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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CAMPINAS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Experimento de Reynolds Campinas –SP Setembro/2017 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CAMPINAS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Igor De Morais Silva João Pedro Rossetti Breda José Vitor Medeiros Rafael Pavarina Sabrina Sass Mariano William Falasca Maróstica Experimento de Reynolds Relatório elaborado no dia 15 de setembro de 2017, para o componente Curricular Fenômenos de Transporte I Ministrada Pela Prof. Dra. Mércia B.C. Fernandes; Turma 03 S/T de Engenharia de Produção e Civil. Campinas – SP Setembro/2017 Campinas – SP Setembro/2017 INTRODUÇÃO TEÓRICA E DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos, para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluído, dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado por exemplo, em projetos de tubulações industriais. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo, podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. Com isso, podem-se realizar os dimensionamentos industriais e optar por materiais mais adequados para cada processo. Reynolds empregou um dispositivo, que consiste de um tubo transparente inserido em um recipiente com paredes de vidro. Um corante é introduzido na entrada do tubo. Ao abrir gradualmente o obturador T, observa-se a formação de um filete retilíneo. Neste tipo de movimento, definido como laminar, as partículas apresentam trajetórias bem definidas, que não se cruzam. Ao abrir mais a torneira a velocidade aumenta e o filamento de difunde no líquido, como consequência do movimento desordenado das partículas. Este regime denomina-se turbulento. Após investigações experimentais e teóricas, Reynolds concluiu que, o critério mais apropriado para se determinar o tipo de escoamento em uma canalização, não se atém exclusivamente ao valor da velocidade, mas a uma expressão adimensional na qual a viscosidade do líquido também é levada em consideração. Este adimensional, que passou a ser conhecido como número de Reynolds. Para escoamento de dutos com seção circular, verifica-se que, para Re<2100, o escoamento é laminar em geral. Se Re>2500, o escoamento geralmente é turbulento. Dessa forma, se estabelece uma faixa de transição na qual os dois tipos de escoamento podem existir, sendo que para 2100<Re<2500 ocorre essa situação de transição, condição que depende de condições ambientes, principalmente de vibrações no sistema. FLUXOGRAMA Legenda: Escoamento Laminar. Escoamento Turbulento . Campinas – SP Setembro/2017 DADOS EXPRERIMENTAIS: Diâmetro: 0,01m Densidade da água: 996,810 Temperatura da água: 26ºC Viscosidade cinemática da água: 0,873 10^-6 m²/s Viscosidade dinâmica: 890 x 10^-3 N.s/m² Área: 7,85 x 10^-5 m² EQUAÇÕES UTILIZADAS: Área: Vazão Volumétrica: Velocidade: Número de Reynolds: ESCOAMENTO DE FLUÍDOS: REGIME ESCOAMENTO LAMINAR ESCOAMENTO DE TRANSIÇÃO ESCOAMENTO TURBULENTO TEMPO (s) 20,00 10,57 3,44 VOLUME (m³) 0,00004 0,00004 0,0001 VAZÃO (m³/s) 2.10^-6 3,8784.10^-6 29,069.10^-6 VISCOSIDADE (m/s) 873.10^-6 873.10^-6 873.10^-6 VELOCIDADE (m/s) 0,025478 0,049406 0,370306 REYNOLDS 290.913,23 564.128,23 4.228.232,81 Campinas – SP Setembro/2017 CONCLUSÃO No experimento pode observa o comportamento da água por meio da injeção de um filamento de tinta azul na sua entrada. Repetindo-se esse experimento para diferentes vazões, verifica-se que o escoamento tem caráter laminar quando número é baixo (neste caso, menor que 100, embora esse limite possa ser aumentado muito em condições especiais); para valores maiores, o escoamento é considerado turbulento. Essa turbulência é causada por flutuações locais na velocidade das partículas de fluido, que têm causas diversas; por exemplo, irregularidades na superfície interna do tubo. A viscosidade do fluido permite-lhe absorver essas flutuações de velocidade. É por isso que líquidos com maior viscosidade cinemática mantêm escoamento laminar a maiores velocidades que líquidos menos viscosos. Como a relação velocidade/viscosidade cinemática é refletida justamente pelo número de Reynolds, é esse grupo adimensional que tem relevância na análise desse tipo de fenômeno. O experimento é importante, pois aproxima os estudantes a realidade, podendo assim como profissionais escolher de forma eficiente dimensionar tubulações e outros fatores de uma rede de abastecimento de água minimizando assim, os possíveis erros. Campinas – SP Setembro/2017 BIBLIOGRAFIA FOX E MACDONALD, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, Editora Guanabara Dois, RJ, 1981. (Consultado em 21/09/2017). ÇENGEL, Yunus A. CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluídos, Fundamentos e Aplicações, 2ª Edição, Editora McGraw-Hill, 2007. (Consultado em 24/09/2017). Campinas – SP Setembro/2017
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