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Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física INTRODUÇÃO A MECÂNICA E TERMIONOLOGIA BÁSICA • CONCEITOS Cinesiologia: estudo do movimento. Biomecânica: aplicação de princípios mecânicos no estudo do movimento. Mecânica: ação das forças sobre estruturas. Movimento: é o meio pelo qual interagirmos com o nosso ambiente. Envolve mudança de lugar, posição ou postura com relação a algum ponto no ambiente. • ANÁLISE DO MOVIMENTO Tipos de análise do movimento: 1. Qualitativa: descrição não numérica de qualidade. 2. Quantitativa: uso de números. 3. Misto: qualitativa + quantitativa. • PROCESSO DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA ENVOLVE: identificar, estudar, analisar e solucionar. • A ANÁLISE DO MOVIMENTO DEPENDE DE TRÊS FATORES: 1. Avaliação das contribuições anatômicas: 2. Descrição de suas características: 3. Pela determinação de sua causa: MECÂNICA: Ramo da ciência física que estuda o movimento e o efeito das forças sobre um objeto. ESTÁTICA: ▪ Estuda os sistemas que não estão se movendo ou que se movem em velocidades constantes a ponto de considera-los em equilíbrio (estado em que não há aceleração porque as forças opostas que agem sobre o sistema são iguais e se anulam mutuamente). ▪ Permite realizar análise cinética. EXEMPLO: avaliar as forças envolvidas para manutenção de uma determinada postura estática (ex.: postura de pé: força muscular, força sobre o solo, etc.) DINÂMICA: ▪ Estuda os sistemas em movimento acelerado. ▪ Abordagem cinemática e cinética. • CINEMÁTICA: estuda as características do movimento. Descreve o movimento do corpo em relação ao tempo, deslocamento, Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física velocidade e aceleração (posição, velocidade e aceleração). Não se preocupa com as forças que causam o movimento. EXEMPLO: descrição do movimento para determinar sua velocidade, altura e distância que ele atinge. • CINÉTICA: estuda as forças que causam movimento. EXEMPLO: avaliar a força do músculo quadríceps para superar uma resistência externa durante a extensão do joelho. CINÉTICA X CINEMÁTICA • TIPOS DE MOVIMENTOS: • MOVIMENTO ANGULAR (ROTACIONAL) Movimento de um corpo que gira em torno de um eixo central que pode estar dentro ou fora do corpo em movimento. Movimento humano: o eixo localiza-se numa articulação ou próximo a ela. Eixo de rotação: linha imaginária perpendicular ao plano de rotação e que passa através do centro de rotação. Centro de massa: é o ponto pelo qual o peso de um corpo está igualmente equilibrado, independente da posição. • MOVIMENTO LINEAR (TRANSLACIONAL) Deslocamento de um corpo ao longo de uma linha, onde cada ponto do corpo rígido percorre trajetórias paralelas e retilíneas numa mesma direção. Retilíneo: trajetória é uma reta. Curvilínea: trajetória curva ou parabólica. • MOVIMENTO MISTO (GERAL) Translacional + rotacional Os movimentos lineares dependem da contribuição de movimentos angulares. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física INTRODUÇÃO A CINESIOLOGIA E TERMINOLOGIA BÁSICA • DESCRITORES DO MOVIMENTO HUMANO SEGMENTOS: Esqueleto axial: cabeça, pescoço e tronco. Esqueleto apendicular: • Membros superiores: Braço: úmero (ombro). Antebraço: rádio e ulna (cotovelo/radioulnar). Mão: carpo, metacarpo e falanges. • Membros inferiores: Coxa: fêmur (quadril). Perna: tíbia, fíbula e patela (joelho). Tornozelo/Pé: tarso, metatarso e falanges. POSIÇÃO ANATÔMICA Corpo humano em posição ortostática, com os olhos dirigidos para frente, os pés paralelos e juntos, e os membros superiores pendentes ao lado do corpo e com as palmas das mãos voltadas para frente. TERMOS DIRECIONAIS • Medial # Lateral • Anterior (ventral) # Posterior (dorsal) • Proximal # Distal • Superior (cranial) # Inferior (caudal) • Superficial # Profundo • Ipsolateral # Contralateral MOVIMENTOS BÁSICOS • Flexão • Extensão • Abdução • Adução • Rotação MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física • Cabeça e tronco: Flexão lateral D/E • Escápula: Elevação e depressão Abdução (pronação) e adução (retração) Rotação p/ cima e rotação p/ baixo • Braço e coxa: Flexão horizontal Extensão horizontal • Antebraço: Pronação Supinação • Punho: Flexão radial ou desvio radial Flexão ulnar ou desvio ulnar • Tornozelo e Pé: Flexão plantar e dorsiflexão Inversão e eversão Pronação e supinação PLANOS E EIXOS Movimento Uniplanar: mais de um plano. Movimento Multiplanar ou Biplanar: mais de um plano. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física ASPECTOS E CONCEITOS BIOMECÂNICOS Segurança • Sobrecargas mecânicas desnecessárias • Riscos de lesões • Riscos de acidentes Eficácia • Ganho de força • Hipertrofia • Ganho funcional Cinemática: ➢ DISTÂNCIA E DESLOCAMENTO SIM: metro, km Inglês: pé (0,30), jarda (0,9) e milha (1,61km) V= COMPRIMENTO (DISTÂNCIA)/TEMPO • Distância (grandeza escalar) • Deslocamento (grandeza vetorial) Direção: posição final e inicial ➢ ACELERAÇÃO (m/s²) a= mudança de velocidade/mudança de tempo Cinética: ➢ INÉRCIA “Resistência a ação ou a mudança”, “Resistência a aceleração” É a tendência de um corpo a manter seu estado atual de movimento, seja parado ou movimentando-se com velocidade constante. A quantidade de inércia que um corpo possui é diretamente proporcional a sua massa. ➢ MASSA É a quantidade de matéria que compõe um corpo. SIM: quilograma (kg) Inglês: Slug – 1 Slug > 1kg ➢ FORÇA Impulso ou tração agindo sobre um corpo. Cada força é caracterizada pela sua magnitude, direção e ponto de aplicação. Peso corporal, atrito e resistência (ar ou água). F= m.a -> 1N= 1kg.1m/s² SIM: Newton (N) Inglês: libra (lb)= 1lb = 4,45N 1lb= 1 Slug.1pé/s² Qualquer interação de impulso ou tração agindo entre dois objetos fazendo com que um objeto acelere positivamente ou negativamente. Esforço para produzir um movimento ou para manter um objeto em repouso. Tipos de forças FORÇAS DE CONTATO • Força de reação ao solo: força proporcionada pela superfície onde o indivíduo está se movendo. • Força de reação articular: é necessário haver uma força igual e oposta agindo sobre cada articulação. • Força de atrito: força que age paralelamente à interface de 2 superfícies que estejam em contato durante o movimento. Interação entre moléculas > atrito • Resistência dos fluidos Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física Densidade: massa por unidade de volume. Quanto mais denso o fluido, maior a resistência. Viscosidade: medida de resistência do fluido ao fluxo. • Força de inércia: um segmento pode exercer uma força sobre outro, gerando movimento, sendo que este não foi devido à ação muscular, mas sim devido a força de inércia. Ex: fase de balanço da marcha. • Força muscular: somatório de todos músculos que agem naquela articulação (força total). • Força elástica: capacidade de deformação de um objeto. Os tecidos biológicos, músculos, tendões e ligamentos armazenam força elástica quando são alongados. Ex: treino pliométrico. FORÇA DE NÃO CONTATO (CAMPO) • Força da gravidade ✓ Grandeza vetorial: possui magnitude e direção. ✓ Paralelas: mesmo plano e direção. ✓ Concorrentes: agem em direções divergentes. ✓ Resultante: resultado de forças divergentes. ➢ TORQUE É o momento de força. É uma força rotatória. É o equivalente angular da força linear. T=F x d F= força aplicada em newtons. d= distância perpendicular (em metros) da linha de ação da forçaaté o pivô ou fulcro ou eixo. Quanto maior for a quantidade de torque que atua no eixo de rotação, maior será a tendência para a ocorrência da rotação. Capacidade da força de produzir rotação em um eixo. ➢ Quantidade de torque I. Quantidade de torque exercida; II. Distância até o eixo. Braço de Momento ou Braço de Torque (Braço de Momento de Força) = Distância Perpendicular entre o Ponto de Aplicação da Força e o Fulcro. Quanto MAIOR o braço de momento, MAIOR o torque. É MAIOR quando o ângulo de tração é de 90 graus e DIMINUI à medida que o ângulo aumenta ou diminui. Â<90° -> Força de deslocamento Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física Â>90° -> Força estabilizante Â=90° -> Força angular ➢ Fatores que alteram o torque: FATORES FISIOLÓGICOS: • Nº de fibras musculares • Nº unidades motoras • Tipo de fibra FATORES BIOMECÂNICOS • Ângulo das fibras musculares • Braço de força • Braço de resistência Sistema métrico: N.m Sistema inglês: lb.pé ➢ PESO É a quantidade de força gravitacional exercida sobre um peso. p=m.ag (-9,81m/s²) SIM: Newton (N) Inglês: libra (lb) 1kg=2,2lb ➢ IMPULSO É o produto da força pelo tempo de atuação da força. Impulso: F.t J=F.t SIM: N.seg ➢ PRESSÃO É definida como força (F) por unidade de área (A). P=F/A SIM: N/cm² e Pascal Inglês: lb/pol² ➢ VOLUME Volume de um corpo é a quantidade de espaço que lhe ocupa. Espaço em três dimensões: largura, altura e profundidade. SIM: cm³, m³ e litros Inglês: pol³ e pé³ ➢ DENSIDADE Combina a massa de um corpo com seu volume. p= massa/volume Símbolo convencional: letra grega rô SIM: kg/m³ Instrumentos: quantidades cinéticas • Eletromiograma • Dinamometria Estresse mecânico CISALHAMENTO: força direcionada em paralelo a superfície. COMPRESSÃO: força de pressão ou esmagamento direcionada axialmente através de um corpo. TENSÃO: força de tração ou distensão direcionada axialmente através de um corpo. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física ➢ CARGA DE TORÇÃO: rotação de um corpo ao redor de seu eixo longitudinal. ➢ CARGA DE COMBINADA: ação simultânea de mais de uma das formas puras de cargas. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física UNIDADE ARTICULAR E MOVIMENTO ➢ FUNÇÕES DO ESQUELETO • Mecânica e estrutural: ✓ Suporte; ✓ Proteção para os órgãos internos; ✓ Sistema de alavancas; ✓ Locomoção; ✓ Medula óssea: células sanguíneas. • Metabólica: ✓ Reservatório de cálcio, fósforo e magnésio. ➢ OSSO • O osso é um tecido dinâmico que cresce até a idade adulta. • Após a idade adulta, está sob constante remodelamento. Remodelação óssea: hormônios e forças externas como o exercício físico. COMPONENTES MATERIAIS: • 65 a 70% matriz inorgânica ou mineral • 30 a 35% matriz orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos, glicoproteínas e água) DUREZA E FLEXIBILIDADE: • Células: osteoblastos, osteoclastos, osteócitos (controlam a remodelação). OSTEOBLASTOS: Células ósseas especializadas que formam um novo tecido ósseo. OSTEOCLASTOS: Células ósseas especializadas que reabsorvem o tecido ósseo. MATRIZ INORGÂNICA OU MINARAL: • Carbonato de cálcio e fosfato de cálcio: cristais de hidroxiapatita (mg, k e Na). • Rigidez: resistência compressivas. MATRIZ ORGÂNICA OU OSTEÓIDE: • Colágeno: resistência tensiva. ➢ ARQUITETURA DO OSSO OSSO CORTICAL: • Denso, compacto (porosidade menor que 15%); • Compõe cerca de 80 % do esqueleto; • Constitui a parte externa de todas as estruturas esqueléticas; • Pouco vascularizado= baixas funções metabólicas; • Principal função: fornecer força mecânica e proteção; • Organização especial das fibras de colágeno (paralelas à carga aplicada) = elevada resistência a forças de encurvamento e torção. OSSO TRABECULAR: • Alta porosidade (maior que 70%); • Porção interna de todos os ossos, exceto a diáfise dos ossos longos; • Estrutura trabecular=> porosidade => capacidade de absorção de energia => resistência a forças compressivas. • Maior vascularização=> mais ativo metabolicamente => fornece suprimento inicial nos estados de deficiência mineral. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física ➢ ADAPTAÇÕES DO TECIDO ÓSSEO CRESCIMENTO: • Em comprimento (~20 anos). • Em diâmentro fatores genéticos, biomecânicos, fisiológicos e ambientais. REMODELAÇÃO: • Atividade reabsortiva dos osteoclastos seguida por atividade formadora dos osteoblastos. • Manutenção da homeostasia mineral. • Reparação de microfraturas causadas pelas forças biomecânicas que atuam sobre o esqueleto. REPARO ÓSSEO: • Processo pelo qual o osso é reparado após uma lesão. • Remodelagem envolve a reabsorção do osso mais antigo, danificado pela fadiga, e a formação subsequente de um osso novo. ➢ TIPOS DE OSSOS • Osso longo Comprimento: forças compressivas. Locais de inserções musculares: forças tensivas. • Osso curto • Osso irregular • Osso sesamoide • Osso plano ou chato ➢ FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESISTÊNCIA ÓSSEA • Tipo de osso; • Tipo de atividade física; • Geometria de aplicação das forças; • Sexo; • Idade. ARTROCINEMÁTICA: É o estudo dos movimentos (“micromovimentos”) que ocorrem entre as superfícies articulares das articulações sinoviais também conhecidos como movimentos acessórios, sendo eles, rotação, deslizamentos e rolamento. OSTEOCINEMÁTICA: É o estudo do movimento da extremidade distal do osso, movimento. ➢ CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINARTROSES: Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física FIBROSAS: ➢ pouco movimento ➢ absorção de choques Tipos: • Suturas Ex: ossos do crânio • Sindesmoses Ex: art. Radioulnar média ANFIARTROSES: CARTILAGINOSAS: • Ligeiramente móveis • Atenuação de forças Tipos: • Sincondroses Ex: art. Esternocostais • Sínfises Ex: sínfise púbica DIARTROSES: SINOVIAIS: • Amplamente móveis • Cartilagem capsular articular • Membrana sinovial/líquido sinovial A. CARTILAGEM ARTICULAR • Deformável • Espessura dela 5mm • Avascular e de baixa taxa metabólica • Transferir forças entre as peças ósseas • Distribuir as forças nas articulações • Reduz o atrito • Diminui com a idade B. DISCO FIBROCARTELAGINOSO • Otimiza a função da cartilagem • Estabiliza a articulação • Absorve e distribui as cargas • Melhora o ajuste articular C. TENDÕES • Transmitir forças entre o músculo e osso • Armazena energia elástica • Minimiza o estresse (inserção) D. LIGAMENTOS • Limite elástico e plástico • Deformação E. LÍQUIDO SINOVIAL • Produzido pela membrana sinovial • Responsável pela nutrição da cartilagem • Relação intima com a atividade física e a integridade articular ➢ CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS POR ANALOGIA MECÂNICA PLANAS: • Articulações não axiais, ou seja, os movimentos realizados por ela incluem o deslizamento (translação) ou desligamento e rotação combinados. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física • Ex: articulação intercarpais e intertarsais. GÍNCLIMO OU DOBRADIÇA: • Uniaxiais. • Face côncava e convexa. • Ex: art. Do cotovelo e as art. Interfalângicas. TROCOIDE OU PIVÔ: • Uniaxiais. • Ex: art. Rádio-ulnar proximal e a art. Atlanto-axial. ELIPSÓIDE OU CONDILAR: • Biaxiais. • Ex: art. Incliuem a articulação do punho (art. Radiocarpical). BICONDILAR: • Biaxiais. • Ex: a segunda e a quinta articulações metacarpofalângicas, a art. Do complexo do joelho. ESFERÓIDE OU ENARTROSE: • Triaxiais. • Ex: as art. Do ombro e quadril. SELAR: • Triaxiais. • Ex: art. Capometacárpica do polegar. SISTEMA ARTICULAR ➢ ESTABILIDADEARTICULAR • Formato das superfícies ósseas • Organização do músculo e ligamentos • Capsula articular ➢ OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA A osteoporose começa como osteopenia, uma condição na qual a atividade dos osteoclastos predomina sobre a dos osteoblastos, resultando na redução da massa óssea sem ocorrência de fraturas. Se não for verificada, a osteopenia geralmente progride para a osteoporose, uma condição na qual a massa e a resistência mineral óssea estão muito comprometidas, de modo que as atividades do dia a dia podem causar dor e fratura óssea. OSTEOPOROSE: distúrbio que envolve massa e força ósseas diminuídas, com uma ou mais fraturas resultantes. OSTEOPENIA: condição de densidade mineral óssea reduzida que predispõe o indivíduo a fraturas. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física UNIDADE MUSCULAR E SISTEMAS DE ALAVANCA ➢ MÚSCULO • Todo movimento humano é gerado pela ação de um músculo; • O músculo é o único tecido do corpo humano capaz de produzir força, i.e., biomecanicamente, o músculo é a única estrutura ativa do corpo. • Excitabilidade=> desenvolvimento de tensão. ➢ FUNÇÕES MUSCULARES AGONISTA Papel desempenhado por um músculo que produz um movimento. • Principal músculo responsável pelo movimento; • Manifesta sua ação através de contração concêntrica; • Pode ser classificado em primário ou secundário. EX: FLEXÃO DO BRAÇO EM SUPINAÇÃO Primários: braquial + bíceps braquial Secundários: braquiorradial + extensor radial longo do carpo ANTAGONISTA Papel desempenhado por um músculo que produz um movimento. • Músculo que resiste a realização do movimento desejado através de contração excêntrica; • Auxilia na desaceleração dos movimentos. ESTABILIZADOR/FIXADOR Papel desempenhado por um músculo que produz um movimento. • Músculo que imobiliza uma articulação criando condições ótimas para a realização do movimento desejado. NEUTRALIZADOR Papel desempenhado por um músculo que produz um movimento. • Previne ação acessória desejada do agonista. EX: Pronador redondo neutralizador o bíceps braquial quando a ação desejada é apenas a flexão do antebraço sem supinação. FLEXÃO DO BRAÇO EM PRONAÇÃO Primários: braquial Secundários: bíceps ➢ CADEIAS CINÉTICAS CADEIA CINÉTICA ABERTA Segmento distal livre para mover em diferentes direções e segmentos proximais mais estacionários. > aceleração, > participação de propriocepção < resistência. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física • O segmento articular distal (mais longe do tronco) está livre no espaço; • As outras articulações não precisam mover-se também; • Diminui compressão articular; • Principal músculo do movimento é mais ativado; • Aumento das forças de aceleração; • Diminuição das forças de resistência; CADEIA CINÉTICA FECHADA Segmento distal fixo e segmentos proximais se movem. compressão articular, cisalhamento, > resistência externa e > estabilidade dinâmica. • O segmento articular distal (mais longe do tronco) está apoiado; • As outras articulações precisam mover-se também; • Aumenta compressão articular; • Músculos acessórios são ativados; • Essenciais para exercícios específicos de esportes e reabilitação; • Aumento das forças de resistência; • Estimula os proprioceptores; • Aumenta estabilidade articular; • Aumenta estabilidade dinâmica. ➢ AÇÕES MUSCULARES TIPO DE AÇÃO MUSCULAR AÇÃO ISOMÉTRICA • Sem alterações macroscópicas no ângulo da articulação; Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física • Musculo gera tensão, mas não ocorre mudança do ângulo articular, F externa = F interna; • É chamada de ação estática ou de sustentação; • Funcionalmente: é o tipo de ação que estabiliza uma articulação. AÇÃO ISOCINÉTICA • Resistência varia ao longo do movimento; • Necessidade de força muscular similar em todos os graus da amplitude de movimento; • Só é possível em equipamentos especiais (isocinéticos). AÇÃO ISOTÔNICA Ação Concêntrica: • Músculo gera tensão e se encurta; • F externa < F interna; • Geralmente contra a força da gravidade. Ação Excêntrica: • Músculo se alonga e ao mesmo tempo gera tensão; • Carga maior que a força gerada (F externa > F interna); • Força da gravidade e/ou altas cargas: iniciadores; • Utilizada para reduzir a velocidade de movimento. 1. Em qual tipo de ação conseguimos sustentar maior carga? Excêntrica. 2. Em qual tipo de ação temos maior (magnitude) de ativação muscular? Concêntrica. 3. Em qual tipo de ação temos maior gasto energético? Concêntrica. ➢ INSUFICIÊNCIA ATIVA E PASSIVA INSUFICIÊNCIA ATIVA Incapacidade de produzir amplitude de movimento plena em todas as articulações atravessadas por um músculo biarticular. Condição que ocorre quando um músculo biarticular não é capaz de encurtar o suficiente para produzir uma amplitude de movimento completa simultaneamente em todas as articulações que cruza. INSUFICIÊNCIA PASSIVA Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física Incapacidade de se alongar o suficiente para permitir amplitude de movimento plena na direção oposta em todas as articulações atravessadas por um músculo biarticular. Condição que ocorre quando um músculo biarticular não é capaz de encurtar o suficiente para produzir uma amplitude de movimento completa simultaneamente em todas as articulações que cruza. ALAVANCAS É uma barra rígida que pode girar sobre um ponto fixo (eixo/fulcro) quando uma força (F) é aplicada para superar a resistência (R). COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ALAVANCA: • Força de esforço; • Força de resistência; • Estrutura semelhante a uma barra; • Eixo ou fulcro. COMPONENTES: • Braço de força: distância perpendicular a partir da linha de ação da força de esforço até o eixo. • Braço de resistência: distância perpendicular a partir da linha de ação da força de resistência até o eixo. • Forças de esforço e resistência agem à distância do eixo -> Torque. EXEMPLO ALAVANCA – CORPO HUMANO Barra rígida: osso longo do antebraço. Fulcro ou eixo articular: cotovelo. Força de resistência: peso do segmento e qualquer carga adicional levada pelo punho. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física Força de esforço: tensão desenvolvida pelos músculos que agem sobre o cotovelo. F x BF = R x BR F x BF = Torque de Força R x BR = Torque de Resistência ➢ CLASSES DE ALAVANCAS ALAVANCA DE 1º CLASSE – Alavanca Interfixa Fulcro (A) localizado entre a Força (F) e a Resistência (R). • Gangorra • Mov. Flexão/extensão da cabeça em torno de C1 • Ação de agonistas e antagonistas sobre uma articulação ALAVANCA DE 2º CLASSE – Alavanca Inter-Resistente Fulcro (A) localizado em uma extremidade; a resistência (R) no meio; e a força (F) na outra extremidade. • Carrinho de mão • Mov. Flexão Plantar (ponta dos pés) Ganha força e perde em velocidade. ALAVANCA DE 3º CLASSE – Alavanca Interpotente Fulcro (A) localizado em uma extremidade, a Força (F) no meio e a Resistência (R) na outra extremidade. Cinesiologia e Biomecânica aplicada à Educação Física • Porta com mecanismo tensor de mola • Mov. Flexão de cotovelo Ganha em velocidade e perde em força. 1. Se o cotovelo, encontra-se junto ao corpo, está em flexão de 90 graus e a palma da mão exerce uma pressão de 10lb contra a borda de uma mesa. A palma da mão se encontra a 12 polegadas da articulação do cotovelo e o tríceps está inserido a 1 polegada ao eixo articular. Qual será a força de contração do tríceps? 2. Se o bíceps flexiona o antebraço contra uma resistência com o cotovelo fletido a 90 graus, enquanto segura uma bolade 16lb. Caso o bíceps esteja inserido a 2 polegadas do cotovelo e a distância do eixo até o centro da bola seja de 14 polegadas. Qual será a força exercida pelo bíceps para sustentar a bola? ➢ VANTAGEM MECÂNICA Relação entre o braço de força (BF) e o braço de resistência (BR). VM = BF/BR BF > BR = VM > 1 BF < BR = VM < 1 BF = BR = VM = 1 • VM < 1, Grande esforço, porém maior velocidade de movimento (3º classe). A força de esforço age sobre uma distância pequena, porém a resistência é movida por uma distância maior na mesma quantidade de tempo. A velocidade de movimento é ampliada. • VM > 1, Pequeno esforço, porém menor velocidade de movimento (2º classe). A força de esforço age sobre uma distância grande (^BF), porém a resistência é movida por uma distância menor na mesma quantidade de tempo. A velocidade de movimento é reduzida.
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