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NPJ Petição Inicial SILVINO SANTOS AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO/RJ
SILVINO SANTOS, nacionalidade, estado civil (união estável), profissão, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador do RG nº XXXXXXXXXXXXX SSP/RJ, endereço eletrônico, residente e domiciliado à Rua ..., nº ..., bairro ..., Rio de Janeiro/RJ, CEP.: XXX.XXX-XXX, por intermédio de seu advogado subscrito, com endereço profissional à Rua ..., nº ..., bairro ..., Cidade/UF, CEP.: XXX.XXX-XXX, e endereço eletrônico ..., vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015, ajuizar:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
	Em face de LINHAS AÉREAS TABAJARA LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, localizada na Rua..., nº ..., bairro: ..., Cidade/UF, CEP.: XXX.XXX-XXX. Pelos motivos que passa a expor:
I - DOS FATOS
O AUTOR adquiriu da empresa LINHAS AÉRAES TABAJARA LTDA, uma passagem aérea, para viajar para Portugal, no intuito de participar de um, curso de especialização pelo período de dois meses, pelo qual já havia pago a importância de R$ 10.000,00.
Como no primeiro dia do curso haveria uma prova para avaliar os conhecimentos dos alunos, isso conforme contratualmente informado, o QUERELANTE comprou a referida passagem aérea para viajar com dois dias de antecedência, visto que, necessitava chegar ao seu destino com brevidade, para que fosse possível seu descanso antes da realização do exame, como também, para evitar atraso ou falta, visando também se preparar para a prova, visto que, a ausência à prova importaria em desistência do curso.
	É importante mencionar, que por falhas da RÉ, o voo foi cancelado, sendo que, o AUTOR, após seis horas de uma longa espera no aeroporto, sem qualquer assistência por parte da QUERELADA, foi encaminhado pela COMPANHIA AÉREA, a um hotel, sem lhe dar nenhuma explicação sobre o momento em que aconteceria seu embarque, que de fato só aconteceu com 48 horas de atraso, e por causa disso SILVINO SANTOS chegou a Portugal atrasado, sendo que com isso, ficou impossibilitado de realizar a prova inicial. 
II - DO DIREITO
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes, apresentando-se a empresa RÉ como prestadora de serviços e, portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do CDC, e o AUTOR como consumidor, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma legal.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
        Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
        Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
 
	Podemos observar também que o “fornecedor de serviços, independentemente da existência de culpa, responde pela reparação dos danos causados aos consumidores”, sendo que neste caso o AUTOR, foi nitidamente prejudicado por conta do atraso absurdo de 48h (quarenta e oito horas) para o seu embarque, vislumbrando aqui a culpa Da RÉ. Conforme preceitua o art. 14, inc. III do CDC.
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.	
III - a época em que foi fornecido.
	No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova, conforme preconiza o art. 6º, inc. VIII do CDC.
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
	A demora excessiva para a prestação de serviços por parte da RÉ impossibilitou o AUTOR, de realizar a prova inicial, o que foi fator decisivo para a sua eliminação no curso, provocando-lhe um grande dano moral, pois SILVINO SANTOS foi frustrado, tendo o seu sonho de realizar o curso e vendo todos os seus planos, que foram planejados e organizados com antecedência, caírem por terra, caracterizando assim o DANO MORAL sofrido pelo QUERELANTE. 
É importante informar, que o AUTOR, já havia pago o valor de R$ 10.000,00, para a realização do curso, já havia inclusive feito reservas em um hotel em Portugal, gastando assim quantias pecuniárias consideráveis, e por último adquirido com a RÉ, uma passagem aérea com antecedência de dois dias para chegar ao seu destino, tendo também mais um prejuízo financeiro, sendo que tudo isso caracteriza o DANO MATERIAL sofrido por SILVINO SANTOS. 
Diante disto, podemos constatar que no caso em epígrafe, são nítidos os danos morais e materiais causados ao AUTOR, única e exclusivamente por culpa da RÉ. Conforme consta no art. 5°, inc. V da Constituição Federal. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Podemos ainda constatar no caso em tela, que a Empresa LINHAS AÉREAS TABAJARA LTDA, causou ato ilícito no momento em que não cumpriu a prestação de serviço no prazo combinado com SILVINO SANTOS, e devido a isto, o AUTOR teve um prejuízo financeiro considerável, como também, um dano psicológico irreparável, conforme preconiza no art. 186 do Código Civil.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Faz-se necessário ressaltar, que todo aquele que comete ato ilícito, fica obrigado por lei a repara-lo, conforme versa o art. 927, § único do Código Civil.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
III - DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015[6];
b) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015;
c) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar o réu ao pagamento indenizatório referente aos danos morais e materiais;
d) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários. 
IV - DO VALO DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Termos em que, 
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, xx de xxxxx de xxxx.
Advogado
OAB/UF nº

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