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201732 215722 AULA+2+lipidios+ +digestao

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Jackeline Lima de Medeiros 
 (Mestre em Bioquímica) 
 
Fortaleza 
 
 
Lipídios: Digestão e absorção 
 Introdução 
 
• Gorduras hidrofóbicas; 
• Enzimas: hidrofílicas e funcionam em meio aquoso; 
• Precisam ser emulsificados; 
•Emulsificação – ocorre com a participação dos sais 
biliares; 
• Aumenta a superfície de ação das enzimas 
digestivas; 
 
 
Lipideos 
 
 Introdução 
 
• Componente lipídico da dieta: triglicerídeos, 
fosfolipídeos, esterois. 
• Triglicerídeos: os mais abundantes; 
- Cadeia curta: até 8C 
- Cadeia Média: 8 a 12 C 
- Cadeia Longa: > 12 até 24C 
•Enzimas digestivas envolvidas: lipases, fosfolipases 
e colesterol esterase. 
 
Lipideos 
 
 Digestão: 
 
• A digestão de TCM e TCC inicia na boca: lipase 
lingual (liberada pela glândula serosa que se 
encontra debaixo da língua); no estômago é chamada 
de lipase gástrica (10 A 30%); 
• Algum grau de emulsão deve ocorrer: contração 
dos músculos do estômago e esfíncter pilórico; 
• A presença de lipídeos mal digeridos atrasa a 
velocidade com a qual o conteúdo é esvaziado – inibe 
a motilidade gástrica; 
• A gordura tem elevado grau de saciedade. 
Lipídeos 
 
Degradação dos lipídeos da dieta 
 Triacilgliceróis de cadeia curta e média (menos de 12 
carbonos) 
1. Lipase lingual 
 
2. Lipase gástrica 
 Digestão de lipídeos em neonatos 
 Triglicerídeos: 
 
• A maior parte da digestão dos triglicerídeos 
ocorre no intestino delgado; 
• Favorável: pouca acidez, lipases apropriadas, 
agentes emulsificantes mais eficazes (sais biliares); 
• CCK : estimula a liberação da bile. 
• Sais biliares: anfipáticos (hidrofóbicos e 
hidrofílicos) 
• Bicarbonato liberado simultaneamente, com a 
liberação da lipase pancreática 
 
Lipídeos 
 
 Triglicerídeos: 
 
• A lipase pancreática irá agir nos carbonos 1 e 3, 
originando ácidos graxos livres e 1,2 
monoacilglicerol que já são produtos de absorção. 
• Primeiramente se forma uma emulsão lipídica para 
que as enzimas possam agir. 
• O leite materno : predomínio de TCC e TCM 
Lipídeos 
 
 Colesterol e fosfolipídeos: 
 
• Hidrolisados pela colesterol esterase e 
fosfolipase; 
- Colesterol : livre (forma de absorção) 
 éster (ligado a ácido graxo- 
 forma de obtenção da dieta) 
 
• Forma: ácido graxo livre e colesterol livre. 
 
Lipídeos 
 
 
 
• Os AGCC e AGCM são absorvidos por simples 
difusão; 
• Os AGCL, 2 monoacilglicerol, fosfoacilglicerol, 
colesterol livre e as vitaminas lipossolúveis para 
passarem da luz intestinal para o enterócito, 
precisam ser “empacotados”. 
• As micelas mistas fazem esse papel. 
Lipídeos 
 
Micelas: os sais biliares se organizam 
com as pontas hidrofóbicas para dentro 
e as hidrofílicas para fora. 
 
 
• Micelas são solúveis em água para entrar nas 
células absortivas do intestino delgado; 
• Mucosa intestinal ou enterócito; 
• O conteúdo lipídico da micela difundem para 
dentro do enterócito; 
• Os sais biliares vão para o íleo terminal. Pequena 
parte será excretado a outra parte vai ser 
reabsorvido. 
Lipídeos 
 
 
 
• De lá os sais biliares retornam ao fígado por meio 
da veia porta para fazer novamente parte da bile, 
que novamente chega ao enterócito promovendo a 
absorção de gordura – CIRCULAÇÃO ENTERO-
HEPÁTICA 
• Finalidade: economia metabólica 
Lipídeos 
 
Porque ocorre recirculação da bile? 
 
• O ser humano contém de 2,5 a 5,0g de ácidos 
biliares; 
• Quando os sais biliares são reabsorvidos no íleo, 
entra na veia porta, se liga a albumina e é 
transportada ao fígado; 
• Uma vez no fígado, podem ser reconjugados e 
secretados na bile junto com os ácidos recém 
sintetizados. 
Lipídeos 
 
Porque ocorre recirculação da bile? 
 
• Os novos ácidos biliares são normalmente 
sintetizados em quantidades iguais àquela perdidas 
nas fezes; 
• Calcula-se que a quantidade total de bile seja 
reciclada pelo menos duas vezes por refeição. 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Depois da absorção, os ácidos graxos livres, 2 
monoacilglicerol, colesterol – inicia uma nova 
formação intracelular de triacilglicerol, 
fosfatidilcolina e esteres de colesterol. 
 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
•Os lipídeos ressintetizados nos enterócitos 
recebem uma proteína; 
• Lipoproteínas (classificada de acordo com a 
densidade) 
• Quilomícrons; 
• A porção proteica de qualquer lipoproteína é 
chamada de apolipoproteína. 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Os quilomícrons: transportam os lipídeos 
exógenos; 
• Outras lipoproteínas: transportam os lipídeos 
endógenos; 
• As lipoproteínas se diferenciam pela composição 
lipídica, apolipoproteínas, propriedades físicas e 
função metabólica; 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
•Lipoproteínas transportadoras de triacilgliceróis: 
quilomícrons e VLDL 
 
- Quilomícrons: transportam os lipídeos da dieta 
 
- VLDL: transportam triacilgliceróis 
biossintetizados no fígado 
Lipídeos 
 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Classificação de acordo com a densidade: 
 
- Lipoproteína de baixíssima densidade: VLDL 
- Produzida no fígado; 
- A principal função é transportar o triglicerídeo 
produzido no fígado para outros tecidos não 
hepáticos; 
- Também contém colesterol e ésteres de 
colesterol 
- Composição: 52% de triglicerídeo, 18% 
fosfolipídeo; 22% de colesterol; 8% proteína. 
Lipídeos 
 
Lipídeos 
 
- O papel que todas as lipoproteínas 
desempenham é transportar lipídeos de um 
tecido a outro, para preencher as necessidades 
de lipídeos de diferentes células. 
- Diferenciam-se de acordo com a relação 
lipídeo/proteína, assim como os diferentes tipos 
de lipídeos (triglicerídeos, colesterol, 
fosfolipídeo) 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Classificação de acordo com a densidade: 
- IDL : densidade intermediária (31% lipídeo, 18% 
fosfolipídeo, 29% colesterol, 18% proteína); 
- Lipoproteína de baixa densidade: LDL 
- (9% triglicerídeo, 23% fosfolipídeo, 47% 
colesterol, 21% proteína) 
- HDL: Lipoproteína de alta densidade: 3% 
triglicerídeo, 28% fosfolipídeo, 19% colesterol, 
50% proteína. 
Lipídeos 
 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Quilomícrons: 
- Os lipídeos deixam o enterócito na forma de 
quilomícron; 
- Transporta os lipídeos alimentares para outros 
tecidos além do fígado como tecido adiposo 
(80%) e músculo; 
- Nos tecidos ocorre uma hidrólise (lipase 
lipoproteíca) 
- A porção do quilomícron resultante dessa ação 
lipolítica é chamada de remanescente de 
quilomícron 
Lipídeos 
 
 Transporte e Armazenamento: 
 
• Quilomícrons: 
 - Remanescente de quilomícrons: pequena partícula 
de triglicerídeo, rica em colesterol e esteres de 
colesterol. 
- Os remanescentes de quilomícrons são captados 
pelas células hepáticas. 
Lipídeos 
 
Lipídeos 
 
 Função do Fígado no Metabolismo Lipídico: 
 
• No fígado ocorre: 
 - A síntese de sais biliares; 
 - Síntese de lipoproteínas; 
- Síntese de novos lipídeos a partir de precursores 
não lipídicos; 
 
Lipídeos 
 
 Função do Fígado no Metabolismo Lipídico: 
 
• No pós-prandial: 
 
 - A concentração de glucose, aa e ácidos graxos de 
cadeia curta aumentam e vão direto para o fígado; 
- No hepatócito: 
• A glucose é fosforilada para uso; 
• Síntese de glicogênio; 
 
- Se a hiperglicemia continuar: 
• A glucose é convertida em ácido graxo 
 
 
 
Lipídeos 
 
 Função do Fígado no Metabolismo Lipídico: 
 
• Glucose glicólise piruvato- Acetil-CoA 
 
* Acetil – CoA ácidos graxos 
* aa piruvato Acetil - CoA 
Lipídeos 
 
 Função do Tecido Adiposo no Metabolismo 
Lipídico: 
 
• O tecido Adiposo: 
 
-Absorve triglicerídeos e colesterol dos 
quilomícrons - ação da lipase lipoproteica. 
- Maior local de armazenamento de triglicerídeos; 
- Assim como no fígado, o triglicerídeo pode ser 
sintetizado a partir da glucose – dependente de 
insulina; 
- Insulina: acelera a entrada de glucose nas células 
adiposas; 
 
 
Lipídeos 
 Função do Tecido Adiposo no Metabolismo 
Lipídico: 
 
• O tecido Adiposo: 
 
 - A insulina exerce a ação lipogênica no tecido 
adiposo, favorecendo o acúmulo de triglicerídeos; 
 
 
Lipídeos

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