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PROCESSO PENAL 1 I UNIDADE

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PROCESSO PENAL – NOÇÕES PRELIMINARES
Lide: “Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou insatisfeita” (Carnelutti).
Solução dos conflitos:
Autodefesa.
Aplicação da lei (violação da norma de conduta = sanção).
Administração da Justiça → Estado (Poder Judiciário)
Direito de ação (CF).
Processo.
Outras formas de solução da lide.
Bens tutelados pelas normas penais.
“Vítima” = Estado.
Jus puniendi: concentra-se na figura do Estado.
Essa característica não se modifica quando se cuida de ação penal privada, eis que aqui o querelante passa a figurar como substituto processual. 
In abstracto; Proibindo atitude, se violada aplica a sanção
In concreto (pretensão punitiva – “lide penal”). Direito de punir 
Restrição do jus libertatis: direito de punir x direito de liberdade.
Obrigatoriedade de defesa.
Execução do jus puniendi (autolimitação).
Princípio da reserva legal.
Leis penais e processuais penais.
Nulla poena sine judice.
Nulla poena sine judicio (due process of law).
Persecução criminal (investigação e ação penal).
Direito Processual Penal
Conceito: “Conjunto de normas e princípios que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal objetivo, a sistematização dos órgãos de jurisdição e respectivos auxiliares, bem como da persecução penal” (Frederico Marques).
Autonomia. o direito processual não é submisso ao direito material, isto porque tem princípios e regras próprias e especializantes. 
Instrumentalidade. é o meio para fazer atuar o direito material penal, consubstanciando o caminho a ser seguido para a obtenção de um provimento jurisdicional válido.
Finalidade. alcançar a pacificação social com a solução do conflito – MEDIATA
viabilizar a aplicação do direito penal, concretizando-o - IMEDIATA
Relação com outros ramos do Direito.
 
Direito Constitucional.
Direito Penal.
Direito Administrativo.
Direito Civil.
Direito Processual Civil.
Direito Empresarial.
Direito Internacional.
Ciências auxiliares
Psicologia Judiciária.
Polícia Científica.
Medicina Legal.
Psiquiatria Judiciária.
Odontoscopia.
Tipos de processo penal.
Adotado no Brasil 
Acusatório:Os princípios do contraditório, da ampla defesa e da publicidade regem todo o processo; o órgão julgador é dotado de imparcialidade; o sistema de apreciação das provas é o do livre convencimento motivado. Nota-se que~ que efetivamente diferencia o sistema inquisitorial do acusatório é a posição dos sujeitos processuais e a gestão de prova, não sendo mais o juiz, por excelência, o seu gestor. 
 
Contraditório;
Igualdade entre as partes;
Publicidade;
Separação das funções de acusar, defender e julgar;
Processo oral ou escrito;
Iniciativa da parte acusadora;
Acusado como sujeito de direitos.
Inquisitivo:é caracterizado pela inexistência de contraditório e de ampla defesa, com concentração das funções de acusar, defender e julgar em uma figura única (juiz). O procedimento é escrito e sigiloso, com o início da persecução, produção da prova e prolação de decisão pelo magistrado.
Ausência de contraditório;
Inexistência de regras de igualdade;
As funções de acusar, defender e julgar estão reunidas em uma só pessoa;
Secreto;
Escrito;
Acusado como objeto de investigação.
Misto:Caracteriza-se por uma instrução preliminar, secreta e escrita, a cargo do juiz, com poderes inquisit.ivos:no intuito da colheita de provas, e por uma fase contraditória (judicial) em que se dá o julgamento, admitindo- -se o exercício da ampla defesa e de todos os direitos dela decorrentes. Dissecando toda a persecução no sistema misto, temos: (a) investigação preliminar, a cargo:d·a pólícia judiciária; (b) instrução preparatória, patrocinada pelo juiz instrutor; L Cap.l • UNHAS INTRODUTÓRIAS - --· ~ 57 i . _j (c) julgamento: só este último, contudo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. (d) recurso: normalmente há o "recurso de cassação", no qual se impugnam apenas as questões de direito, mas também é possível o "recurso de apelação", no qual são impugnadas as questões de fato e de direito
Investigação preliminar e investigação preparatória (secretas e não contraditórias)
Fase do Julgamento (processo público, oral e contraditório)
Separação das funções de acusar, defender e julgar;
Evolução das leis processuais penais no Brasil:
Código de Processo Criminal (1832);
Códigos Processuais dos Estados (Constituição de 1891);
Unificação da legislação processual penal (Constituição de 1934);
Código de Processo Penal (1941).
Ordenações Filipinas (1603);
PRINCÍPIOS
Princípio da verdade real
 também é conhecido como princípio da livre-investigação da prova no
interior do pedido, princípio da imparcialidade do juiz na direção e apreciação da prova,
, princípio da investigação, princípio inquisitivo e princípio da investigação judicial da prova47.
Independentemente da denominação que se lhe dê, é de se observar que a veràade real,
em termos absolutos, pode se revelar inatingível. Afinal1 a revitalização no seio do processo,
dentro do fórum, numa sala de audiência, daquilo que ocorreu muitas vezes anos atrás, é,
em verdade, a materialização formal daquilo que se imagina ter acontecido. 
Devemos buscar a verdade processual, identificada como verossimilhança 5° (verdade
aproximada), extraída de um processo pautado no devido procedimento, respeitando-se o
contraditório, a ampla defesa, a paridade de armas e conduzido por magistrado imparcial.
O resultado almejado é a prolação de decisão que reflita o convencimento do julgador,
construído com equilíbrio e que se reveste como a justa medida, seja por sentença condenatória
ou absolutória. 
verdade formal x verdade real.
Que consta no processo x verdade dos fatos
Mitigações: impossibilidade de revisão pro societate, transação penal, perempção.
“Falsa verdade real” → “Verdade e certeza são conceitos absolutos, dificilmente atingíveis, no processo ou fora dele” (GRINOVER).
Princípio da imparcialidade do juiz
A imparcialidade - denominada por alguns de "alheiabilidade" - é entendida como característica essencial do perf:tl do juiz consistente em não poder ter vínculos subjetivos com o processo de modo a lhe tirar o afastamento necessário para conduzi-lo com isen- ção. Trata -se de decorrência imediata da CF I 1988, que veda o juízo ou tribunal de exceção (art. so, XXXVII) e gararite que o processo e a sentença sejam conduzidos pela autoridade competente (art. 5°, LIII), representando exigência indeclinável no Estado Democrático de Direito. 
Garantias conferidas à magistratura:
Vitaliciedade;
Inamovibilidade;
Irredutibilidade de subsídio.
Restrições:
Art. 95 (...)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
dedicar-se à atividade político-partidária.
receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
(CF)
Impedimentos:
 Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. (CPP)
Suspeição:
	Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
se for amigo íntimo ou inimigocapital de qualquer deles;
se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
se tiver aconselhado qualquer das partes;
se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. (CPP)
Princípio do juiz natural
O princípio do juiz natural consagra o direito de ser processado pelo magistrado competente (art. 5°, inc. LIII, da CF) e a vedação constitucional à criação de juízos ou tribunais de exceção (art. 5°, inc. XXXVII, da CF). Em outras palavras, tal princípio impede a criação casuística de tribunais pós-fato, para apreciar um determinado caso. 
	Art. 5º (...)
	XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
	(...)
	LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
	(CF)
 Princípio da igualdade das partes e paridade de armas
O que deve prevalecer é a chamada igualdade material, leia-se, os desiguais devem ser tratados desigualmente, na medida de suas desigualdades. O referido princípio ganha força com as alterações introduzidas no art.134, da Constituição Federal, assegurando a autcnomia da Defensoria Pública.
Embora a regra seja a isonomia processual, em situações específicas deverá haver uma preponderância do interesse do acusado, consoante se depreende do princípio do favor rei, ou favor réu, a seguir estudado.
	Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. (CPP)
“Privilégios da defesa”→ embargos infringentes, embargos de nulidade, revisão criminal.
Jus puniendi x Jus libertatis.
Princípio do livre convencimento
	Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (CPP)
Princípio da publicidade
 publicidade dos atos processuais é a regra. Publicidade é a permissibilídade de.acesso
aos autos processuais conferida a todos os interessados. Os limites à publicidade devem; pór
exceção, estar formalmente delimitados por fonte formal de direito (Constituição ou lei) O
sigilo é, nesses termos, admissível, notadamente quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem (art. 5°, LX, CF/1988}. O art. 792, § ! 0 , do CPP, prevê o sigilo se da publicidade
do ato puder ocorrer escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem. 
Regra: Publicidade absoluta (artigo 792, CPP).
Limitação:
	Art. 792 (...)
	§ 1º Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes. (CPP)
Júri: sigilo do voto (art. 5º, XXXVIII, b, CF).
Não aplicação ao inquérito policial.
Estatuto da Advocacia (art. 7º, XIV, Lei nº 8.906/94) e Súmula vinculante nº 14, STF.
Princípios do contraditório e da ampla defesa
essência do contraditório exige que dele participem ao menos dois sujeitos, um 'interessado' e um 'contra-interessado: sobre um dos quais o ato final é destinado a desenvolver efeitos favoráveis, e, sobre o outro, efeitos prejudiciais~ O agente, autor ou réu, será admitido a influenciar o conteúdo da decisão judicial, o que abrange o direito de produzir prova, o direito de alegar, de se manifestar, faser cientificado, dentre outros. 
	Ampla defesa:ampla defesa - que com o contraditório não se confunde - é garantia com destinatário certo: o acusado.
Art. 5º (...)
	LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (CF)
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. (CPP)
Citação para o processo (resposta à acusação):
	Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (CPP)
	Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (CPP)
Intimação de todas as decisões e notificação para todos os atos do processo.
Igualdade processual e liberdade processual.
Inquérito policial – Existe contraditório?
Princípio da iniciativa das partes
 este princípio significa que, sendo a jurisdição inerte, cabe às partes a provocação do Poder Judiciário, exercendo o direito de ação, no intuito da obtenção do provimento jurisdicional.
Ação pública → Art. 24, CPP.
Ação privada → Art. 30, CPP.
Atuação ex officio → Habeas corpus, prisão preventiva.
Princípio da obrigatoriedade
Os órgãos incumbidos da persecução criminal, estando presentes os permissivos legais,
estão obrigados a atuar. A persecução criminal é de ordem pública, e não cabe juízo
de conveniência ou oportunidade. Assim, o delegado de polícia e o promotor de justiça,
como regra, estão obrigados a agir, não podendo exercer juízo de conveniência quanto ao
início da persecução.
Autoridade policial e MP.
Princípio da oficialidade
Os órgãos incumbidos da persecução criminal (soma do inquérito policial e do processo),
atividade eminentemente pública, são órgãos oficiais por excelência, tendo a Constituição
Federal consagrado a titularidade da ação penal pública ao Ministério Público (art.
129, I), e disciplinado a polícia judiciária no§ 4°, do seu art. 144. 
Princípio da indisponibilidade do processo
O princípio da indisponibilidade é uma decorrência do princípio da obrigatoriedade,
rezando que, uma vez iniciado o inquérito policial ou o processo penal, os órgãos incumbidos
da persecução criminal não podem deles dispor.
Com efeito, o delegado não pode arquivar os autos do inquérito policial (art. 17,
CPP) e o ·promotor não pode desistir da ação interposta (art. 42, CPP). Caso o membro
do Ministério Público esteja convencido, após a instrução probatória, da inocência do réu,
deve manifestar-se, como guai-dião da sociedade e fiscal da justa aplicação da lei, em sede
de alegações finais, pela absolvição do imputado, o que não significa disponibilidade do
processo. 
Ação pública
Princípio da identidade física do juiz
	Art. 399 (...)
	§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (CPP)
Princípio do devido processo legal
O devido processo legal é o estabelecido em lei,
devendo traduzir -se em sinônimo de garantia, atendendo assim aos ditames constitucionais.
Com isto, consagra-se a necessidade do processo tipificado, sem a supressão e/ou desvirtuamento
de atos essenciais. Em se tratando de aplicação da sanção penal, é necessário que
a reprimenda pretendida seja submetida ao crivo do Poder Judiciário, pois nulla poena sine
judicio. Mas não é só. A pretensão punitiva deve perfazer-se dentro de um procedimento
regular, perante a autoridade competente, tendo por alicerce provas validamente colhidas,
respeitando-se o contraditório e a ampla defesa. O devido processo legal deve ser analisado em duas perspectivas: a primeira, processual,
que assegura a tutela de bens jurídicos por meios do devido procedimento (procedural due process); a segunda, material, reclama, no campo da aplicação e elaboração normativa,
uma atuação substancialmente adequada, correta, razoável (substantive due proccss of law)
	Art. 5º (...)
	LIV- ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; (CF)
Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos
	Art. 5º (...)
	LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; (CF)
	Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (CPP)
Prova ilícita que beneficia a defesa.
Prova ilícita por derivação:
	Art. 157 (...)
	§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (CPP)
Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade
somos presumivelmente inocentes, cabendo à acusação ônus probatório desta demonstração, além do que o cerceamento cautelar da liberdade só pode ocorrer em situações excepcionais e de estrita necessidade. Neste contexto, a regra é a liberdade e o encarceramento, antes de transitar em julgado a sentença condenatória, deve figurar como medida de estrita exceção. 
	Art. 5º (...)
	LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; (CPP)
	“O acusado não deve ser preso senão na medida em que for necessário para o impedir de fugir ou de ocultar as provas do crime” (BECCARIA)
Art. 11 DUDH:
	Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.
Direito de apelar em liberdade
	Art. 387 (...)
	Parágrafo único.  O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta. (CPP)
Princípio do favor rei ou favor libertatis
A dúvida sempre milita em favor do acusado (in dubío pro reo). Em verdade, na ponderação
entre o direito de punir do Estado e o status libertatis do imputado, este último deve
prevalecer. Como mencionado, este princípio mitiga, em parte, o princípio da isonomia
processual, o que se justifica em razão do direito à liberdade envolvido - e dos riscos advindos
de eventual condenação equivocada. Nesse contexto, o inciso VII do art. 386, CPP,
prevê como hipótese de absolvição do réu a ausência de provas suficientes a corroborar a
imputação formulada pelo órgão acusador, típica positivação. do favor rei (também denominado
favor inocenHae e favor libertatis ). 
Jus puniendi x Jus libertatis
Proibição da reformatio in pejus;
Recursos privativos da defesa
Revisão criminal exclusiva para o réu
Princípio da presunção de inocência;
Direito ao silêncio.
Princípio do duplo grau de jurisdição
Este princípio assegura a possibilidade de revisão das decisões judiciais, através do sistema recursal, onde as decisões do juízo a quo podem ser reapreciadas pelos tribunais. É uma decorrência da própria estrutura do Judiciário, vazada na CF/1988 que, em vários dispositivos, atribui competência recursal aos diversos tribunais do país. 
Primeira instância → Juízes, Tribunal do Júri, Juizados Especiais.
Segunda instância → Tribunais de Justiça, TRFs, TREs, TJM, Turma Recursal.
STF e STJ → Garantia da Constituição, das leis federais e tratados.
EFICÁCIA DA LEI PENAL E PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
Vacatio legis é o período eventualmente existente para que a sociedade tenha conhecimento da nova lei
Excepcionalmente a lei faz valer os seus efeitos ~esmo em período anterior ou posterior à sua vigência (extratividade), tendo assim atuação pretérita (retroatividade) ou futura ( ultratividade ).
 Extinção das leis
Revogação:
Expressa; A revogação expressa ocorre quando a nova lei declara que a antiga lei será total ou parcialmente extinta  Tácita. A revogação tácita ocorre quando a nova lei não contém declaração no sentido de revogar a lei antiga, mas isto ocorre porque a nova legislação se mostra incompatível com a antiga ou regula por inteiro a matéria de que tratava a lei anterior
Tempo do crime
Lei do momento do crime 
Teoria da atividade – artigo 4º CP.
 Retroatividade da lei
Já a lei processual mais benéfica poderia retroagir, implicando inclusive na renovação de atos processuais, a depender da fase em que o processo se achar. Por outro lado, as normas estritamente procedimeptais, que não afetem garantias, teriam aplicação imediata, em conformidade com o art. zo, do CPP. 
 Irretroatividade da lei
	Art. 5º (...)
	XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
	(CF)
Abolitio criminis
	Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (CP)
Ação penal ainda não iniciada → Art. 107, III, CP;
Ação penal iniciada → Art. 107, III, CP, c/c art. 61, CPP;
Réu condenado com trânsito em julgado → Art. 66, I, LEP e Súmula 611 do STF (competência do Juízo das execuções, exceto se houver análise de mérito)
Extinção apenas dos efeitos penais.
Abolitio criminis temporalis Quando temporariamente deixa de ser crime 
Lei nº 10.826/2003
	A Lei nº 10.826/2003, em seus artigos 30 a 32, estipulou um prazo para que os possuidores de arma de fogo regularizassem sua situação ou entregassem a arma para a Polícia Federal. Dessa maneira, até que findasse tal prazo, que se iniciou em 23/12/2003 e que teve seu termo final prorrogado até 23/10/2005 (cf. Medida Provisória nº 253/2005), ninguém poderia ser processado por possuir arma de fogo (STJ: Resp. 804830/PA; Recurso Especial 20005/0199528-6; Rel. Min Felix Fisher; 5ª Turma; julgado em 178/2006, publicado no DJ em 16/10/2006, p . 426).
Pena menos rigorosa.
Lei que favorece o agente de qualquer modo.
Qual é a lei mais benigna?
	Ex: Lei nº 8.072/90 Crimes hediondos e Lei nº 11.464/2007 progressão (progressão com 2/5 e não com 1/6) → Decisão do STF em 2006.
É possível a combinação de leis? Não é possível a combinação de leis 
Ex: Lei nº 6.368/76 (3-15) e Lei nº 11.343/2006 (5-15 e redução de 1/6 a 2/3) – Súmula 501 do STJ.
Lei intermediária lei do meio entre a e c, b
	EX: Exclusão do cloreto de etila do rol das substâncias entorpecentes em 07 de dezembro de 2000 (nova inclusão em 15 de dezembro de 2000).
Medidas de segurança → Aplicação imediata da lei mais grave.
Aplicada quando é inimputável
Leis excepcionais ou temporárias
Tem prazo, surge para vigorar em determinado periodo, não se aplica a retroatividade – lei que está em vigor na época da conduta.
	Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (CP)
Crimes permanentes ou continuados
Se o crime ainda está acontecendo a lei pode ser aplicada 
Súmula 711 do STF:
	A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Eficácia da lei processual penal no tempo
	A lei processual penal, uma vez inserida no mundo jurídico, teffi aplicação imediata, atingbdo inclusive os processos que já estão em curso, pouco importando se traz ou não situação grdvosa ao imputado, em virtude do princípio do efeito imediato ou da aplicação imediata. Destarte, os atos anteriores, em decorrência do princípio do tempus regit actum, continuam válidos e, com o advento de nova lei, os atos futuros realizar-se-ão pautados pelos ditames do novo diploma Logo, a regra é bastante simples quanto à aplicação da lei
processual: esta tem aplicação imediata, pouco importa se gravosa ou não à situação do réu.
Os atos anteriores já praticados antes da vigência da nova norma continuam válidos.
2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizadossob a vigência da lei anterior. (CPP)
Norma penal x norma processual penal
Normas processuais com conteúdo penal
Lei 9.099/95 e lesão corporal leve.
Retroatividade da jurisprudência.
Ex: Súmula 174 do STJ (cancelada):  No crime de roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza o aumento de pena.
a regra no Brasil, como se disse, é a do tempus regit actum, ou seja, os atos processuais já praticados são tratados como atos jurídicos perfeitos, só se aplicando a nova lei ao procedimento em curso relativamente aos atos processuais que se seguirão. É a dicção do art. 2°,do CPP, que estatui que a lei processüal penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior, seguindo o legislador o sistema do isolamento dos atos processuais, dentre três sistemas possíveis: (1) sistema da unidade processual: o processo só pode ser regulado por uma única lei, razão pela qual a lei nova não se aplica ao rito já iniciado, evitando-se efeito retroativo da lei nova e conferindo efeito ultrativo à lei ·anterior; (2) sistema das.fases processuais: as fases processuais de um mesmo processo podem ser reguladas por lei distintas,.promulgadas sucessivamente no tempo. Foi o sistema adotado, excepcionalmente, pela Lei de Introdução ao Código de Processo Penal, na norma de transição do seu art. 6°, que rezava que as ações penais, em que já se tivesse iniciado a produção de prova testemunhal, deveriam prosseguir, até a sentença de primeira instância, com o rito estabelecido na lei anterior; (3) sistema do isplamento dos atos processuais: adotado expressamente pelo sistema processual penal brasileiro (art. 2°, do CPP), consubstanciao princípio do tempus regit actum, razão pela qual, de um lado, os atos praticados sob a vigência da lei anterior são perfeitos, enquanto os atos ainda não praticados devem ser editados consoante a lei nova, de forma integral.
Tempus regit actum – principio da imediatividade o tempo rege o ato – aplicada de imediato, norma processual não interessa lei do momento.
NORMAS HIBRIDAS se benefica o agente ser[a retroativo
Lei processual no espaço Resolve as prerrogativas do presidente e lesgilação especial
Logo, tem aplicação a todos os processos em trâmite no território nacional (locus regit actum).
Territorialidade – aplicação do CPP em todo o território nacional (art. 1º CPP).
Art. 1 "'·O processo penal reger-se-á, em todo território brasileiro, por este
Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e as regras de direito internacional; 
A peculiaridade do inciso I é que o mesmo trata de uma hipótese de exclusão da
jurisdição pátria, em atenção aos tratados, convenções e regras de direito internacional,
dando prevalência à própria ordem internacional, onde infrações aqui ocorridas não serão
julgadas em território nacional, como acontece com a imunid1
ade diplomática, positivada
na Convenção de Viena, aprovada pelo Decreto Legislativo no 103, do ano de 1964. 
Ressalvas:
Prerrogativas constitucionais do Presidente da República e de outras autoridades;
Justiça Militar;
Crimes eleitorais;
Leis especiais.
Extradição
Ativa quem recebe ou passiva quem envia .
Vedação: 
Brasileiro nato;
“O brasileiro – ainda que nato – pode perder a nacionalidade brasileira e até ser extraditado, desde que venha a optar, voluntariamente, por nacionalidade estrangeira” (STF – 1ª Turma, 19/04/16)
Brasileiro naturalizado.
	Exceções: crime comum praticado antes da naturalização ou envolvimento em tráfico de drogas.
Crime político ou de opinião.
Extradição passiva → Necessidade de prisão.
Competência para julgamento → STF.
Competência para decisão → Executivo.
LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS
Imunidades
Cargo ( não viola o princípio da igualdade).
Concedida em razão da importância do cargo
Imunidades diplomáticas 
Convenção de Viena.
Agentes diplomáticos.
Sedes diplomáticas são invioláveis.
Imunidades parlamentares
Imunidade absoluta ou material
	Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (CF)
Irrenunciável.
Súmula 245 do STF → Não extensão ao coautor do delito.
Período: diplomação ao término do mandato.
Vereador → crime praticado no exercício do mandato e na circunscrição do município.
Deputados estaduais.
Advogado → Art. 133, CF.
Imunidade relativa ou processual
Julgamento → STF.
Prisão (imunidade prisional)
Crime afiançável → Impossibilidade.
Crime inafiançável → comunicação em 24h à Casa respectiva (decisão da maioria absoluta).
Imunidade para fatos ocorridos antes da diplomação.
Prerrogativa de função
Presidente e Vice-presidente:
Crime comum → STF, após aprovação do Senado (2/3).
Crime de responsabilidade (art. 85, CF) → Senado.
STF → Ministros, Procurador Geral da República (crime comum), membros dos Tribunais Superiores, membros do Congresso Nacional (prévia licença da Casa respectiva).
STJ → Governador por crime comum (licença da Assembleia Legislativa), desembargadores dos Tribunais de Justiça.
TRF → Juízes Federais.
Tribunais de Justiça → Prefeitos, Deputados Estaduais.
Imunidade para servir como testemunha
Agente diplomático.
Deputados e Senadores → Art. 53, § 6º, CF.
INQUÉRITO POLICIAL
Persecução Penal – Processo desde a denuncia até a sentença
Em outros termos,
a persecução penal estatal se constitui de duas etapas: (1) a investigação preliminar, gênero
do qual ~ espécie o inquérito policial, objeto deste capítulo, cujo objetivo é formar lastro
probatório mínimo para a deflagração válida da fase seguinte; e (2) o processo penal, que
é desencadeado pela propositura de ação penal perante o Judiciário. 
Investigação + ação penal.
Polícia
 polícia tem a incumbência de preservar a paz social e intervir nos conflitos mediante
atividade investigativa tendente a apurar infrações que venham ocorrer.
Polícia de Segurança. Responsável por manter a ordem pública
De caráter eminentemente preventivo, visa, com o seu papel ostensivo de atuação, impedir a ocorrência de infrações. Ex.: a Polícia Militar dos Estados-membros. 
Polícia Civil (art. 4º, CPP). Responsável pela investigação sobre autoria e materialidade 
"às polícias civis, dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares".
No que nos interessa, a polícia judiciária tem a missão primordial de elaboração do
inquérito policial Incumbirá ainda à autoridade policial fornecer às autoridades judiciárias
as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; realizar as diligências
requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; cumprir os mandados de prisão e representar,
se necessário for, pela decretação de prisão cautelar (art. 13, CPP). 
Inquérito policial 
o inquérito é "o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo'
Finalidade do inquérito
O inquérito policial vem a ser o procedimento administrativo, preliminar, presidido
pelo delegado de polícia, no intuito de identificar o autor do ilícito e os elementos que
atestem a sua materialidade (existência), contribuindo para a formação da opinião delitiva
do titular'da ação penal, ou seja, fornecendo elementos para convencer o titular da ação
penal se o processo deve ou não ser deflagrado
Inquéritos extrapoliciais
Artigo 4º, parágrafo único, CPP.
Inquérito administrativo
Inquéritos nos Tribunais
	“Ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará essa atribuição a outro Ministro” (artigos 43 e 58 dos Regimentos Internos do STF e STJ).
IPM
CPIs
Competência para instauração do inquérito policial
Local da infração;
Competência em razão da matéria (Delegacia Especializada);
Deprecação de diligência;Inquérito elaborado por autoridade de outra circunscrição: Nulidade? 
Prisão em flagrante em outra comarca – competência para o inquérito.
Dispensabilidade do inquérito
Artigos 12, 27, 39 § 5º e 46, § 1º, todos do CPP.
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. 
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação
Crimes de menor potencial ofensivo → TCO.
Características do inquérito
Escrito (art. 9º, CPP)
Sigiloso (art. 20, CPP)
Ministério Público
Advogado – Art. 7º, III e XIV, XXI, Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia – alteração pela Lei nº 13.245/2016) e Súmula vinculante 14.
Inquisitivo
	Impossibilidade de arguição de suspeição (art. 107, CPP). Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
 as atividades persecutórias ficam concentradas nas mãos de
uma única autoridade e não há oportunidade para o exercício do contraditório ou da ampla
defesa. Na "fase pré-processual não existem partes, apenas uma autoridade investigando e
o suposto autor da infração normalmente na condição de indiciado. 
Notitia criminis – Notícia do crime
É o conhecimento pela autoridade, espontâneo ou provocado, de um fato aparentemente criminoso
Cognição imediata; é o conhecimento direto dos fatos pela autoridade policial ou através de comunicação informal. Ex.: a autoridade tem notícia da infração através de suas investigações ou pela imprensa. 
Cognição mediata (requerimento ou requisição); é o conhecimento da infração pela autoridade mediante provocação de terceiros
Cognição coercitiva. é aquela apresentada juntamente com o infrator preso em flagrante. Pode representar hipótese de notícia crime espontânea, quando quem realiza a prisão é a própria autoridade policial ou seus agentes, ou provocada, quando quem realiza a prisão é um particular (art. 301, CPP). 
Instauração do inquérito nos crimes de ação pública incondicionada
Regra para apuração da ação penal (cabe ao MP)
Art. 100, CP;
Art. 5º, CPP.
Instauração de ofício 
Obrigação de instaurar inquerito policial, o delegado começa sozinho
Instauração por meio de requisição
	MP ou Juiz.
Instauração por meio de requerimento
Requerimento da vítima ou representante pelo advogado.
	Conteúdo do requerimento a narração do fato, com todas as circunstâncias;
a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. (art. 5.º § 1º, CPP)
Primeira peça do inquérito
Portaria; 
Requisição do Juiz;
Requisição do MP;
Requerimento da vítima;
Auto de prisão em flagrante.
Obrigatoriedade da instauração do inquérito
Delegado tem a obrigação
Crime – art. 319, CP.
Requisição → obrigatoriedade
Requerimento → possibilidade de indeferimento:
Possibilidade de recusa do advogado
Extinção da punibilidade; Se o crime for prescrito
Requerimento sem o mínimo indispensável à investigação; Informações insuficientes, levar o minimo de informação
Autoridade incompetente; Delegacia não competente fora da comarca onde ocorreu o delito
Fato atípico; Conduta que não é crime 
Requerente incapaz. Vitima maior e capaz e quando não for menor a vitima ou for menor 
	Recurso ao “Chefe de Polícia” → Art. 5º, § 2º, CPP. Secretário de Segurança pública
Delatio criminis – Delação do crime
Art. 5º, § 3º, CPP.
Quando uma pessoa denuncia outra pela prática de um crime- pode autorizar um inquerito e autoriza se for assinado o termo de delação.
Denúncia anônima – artigos 339 e 340, ambos do CP.
Não autoriza instauração do inquerito primeiro faz a averiguação para depois instaurar o inquerito
Delatio criminis obrigatória
	Lei de Contravenções Penais. 
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:
I - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício de função pública, desde que a ação penal não dependa de representação;
I - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício de função pública, desde que a ação penal não dependa de representação;
II - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação penal não dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal:
II - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação penal não dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal:
Pena - multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
Artigo 45 da Lei nº 6.538/78:
	
	Art. 45. A autoridade administrativa, a partir da data em que tiver ciência da prática de crime relacionado com o serviço postal ou com o serviço de telegrama, é obrigada a representar, no prazo de 10 (dez) dias, ao Ministério Público Federal contra o autor ou autores do ilícito penal, sob pena de responsabilidade. 
Instauração do inquérito nos crimes de ação pública condicionada
O delegado não pode instaurar de oficio 
Representação do ofendido Vitima oferece a representação ( Ato personalissimo)
Requisição do MP ou Juiz (representação do ofendido) + Acompanhamento da vitima
Representação= CADI Cônjuge ascendente descendente irmão. 
Quem pode fazer a representação? A vitima ou seu representante legal
A quem poderá ser dirigida a representação? Ao delegado, ouvida e demonstrando interesse em prosseguir com a ação
Em que prazo deverá ser feita a representação? Prazo de 6 meses contando a partir do momento em que tomou conhecimento sobre quem seja o autor da infração penal (26-09-2017, 25/03/2018) passou o prazo extinguê a punibilidade do agente
Desnecessidade de formalidades especiais.
Instauração do inquérito nos crimes de ação privada
Só pode ser instaurada se houver o requerimento da vitima
Art. 5º, § 5º, CPP
Qual é o prazo para requerer a instauração do inquérito? Prazo de 6 meses a partir do momento em que souber quem seja o autor do fato criminoso 
* Não vale a pena pedir inquerito, faz-se-á Queixa Crime.