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Produção leiteira

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A produção de leite por vaca continua aumentando 2 a 3% anualmente. O melhoramento genético responde por 33 a 40% deste crescimento, ao passo que a nutrição e o manejo perfazem os 60 a 67% restantes. 
Vacas com menor incidência de problemas peri-parto produzem mais leite e têm melhores índices reprodutivos - ou seja, vacas com problemas metabólicos produzem menos leite, têm mais problemas reprodutivos e, consequentemente, são mais predispostas a serem descartadas e também são menos eficientes, diminuindo o retorno econômico da atividade leiteira. 
A expressão do potencial genético depende do manejo nutricional, sendo que maximizar a ingestão de energia no pós-parto e, consequentemente, da produção de leite, requer manejo apropriado em todas as fases do ciclo lactacional. 
Bom manejo nutricional minimiza perda de peso e otimiza produção de leite e eficiência reprodutiva, ou seja, vacas de alto potencial sem produção adequada = falhas do meio. 
Manejo da Alimentação
O período seco deve ser dividido em duas fases: 
1- Da secagem até 21 dias antes do parto - fase de descanso do rúmen, cascos e glândula mamária. Os animais devem ser mantidos com uma dieta rica em alimentos volumosos de boa qualidade e devem ganhar peso de forma moderada. 
2- De 21 dias até o parto - fase de preparação para uma nova lactação; inicia-se o fornecimento de concentrado com o objetivo de adaptação da microbiota ruminal para uma fase de grande fornecimento de grãos. 
Deve-se utilizar os mesmos alimentos utilizados para vacas em lactação, evitar o uso de bicarbonato e sal comum e se possível fornecer dieta completa. Esta prática minimiza as perdas de peso e aumentam o consumo de matéria seca. 
O período pós-parto deve ser dividido em três fases: 
0 a 70 dias em lactação - Balanço energético negativo 
A produção de leite aumenta mais rápido que o consumo de alimentos, a demanda de energia é mais alta que a quantidade de energia consumida nos alimentos, a vaca mobiliza reservas corporais e perde peso. 
Os nutrientes da dieta precisam estar ajustados para impedir perda de peso excessiva. A densidade da dieta precisa ser aumentada. Se a dieta não está adequada ocorre: queda na produção, excessiva perda de peso, baixo pico de produção e aumentam os riscos de cetose. 
O uso excessivo de concentrados pode levar a: acidose ruminal, torção de abomaso, queda na percentagem de gordura do leite e depressão no consumo de alimentos. 
70 a 140 dias em lactação - Consumo máximo de matéria seca 
A produção de leite começa a diminuir e o consumo de matéria seca continua a aumentar. A demanda de energia para lactação pode ser mantida pelo consumo de alimentos e a vaca pára de mobilizar reservas corporais. 
Nesta fase as vacas precisam ingerir grande quantidade de alimentos para manter o pico de produção o maior tempo possível e ficar gestante. A quantidade de concentrado não deve exceder a 2,3% do peso vivo. 
140 a 305 dias em lactação - Balanço energético positivo 
A produção de leite e o consumo de alimentos reduzem. A vaca consome mais energia do que gasta com a lactação e as reservas corporais podem ser restabelecidas. Animais estão ganhando peso. A dieta pode agora conter um volumoso de qualidade média e quantidade limitada de concentrado. 
Manejo nutricional de vacas em transição
Período de transição é definido como sendo as últimas três semanas antes do parto 
Implicações 
Vacas sem problemas peri-parto produzem mais leite e têm melhores índices reprodutivos. 
Controlar as doenças metabólicas é necessário para otimizar performance. 
Doenças metabólicas são complexas, ou seja, uma predispõe à outra, que pode predispor à outra, etc. 
Estratégias 
1: Prepare o rúmen para que possa oferecer dietas com alta densidade nutricional no início da lactação, minimizando perdas de peso e otimizando produção de leite e eficiência reprodutiva. 
Estimular o crescimento de bactérias que metabolizam lactato. 
Estimular o crescimento das papilas ruminais, visando maximizar absorção dos nutrientes. 
Prevenção do aumento de lactato no rúmen pode ser através da adaptação da flora a altas concentrações de amido que induz a população de bactérias que converte lactato em acetato, propionato ou ácidos graxos de cadeia longa. Adaptação da flora à dietas com altas concentrações de amido requer de 3 a 4 semanas. O aumento das papilas ruminais aumenta a absorção de lactato e AGV, o que previne o declínio no PH ruminal. 
2: Prevenir decréscimo acentuado da concentração sangüínea de cálcio ao parto 
Devido a grande quantidade de cálcio disponibilizado para o colostro e leite, pode ocorrer menor concentração de cálcio sangüíneo. Casos graves resultam em febre vitular. Casos menos graves resultam em depressão da ingestão de matéria seca e perda de contractilidade muscular que pode levar a retenção de placenta, deslocamento de abomaso e mastite ambiental (não fechamento do esfíncter da teta após a ordenha). 
3: Redução da imunodepressão 
Ao parto, fisiologicamente as células sangüíneas brancas (leucócitos = células de defesa) apresentam menor capacidade de fagocitose (capacidade de "engolir" as bactérias) aumentando assim a susceptibilidade do animal à infeções uterinas e da glândula mamária. Fatores hormonais relacionados ao parto (alto estradiol e cortisol) e fatores estressantes, como diminuição da ingestão de matéria seca peri-parto (Balanço energético negativo), são 
os prováveis responsáveis por esta diminuição da capacidade de fagocitose pelos leucócitos. 
Paradoxal declínio na Ingestão de Matéria Seca
Infelizmente, a Ingestão de Matéria Seca começa a declinar em torno da terceira semana pré-parto, e este declínio é em torno de 30%. Quando a gestação é gemelar, o declínio inicia em torno da quinta semana pré-parto. 
Com a associação do declínio da IMS com o aumento dos requisitos pelo feto, torna-se necessário aumentar a densidade nutricional da dieta nas três semanas antes da data prevista do parto, enquanto em vacas com gêmeos, a alteração deve ocorrer com 5 semanas pré-parto. 
Ingestão de Matéria Seca, Requisitos de Energia e de Proteína de vacas e novilhas nas ultimas 3 semanas antes do parto (Grummer, 1999) 
Como conclusão, com a associação do declínio da IMS com o aumento dos requisitos pelo feto, faz-se necessário aumentar a densidade nutricional da dieta nas três semanas antes da data prevista do parto.

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