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Administrativo (p2)
Controle dos atos administrativos discricionários
Mérito: É a liberdade, existe um ato discricionário
Legalidade: Aqui vamos analisar de acordo com a lei, a compatibilidade do ato com a lei. Quando o ato for considerado ilegal, ele deverá ser retirado do mundo jurídico, fazendo a sua anulação.
Quem pode anular esse ato ilegal? É um controle muito amplo, onde o próprio poder que editou o ato ilegal poderá anular esse ato (AUTO TUTELA). Porém, por ser amplo, esse controle pode ser exercido de maneira externa, onde o poder legislativo e judiciário podem/devem controlar os atos do poder executivo.
Sendo a liberdade conferida pela lei ao agente público para escolher o melhor motivo (objeto) do ato administrativo discricionário, neste caso aqui o ato é legal, mas quando ele não estiver mais se acordo com o interesse público, haverá uma revogação do ato. Súmula 473 STF. Na revogação quem pode revogar o ato é somente o poder que editou o ato discricionário (cabendo somente neste caso de revogação a autotutela), não cabe controle externo, ou seja, outro poder não pode intervir, o que causaria uma violação do princípio da separação dos poderes.
Controle judicial dos atos administrativos discricionários:
Sempre será em relação a controle de legalidade, nunca em relação ao mérito. O controle judicial da legalidade foi crescendo em termos de intensidade e possui teorias para explicar tal controle.
Teoria do desvio de poder: Primeira teoria que justifica o controle judicial sobre o ato administrativo do executivo. Se o ato administrativo é editado para atingir uma finalidade diversa da prevista em lei, o ato é ilegal, devendo ser anulado.
Teoria dos motivos determinantes: Se um ato discricionário for motivado, esse ato administrativo só será valido se essa motivação for verdadeira a realidade dos fatos.
Espécies de atos administrativos:
Atos normativos: Gerais e abstratos que regulam determinada lei, ou seja, para fiel execução da lei. EX: Decreto regulamentar.
Atos negociais: São aqueles atos administrativos editados a pedido do interessado, onde o poder público concorda com o requerimento expedido pelo particular.
Atos Ordinatórios (Ordem): Atos praticados no âmbito de uma relação hierarquizada, onde a autoridade PEGAR
Atos enunciativos: Atos que enunciam um fato ou opinião técnica. Ex: Certidão, parecer etc.
Ato administrativo de controle: Controlar a legalidade e a conveniência oportunidade de outro ato. EX: Homologação.
Atos Punitivos: Aplica uma determinada sanção à uma determinada pessoa que descumpriu o ordenamento jurídico.
Extinção dos Atos Administrativos:
Normal ou Natural: Ocorre quando os atos já produziram efeito, também ocorre quando o ato administrativo é editado ao prazo determinado, onde após o prazo, o ato é extinto automaticamente naturalmente.
Subjetiva: O foco é no particular beneficiário do ato e com isso o ato é extinto quando desaparecer esse tal sujeito que se beneficiava.
Objetiva: Quando desaparece o objeto especifico do ato.
Por manifestação de controle do particular (renúncia e recusa): Casos em que o próprio sujeito que a beneficia pelo ato, diz que não quer mais tal benefício. Na renúncia o ato começa a produzir seus efeitos, ou seja, o particular começa a usufruir dos benefícios desse ato. Durante a vigência do ato o particular se antecipa e desiste do ato administrativo antes que o ato comece a produzir seus efeitos.
Por manifestação de vontade da administração (caducidade, cassação, anulação e revogação)
Caducidade: Extinção do ato administrativo que se tornou incompatível com a nova legislação. O ato nasce válido de acordo com a lei vigente na época, porém há uma promulgação de uma nova lei que não tolera mais aquela situação contemplada pelo ato. É justamente por essa incompatibilidade com a nova lei, ele se torna ilegal (ilegalidade superveniente) sendo necessário alegar a caducidade do ato. EX: um restaurante possui autorização para colocar mesas e cadeiras na calçada.
Cassação: É a extinção do ato administrativo por ilegalidade praticada pelo particular/beneficiário do ato, a cassação então é uma sanção do particular que comete ilegalidade.
Anulação: É a extinção do ato administrativo em desconformidade com a lei, aqui o ato é ilegal desde o nascimento.
Revogação: Extinção do ato administrativo legal, válido que se tronou inconveniente para o interesse público, revogação trata-se de ato discricionário. Não posso revogar ato vinculado, que não possui mérito, além de discricionário o ato pé legal, gera efeitos EX NUNC. O STF permite revogação da licença para construir, antes de iniciada a obra.
.
Fontes Normativas:
Art. 22 XXVII, 37 XXI e 173 §1° CRFB
Competência para legislar sobre licitação somente a união pode falar sobre normas gerais, essas normas são nacionais, se aplicam a União, Estados, DF e Municípios.
Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) o STF diz que nem tudo são normais gerais, existem também as normas especificas, lei 8666/93
A norma geral se caracteriza por um elevado grau de abstração e generalidade, a ponto de não tratar de quesitos afetados as peculiaridades regionais dos estados ou locais dos municípios. Ex: Normas que tratem de princípios, Art. 3° da lei 8666/93. Já a norma especifica trata especificadamente da realidade dos entes.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Ou seja, os contratos celebrados devem ser precedidos de licitação! A regra constitucional é licitação, mas podendo ser feita por contratação direta na hipótese da legislação temos 3 normas: Arts. 17,24 e 25 da lei 8666/93.
Lei 10,520/02 pregão
Essa lei trouxe uma nova modalidade de licitação, o pregão que é uma dessas modalidades e cada uma dessas modalidades de licitação possui um rito. A modalidade muda devido ao que se quer contratar. EX: tipos de licitação art. 22 lei 8666/93, concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão. Já a lei 10,520/02 traz essa nova modalidade, que é inclusive a mais utilizada.
Princípios:
Princípios da Competitividade: Na licitação a administração público deve permitir a participação do maior número possível de interessado, a que causa maior competitividade e a possibilidade de contratação de uma proposta mais vantajosa.
O poder público não pode inserir na licitação uma exigência desproporcional que afastem os interessados, se fizer, será inválido.
Princípio da Isonomia: Igualdade material “tratar os iguais de forma igual e os desiguais desigualmente na medida das suas desigualdades” em regra o tratamento deve ser igual para todas as pessoas interessadas na licitação, excepcionalmente no caso para garantir a igualdade material. Ex: LEI 123/06 que garante regras mais favoráveis para as ME (microempresas) e EPP (empresas de pequeno porte). Nas licitações para contratos até 80 mil reais, somente caberá a participação das ME e EPP.
Princípio da Vinculação ao instrumento convocatório: O principal instrumento convocatório é o edital (lei interna da licitação) ele vai estabelecer as regras e essa deverá ser observada e respeitadas pela própria administração que elaborou o edital, mas também vincula os demais interessados, significa dizer então que, todos aos atos devem estar de acordo com o edital. Seum ato for contrário ao edital esse deverá ser anulado.
Procedimento formal ou formalismo moderado: pegar
Princípio do julgamento objetivo: Forma que a administração pública decide qual proposta é a mais vantajosa, estabelecendo critérios de julgamento objetivos (preço, técnica e etc.) o que garante a isonomia.
O poder público é obrigado a realizar licitação, em regra. Art. 37, I, CF
Quando a doutrina fala em contratação direta, é o caso em que o poder público vai contratar sem licitação, temos 3 hipóteses:
Art. 17 da lei 8666/93 Licitação Dispensada: Trata especificadamente de alienação de bens do poder público.
Avaliação prévia do bem
Justificativa, o porquê da alienação
Licitação como regra geral (quando vai avaliar um bem tem que ter um critério, em regra a licitação)
Bem público imóvel
Aparece no código civil art. 95 a 101, diz que só pode ser alienado o bem público chamado dominical, ou seja, é o bem público que não está sendo utilizado pelo poder público. O art.17 I e II diz que, a licitação está dispensada naquelas hipóteses. EX: dação e pagamento permite, e, portanto, seriam feitas sem licitação, pois está dispensada.
A licitação dispensada se refere a contratos de alienação de bens, só se aplica nessa situação. É taxativo e para a maioria da doutrina a atuação do agente público é uma situação de licitação dispensada, o agente público não tem outra opção, pois o legislador assim determinou, pois, a licitação pela lei foi dispensada.
Art.24 Licitações dispensável ou dispensada: Nessas situações teoricamente pode haver dois ou mais interessados, elenca situações que a licitação é afastada, porém ela é dispensável, ou seja, o agente decide se vai haver ou não licitação, sempre que fugir da regra fazendo a contratação direta é necessário justificar e vária com critérios diversos.
Incisos I e II é indispensável por conta do valor exigido do contrato, se for até 10 por cento do valor exigido art. 23. Aos incisos III e IV trata-se de situações excepcionais como a guerra onde é possível fazer o contrato sem licitação, no IV é em caso de emergência e calamidade pública, o prazo máximo é de 180 dias. Se você comprovar que passa dos 180 dias, poderá fazer um novo contrato por mais 180 dias relativizando a letra da lei.
Emergência fabricada: essa expressão se refere a situações emergências geradas pelo próprio agente público, pois ele foi negligente. Quando isso ocorrer posso fazer contratação sem licitação? SIM, MAS, tem que estabelecer um processo disciplinar para punir o responsável.
Inciso V- esse inciso fala em “licitação deserta”, ou seja, que não aparece nenhum interessado, nesses casos o poder público não é obrigado a repetir essa licitação, poderá ir ao mercado e fazer contratação direta, nesse caso esse contrato tem que possuir as mesmas condições colocadas na licitação deserta, pois se houver novas condições será necessária nova licitação.
Características:
Se aplica a contrato em geral. Ex: Obra, serviço, compra de bens, locação.
O rol é taxativo (art. 37 I CF)
É discricionário, pois é dispensável deixa a decisão para o agente público.
Art. 25 Licitações inexigível ou inexigibilidade da licitação: Tem relação nas hipóteses em que houver inviabilidade de competição.
OBS: Licitação é quando há competição!!!
Inciso I- Trata do fornecedor exclusivo quando só há em pessoa que forneça aquele serviço, o poder público contrata diretamente
Inciso II- Serviço técnico, que não pode feito por qualquer pessoa, ou seja é personalíssimo. O profissional tem que ter notória especialização, ou seja, nome reconhecido na área em que atua.
Inciso III- Fala de contratação de artistas. A lei entende nesses casos a inexigibilidade da licitação, possui 3 características:
Qualquer contrato
Rol exemplificativo
Atuação do agente é vinculada
	LICITAÇÃODISPENSADA (ART 17)
	Dispensável (Art. 24)
	Inexigível (art. 25)
	Alienação de bens
ROL taxativo
Agente vinculado
	Qualquer contrato
Rol taxativo
Discricionário
	Qualquer contrato
Rol exemplificativo
vinculada
Fases da Licitação: Interna e Externa
Fase Interna: Engloba vários atos até chegar ao edital, é uma fase preparatória, praticada dentro da administração. Ainda na fase interna o poder público vai elaborar a minuta do edital, onde vai conter as regras, o objeto, critério de julgamento, os prazos da apresentação dos documentos, onde vai apresentar e etc. Essa minuta dever ser apresentada pelo poder público, terminando a fase interna com a publicação do edital e inicia-se a fase externa.
Fase externa: É o que a doutrina chama de requisição do objeto, significa que a autoridade competente decide e determina a instauração de um processo para contratação de um bem ou serviço. O poder público tem que descrever o que definitivamente ele precisa contratar, tecnicamente o documento que se vai fazer para a contratação é o “termo de referência ou o projeto básico” que irá definir o que vai ser contrato. Deve se fazer uma pesquisa de preço, pois é importante porque essa pesquisa vai estimar o preço a contratar, ao saber o valor do futuro contrato o poder público vai definir se vai prosseguir ou não, por isso o valor estipulado é importante para o poder público saber se irá ter verba para levar adiante o contrato. Ressaltando que essa pesquisa é importante também para evitar os preços superfaturados.
OBS: A pesquisa é só para se ter uma noção do valor do contrato, mas o valor do contrato será definido na fase de julgamento onde se obterá a melhor proposta.
OBS: ² Se for praticado um ato em desacordo com o edital, esse ato deverá ser anulado (princípio da vinculação ao instrumento convocatório).
Depois do edital em uma concorrência começa a fase de habilitação, onde será entregue um envelope para a habilitação e outro para julgamento.
Fase de Habilitação: O poder público não está preocupado com a proposta da empresa ou do particular e sim com a própria pessoa interessada, o poder público vai avaliar as condições da pessoa que participa da licitação. O poder público vai pedir uma série de documentos que vão habilitar a pessoa a participar da licitação.
Art. 27 Da lei 866/93 Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica: O poder público quer saber se o interessado tem capacidade para celebrar contratos. EX: RG, CNPJ
II - qualificação técnica: O poder público quer saber se o interessado tem condições técnicas para executar o futuro contrato.
III - qualificação econômico-financeira: Comprovar se o interessado tem saúde financeira suficiente para assinar e terminar o contrato. EX: O poder público pode exigir balanço patrimonial mínimo, pode estabelecer o mínimo de capital social.
IV - regularidade fiscal e trabalhista: Fiscal- o interessado deve estar em situação regular com seus tributos, ou seja, com o fisco. Isso significa que mesmo que não tenha sito quitado a dívida, mas está regularizado pode participar da licitação. Trabalhista- A regularidade trabalhista o interessado vai comprovar que está em dia com os encargos trabalhistas e essa demonstração se dá através de certidão, se for emitida e estiver regular pode participar da licitação.
Na fase do julgamento definido em edital, o poder público vai estabelecer a ordem de classificação do primeiro ao último colocado. Art. 45
Fase de homologação: Homologação é um ato de controle, Aqui o poder público atesta ao homologar o resultado, testa que foi regular, que não possui nenhum vício e ratifica o seu interesse em continuar com procedimento e fazer o contrato com o particular ao homologar, verifica se não houve ilegalidade, se houver algum tipo de ilegalidade será anulado e refaz desde aquele momento, ou seja, se houve ilegalidade não homologo e sim há uma revogação. Depois da homologação passa para adjudicação.
Adjudicação: É um ato formal, o poder público publica no diário oficial: “adjudico que o objeto licitado para tal empresa” e convoca a empresa para a assinaturado contrato. Com o desfazimento da licitação antes Da assinatura do contrato, o poder público tem que indenizar? Art. 49 § 1 e 59 da lei 8666/93.
Art.59 A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele ordinariamente, deverá produzir, além de discutir os já produzidos.
Parágrafo único: A nulidade não exonera a administração do dever de indenizar. O contrato pelo que este houver executado até a data em que ela dor declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados contanto que não lhe seja imputável, promovendo –se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
A indenização é somente pelo que já foi executado, ou seja, o contato já estava em curso.
Crítica: Princípio da Confiança Legitima, usa-se a boa-fé para indenizar a empresa. É uma responsabilidade
Pré-contratual do estado.
Contratos da Administração Pública: Vai englobar todo e qualquer contrato celebrado pela administração pública.
Se divide em duas categorias: Espécies:
Contratos Administrativos: São aqueles tipicamente públicos, somente o poder público celebra.
Contratos privados da Administração pública: São aqueles que geralmente são feitos por particulares, mas que geralmente são feitos por particulares, mas o poder público entra e celebra o contrato. EX: Locação.
A primeira característica dos contratos administrativos é que é uma relação DESIQUILIBRADA, onde o poder público está em uma posição de superioridade ao particular no contrato. O art. 58 da lei 866/93 as prerrogativas que essa lei traz são cláusulas exorbitantes, ou seja, são prerrogativas em favor do poder público. São 5 cláusulas exorbitantes:
Alteração Unilateral do contrato: O poder público pode alterar unilateralmente alguma cláusula do contrato, respeitando os limites e os particulares não podem se por, tem que seguir as alterações e se não aceitar será punido.
Rescisão unilateral do contrato: O poder público pode extinguir o contrato unilateralmente, ou seja, por vontade dele, mesmo se o particular não quiser. EX: o particular está inadimplente e o poder público pode extinguir o contrato unilateralmente sem o consentimento do particular.
Dever de fiscalização contratual: Aqui o poder público terá uma série de prerrogativas, onde ele deverá fiscalizar.
Aplicações de sanções: Se o poder público verificar inadimplemento por parte o contratado, claro que sempre respeitando a defesa ao contraditório, aplica sanções tipificadas em lei 58 C/C 87 , podendo essas sanções ser: Advertência, multa, suspensão de participação em licitações e proibição de contratar com o poder público em até 2 anos e a declaração de inidoneidade que fica proibido de participar de licitações em um período mínimo de 2 anos.
Ocupação provisória: A lei diz que, o poder público pode ocupar provisoriamente as instalações do contratado, ou seja, ele pode assumir a execução (e se estiver tudo certo ele devolve a execução para o contratado e o indeniza).
Os regimes jurídicos dos contratos administrativos são regidos preponderante pelo direito e normas de direito público.
Art. 54 “Os contratos administrativos de que trata esta lei regulada pelas suas clausulas e pelos preceitos de direito público. A aplicando-se lhes a supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições do direito privado.
Relação DESEQUILIBRADA por conta das cláusulas exorbitantes
Predominantemente aplicada pelo direito público.
Privados: Diferente do administrativo, aqui a administração pública está em igualdade com o particular, a relação é HORIZONTAL, enquanto nos administrativos as cláusulas exorbitantes são inerentes ao contratado, nos contratos privados não são inerentes. No contrato com Particular até pode possuir clausula exorbitante, MAS deve ter o consentimento das partes com previsão expressa no contrato, mas em regra é que o contrato seja EQUILIBRADO.
Art.62§3° I “ Aplica-se os dispositivos nos arts 55 e 58 a 61 Desta lei e demais normas gerais, no que COUBER:
Aos contratos de seguro financiamento de locação em que o poder público seja locatário; e aos demais cujo conteúdo seja regido predominantemente por norma de direito privado.
A lei não está dizendo que automaticamente se aplica as cláusulas exorbitantes, mas sim se as partes desejarem, pois, não é inerente e a relação é EQUILIBRADA. (NO PRIVADO).
Diferenças:
No privado é horizontal (equilibrado), no administrativo é vertical (desequilibrado)
Enquanto no administrativo se aplica o direito público por excelência, no privado se aplica o direito privado, mas supletivamente aplica direito público (quase público). A rigor o direito privado, mas aplicado supletivamente o público.
Características dos contratos administrativos:
Formalismo Moderado: No direito privado o que vale é a liberdade das formas, já aqui a lógica se inverte, vai dispor da melhor maneira para atender o interesse público, no direito administrativo o que vale é a solenidade (formalismo moderado) das formas, aqui exigi um formalismo maior. Ex: Necessidade de licitação.
Cláusulas essenciais: art. 55.
Art. 60 §única lei 8666/93: Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
Ou seja, O contrato verbal celebrado pela administração pública é nulo e não possui efeitos jurídicos validos, salvo os contratos de pequenas compras, e pronto pagamento, aquelas cujo o valor não seja superior a 5% do limite estabelecido no art. 23 II
Mas se o poder público não pagar, entra o princípio da boa-fé e enriquecimento sem causa. Ex: Situação de emergência, onde o poder público contrata verbalmente. O contratado diz que o valor do contrato é de 1 milhão de reais e salva quem precisa naquela situação de emergência, após, o contratado vai cobrar e o poder público alega o Art. 60 §único. Mas ele deverá pagar, pois deverá respeitar o princípio da boa-fé e enriquecimento sem causa, terá então que pagar conforme o art. 59 § único
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
Bilateralidade: Duas partes que vão estabelecer direitos e obrigações que são reciprocas.
Comutatividade: Quando as partes celebram o contrato e sabem ou tem estimativa dos custos e benefícios, mas temos um princípio especifico para contratos administrativo. É o princípio da manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do contrato administrativo (princípio constitucional art. 37 XXI CF). Onde a empresa estipula seus custos e benefícios, quem define o valor do contrato será a melhor proposta deferido no processo de julgamento, sendo a proposta vencedora, o valor do contrato. Sendo incluída uma cláusula de reajuste que é uma forma de atualizar a luz da inflação do período, mantendo as condições efetivas da proposta. O instituto da revisão serve para: restaurar o equilíbrio do contrato quando ele for abalado por algo imprevisível. EX: Quando tem uma enchente, o poder público tem o dever de rever o contrato. Temos hoje instrumentos que buscam efetivar o instituto de manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do contrato. O reajuste se refere a eventos previsíveis e calculáveis, basicamente falamos aqui sobre a inflação. Essa clausula tem por objetivo atualizar o valor do contrato conforme a inflação, vai se manter atualizado através do reajuste.
1 característica: Se refere a eventos preventos.
2- Pressupõe peridicionidademínima, o reajuste é anual. O prazo anual não é contato da assinatura do contrato e sim da data da proposta. EX: A proposta foi feita em 10/05/2017, o contrato foi assinado em 05/08/2017. O reajuste será feito em 10/05, ou seja, a data da proposta.
3- O reajuste incide sobre o valor do contrato (preço) - cláusulas econômicas. Todo contrato administrativo tem 2 grupos de clausulas, de um lado cláusulas econômicas financeiras ou de contrato, essa se refere a preço (valor). Todo restante são clausulas regulamentares ou de serviços.
A revisão é outro instrumento do princípio da manutenção do equilíbrio econômico e financeiro do contrato administrativo, se refere a instrumento de eventos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis. Ex: Clausulas exorbitantes Art. 652 d.
Na revisão não se exige perecionidade mínima, passa a ter o direito de revisão no dia em que houver o evento imprevisível ou previsível incalculável.A revisão incide em qualquer clausula contratual, regularmente ou de serviço e a econômica. O poder público tem dias opções quando o evento ocorrer ou mexe na clausula regulamentar ou econômica, preservando o equilíbrio entre os custos: ônus e bônus. 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: II - por acordo das partes: d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)1998)
Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contrato e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento objetivando a, manutenção do equilíbrio econômico e financeiro inicial do contrato PEGAR .
Personalíssimo (INTUITO PERSONAE): É celebrado com o vencedor da licitação, pois ele apresentou as melhores condições, o poder público escolhe o contratado e essa empresa deverá permanecer até o final, se vincula a sua proposta. Ex: Se o poder público contrata a empresa A, ela não poderá transferir para a empresa B, mas se a empresa A quiser subcontratar a empresa B poderá, mas com autorização do poder público.
Desiquilíbrio e instabilidade: É desiquilibrado por causa das prerrogativas, devido as cláusulas exorbitantes. A instabilidade significa que “a regra do jogo” pode ser mudada a qualquer momento, devido a alteração unilateral dos contratos. Ou seja, O poder público pode alterar unilateralmente respeitando os limites.
Obs: Não pode o particular agir de má-fé, não pode ele ter contribuído para o desequilíbrio do contrato. 
Clausulas Exorbitantes
Alteração unilateral do contrato: Art. 58 I §1º e 2º c/c 65 I §1º
Essas normas estabelecem limites, por mais que o estado possa fazer alterações unilaterais, ele tem que fazer dentro do limite estabelecidos em lei. 
Limites: Não é qualquer clausula contratual que pode ser alterada unilateralmente. Significa dizer que o estado só pode alterar unilateralmente clausulas regulamentadas ou de serviço, não pode haver alteração unilateral. 
Mas quando o estado faz alteração vai gerar reflexos na estrutura de preço. EX: Contrato para construir 100 casas por 1 milhão e o estado altera para 120 casas, gerando aqui um evento previsível incalculável. Essa alteração vai gerar um reflexo no preço, tendo que ser alterado o valor onde as partes vão estabelecer esse valor, gerando o equilíbrio contratual através do termo aditivo. 
 Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo
.§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
Obs: Alteração de valor não pode ser feita unilateralmente, deve haver o consentimento das partes, cado descumpra, haverá ilícito.
2º LIMITE : 
 Limite em relação ao tamanho do impacto financeiro: 
Art. 65.  Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração:
quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; EX: O poder público em uma obra muda o tipo de material ser usado. Trata-se de alteração unilateral, QUALITATIVA, mas a quantidade é a mesma. 
quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
Trata-se de alteração unilateral QUANTITATIVA. EX: Ao invés de 10 km, irá construir 12 km. Ou seja, a alteração unilateral pode ser quantitativa ou qualitativa.
§ 1o  O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
A alteração contratual unilateral não pode ser grotesca, não pode ser maior do que o previsto em lei, no final se abr uma exceção para reforma, mas em regra, é de ate 25% do valor inicial atualizado. 
Não se pode duplicar ou triplicar o valor, não tendo a possibilidade de alterar o contrato somente será valido, legitimo se o poder público respeitar todos os limites. 
Há uma controvérsia na doutrina, uma discussão sobre o valor dos 25%
O primeiro Entendimento vai sustentar que o parágrafo 1º só seria aplicado as alterações quantitativas, por tanto se não são aplicada a qualitativa não haverá limites para tal. MARIA SYLVIA ZAELLA DE PIETRO e o Professor MARSAL JUSTEN FILHO 
1º argumento- interpretação literal do parágrafo 1º
2º Argumento interpretação do inciso I
 O segundo entendimento faz uma interpretação não literal, defendendo a tese de que o artigo 65 parágrafo 1 seria aplicado a qualquer alteração de contratos, tanto qualitativo quanto quantitativo, Cita os princípios jurídicos para justificar a aplicação desses limites a qualquer contrato, 
1º princípio- Risco de violação ao princípio da igualdade, economicidade se o estado tem uma prerrogativa sem limites vai gerar efeitos na economicidade do contrato. 
Duração ( Art 57 lei 8666/93) 
§ 3  É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
 Todo contrato administrativo tem que ter prazo determinado, não sendo possíveis prazos indeterminados. 
Qual a vigência máxima que pode ser fixado prazo nos contratos administrativos?? Art. 57 Caput: 1 ano 
A duração dos contratos regidos por essa lei, fixará a vigência dos respetivos créditos orçamentários. A regra é até onde durar o orçamento, exceto quanto aos relativos. São 4 situações que pode ultrapassar 1 ano. Incisos: 
 I - aos projetos cujos produtosestejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; 
Tem vigência por 4 anos o plano plurianual (PPA) devem se adequar as metas previstas na PPA
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, os quais poderão ter a sua duração estendida por igual período; 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a duração a sessenta meses. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
Se refere aos serviços contínuos, esse contrato poderá ter prazos de até 5 anos/60 meses
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
Prazo de 48 meses
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso haja interesse da administração. (Incluído pela Medida Provisória nº 495, de 2010) 
Prazo de 120 meses/10 anos
Existem outras exceções não positivadas na lei 866/93 
Contratos de concessão, a concessão de serviço público ( transporte etc) pode do ser comum ou especial, onde se exige que o estado pague. 
Art. 5º I lei 11079/04 estabelece prazo mínimo de 5 anos e prazo máximo de 35 anos. A outra excessão se refere a empresas estatais, nesses contratos o prazo é de 5 anos .
Obs: os contratos celebrados pelas estatais e de economia mista o
Prazo é de 5 anos. 
EXTINÇÃO DO CONTRATO: 
A extinção é natural ou normal, acaba com o prazo, acabou o
Prazo, acabou o contrato. Mas nem sempre isso ocorre, acontece dos contratos acabarem antes do prazo fixado, ocorrendo alguns eventos dentro ou fora do contrato, pode ser que torne inviável o seu prosseguimento.
Extinção com culpa ou inexecução culposa: Quando o contrato é extinto por culpa de uma das partes.podendo ser do particular ou do próprio estado
Culpa do particular: Vamos supor que o estado contratou uma empresa e ela no esta cumprindo o que foi acordado entre as partes, quando o particular está inadimplente, o poder público verificando que realmente ele esta, ,mas é possível continuar o contrato, aplicando-lhe uma Sanção e prossegue com o contrato. Mas pode ocorrer de não ter condições de prosseguir, perdendo o interesse ou a possibilidade de continuar se ele entende isso, aplica a sanção e poderá o estado se valer da cláusula exorbitante e vai rescindir unilateralmente o contrato. Ele não precisa interpor ação judicial e nem concordância do particular, pois ele possui a clausula exorbitante.
Culpa do Estado: O estado para de pagar a empresa contratada e essa quer rescindir o contrato, terá que adotar um de dois caminhos: 
DISTRATO: A empresa diz ao estado que não tem mais interesse e possibilidade, SE o estado concordar haverá o distrato, mas se o estado não concordar poderá recorrer a outro caminho.
Ação Judicial: interpor ação pedindo a rescisão judicial do contrato mais perdas e danos. Enquanto não ocorre a extinção formal do contrato, pode o particular paralisar o contrato? É possível a aplicação da teoria da excessão de contrato não cumprido no contrato administrativo?? 
Doutrina Antiga; No passado a doutrina tradicional dizia que não era aplicável aos contratos administrativos. Naquela época essa versão adotava 3 argumentos para essa conclusão: 
Princípio da legalidade: eles diziam que não havia norma jurídica admitindo expressamente essa teoria nos contratos administrativos, sendo assim, não podem ser aplicado essa teoria. 
Extinção sem culpa ou inexecução sem culpa: Quando acaba sem culpa das partes.
2- TEORIA DO FATO DO PRÍNCIPE: O príncipe é o estado. É um fato
Praticado fora do contrato, extracontratual, imputado ao estado, que vai gerar repercussão no contrato administrativo. Não vamos falar de inexecução se culpa, mas vão ser surpreendidas com esse evento externo, Gerando ônus para uma das partes contratantes, desequilibrando o contrato, ou as partes farão a revisão para equilibrar o contrato ou a extinção isso no caso de sem culpa das partes. Ex: aumento ou diminuição de alíquota de tributo. Quando o estado aumenta a carga tributaria ou diminui todo mundo sofre com essa carga tributária, em regra isso é um evento que n tem relação nenhuma com o contrato, é extracontratual, mas com isso os contribuintes vão ser afetados e caso uma dessas empresas fazem Parte de um contrato do estado isso vai gerar um custo maior ou menor para ela, deve haver então o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. Fazendo a revisão ou a extinção do contrato. 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
Não podemos confundir duas expressões que se assemelham: fato do príncipe com fato da administração.
Principe: fato imputado ao estado, eventos fora do contrato que repercute no contrato. 
Administração: Imputado ao estado, fato contratual, interno ao contrato. A expressão fato da administração é um inadimplemento contratual do estado. 
Nunca foi consensual em relação a viabilidade de arbitragem em contratos administrativos. No passado a doutrina tradicional não admitiam a arbitragem em contratos administrativos. Esses autores não admitiam por várias razões: 
Motivo: Ausência de lei prevendo arbitragem em contratos administrativos, o principio da legalidade seria um óbice, as controvérsias contratuais seriam resolvidas pelo poder judiciário
Motivo: princípio da indisponibilidade do interesse público.: só o estado pode dizer como o interesse publico será satisfeito e qual será satisfeito, a decisão é típica do poder publico, eles diziam que essa decisão não poderia ser transferida para um arbitro, para um particular. 
Todos esses argumentos caíram, já faz algum tempo que a doutrina contemporânea já admitem a arbitragem, O STJ e STF permitem. 
Lei 8987/93 art 23 A. prevê a arbitragem em contratos administrativos. 
Art 11 III lei 11079. 
 
SANÇÕES: 
Sanções em regra não pode ser aplicada de forma cumulativa
So possui um caso em que a sanção pode ser cumulado, que é a multa.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; 
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; 
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. 
§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente. 
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
A sanção mais grave se todas é a sanção de inidoneidade, não é qualquer autoridade publicaque pode aplicar sanção tão grave como essa, só autoridades de alta autarquia 
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)
Se uma empresa é declarada inedonea, assim como acontece com a suspensão temporária, uma empresa inedonea também fica proibida de participar de licitações por um determinado tempo. A diferença entre essas é que na suspensão temporária é por até 2 anos e a declaração de inidoneidade o mínimo é 2 anos sem contratar com o estado. 
Polemica da doutrina em relação a extensão dos efeitos territorial sobre essas duas sanções. Qual a extensão territorial?? 
Temos três orientações: 1- Tanto na suspensão temporária quanto na inidoneidade nas duas sanções temos efeitos restritivos. Uma empresa suspensa por ate dois anos ou declarada inidônea não vai poder participar de contratações com esse município mas poderia ser contratada pelo estado ou por outro município, pois para esta corrente só seria sancionada para o território que aplicou a sanção . é defendida por alguns autores da procuradoria do RJ (MARCOS JUREMA VILELA) 
2: É defendida pelo desembargador Jesé torres, para ele havia uma diferença entre essas duas sanções, ele vai dizer que os efeitos são diferentes, ate pq a inidoneidade é mais grave, para ele na suspensão temporária seus efeitos são restritivos, concordando com a 1 corrente. A diferença para ele é na inidoneidade os efeitos seriam extensivos, uma empresa considerada inidônea não poderia ser contrata por nenhum ente federado
É a tese que prevalece, STJ já decidiu que as duas sanções aqui tem efeitos extensivos, uma empresa suspensa por ate dois anos ou inidônea nos dois casos não poderá ser contrata por nenhum ente federado enquanto tiver sancionada.