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MEI MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

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A contribuição do MEI (Micro empreendedor Individual) na legalização dos negócios informais no Ceará
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de demonstrar como a adesão ao regime tributário na forma do Microempreendedor individual (MEI) tem contribuído para a diminuição dos negócios informais no Ceará. O trabalho foi desenvolvido utilizando o método de pesquisa bibliográfico. Foram utilizados dados de páginas oficiais do governo e de especialistas no assunto, além de resultados de pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
 A crescente adesão ao regime objeto desse artigo se deve ao tratamento tributário diferenciado que o MEI oferece aos empresários. É sabido que a alta carga tributária brasileira é um dos maiores obstáculos para o início e desenvolvimento de negócios, principalmente os de pequeno porte. A modalidade do MEI , no entanto, oferece aos empresários uma forma simplificada e menos onerosa de iniciar seus próprios negócios, aumentado gradativamente o número de adeptos ao regime.
Palavras-Chave: Informalidade. Carga tributária. Microempreendedor.
1 Introdução
No Brasil, segundo pesquisas, levam-se em média 120 dias para realizar todos os processos burocráticos necessários para abrir uma empresa. Da inscrição na Receita Federal a liberação do alvará é um longo caminho. No entanto essa não é a pior parte, além das inúmeras taxas pagas no processo de inscrição um dos fatores determinantes para empresa ao longo de seu funcionamento é a alta carga tributária. 
A carga tributária é a relação entre os impostos cobrados pelo governo e o Produto Interno Bruno (PIB). Segundo dados da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) a carga tributária no Brasil em 2014 é de aproximadamente 35%. Ou seja, mais de um terço do que é produzido no país vai para os cofres públicos e deveria voltar para a sociedade em forma de serviços públicos.
Conforme dados do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) cerca de 60% das empresas fecham as portas até o segundo ano de existência. Claro que existem outros fatores além da alta carga tributária, como má administração, por exemplo, mas certamente o valor dispensado ao pagamento de tributos é relevante para a saúde financeira da empresa. Um custo tão alto para manter a empresa legalizada, por sua vez, acarreta em um grande número de negócios informais. 
Embora o Governo sempre tenha em seus projetos a realização de uma Reforma Tributária para a redução da carga tributária no Brasil, o fato é que, pouco tem sido feito nesse âmbito. A Lei do Simples Nacional criada em 2006 com o objetivo de simplificar o pagamento dos tributos tem restrições quanto à atividade e faturamento da empresa. A maneira de calcular e recolher o tributo foram simplificados, mas a grande incidência de impostos permanece. 
Pavani (2007) discorre e sobre esta modalidade:
[...] SIMPLES é uma alternativa de tributação, uma opção às microempresas e
empresas de pequeno porte de escolher por esse tipo de pagamento de tributos.
De maneira simplificada, as microempresas recolherão seus impostos e
contribuições, perante a simplificação de um documento único de arrecadação,
reduzindo em muito, a burocracia.
Em resumo, a Lei do Simples Nacional tem sua tributação baseada em alíquotas fixas a serem aplicadas em diversas faixas de faturamento. O contribuinte então deverá, de acordo com seu faturamento mensal, verificar em qual faixa de faturamento está enquadrado e daí então aplicar a alíquota correspondente para cálculo do imposto a ser pago unificadamente. Segundo a página oficial do SIMPLES NACIONAL até o fim de 2013 existiam 274.512 empresas optantes pelo SIMPLES no estado do Ceará, o que é aproximadamente 57% do total de empresas ativas no estado até o fim de 2013. Porém uma grande fatia do mercado ainda não era beneficiada por este tipo de tributação, pois mesmo com a simplificação de algumas rotinas burocráticas o SIMPLES tributa gradualmente conforme o aumento do faturamento podendo mudar de faixa ou até mesmo sofrer o desenquadramento do regime. 
Existia ainda uma fatia de pequenos negócios que por seu teor “informal” não tinha o interesse pela legalização. Enquadram-se aí os autônomos: costureiras, verdureiros, mecânicos, salgadeiras dentre outros. O MEI, criado pela Lei 128/2009, passou a contemplar esse tipo de negócio. É um regime simples, onde o empreendedor deve ter renda limite anual de R$ 60.000, possuir no máximo um empregado e não ter sócios ou ser sócio de outra empresa.
O objetivo desse estudo é averiguar a contribuição do MEI na legalização dos negócios informais no Estado do Ceará, tomando por base a evolução no número de adesões ao regime no período de 2009 a 2013. É importante ressaltar as alternativas que possam contribuir na redução dos negócios informais no Estado, portanto o MEI é apresentado aqui como uma destas alternativas.
A metodologia utilizada valeu-se de pesquisa exploratória do tema por meio do estudo de assuntos que não tocam o principal, mas cooperam com ele. Como técnica fez-se uso de pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e revistas especializadas em matéria tributária, bem como na legislação pertinente.
2. MEI – Concepções e Regulamentações
O MEI é um sistema tributário diferenciado que visa beneficiar os indivíduos que trabalham por conta própria e querem legalizar-se. Criado pela Lei Complementar 128/2008:
" Art. 18-A.  O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.“
Vale ressaltar que o MEI é uma modalidade que foi originada do SIMPLES, ou seja, todo MEI é também optante do SIMPLES (ou SIMEI). Foi criado, portanto, para atingir os indivíduos que não se enquadravam nas regras do SIMPLES. 
Como já mencionado é necessário atender cumulativamente a alguns requisitos como: faturamento anual de no máximo R$ 60.000,00 e estar enquadrados no rol de atividades permitidas para adesão ao regime. A relação de profissionais que podem aderir ao programa abrange mais de 400 atividades variadas, de contador, açougueiro, artistas e barbeiros.
Muitos empreendedores têm agora a oportunidade de iniciar suas atividades empresariais mesmo sem muito conhecimento da parte burocrática que é necessária para se iniciar um negócio no Brasil além da redução dos custos com tributos.
2.1 Vantagens
Dentre as vantagens oferecidas por esse sistema estão: o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que possibilita a abertura de conta bancária, a concessão de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Mas o principal objetivo do MEI é diminuir a informalidade no mercado brasileiro.
A inscrição no MEI é gratuita, realizada através de meio eletrônico no Portal do empreendedor, sendo uma grande vantagem em comparação a forma normal de inscrição. Tributado mensalmente de forma fixa, o trabalhador que optar pelo MEI desembolsará, mensalmente: R$ 5,00 de ISS para o Município, se prestador de serviços e R$ 1,00 de ICMS para o Estado no caso de comércio. O INSS é referente a 5% do salário mínimo, ou seja: R$ 36,20. 
A contribuição para o INSS é de suma importância, já que garante ao Empresário Individual (EI) e a sua família o acesso aos direitos previdenciários:
Para o Empreendedor:
Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65. É necessário contribuir durante 15 anos pelo menos e a renda é de um salário mínimo;
b) Aposentadoria por invalidez: é necessário 1 ano de contribuição;
Auxílio doença: é necessário 1 ano de contribuição;
Salário maternidade (mulher): são necessários 10 meses de contribuição;
Para a família:
a) Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia;
b) Auxílio reclusão: a partir do primeiro pagamento em dia;
O MEI é dispensando de Contabilidade, ou seja, não é necessário escriturar nenhum livro fiscal.Ao invés disso, o EI deve preencher até o dia 20 de cada mês, o Relatório Mensal das Receitas obtidas no mês anterior. Devem ser anexadas ao relatório as notas fiscais de compra e contratação de serviços e as notas fiscais emitidas durante o período. Anualmente, é necessário também enviar a Declaração anual Simplificada.Também é possível obter o alvará de funcionamento pela Internet e não é necessário possuir endereço fixo.
Dentre tantas vantagens já citadas, existe ainda a possibilidade de contratação de um funcionário. Os encargos trabalhistas nesse caso são reduzidos sendo: 3% para Previdência e 8% de FGTS do salário mínimo por mês, valor total de R$ 74,58. O empregado irá contribuir com 8% do seu salário para a Previdência. Esse benefício permite ao Empreendedor contratar até um empregado possibilitando assim desenvolvimento do seu negócio.
2.2 Contribuição para legalização dos negócios
Tendo como principal objetivo a redução dos negócios informais no país, o MEI vem obtendo bons resultados desde sua criação. Em novembro de 2013, o Brasil alcançou o número de 3,5 milhões de contribuintes na modalidade do MEI, segundo pesquisa do SEBRAESP. A pesquisa mostra também, que três em cada dez empreendedores vieram do mercado informal e que destes aproximadamente 50% mantinham seus negócios de maneira informal a mais de dez anos. 
Esses dados demonstram como as vantagens oferecidas pelo MEI atraem o trabalhador informal para a legalidade, oferecendo a esses indivíduos, cidadania empresarial. Conforme a pesquisa da SEBRAESP, 84% dos contribuintes do MEI entrevistados possuem expectativa de melhoria de seus negócios com pretensão de ultrapassar o teto de R$ 60.000,00, passando assim, a modalidade de Microempresa. 
 Além disso, deve-se ressaltar o ganho que econômico que a legalidade proporciona, já que a expectativa de aumento nas receitas tem impacto na economia. O aumento das Receitas dá se em parte pelos benefícios que o MEI proporciona como o CNPJ e emissão de notas fiscais, isso possibilita ao empreendedor a ampliação de sua clientela, a participação em licitações dentre outros.
A região Nordeste é a segunda no país em número de adeptos a modalidade do MEI (20,4%), ficando atrás apenas da Região Sudeste (49,4%).
3. Negócios Formais e MEI no Ceará
De acordo com o SEBRAE/CE, desde 2009 quando o MEI passou a vigorar até março de 2014, aproximadamente 129 mil trabalhadores saíram da informalidade no Ceará. Dentre as atividades que mais atraem os novos empreendedores estão: os vendedores de roupas, cabeleireiros e pedreiros 
Luiz Barreto, presidente do SEBRAE afirma: "Não conheço outro país que tenha formalizado tanta gente em tão pouco tempo". Segundo ele, a criação do MEI representou a conquista do CNPJ e de direitos como aposentadoria e licença-maternidade para milhões de brasileiros. Ao mesmo tempo, a legalização desses empreendimentos também contribuiu para reforçar a arrecadação fiscal e previdenciária do governo.
Embora o MEI seja oriundo em legislação federal é necessário que os municípios regulamentem o regime em suas Leis. De acordo com superintendente do Sebrae no Ceará, Carlos Cruz: "Fizemos um esforço muito grande junto às prefeituras para regulamentar a Lei Geral em nível municipal. Conseguimos implantar a legislação em 140 das 184 cidades do estado. Até o fim do ano, pretendemos universalizar a norma chegar e, no mínimo, a 80 mil empreendedores individuais", 
O SEBRAE oferece diversos cursos e oficinas gratuitamente nas áreas de finanças, vendas, gestão, empreendedorismo, compras, planejamento e cooperação possibilitando a qualificação dos empreendedores para que possam gerir melhor seus negócios.
No gráfico abaixo é possível perceber o crescimento de adesões no MEI no estado do Ceará desde 2009:
Em relação às modalidades, conforme dados colhidos em outubro/2014, as atividades com maior adesão ao MEI no Ceará são:
A pesquisa demonstra como o MEI teve importante contribuição na legalização de cerca de 140 mil negócios no estado Ceará no período de cinco anos, além do aumento da empregabilidade e movimentação da economia de diversos municípios. 
Nos municípios cearenses, depois Fortaleza, os municípios com maior número de optantes do MEI são Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte, Sobral, Maranguape e Crato. Mesmo em pequenos municípios como Itapajé, Trairi e Boa Viagem a adesão também é significativa em comparação com os municípios citados anteriormente. Isso mostra como essa modalidade de tributação vem crescendo e que existe potencial para expansão.
4 Considerações finais
The contribution of MEI (Micro entrepreneur) in the legalization of informal businesses in Ceará
ABSTRACT 
This article aims to demonstrate adherence to the tax regime in the form of individual Micro entrepreneur (MEI) has contributed to the decline of informal businesses in Ceará. The study was conducted using the method of literature research. Data from official government sites and subject matter experts, as well as search results from the Brazilian Support Service for Micro and Small Enterprises (Sebrae). 
  Increasing adherence to rules object of this article is due to differential tax treatment that the MEI provides entrepreneurs. It is known that high Brazilian tax burden is one of the biggest obstacles to the initiation and development of business, especially small business. The modality of the MEI, however, offers entrepreneurs a simplified and less costly way of starting your own business, gradually increased the number of adherents to the regime. 
Keywords: Informality. Tax burden. Micro entrepreneur
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Complementar Nº 128, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2008 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/LCP/Lcp147. Htm
[2] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123. Htm
[3] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm
PAVANI, Otávio; VINHA, Thiago Degelo. Justiça Social e Igualdade: 
tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. 
Hórus – Revista de Humanidades e Ciências Sociais Aplicadas, Ourinhos/SP, Nº 05, 2007. 
Disponível em <http://www.faeso.edu.br/horusjr/atigos/ano2/Artigo05.pdf>. Acessado em: 15
set 2011.
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/perguntas-frequentes/duvidas-relacionadas-ao-microempreendedor-individual/previdencia-e-demais-beneficios-do-mei
	
http://www.sebraesp.com.br/index.php/termo-de-uso/42-noticias/empreendedorismo/10678-criacao-do-mei-traz-trabalhadores-para-o-mercado-formal
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/em-cinco-anos-129-mil-sairam-da-informalidade-no-estado-1.958588
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