena) a velocidade de movimento produzida é grande. A medida em que a resistência vai sendo aumentada a velocidade do movimento vai diminuindo. Um aumento ainda maior na resistência fará com que a velocidade seja “zero” e neste momento, é atingida a força máxima isométrica. Um aumento posterior na resistência dará início a fase excêntrica do movimento e nesta, quanto maior for a resistência maior será a velocidade do movimento. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento O osso é formado por dois componentes: Mineral – promove rigidez. Colágeno – promove flexibilidade (em crianças é comum a fratura em galho verde. A junção dos ossos forma o esqueleto: Axial – composto pelos ossos que formam o eixo central do corpo (vértebras, crânio, esterno e costelas. Apendicular – composto pelos ossos que formam as cinturas (pélvica e escapular) e os membros. Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Classificação Morfológica (quanto ao formato): Longos – formato cilíndrico (fêmur). Curtos – formato cúbico (ossos do carpo). Planos – superfície achatada (esterno, escápula). Irregular – não tem forma definida (vértebras). Quanto ao grau de porosidade Compacto (cortical) – encontrado das diáfises ósseas (pouco poroso). Trabecular (esponjoso) – encontrado nas epífises ósseas e nos demais ossos. Possui maior capacidade de deformação (dissipa mais energia). Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Formas de Crescimento do Osso Longitudinal – refere-se ao crescimento do osso em comprimento. Placa epifisária Circunferencial – refere-se ao crescimento do osso em espessura. Osteoblastos Osteoclastos Hipertrofia Óssea Refere-se ao aumento da massa óssea. Carga compressiva vs. Carga tensiva Sistema Ósseo Aplicado ao Movimento Osteopenia – perda de massa óssea fisiológica que ocorre com o envelhecimento. a prática regular de exercícios pode impedir ou retardar o processo. Osteoporose – redução da massa óssea com consequente mudança da arquitetura do osso (o osso cortical adota uma característica trabecular), gerando maior probabilidade de fratura. Tipo I – atinge os ossos trabeculares (principais pontos de fratura: vértebras e ossos do carpo). Tipo II – acomete também os ossos corticais (principal ponto de fratura: colo do fêmur). Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação Fibrosas – formadas a partir de tecido fibroso, não permite movimento. É uma articulação rígida. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação Cartilaginosas – formadas por tecido cartilaginoso. Permite movimento de pouca amplitude ou movimentos curtos. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Classificação Sinoviais – formada por elementos comuns. Cartilagem articular – recobre as superfícies ósseas articulares e tem como função diminuir o atrito entre os ossos; Fibrocartilagens – tem como função amortecer impacto (capacidade de deformação) e aumentar a área de contato articular. Bolsa sinovial – tem como função diminuir o atrito entre o tendão e o osso. Cápsula articular – contribui para a estabilidade, permitindo a mobilidade. Membrana sinovial – produz o líquido sinovial Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho - Cinemática • Entre 60° - 90° de flexão ocorre o maior contato entre patela e fêmur (= 30% da superfície articular da patela), com isso a pressão articular (F/A) pode aumentar significativamente dentro da articulação; • Em 20° de flexão o contato ocorre no pólo inferior; • Em total extensão a patela repousa completamente na superfície intercondilar contra o coxim de gordura suprapatelar. Nesta posição com o quadríceps relaxado a patela pode ser movida livremente pela cavidade intercondilar; PRENTICE & VOIGHT, 2003. • 3,3 x PC = Subir escadas • 7,8 x PC = Agachamento Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho - Cinemática PRENTICE & VOIGHT, 2003. • Se houver desequilíbrio entre as forças a patela pode não deslizar suavemente ou até deslocar; • O aumento do stress pelo funcionamento anormal da articulação pode levar a: artrite, condromalácea, luxação patelar, síndrome patelo femoral. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho - Cinemática Formado por uma linha imaginária que vai da espinha ilíaca ântero-superior até o centro da patela. Uma segunda linha, do tubérculo tibial até o centro da patela e que cruza com a primeira linha, forma o ângulo Q. Linha que representa a resultante de força de tração do quadríceps. PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Ângulo Q • Diferença entre os sexos: Mulheres = 150 a 170 Homens = 100 a 120 • Ângulo Q > 15° = freqüentemente contribui para condromalácea, dor patelo femoral e luxação patelar. PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Ângulo Q Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Condromalácia Patelar Sua estabilidade depende basicamente dos ligamentos, da cápsula articular e dos músculos ao redor da articulação; O joelho é projetado para fornecer estabilidade na sustentação do peso e mobilidade na locomoção. Contudo é especialmente instável lateral e medialmente; PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho - Estabilidade O LCM atua como estabilizador estático primário contra estresse em valgo. Fica tensionado na extensão total e começa a relaxar entre 200 a 300 de flexão, passando a ficar novamente sob tensão em 600 a 700 de flexão; As fibras do LCM se misturam ao ligamento capsular posterior e ao músculo semimembranoso, atravessam a cápsula articular e inserem-se na parte posterior do menisco medial puxando-o para trás durante a flexão do joelho; Sua principal função é evitar forças valgas e rotação externa sobre o joelho; PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Ligamentos Colaterais O LCL está inserido no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula; Atua com o trato iliotibial, o tendão poplíteo, o complexo do ligamento arqueado e os tendões do bíceps a fim de apoiar a região lateral do joelho; O LCL sofre constante carga de tensão, estando atuante durante toda a fase de extensão do joelho e relaxando durante a flexão; PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Ligamentos Colaterais O LCA evita que o fêmur se mova posteriormente (gaveta anterior) em relação a tíbia, estabiliza o joelho na extensão total e evita a hiperextensão. Atua junto com os isquiotibiais. Fornece 86% da estabilidade anterior (BUTLER et al, 1990). Estabiliza a tíbia contra a rotação interna excessiva e serve como limitador secundário para o estresse valgo/varo quando o ligamento colateral está lesado; O LCP evita o deslizamento anterior do fêmur sobre a tíbia (gaveta posterior). Evita a rotação interna excessiva. Fornece 95% de estabilidade para o movimento posterior (BUTLER et al, 1990). PRENTICE & VOIGHT, 2003. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Joelho – Ligamentos Cruzados Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro Formado por 4 articulações: Glenoumeral – cabeça do úmero + cavidade glenóide. Acromioclavicular – junção distal da clavícula com o acrômio. Esternoclavicular – junção proximal da clavícula com o esterno. Escapuloumeral – articulação falsa que fixa a escápula, formada pelas três porções do trapézio. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro Proposta didática para entender as ações musculares: Grupo A – composto por músculos que atuam na escápula (trapézio, romboide, elevador da escápula, peitoral menor e serrátil anterior). Grupo B – composto por músculos profundos e pequenos que ligam a escápula a glenoumeral. Compostos pelo supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor (manguito rotador), redondo maior e coracobraquial. Grupo C – composto por músculos grandes e superficiais que movimentam a glenoumeral (deltoides, peitoral maior e latíssimo do dorso. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro – Manguito Rotador Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro – Síndrome do Impacto Envolve a compressão mecânica do tendão do supra-espinhoso, da bolsa subacromial e da cabeça longa do tendão do bíceps; Pode ocorrer fibrose e posterior ruptura do manguito rotador (movimentos repetitivos); Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Ombro – Tipos de Acrômio Sistema Articular Aplicado ao Movimento Movimentos Associados da Glenoumeral e da Escápula Glenoumeral Escápula Abdução Rotação Lateral Adução Rotação Medial Rotação Lateral Adução Rotação Medial Abdução Abdução Horizontal Adução Adução Horizontal Abdução Extensão Elevação Flexão Depressão Elevação Depressão Adução Abdução Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Cotovelo Formado por 3 articulações: Úmero – radial; Úmero – ulnar; Rádio – ulnar proximal; Sistema Articular Aplicado ao Movimento Complexo Articular do Cotovelo Sistema Articular Aplicado ao Movimento Cintura Pélvica Movimento adotados pela pelve no plano sagital: Retroversão – provoca retificação da coluna lombar. Anteroversão – provoca aumento da lordose lombar. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Cintura Pélvica 1º Quadrante: Mm. Abdominais Retroversão 4º Quadrante: Mm. Paravertebrais Lombares Anteroversão 2º Quadrante: Mm. Retofemural e Iliopsoas Anteroversão 3º Quadrante: Mm. Glúteo Máximo e Isquiotibiais Retroversão Sistema Articular Aplicado ao Movimento Estabilidade Articular É a capacidade de uma articulação de resistir ao afastamento entre as superfícies ósseas articuladas. Luxação – perda de contato total entre as superfícies ósseas articulares. Sub luxação – perda de contato parcial entre as superfícies ósseas articulares. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular O aspecto anatômico está relacionado com o tamanho da superfície de contato: Posição Travada – posição articular onde a área de contato entre as superfícies ósseas articuladas é máxima. É a maior posição de estabilidade. Posição Destravada – onde a área de contato entre as superfícies ósseas articuladas é submáxima. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular O grau de tensão dos biomateriais também influenciam na estabilidade: Músculos; Tendões; Ligamentos; Quanto menor for a estabilidade da articulação, maior será a dependência da ação sensorial. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular O fuso muscular funciona como detector do comprimento do músculo. OTG monitoram a tensão no tendão. São dispositivos de segurança. Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade “É a amplitude máxima de movimentos fisiológicos possíveis em uma ou mais articulações, sendo influenciada por músculos, tendões, ligamentos, capsulas articulares, ossos e pele”. Um certo grau de flexibilidade é fundamental para a saúde. Hipomobilidade e Hipermobilidade; Atletas possuem um nível de flexibilidade apenas mediano. Nível de flexibilidade acima do desejado = possibilidade de luxações. Sistema Articular Aplicado aoMovimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade PELE 2% CÁPSULA ARTICULAR 47% MÚSCULO 41% TENDÃO 10% Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade Tipos de alongamento: Ativo; Passivo; Dinâmico; Estático; FNP; Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade Sistema Articular Aplicado ao Movimento Fatores que Afetam a Estabilidade Articular - Flexibilidade
Compartilhar