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UNESA Norte Shopping 2016.2 1 Aula 09: Ligações Soldadas Estruturas de Aço – CCE 0182 – 2016.2 UNESA Norte Shopping Prof. Dilnei Schmidt 1. Dimensionamento e verificação de ligações soldadas; • Introdução; • Dimensionamento e verificação; • Exemplos de dimensionamento; Objetivos da Aula UNESA Norte Shopping 2016.2 2 • A solda é um tipo de união por coalescência do material, obtida por fusão das partes adjacentes. • A energia necessária para provocar a fusão pode ser de origem elétrica, química, óptica ou mecânica. • As soldas mais empregadas na indústria de construção são as de energia elétrica. • Em geral a fusão do aço é provocada pelo calor produzido por um arco voltaico. Introdução • O material fundido deve ser isolado da atmosfera para evitar formação de impurezas na solda. O isolamento pode ser feito de diversas maneiras: a) Eletrodo manual revestido. O revestimento é consumido juntamente com o eletrodo, transformando-se parte em gases inertes, parte em escória. b) Arco submerso em material granular fusível. O eletrodo é um fio metálico sem revestimento, porém o arco voltaico e o metal fundido ficam isolados pelo material granular. c) Arco elétrico com proteção gasosa (também conhecido como MIG/MAG – Metal Inert Gas / Metal Active Gas). O eletrodo é um arame sem revestimento, e a proteção da poça de fusão é feita pelo fluxo de um gás (ou mistura de gases) lançado pela tocha de soldagem. d) Arco elétrico com fluxo no núcleo. O eletrodo é um tubo fino preenchido com o material que protege a poça de fusão. Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 3 Solda com eletrodo revestido: • É a mais utilizada na indústria; • O processo apresenta enorme versatilidade, podendo ser empregado tanto em instalações industriais pesadas quanto em pequenos serviços de campo; • A escória, produzida pelas reações químicas do revestimento, tem menor densidade que o metal de solda e, em geral, aflora na superfície, devendo ser retirada após o resfriamento; • Diagrama Soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido: 1. Revestimento de Fluxo 2. Vareta (Alma) 3. Gás de proteção 4. Poça de fusão 5. Metal base 6. Metal de solda 7. Escória solidificada Introdução Solda com eletrodo revestido: Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 4 Solda com arco submerso: Introdução Solda com arco submerso: Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 5 Solda MIG: 1. Direção de trabalho; 2. Tubo de contato; 3. Arame consumível; 4. Gás de proteção; 5. Poça de fusão; 6. Solda solidificada; 7. Peça de Trabalho. Introdução • Solda MIG: Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 6 • Solda por atrito: Introdução Vantagens: • Não há necessidade de furações (elimina-se uma etapa na fábrica); • ótimo aspecto visual (acabamento; facilidade de limpeza); • facilidade de execução em estruturas existentes; • conexão fica mais compacta (menos e menores chapas de ligação); • maior rigidez (não há deslizamento entre as chapas conectadas); Desvantagens: • Requer profissional especializado (soldador → custo alto); • Requer controle de qualidade rigoroso (dificuldade na obra, custo); • Dificuldade para desmontagem; Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 7 • Os eletrodos utilizados nas soldas por arco voltaico são varas de aço-carbono ou aço de baixa liga; • Os eletrodos com revestimento são designados segundo a ASTM, por exemplo E70XY, onde: E = eletrodo; 70 = resistência à ruptura ௪݂ da solda em ksi; X = número que se refere à posição de soldagem satisfatória (1 - qualquer posição; 2 - somente posição horizontal); Y = número que indica tipo de corrente e de revestimento do eletrodo; Os principais tipos de eletrodos empregados na indústria são: E60 = ௪݂ = 60 ksi = 415 MPa E70 = ௪݂ = 70 ksi = 485 MPa Introdução Soldas de entalhe: • extremidade da peça a ser conectada deve ser chanfrada; • metal de solda é colocado entre o(s) chanfro(s); • esteticamente mais agradável (a solda reconstitui a seção da peça conectada); • minora os efeitos de esforços alternados que podem causar fadiga; • custo elevado do preparo da superfície (chanfros); • tem pequena tolerância de ajuste das peças; Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 8 Soldas de filete: • extremidade da peça a ser conectada não é chanfrada; • metal de solda é colocado externamente aos elementos a serem conectados; • mais simples pois não requer chanfros (é a solda mais empregada); • maior flexibilidade de ajustes; • esteticamente menos agradável (não reconstitui a seção da peça conectada); • maior concentração de tensões (problemas de fadiga); Introdução Defeitos da solda: • Fraturas a frio; • Fraturas a quente; • Penetração inadequada; • Porosidade; • Inclusão de escória; Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 9 Controle de qualidade e inspeção da solda: • Inspeção visual; • Líquido penetrante; • Partículas magnéticas; • Ultrassom; • Raio X; Todos ensaios requerem profissionais qualificados; Introdução Simbologia: Introdução UNESA Norte Shopping 2016.2 10 Solda de entalhe: • As soldas de entalhe são, em geral, previstas para total enchimento do espaço das peças ligadas (penetração total); • Utiliza-se nos cálculos a seção do metal-base de menor espessura; Dimensionamento e Verificação Solda de entalhe: • As resistências de cálculo das soldas são dadas em função de uma área efetiva de solda; • Para soldas de entalhe de penetração total sujeitas a tensões de compressão ou tração ou perpendiculares ao eixo da solda, as resistências de cálculo são obtidas com base no escoamento do metal-base ( ௬݂): • Para soldas de entalhe de penetração parcial sob tração ou compressão, perpendiculares ao eixo da solda, a resistência é determinada com o menor valor entre: Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 11 Solda de entalhe: • Para tensões de cisalhamento, as tensões atuando em direções diferentes são combinadas vetorialmente; • A resistência de projeto Rd é dada pelas seguintes expressões: Penetração total: Metal-base Penetração parcial: Metal da solda Dimensionamento e Verificação Solda de filete: • Para efeito de cálculo adota-se triângulos retângulos; • Os filetes são designados pelos comprimentos de seus lados. • Um filete de 8 mm significa filete de lados b iguais a 8 mm; • Um filete 6 mm × 10 mm designa filete com um lado de 6 mm e outro de 10 mm; • A área efetiva para cálculo de um filete de solda de lados iguais (b) e comprimento efetivo (ℓ) vale: • As soldas de filete realizadas pelo processo de arco submerso são mais confiáveis que as de outros processos. Adotam-se então espessuras efetivas maiores: Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 12 Solda de filete: • As resistências das soldas de filete são dadas em função da área: • Não precisam ser considerados esforços solicitantes de tração ou compressão atuando na direção paralela ao eixo longitudinal da solda; • Deve ser considerada a transferência de esforços de uma chapa à outra por cisalhamento através da garganta de solda; • O estado limite é o de ruptura do metal da solda e a resistência é dada por: Dimensionamento e Verificação Solda de filete: • Os filetes de solda devem ser tomados com certas dimensões mínimas para evitar o resfriamento brusco da solda por condução de calor e assim garantir a fusão dos materiais, evitar a ocorrência de fraturas a frio e minimizar distorções; Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 13 Distribuição de esforços nas soldas: • Nas soldas de filete, qualquer que seja a direção do esforço aplicado, admite-se, para efeito de cálculo, que as tensõesna solda sejam de cisalhamento na seção da garganta: Dimensionamento e Verificação Distribuição de esforços nas soldas: Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 14 Dimensionamento e Verificação Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 15 Dimensionamento e Verificação Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 16 Dimensionamento e Verificação Dimensionamento e Verificação UNESA Norte Shopping 2016.2 17 Dimensionamento e Verificação Obrigado!
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