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Estudo Dirigido - Sartre

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Estudo Dirigido
Defina a má fé Sartriana.
A má fé Sartriana é um sentimento de desculpa que o homem desenvolve a partir do momento que é lançado à vida, ou seja, o homem é responsável por tudo que faz do projeto fundamental, da sua vida, e isso gera um estado de má fé já que o homem é um ser angustiado e acredita que todos os projetos futuros não se realizarão. A má fé é uma mentira que o sujeito livre se conta para livrar-se da angústia. 
Por que segundo Sartre o homem é fadado à liberdade?
De acordo com Sartre o homem está fadado a ser livre, isso significa que o homem ou ser-para-si é também ser-para-outros, e assim que atribui essa condição de ser um objeto do mundo do outro, nenhum limite pode ser encontrado na liberdade, exceto a liberdade em si, ou, se preferir, o homem não é livre para deixar de ser livre. “Nós queremos a liberdade pela liberdade e através de cada circunstância particular. E querendo a liberdade, descobrimos que ela depende da liberdade dos outros e que a liberdade dos outros depende da nossa”, isto é, enquanto houver um compromisso do sujeito com o outro, o homem está fadado à liberdade. Portanto, para Sartre o homem está sujeito a ser livre justamente porque aquilo que constitui (produz) a essência do homem é a liberdade, não vice-versa. Os indivíduos, usando a sua liberdade, formam personalidades, constitutivo fundamental do ser humano.
O homem isolado, separado da sociedade, não existe: ele existe junto com os outros e cercado pelas coisas materiais, assim sempre vai existir uma relação humana que estabelece um compromisso.
Qual o papel da escolha na vida do ser no mundo, segundo Sartre?
A teoria da liberdade oferecida pela fenomenologia existencialista busca desmistificar o livre-arbítrio, característica intrínseca e necessária da condição humana. Agir livremente não é agir de maneira aleatória e sim com a razão, uma vez que agindo racionalmente você é capaz de almejar relações futuras, isto é, abrir caminho para as possibilidades. No entanto, nós estamos constantemente ameaçados de nos escolhermos e de nos tornarmos assim diferentes do que somos.
Explique a existência inautêntica.
Tem uma vida inautêntica ou banal quem se deixa dominar pela situação, pelo ser-no-mundo, pelo cuidado com as coisas. 
Na existência inautêntica o homem se serve das coisas (cujo caráter essencial é a utilizabilidade), projeta o seu uso mediante a ciência, estabelece relações sociais com os outros homens etc. Mas as relações com os outros se tornam anônimas pela bisbilhotice; o desejo de saber se torna vão pela curiosidade; a individualidade das situações se desvanece pelo equívoco.
Entretanto, leva vida autêntica quem a assume como própria quem a forja e a constrói segundo um plano próprio. Autentica é a vida de quem ouve o apelo do futuro, as próprias possibilidades. E já que entre as possibilidades humanas a última é a morte, a possibilidade de cessar de existir aqui.
Por que segundo Merleau-Ponty o corpo é um fenômeno expressivo?
O corpo é um fenômeno expressivo e, como tal manifesta-se de maneira indireta e direta numa relação de engajamento no mundo. Este corpo fenomênico, também chamado por Merleau-Ponty de “corpo-próprio”, é um corpo que é sujeito de seus atos, que possui uma intencionalidade e que se encontra sempre aberto para o mundo. É pelo corpo que transitamos no mundo e, ao fazermos isso, o corpo se torna o veículo do ser no mundo. Quando movemos o nosso corpo, é “o corpo fenomenal” que colocamos em ação, ou seja, o corpo enquanto expressão. Além disso, o corpo fenomenal é vivenciado por nós enquanto expressão e realização de nossas intenções, desejos e projetos. Nesse sentido percebemos o nosso “corpo-próprio” como um espaço expressivo que nos possibilita comunicar com o mundo e com o outro. Destarte, o corpo possui a capacidade de expressar-se na alegria, na dor, no gesto ou na linguagem, pois a cada momento anuncia o nosso projeto, o nosso sentido e o significado de nossa existência.
Por que segundo Merleau-Ponty o corpo é sujeito e objeto?
A condição originária e ambígua do corpo é a de pertencer ao mesmo tempo à reflexibilidade e à visibilidade. É um corpo que se conhece sujeito e objeto de forma indivisível. Assim, o corpo, que tanto pode sentir como pode ser visto, tocar como ser tocado, não é apenas sujeito nem apenas objeto; ele está entre os dois e é assim que devemos compreendê-lo como ‘corpo-próprio’ ou ‘corpo-sujeito’. 
Assim, porque eu me toco tocando, meu corpo realiza ‘uma espécie de reflexão’. Nele e por ele não há somente um relacionamento em sentido único daquele que sente com aquilo que sente: há uma reviravolta na relação, a mão tocada torna-se tocante, obrigando-me a dizer que o tato está espalhado pelo corpo, que o corpo é ‘coisa sentiente’, ‘sujeito-objeto. 
Defina: ética; moral; consciência moral; senso moral; juízo de fato; juízo de valor.
Ética: uma forma de conhecimento que diz respeito aos comportamentos. É uma reflexão que se preocupa indistintamente com os valores, sendo que a ética varia de acordo com o tempo e espaço que o sujeito está inserido.
Por um lado, podemos simplesmente descrever, dizer como as pessoas se comportam numa determinada região, num determinado povo ou numa determinada tribo. Não vamos procurar julgar, saber se o que fazem é bom ou mau, nem se fazem melhor ou pior que seus vizinhos. Vamos nos limitar a dizer como eles se comportam.
Ética <-> moral: se preocupam indistintamente com os valores, e essencialmente com o bem e o mal, refletem identicamente sobre os fundamentos dessas distinções, indagam similarmente como discernir e aplicar as regras fundamentais. Costumes são a naturalização dos valores.
Moral: o termo moral está reservado ao tipo de normas e valores herdados do passado e da tradição, ou então da religião. Moral especializou-se mais ou menos no sentido daquilo que é transmitido, como códigos de comportamentos e juízos já constituídos, mais ou menos cristalizados. Julgamentos morais: consiste em procurar saber como se comportar da melhor forma possível. Tentar determinar quais são os maus, aqueles que devem ser evitados, afastados ou combatidos. Aqui se coloca a questão dos juízos normativos, que enunciam que é o bom ou o mau.
Consciência moral: escolhas, capacidade de analisar diante das alternativas.
Senso moral: sentimentos quando se depara com uma situação.
Senso moral <-> Consciência moral: valores, sentimentos, intenções, decisões e acusações. Relação do eu com o outro. 
Juízo de fato: “está chovendo”, é a constatação de um fenômeno, de uma ação. É o popular, é atribuído pelo senso comum, é o quanto de estimativo aquilo tem.
Juízo de valor: “A chuva é boa para as plantas”, é a interpretação do acontecimento sendo atribuída uma opinião. É mensurável, é atribuído pelo senso real, é o quanto de valorativo aquilo tem.
Quais são os constituintes do campo ético? Explique-os.
A definição do campo das ações éticas não são só definidas pela virtude, pelo bem e pela obrigação, mas também pertencem àquela esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha. Vontade racional, a deliberação, a escolha, virtude (prudência e sabedoria prática). 
Para existir o sujeito ético deve preencher determinadas condições. Quais são? Explique-as.
Sujeito ético: existir. 
A) Ser consciente de si e dos outros. 
B) Ser dotado de vontade. 
C) Ser livre. 
D) Ser responsável.
“é sujeito ético moral somente aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais.”
Por que a simples existência da moral não pressupõe a presença explicita de uma ética?
ÉTICA: reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
Por que cada cultura institui uma moral?
A Cultura, adquire, ou funda o seu próprio sentido, aos olhos de seus membros, histórias, mitos e lendas que são passadas de geração em geração.
Explique: “É pelo cuidado queas vias de encontro se abrem”.
Pelo cuidado, o homem estabelece uma comunicação com o outro, ou seja, através da liberdade, das possibilidades, dos projetos, o homem se abre ao mundo e, ao fazer isto, encontra-se em estado de solicitude. Portanto é através do cuidado que as relações entre sujeitos são tecidas.
É através da angústia que o cuidado se revela, pois “o cuidado é a totalidade das estruturas ontológicas do ser-aqui enquanto é um ser-no-mundo”. O angustiar-se é um modo de estar no mundo, com a maneira pela qual o mundo inospitamente se abre ao sujeito. O sujeito angustia-se ante o estar-no-mundo.
Estando no mundo, o sujeito encontra-se num estado de solicitude. Solicitude inclui o cuidado com o outro, de maneira que ele possa assumir os seus próprios caminhos.[1: ]
Segundo Heidegger, é o cuidado que abre ao homem o universo de existir: é pelo cuidado que o sujeito estabelece uma relação com o mundo, com outrem e consigo mesmo.
Do ponto de vista existencial, a cura encontra-se antes de toda atitude e situação de fato do homem. “A cura é sempre ocupação e preocupação” Não indicando somente um esforço angustiado, cura também indica cuidado e dedicação. A perfeição do homem, ou seja, liberdade e possibilidade são um desempenho da cura.
O homem nunca é totalmente livre por trata-se de um ser de situação; posto que se encontra envolvido com o mundo, sua escolha se faz dentro de um meio sobre o qual não tem poder de controle, e sua existência tem como marca o cuidado.
O homem está no mundo numa perspectiva de composição da paisagem do mundo. É ser-no-mundo, enquanto presença, intencionalidade e cuidado. O cuidado é, portanto, o primeiro gesto de existência, o que torna significativas a vida e a existência humana; é pois, o estado primordial de ser do homem, no seu esforço em permanecer no mundo. 
Explique: O estar do homem no mundo e a questão da finitude.
Morrer nada mais é do que um ato simbólico, o que difere é a forma, a maneira como cada cultura lida com a questão, pois os sentidos atribuídos ao processo do morrer sofrem variações segundo o momento histórico e os contextos sócio-culturais. Mesmo diante da única certeza que o ser-no-mundo possui, ele é impelido a evitar a convivência com a morte. Vivemos em uma sociedade em que a morte não é vista como parte da vida, e sim como um castigo ou algo inaceitável, portanto um assunto que deve ser evitado. Por isso, percebe-se que em cada período histórico o homem vivencia a morte e referencia os seus mortos de uma forma peculiar.
A partir do século XVIII, a morte assume um sentimento novo: a morte do outro. Morte que não é mais aceita, pois torna-se intolerante a separação do outro querido e amado.
A relação do homem com a morte mudará profundamente a partir do século XX pois deixará de ser um acontecimento familiar ou social vivido na e pela comunidade e ganha contornos que permanecerá até hoje. A preocupação hoje não é proteger o doente e sim impedir que a rotina institucional seja perturbada. 
A morte, portanto é uma etapa da nossa existência com a qual temos que conviver.

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