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ADMINISTRATIVO I

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31/07/17
DIREITO ADMINISTRATIVO
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Lei 8492/92
Conceito – conjunto de normas e princípios visando o interesse público regem as relações jurídicas entre as pessoas, os órgãos públicos e a coletividade.
A administração publica possui dois sentidos, um objetivo e um subjetivo:
No sentido objetivo administração significa o exercício da função administrativa exercida pelos órgãos públicos e seus agentes.
No sentido subjetivo a expressão significa todos os órgãos e agentes públicos no âmbito dos três poderes que exercem função administrativa mesmo que de forma atípica.
No sentido funcional administração significa um conjunto de atividades e entidades governamentais que auxiliam as instituições politicas na organização e realização das finalidades publicas.
No aspecto organizacional administração é representada por um conjunto de órgãos e entidades publicas ou privadas que produzem bens, serviços e utilidades para a população.
A função administrativa é aquela exercida pelo estado ou por seus delegados de acordo com a distribuição de competência definido em lei sob regime total ou parcial publico com vistas a alcançar o interesse publico.
Administração direta (centralizada) – É o conjunto de entes federativos (União, Estados, DF, e Municípios) que através de seus órgãos e agentes públicos prestam os serviços públicos através de seus órgãos e agentes públicos prestam os serviços públicos de acordo com a divisão de competências definida nos artigos 21, 25, 30 e 32 CRFB/88. Serviço publico é toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que exerça essa função de forma direta ou via delegação sempre precedida de licitação.
Artigo 175 CRFB/88 – prestação de serviços públicos
Artigo 21 CRFB/88 – competências da União
Artigo 25 CRFB/88 – competências do Estado
Artigo 30 CRFB/88 – competências do Município
Artigo 32 CRFB/88 – competências do DF
Descentralização – é a transferência de serviços públicos realizada pelo titular para pessoa física ou jurídica através da outorga legal ou a delegação negocial tendo como fundamento o principio da eficiência administrativa
Outorga legal – criação por lei de nova entidade que passará a prestar o serviço com pessoal e patrimônio próprio e organização administrativa e financeira descentralizada. Neste ato é criada a administração publica indireta cujo rol são as autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas publicas na forma do artigo 37, XIX CRFB/88
Delegação negocial – é o contrato administrativo realizado pelo poder concedente, pela qual este transfere serviços de sua titularidade para pessoa física ou jurídica a prazo certo e remunerado pelo sistema de tarifas pagas pelos usuários tendo como exemplo as concessionarias e permissionárias de serviços públicos, de acordo com artigo 175 CRFB/88 C/C lei 8987/95.
07/08/17
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Desconcentração – é a distribuição de competências por meio da criação de um novo órgão co atribuições definidas por lei.
De acordo com artigo 1º §2º, I da lei 9784/99 órgão publico é uma unidade de competência que faz parte da estrutura administrativa e organizacional da administração publica direta ou indireta.
Criação de órgão publico – de acordo com o principio da reserva legal a criação de órgãos públicos e de novos cargos depende de lei de iniciativa do chefe do executivo na forma do artigo 61 §1º, II CRFB/88 e de fonte de custeio que possa suportar o novo gasto publico conforme artigo 169 CRFB/88. A criação depende do sistema de controle do poder legislativo tendo fundamento na teoria dos freios e contrapesos. (art. 48, X CRFB/88). O fundamento da criação de órgão é o principio da eficiência administrativa.
Características dos órgãos públicos
Não tem personalidade jurídica = ente despersonalizado
Não tem patrimônio
Não tem capacidade processual
Não tem capacidade postulatória
Teoria dos órgãos ou teoria da imputação volitiva
A vontade manifestada pelos órgãos públicos e seus agentes são de responsabilidade do ente federativo o qual o órgão pertença. Trata-se da responsabilidade civil objetiva que tem fundamento na teoria do risco administrativo. (desde 1946)
Responsabilidade civil objetiva
A responsabilidade do ente federativo independe de prova de culpa bastando apenas três elementos para caracterizar a responsabilidade: dano, nexo de causalidade, ação ou omissão estatal.
Obs. Em razão da repartição de ônus ou encargos pela qual a sociedade reporte os riscos e a responsabilidade por pagar obras e indenização, assim não é toda e qualquer ação ou dano que o Estado será condenado a indenizar a vitima, isto porque não é adotada no Brasil a teoria do risco integral.
Obs. As pessoas jurídicas de direito publico (União, Estados, DF, e Municípios) e as prestadoras de serviços públicos com personalidade jurídica de direito privado tem responsabilidade civil objetiva por suas ações ou omissões sejam atos lícitos ou ilícitos, desde que violem os direitos de outrem causando danos.
Excludentes da responsabilidade estatal
Há três hipóteses que afastam a responsabilidade civil do Estado
Culpa exclusiva da vitima
Caso fortuito ou força maior
Atos de terceiros
Obs. As excludentes devem ser arguidas na peça de defesa (contestação) e provadas. Assim o ônus da prova é invertido cabe ao Estado provar que não tem responsabilidade sobre a ação ou omissão.
Prazo prescricional
De acordo com o artigo 206 C.C/02 as ações de ressarcimento contra fazenda publica prescrevem com três anos. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores. Se o servidor agiu de forma irregular ou irresponsável deve ser condenado por meio de uma ação regressiva. Artigo 37 §6º Artigo 37 §6º CRFB/88 e artigo 22 §2º lei 8112/90 estatuto do servidor publico.
14/08/17
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Principio da legalidade – É um principio basilar que garante aos administrados que a atividade administrativa será praticado em conformidade com a lei.
Os indivíduos no campo privado tem liberalidade para tudo o que a lei não proíbe, já a administração publica tem os atos vinculados a lei, dessa forma a administração publica não tem liberalidade nem vontade pessoal. Assim os servidores públicos e autoridades devem obedecer, cumprir e por em pratica a norma e os princípios. A discricionariedade administrativa é a margem de liberdade que detém o gestor publico para fazer opções de acordo com a lei. Os elementos nucleares da administração são, a conveniência e a oportunidade.
A discricionariedade não excepciona a legalidade.
Não se pode confundir principio da reserva legal com principio da legalidade, isto porque legalidade significa a submissão dos agentes públicos ao império das leis, já a reserve legal significa a forma de regulamentação de determinadas matérias que dependem de lei.
Reformatio in pejus – De acordo com a lei 9784/99 artigo 65 PÚ c/c artigo 182 PÚ lei 8112/90 é vedado revisar processos administrativos e agravar a situação do recorrente, contudo no restabelecimento da legalidade no sentido de adequar a punição à previsão legal, é admitido o agravamento da sansão aplicada. Nos processos administrativos a autoridade administrativa tem amplos poderes revisionais podendo julgar além do que foi pedido reformando a decisão e agravando-a.
Principio da impessoalidade – sintetiza a igualdade ou isonomia, visa dar tratamento igual aos administrados que se encontrem na mesma situação jurídica. O artigo 2º, III da lei 9784/99 prevê objetividade no atendimento do interesse publico sendo vedado promoção pessoal de agentes ou autoridades. Nesse sentido o administrador deve prestigiar o interesse da coletividade sendo vedado o favorecimento de uns em detrimento de outros. O artigo 37 §1º CRFB/88 prevê que é vedado a utilização da maquina administrativa para promoção pessoal. O desrespeito ao principio da impessoalidade gera desvio de finalidade viciando o ato tornando-o passível de anulação pela própria administração ou pelo poder judiciário conforme Sumula 473 STF
Principioda moralidade – A boa administração deve gerir a coisa publica e praticar atos administrativos de forma proba com honestidade, ética e boa fé. É certo que a moralidade do ato administrativo deve se amoldar a legalidade e a finalidade publica que são pressupostos de validade sem os quais a atividade administrativa seria ilegítima.
Principio da publicidade – O direito fundamental a informação está consubstanciado do dever jurídico da administração prestar informações sobre assunto de interesse particular ou coletivo, de prestar contas de suas despesas e receitas por ser indispensável a fiscalização e o controle dos atos administrativos pelos órgãos de controle externo ou através da participação popular por ser inerente ao sistema democrático e republicano, fundamentado na teoria dos freios e contrapesos. Por outro lado o ato administrativo para ser valido deve preencher os elementos formais entre eles a publicação em diário oficial. Artigo 5º, XXXIII e XXXIV CRFB/88
Principio da eficiência – Foi introduzido com a reforma administrativa deve buscar resultados satisfatórios e positivos. A eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, ou seja, a redução das custas e resultados que alcancem o interesse publico.
LEGALIDADE 
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
PUBLICIDADE
EFICIENCIA
Principio da supremacia do interesse publico sobre o interesse pessoal – são prerrogativas do poder publico usar o seu poder de império limitando direitos individuais em prol da sociedade no exercício do poder de policia; punir o administrado e o servidor por infrações legais; são prerrogativas do Estado intervir na propriedade que não esteja cumprindo sua função social podendo até retira-la do seu dono compulsoriamente para fins de desapropriação e ainda impor nos contratos clausulas exorbitantes que dão privilégios ao Estado de alterar unilateralmente os contratos, fiscalizar a execução e aplicar multas pela inexecução total ou parcial do contrato.
Principio da indisponibilidade do interesse publico pela administração – A administração publica atua em nome de toda sociedade a livre disposição de seus bens e interesses públicos que são confiados ao administrador para sua gestão e nunca para livre disposição.
Os agentes públicos por força desse principio não podem renunciar deveres nem tão pouco ter liberdade com o dinheiro publico. De acordo com o artigo 2º, II lei 9784/99 os agentes não podem renunciar total ou parcialmente poderes e competências ressalvados autorização legal. 
A administração não pode usar meios judiciais ou administrativos para repelir a turbação, o esbulho e a indevida utilização de áreas publicas. É indisponível ao Estado propor ação regressiva contra o servidor causador do dano.
21/08/17
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS
Principio da motivação – os atos administrativos devem ser motivados com a exposição dos fato e fundamentos jurídicos que impulsionam a decisão administrativa. Assim de acordo com o artigo 50 da lei 9784/99 deve expor os motivos quando negarem os fatos ou limitarem o direito ou interesse publico ou ainda quando impõem ou agravem deveres. Pela teoria dos motivos determinantes a motivação utilizada pelo agente publico deve ser clara, explicita ou concluente e está vinculada com a verdade, assim a motivação vincula o ato, e se a motivação for falsa o ato estará eivado de vícios tornando-o passível de anulação pela própria administração ou através de controle judiciário .
Exceção a regra – a autoridade administrativa tem liberdade para nomear e exonerar os servidores em cargo de direção, ou seja, aqueles que adentram os quadros de servidor sem concurso publico.
Cargos comissionados – são destinados a chefia, direção, e assessoramento. Sumula vinculante 13.
Principio da autotutela –é a prerrogativa da administração publica. Através dos agentes administrativos e autoridade de fazer revisão de seus próprios atos e quando necessário poderá revoga-los, utilizando juízo de valoração sobre os critérios de conveniência ou oportunidades, podendo ainda anula-los em razão de vícios de legalidade. Artigo 53 da lei 9784/99. Na revisão de um processo administrativo a autoridade tem amplos poderes revisionais, podendo confirmar, modificar, anular ou revogar total ou parcialmente a decisão recorrida, devendo apenas obedecer o contraditório para que o prejudicado possa apresentar suas alegações conforme art. 64 lei 9784/99.
Revogação – ato privativo da administração publica
Anulação – ato administrativo e imperfeito
Sumula 473 STF e artigo 6º lei 8987/95
ATOS ADMINISTRATIVOS
É toda manifestação unilateral de vontade da administração publica que agindo nessa qualidade tenha por fim imediato, adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, ou declarar direito de impor obrigações a própria administração publica ou administrados.
Elementos essenciais do ato administrativos
Competência – É um poder do agente publico para o desempenho específico de suas funções. Ela é oriunda da lei e por ela limitada. Autoridade competente para expedir um ato se não houver impedimento legal pode delegar parte de sua competência a outro órgão ou agente publico. Conforme artigo 11, e 12 da lei 9784/99.
O ato ou delegação é feito por decreto deve ser solene e expor os atos e limites, e poderes transferidos ou delegados a qualquer tempo. Conforme art. 14 PÚ lei 9784/99
Não pode ser objeto de delegação.
Ato de caráter norma
Decisão de recurso administrativo
Matéria de competência exclusiva
Finalidade – a finalidade é um elemento que vincula o ato, já que o ato deve pretender alcançar o interesse publico. O desrespeito a este elemento vicia o ato e constitui abuso de poder sob a forma de desvio de finalidade.
Forma – os atos devem ser solenes, por escrito e publicados no diário oficial de acordo com artigo 6º PÚ lei 8666/93.
É nulo e de nenhum efeito o ato verbal.
28/08/17
Motivo – são as razões de fato ou de direito que impulsionaram a manifestação de vontade do agente publico. A motivação é um pressuposto de direito que se baseou no agente publico para manifestação do ato, portanto o motivo deve ser legal e valido.
O STF já decidiu que o ato administrativo que restrinja, amplie, ou defina direitos dependendo de motivação. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, o motivo do ato deve guardar compatibilidade com situação fática, ou seja, perfeita correspondência entre decisão e realidade sob pena do ato estar eivado de vícios.
Tredestinação – dar destinação diferente da originaria. Obs. Quando a Tredestinação é para atender interesse publico é licita.
Objeto – É também chamado de conteúdo do ato. É a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. É o resultado pratico que o órgão administrativo pretendeu alcançar. O objeto deve ser licito e possível.
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Presunção de legalidade, veracidade ou legitimidade – Em razão da superioridade da administração publica enquanto não sobrevier pronunciamento de nulidade os atos administrativos são legais e validos, portanto cabe a parte o ônus probatório contra a administração publica. A presunção é relativa e admite o contraditório, contudo, na via administrativa ou judicial será levada em consideração a fé do rito.
Auto-executoriedade – A administração tem o poder de materializar suas decisões imediatamente sem ordem judicial, ou decisão de legislativo, a auto-executoriedade autoriza a utilização de medidas coercitivas caso seja necessário.
Tipicidade – Indica que o ato deve estar tipificado em lei, em especial qual é a autoridade competente para expedir o ato.
Validade e eficácia do ato administrativo – O ato administrativo é considerado valido quando foi expedido em estrita observância aos requisitos legais, se o ato não se compatibiliza com a norma deve ser declarada sua inviabilidade. A eficácia é a aptidão para produção de efeitos, ou seja, quando o ato completa seu ciclo de formação.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOSAtos normativos – São aqueles expedidos pelo poder executivo no exercício de sua função regulamentar.
São atos que contém comando geral visando a correta aplicação da lei. Não são atos normativos primários e sim secundários, ou seja, destinam-se a explicar a aplicação e cumprimento da lei. Ex. decretos autônomos.
Atos ordenatórios – São aqueles que visam ordenar, coordenar e disciplinar o funcionamento interno e a conduta dos agentes públicos. Tais atos emanam do poder hierárquico, são eles, portarias, ordem de serviços, circulares, avisos e etc.
Atos negociais – São aqueles que visam a concretização de negócios jurídicos públicos ou a atribuição de certos direitos e vantagens ao particular. Tais atos são expedidos a pedido do particular e a critério da administração publica.
Licença – É ato vinculado e deve ser expedido mediante cumprimento dos requisitos legais pela parte interessada, assim o particular tem direito subjetivo a expedição dentro de um prazo razoável (não há revogação)
Licença edilícia – Para construir a licença é ato vinculado, em regra não pode ser revogado, contudo, em razão da edição de uma nova lei que torna incompatível a manutenção da licença esta será revogada.
Autorização – é ato administrativo unilateral, discricionário e precário. A precariedade do ato autoriza a administração revoga-lo a qualquer tempo sem qualquer direito a indenização ao particular.
Permissão de uso do bem publico – É ato unilateral, oneroso ou gratuito, a pedido do particular e visando a utilização de espaço publico para atividade econômica. É ato de natureza precária e pode ser revogado a qualquer tempo. Ex. banca de jornal.
Ato enunciativo – são aqueles que se limitam a reproduzir, registar ou declarar uma situação fática. São expedidos por autoridades ou especialistas. Ex. laudos
Atos punitivos – são aqueles que impõem uma penalidade pelo descumprimento de normas, ou seja, em relação aos servidores ou administrados. Ex. multas
04/09/17
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA INDIRETA
Autarquias (art. 5º, I decreto lei 200/67 e art. 37 XIX CRFB/88)
Características
Entidade autônoma
Criada e extinta por lei especifica
Personalidade jurídica de direito publico
Objeto – exerce atividade típica do Estado
Patrimônio – bens públicos
Os bens públicos possuem as seguintes características:
Impenhoráveis
Imprescritíveis – não podem ser usucapidos
Inalienáveis
Para a venda de bens públicos devem ser observados os seguintes requisitos;
Desafetação do bem
Autorização do legislativo
Avaliação do bem
Licitação (art. 17 lei 8666/93)
Não tem fins lucrativos
Regime jurídico
Acesso aos cargos dependem de concurso publico (art. 37, II CRFB/88)
Regime estatutário (servidor publico)
Para perderem os cargos dependem de PAD
Atos praticados gozam de presunção de veracidade, imperatividade, e auto-executoriedade.
Os contratos dependem de prévio procedimento licitatório as autarquias podem inserir nos contratos as chamadas clausulas exorbitantes que dão privilegio a administração, dentre eles alterar unilateralmente os contratos, reincidi-los, fiscaliza-los e aplicar sansões pela inexecução total ou parcial do contrato.
As custas são pagas ao final do processo se a autarquia for vencida.
Tem as prerrogativas da fazenda publica (prazos processuais – art. 183 CPC)
TUTELA ADMINISTRATIVA (CONTROLE DE QUEM CRIOU A ENTIDADE SOBRE A ENTIDADE)
Controle ministerial (controle finalístico) – De acordo com art. 19 c/c 26 do decreto lei 200/67 as entidades autônomas são controladas pelos ministérios de acordo com a área de atuação. O controle ministerial visará essencialmente assegurar o cumprimento dos programas de governo, metas e a eficiência administrativa (só controla a finalidade)
Controle politico – as diretorias são indicadas pelo executivo e aprovada pelo legislativo. Os dirigentes e os suplentes são indicados pelo chefe do executivo e os respectivos nomes são aprovados pelo poder legislativo (art. 5º, III, “e” CRFB/88)
Controle financeiro – cabe ao congresso nacional a fiscalização contábil financeiro e orçamentário de todas as entidades da administração indireta através de controle externo com auxilio do tribunal de contas (art. 70 e 71 CRFB/88).
A responsabilidade civil é objetiva (art. 37 §6º CRFB/88) e teoria do risco administrativo (independe de prova de culpa).
AGENCIAS REGULADORAS
Entidades autônomas
Natureza autárquica
Descentralizada
Autonomia administrativa e financeira
Status de autarquia especial
Diferença das agencias reguladoras
Poder normativo técnico – as agencias podem criar normas técnicas (instituições normativas) de caráter geral, mas de natureza secundaria
Autonomia da diretoria – a diretoria tem direito a mandato fixo e é indicada pelo chefe do executivo e depende de aprovação do poder legislativo antes da nomeação, contudo o artigo 5º da lei 9986/00 determina o cumprimento de alguns requisitos:
Ser brasileiro
Reputação ilibada
Curso superior completo
Elevado conhecimento técnico
Obs. Cargos de livre nomeação de natureza ad nuntum isto porque a diretoria só perderá o cargo por ilegalidade, ou seja, infrações funcionais mediante PAD e sentença judicial transitada em julgado (art. 6º c/c 9º lei 9986/00
FUNDAÇÕES PUBLICAS 
São entidades autárquicas com as mesmas prerrogativas da fazenda publica e o mesmo sistema de controle
ESTATAIS
Sociedade de economia mista (art. 5º, III DL 200/67)
Empresa publica (art. 5º, II DL 200/67)
Características
Personalidade jurídica de direito privado
Artigo 173 §1º, II CRFB/88 – sujeitas as normas de direito privado (trabalhista, fiscal, comercial)
As estatais não terão privilégios
Objeto de exploração de atividade econômica e comercialização de bens
Diferença
Composição do capital (empresa publica é de 100% do dinheiro publico e na sociedade de economia mista é de 51% das ações com direito a voto)
Forma de comercialização
Criação – de acordo com art. 37, XIX CRFB/88 as estatais são criadas por lei autorizativa, contudo o nascimento da personalidade jurídica depende de registro nos órgãos oficiais, ou seja, requisitos de qualquer empresa privada.
Regime do trabalhador
Acesso aos cargos depende de concurso, contudo, o regime jurídico é CLT.
Em regra as estatais devem observar o art. 37, XI CRFB/88, ou seja, o teto remuneratório, contudo as estatais que não dependam de dinheiro publico para custear a folha de pagamento estão desobrigadas de cumprir a regra constitucional.
25/09/17
ATO ADMINISTRATIVO
Classificação dos atos administrativos
Quanto ao grau de liberalidade
Discricionário
Vinculado
Quanto a formação do ato
Ato simples – são aqueles que resultam da manifestação de vontade de um único órgão seja ele singular ou colegiado. Ex. decreto expropriatório.
Ato composto – são praticados por um único órgão mas dependem de verificação ou conferencia por parte de outro órgão como condição de exigibilidade (um ato principal e outro secundário). Ex. certidões ou declaração de tempo de serviço.
Ato complexo – são formados pela conjugação de dois ou mais órgãos. A manifestação de vontade dos dois órgãos são elementos de existência do ato. São independentes e ambas vontades são imprescindíveis para formação e perfeição do ato. Ex. nomeação dos Min. Do STF, diretoria das agencias regulador as, aposentadoria.
Quanto ao objeto
Atos de império – são aqueles que autoridade expede utilizando as prerrogativas publicas, ou seja, supremacia do interesse publico. Ex. demolição, desapropriação.
Atos de gestão – são chamados atos negociais pelos quais o poder publico se equipara ao particular não podendo utilizar as prerrogativas publicas. Ex. seguro e emplacamento de carros da prefeitura.
Atos de mero expediente – atos do cotidiano da administração publica utilizando as prerrogativas publicas.
Quanto ao conteúdo
Atos constitutivos – são aqueles em que a administração cria nova situação jurídica a pedido da parte interessada.
Atos declaratórios – são aqueles que visam preservar direito ou afirmar situações pré-existentes.Ex. laudo técnico
Atos extintivos – são aqueles que extinguem atos anteriores.
Formas de extinção do ato
Revogação – é a forma de extinção de ato discricionário, perfeito, valido e precário. Podendo a administração extinguir a qualquer tempo utilizando dois critérios: conveniência e oportunidade. Ex nunc.
Anulação – é a forma de extinção de atos ilegais, viciados, imperfeitos desde a origem, 
Cassação – é a retirada do ato administrativo por ter seu beneficiário descumprido condição indispensável para manutenção do ato, trata-se de um ato punitivo. Ex. cassação de licença.
Caducidade – ocorre quando o poder legislativo edita nova lei exigindo novos requisitos indispensáveis para o exercício da atividade.
Contraposição – (derrubada) – ocorre quando o poder judiciário edita por sentença com base em suas competências ato diferente daquele expedido pelo poder executivo. Apesar do artigo 125 da lei 8112/90 determinar que as instancias são independentes o artigo 5º, XXV CRFB/88 determina a inafastabilidade do poder judiciário dessa forma qualquer ato administrativo pode ser modificado por meio de controle judicial. O artigo 126 da lei 8112/90 determinar que a sentença penal pode modificar decisão administrativa, se reconhecer a absolvição por autoria ou materialidade.
Renuncia – é a retirada do ato a pedido da parte interessada.
Uso e abuso de poder
Uso de poder – os poderes administrativos são instrumentos de ação do estado que devem ser utilizados para alcançar o bem comum, dessa forma os poderes confiados ao administrador para atuar em beneficio da coletividade, por outro lado o abuso de poder é uma ilegalidade que nulifica o ato tornando-o passível de revisão pela própria administração ou pelo judiciário. O abuso de poder se divide em excesso de poder e desvio de finalidade.
Excesso de poder – a autoridade esta no uso das suas atribuições cumprindo determinação do superior hierárquico, contudo vai além, ou seja, excede de suas faculdades devendo o servidor responder apenas pelo excesso.
Desvio de finalidade – o agente publico é autoridade competente mas utiliza as prerrogativas publicas para alcançar interesse meramente
09/10/17
Abuso de poder
A autoridade administrativa deve exercer suas funções cumprindo a lei e os princípios. O poder confiado ao administrador deve ser utilizado em beneficio da coletividade nos justos limites do bem estar social, a utilização desproporcional do, o emprego da força e a violência com o cidadão constitui abuso de poder não tolerado pelo direito e que resulta nulidade do ato praticado. O abuso de poder poderá sofrer diferentes consequências: cíveis, criminais e politicas.
Administrativas – a autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade no serviço publico deve apurar e punir o servidor infrator. As penalidades para o administrador são: advertência, suspenção, demissão, cassação de aposentadoria, e destituição do cargo. (art. 127 da lei 8112/90 c/c art. 12 da lei 8929/92 e art. 6º lei 4898/65)
Cíveis – o servidor que cometer abuso de poder deverá ressair o erário (recursos financeiros públicos) todos os prejuízos causados a administração publica e a terceiros conforme art. 122 da lei 8112/90 o dever de indenizar estende-se aos herdeiros. A responsabilidade do servidor é subjetiva portanto depende de prova de culpa e este pode usar em seu favor as excludentes de responsabilidade. Por força do principio da indisponibilidade o estado tem o dever jurídico de propor ação regressiva contra o servidor causador do dano.
Penais – copia da sindicância e do PAD deve ser encaminhado ao Ministério Público para que este ofereça denuncia e apure a responsabilidade criminal do servidor. Os artigo 89 a 92 da lei 8666/93 prevê pena de detenção para os servidores que fraudarem o procedimento licitatório objetivando vantagem. O artigo 6º da lei 4898/65 prevê sanções penais para aquele que comete abuso de poder. O servidor que for condenado a pena privativa de liberdade superior a quatro anos.
Politicas – o abuso de poder pode sujeitar o infrator a suspensão dos seus direitos políticos e até se tornar inelegível conforme art. 7º lei 9504/97 c/c art. 12 lei 8429/92
OMISSÃO ADMINISTRATIVA
Ocorre na inercia do administrador, que deixa de agir com maior ou menor extensão e constitui abuso de poder quando a autoridade tem o dever jurídico de praticar o ato, ou seja, deve cumprir faticamente politicas publicas, dessa forma a omissão especifica e caracterizada como abuso de poder em razão do poder dever da administração publica quando alei expressamente exigir, apesar da discricionariedade administrativa no que se refere a implantação de politicas publicas os tribunais vem relativizando a discricionariedade e condenando o Estado pela omissão administrativa (responsabilidade civil).
Omissão genérica - Se caracteriza quando uma situação imprevisível, a responsabilidade vai ser subjetiva e depende de prova de culpa.
Omissão especifica – se caracteriza quando ocorre uma situação previsível, a responsabilidade civil vai ser objetiva independe de prova de culpa.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Os poderes administrativos são elementos indispensáveis para alcançar o interesse publico. Esses poderes se caracterizam por ser uma prerrogativa irrenunciável e deve ser utilizado nos limites da competência do agente publico e este poderá ser responsabilizado pela ilegalidade do exercício de suas funções.
Poder vinculado
Poder discricionário
Poder hierárquico
Poder regulamentar
Poder disciplinar
Poder de policia
Pode hierárquico
É a prerrogativa conferida ao administrador publico para distribuir, ordenar, e coordenar além de rever atos praticados pelos subordinados e ainda escalonar funções estabelecendo uma relação de hierarquia e subordinação. Através deste poder a autoridade pode delegar e avocar competências e dar ordens de serviço.
Poder regulamentar
De acordo como artigo 84, IV CRFB, cabe ao chefe do executivo expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis. O poder regulamentar e secundário e limitado, dessa forma os decretos e regulamentos dependem de lei definindo regras primarias. Se o executivo exorbitar, disciplinando além da vontade do legislador cabe ao poder legislativo sustar os efeitos do regulamento devolvendo a matéria para o executivo. O STF já decidiu que o poder de sustação do legislativo não é poder modificativo, portanto não cabe emendar, modificar ou anular o ato normativo, mas tão somente sustar os efeitos do regulamento.
Poder disciplinar
É a prerrogativa conferida ao administrador de aplicar sanções por infrações a lei. A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade tem o dever jurídico de punir o infrator de conformidade com a lei. Os instrumentos de punição são a sindicância e o PAD. As penalidades contra o servidor são: advertência, suspenção, demissão, cassação de aposentadoria, e destituição do cargo. (art. 127 da lei 8112/90 c/c art. 12 da lei 8929/92 e art. 6º lei 4898/65).
Sindicância – é um instrumento investigativo e inquisitorial tendente a colher provas (instrumentos bastante suficiente para aplicação de penalidade) durante a investigação não há contraditório (ampla defesa) contudo, se for aplicada qualquer penalidade deve ser oferecido o contraditório.
Natureza jurídica – investigativa e punitiva – a sindicância é instrumento de aplicação de penas leves (multa, advertência, e suspenção de ate 30 dias)
A sindicância poderá resultar
Arquivamento se não forem encontradas provas
Aplicação depenas leves (multa, advertência, e suspenção de ate 30 dias)
Instauração de PAD
Sempre que o ilícito cometido pelo servidor resultar na aplicação de penalidade superior a 30 dias de suspenção o PAD e obrigatório.
Obs. Nos processos administrativos e admitido medidas cautelares de afastamento preventivo antes da conclusão do processo. Tudo para que o servidor não venha influenciar no andamento da investigação e no processo conforme art. 147 da lei 8112/90. O afastamento será de 60 dias sem prejuízo de remuneração.
Processoadministrativo disciplinar PAD
É um processo de rito ordinário que se desenvolve em três fases:
Instauração
É feita por portaria da autoridade competente com o nome do servidor e a suposta infração, além de indicar a comissão processante que é composta por três servidores estáveis.
Inquérito administrativo
Instrução – colheita de provas, ou seja, pericias, acareações, oitiva de testemunhas, e depoimento pessoal do servidor. Após a instrução probatória irá tipificar a infração cometida e indicar o servidor.
Defesa – com o indiciamento o servidor será citado para oferecer no prazo de dez dias sua defesa. Se não apresentar sua defesa ele é considerado revel, contudo a revelia não produz os efeitos do processo civil, isto porque será indicado um defensor dativo para produzir a defesa em um prazo de produzir a defesa em um prazo de mais 10 dias .
Obs. A sumula vinculante Nº 05 diz que não é obrigatória a presença do advogado.
Relatório – a comissão diante das provas e da defesa deve elaborar um relatório conclusivo e optativo quanto a inocência ou condenação do servidor.
Julgamento
A autoridade que instaurou o processo diante de todo conjunto probatório não esta obrigado a julgar de acordo com o relatório e sim de acordo com o conjunto probatório.
Obs. A sindicância tem prazo de 30 dias podendo ser prorrogado por igual período.
Obs. O PAD tem prazo de 60 dias podendo ser prorrogado por igual período.
O julgamento tem prazo de 20 dias, contudo o julgamento fora do prazo não constitui nulidade do processo, conforme art. 167 c/c 169 da lei 8112/90.
23/10/17
Poder de policia 
Destina-se a assegurar o bem estar geral impedindo, através de ordem, proibições, apreensões o exercício antissocial aos direitos individuais, o uso abusivo da propriedade ou a pratica de atividades prejudiciais a coletividade.
Expressando-se em um conjunto de órgãos e serviços públicos incumbidos de fiscalizar, controlar e deter atividades individuais que se revelem contrárias a higiene, a saúde, a ética urbana, até a fonte normativa.
Fundamentos do poder de policia
Supremacia do interesse publico sobre o interesse privado
Restabelecimento da ordem publica – o poder de policia é vinculado a lei e por ela limitado, dessa forma, não pode o fiscal inovar e sim cumprir a lei. Em regra os atos de policia administrativa, se restringe aos atos de fiscalização. 
O poder de policia pode ser exercido de forma repressiva e preventiva.
Em tese o poder de policia limita os direitos individuais em prol da coletividade. Restringe os direitos e liberdades. No exercício do poder de policia a fiscalização pode cobrar taxas.
As prerrogativas de poder de policia não podem ser delegadas assim somente as entidades com personalidade de direito de direito publico podem exercer o poder de policia (entes federativos, agencias reguladoras, autarquias, IBAMA, etc. A policia administrativa poderá restringir o uso da propriedade e ate retira-la pela desapropriação mediante indenização justa, previa e em dinheiro.
POLICIA ADMINISTRATIVA – busca através de ações preventivas e repressivas que futuros danos causados pela persistência de um comportamento regular de um individuo se sobreponha ao interesse da coletividade.
Cabe a policia administrativa a manutenção da ordem, a vigilância e proteção da sociedade assegurando direitos individuais. Esse poder incide sobre direitos e atividades.
POLICIA JUDICIARIA – tem como finalidade auxiliar o poder judiciário na investigação de crime e na perseguição de criminosos. Esse poder incide sobre pessoas e é exercido pelo policia civil e militar
Atributos e características do poder de policia
Discricionariedade – é ato de fiscalização determinado por lei, portanto esse poder é vinculado, contudo a discricionariedade se refere ao momento da fiscalização do ato e ao juízo de valoração do quanto da pena a ser aplicada.
Auto-executoriedade – no exercício da fiscalização a auto-executoriedade diante de qualquer irregularidade poderá decidir e executar a sua função independentemente de ordem judicial, impondo obrigações diretamente.
Coercibilidade – é um tributo que autoriza o uso da força na medida proporcional ao agravo cometido pelo particular.
Procedimento licitatório
É um processo administrativo vinculado por meio do qual os entes da administração publica e aqueles que por ela é controlado, selecionam a proposta mais vantajosa entre as varias aferidas com o objetivo da celebração do contrato para aquisição de bens e serviços.
A licitação destina-se a garantir o principio da isonomia e inicia com a fase interna mediante autorização da autoridade competente em razão da demanda e orçamento suficiente aprovado que garanta a despesa. 
As micro e pequenas empresas tem direito a um tratamento diferenciado que deve favorecer lhe no momento do julgamento da licitação, assim se houver empate entre as propostas, a microempresa deve ser declarada a licitante vencedora.
Em igualdade de condições se houver empate, os critérios de desempate a serem observados são:
Produtos produzidos no pais
Procedimentos prestados por empresas brasileiras
Empresas que invistam em tecnologia e pesquisa
Empresas que tenham em seus quadros pessoas com deficiência ou reabilitados pelo INSS
Qualquer pessoa pode acompanhar o procedimento licitatório e denunciar ao MP e ao TCU irregularidade na licitação
MODALIDADES LICITATÓRIAS
CONCORRÊNCIA – procedimento licitatório adotado em razão da estimativa da contratação 
Abrangência 
Sujeito – qualquer interessado que comprove os requisitos mínimos. Exige habilitação preliminar
Objeto 
Obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00
Compras e serviços que não sejam de engenharia acima de R$ 650.000,00
Compras e alienação de bens imóveis
Concessões de direito real de uso
Licitações internacionais .
Obs. A concorrência se aplica aos caos em que couber tomada de preços e convite
TOMADA DE PREÇOS - procedimento licitatório adotado em razão da estimativa da contratação 
Abrangência 
Sujeito 
Interessados devidamente cadastrados – exige cadastramento correspondente a fase de habilitação
Interessados não cadastrados que atenderem as condições exigidas para o cadastramento até o 3º dia anterior a data do recebimento das propostas.
Objeto
Obras e serviços de engenharia de até R$ 1.500.000,00
Compras e serviços que não sejam de engenharia até R$ 650.000,00
Licitações internacionais se a administração possuir cadastro internacional.
Obs. A tomada de preços se aplica aos casos em que couber convite
CONVITE - procedimento licitatório adotado em razão da estimativa da contratação 
Abrangência 
Sujeito
Convidados interessados do ramo pertinente ao seu objeto. Cadastrados ou não. No mínimo três participantes.
Cadastrados que manifestem interesse em até 24 horas antes do prazo de entrega das propostas.
Objeto
Compras e serviços de engenharia de até R$ 150.000,00
Compras e serviços que não sejam de engenharia de até R$ 80.000,00
Licitação internacional, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no pais
Obs. O instrumento convocatório é a carta convite. Não há edital
LEILÃO – procedimento licitatório adotado em razão da natureza do objeto. É adotado para alienações.
Objeto do leilão
Bens moveis que não servem para administração, até o valor de R$ 650.000,00
Bens imóveis cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais e dação em pagamento
Produtos legalmente apreendidos ou penhorados
Características
Permite a participação de qualquer interessado
Não há exigência de habilitação
É vencedor do leilão aquele que oferecer o melhor lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
CONCURSO – procedimento adotado em razão da natureza do objeto. Utilizado para escolha de: trabalho técnico, cientifico, e artístico. Serviços técnicos, profissionais especializados.
Procedimento – constituição de comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame. O julgamento é realizado pela comissão especial,conforme definido no regulamento do próprio concurso
PREGÃO – procedimento licitatório adotado em razão da natureza do objeto. Utilizado pra aquisição de bens e serviços comuns Lei 10.520/02 art. 1º
Objeto - bens e serviços comuns, ou seja, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, segundo especificações usuais do mercado (ficha técnica). Não se aplica a contratação de obras de engenharia, locações imobiliárias e alienações em geral. Decreto 5.450/05, art. 6º.
Pode ser utilizado para qualquer valor de contrato.
Adoção do pregão
Facultativo – Estados, Municípios, e DF (Lei 10.520/02 art. 1º)
Obrigatório – UNIÃO (Decreto 5.450/05 art. 4º)
Tipo de licitação – menor preço (Lei 10.520/02 art. 4º)
Modalidades de pregão
Presencial
Eletrônico
Peculiaridades do pregão
Inversão das fases – a habilitação dos licitantes é fase posterior a de julgamento das propostas.
Homologação ocorre depois da adjudicação. Pela regra o pregoeiro adjudica e a autoridade competente homologa. Porem ocorre exceção quando há interposição de recurso, a autoridade competente adjudica e homologa (Lei 10.520/02 art. 4º XXI e XXII) 
30/10/16
Procedimento licitatório (regra de julgamento das propostas)
Menor preço
Melhor técnica
Menor preço e melhor técnica
Menor lance ou oferta
Fases do procedimento (lei 8666/93)
Edital – é a lei do certame. É o ato convocatório. O edital deve conter as regras da licitação tais como objeto, prazos, formas de pagamento, formas de julgamento das propostas, critérios de reajuste, data de reabertura das propostas e etc.
Antes da publicação o edital deve ser analisado e revisado pela procuradoria (responsabilidade solidaria) conforme art. 38 PÚ
Habilitação – é a fase em que os licitantes entregam os documentos relativos a habilitação jurídica, qualificação econômica e financeira e regularidade fiscal (conforme art. 27 ao 30) a abertura dos envelopes contendo a documentação e as propostas serão sempre em publico (art. 43 § 1º).
Julgamento – a comissão irá realizar a comparação das propostas conforme critérios do edital. No julgamento a comissão deve adotar critérios objetivos, sendo vedados critérios sigilosos ou secretos que possam violar a isonomia entre os licitantes (conforme art. 44 e 45).
Homologação – é a aprovação e controle de todas as fases anteriores no sentido de restabelecimento da legalidade.
Adjudicação – é o ato que declara o licitante vencedor
Obs. 1 – Em qualquer fase do procedimento a administração publica pode desistir da contratação em razão de fato superveniente ao lançamento do edital e que possa justificar a decisão administrativa. Dessa forma o licitante vencedor não tem direito a indenização.
Obs. 2 - A anulação decorre de ilegalidade ou vícios praticados pela administração ou pelos licitantes. Em regra a anulação não gera direito a indenização, contudo se a empresa já realizou parcelas do contrato e não encontra-se envolvida na ilegalidade do procedimento tem direito de receber as parcelas do contrato conforme art. 49 c/c 59.
Obs. 3 – Os bens públicos possuem as seguintes características: inalienáveis, imprescritíveis, impenhoráveis.
Requisitos para venda de bens públicos.
Desafetação – desutilização
Avaliação – dar valor pecuniário
Lei autorizativa – teoria dos freios e contrapesos
Licitação na modalidade concorrência
Obs. Em regra a locação depende de licitação, contudo, esta será dispensada quando a escolha do imóvel for na localização adequada e o valor for compatível com o mercado.
Obs. Em regra a venda de bens imóveis depende de licitação, contudo, na venda para outro ente federativo a licitação será dispensada.
CONTRATAÇÃO DIRETA
Licitação dispensável – o art. 24 e incisos dispõe hipóteses em que a administração publica pode dispensar licitação. Ex. para serviços de engenharia de até R$ 15.000,00.
Inexigibilidade de licitação - ocorre quando o objeto do contrato não tem competidores (inviabilidade de competição).
O prestador de serviços deve possuir notória especialização e o serviço deve ser singular e único.
Obs. Os casos de dispensa ou inexigibilidade de procedimento devem se justificados conforme art. 26.
06/11/17
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
ARTIGO 55 DA LEI 8666/93
CONCEITO: É o ajuste que a administração pública firma com o particular. Podendo ser direita ou indireta. Em regra os contratos devem prever prazos de determinando o fim da contratação. É VEDADO CONTRATO INDERTERMINADO, contudo é cabível prorrogação com as devidas justificativas, prazo de até 60 meses, prorrogáveis por mais 12 meses. Art. 57 da lei 8666/93.
CLAUSULAS DE EXCEÇÃO
As cláusulas de exceção estão previstas no art.55 da lei 8666/93, dentre elas, direito e responsabilidade das partes e BENS REVERSIVEIS (bens que o governo transfere para a exploração do bem público, por parte do poder privado, ex: maquinas, caminhões, guindastes). Cabe ressaltar que nos contratos, a administração pública, pode pedir garantia para a utilização dos BENS REVERSIVEIS, assim sendo: Caução em dinheiro, seguro fiança no valor de 5% do valor do contrato.
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
Em regra os contratos são solenes, ou seja, por escrito; é NULO E SEM EFEITO, o contrato verbal, RESSALVADAS as compras com NOTA FISCAL até R$ 4.000 MIL REIAS.
OBS: N a contratação direita com NOTA FISCAL, até R$ 4.000 MIL REIAS.
CLAUSULA EXORBITANTE: Por força da supremacia do interesse público, a administração pública, tem a prerrogativa de alterar o contrato UNILATERALMENTE, os contratos quando houver modificação dos seus projetos amoldados em o=interesse público. 2. Reincidir unilateralmente o contrato. 3. Fiscalizar a execução.4. Aplicar sanções por inadimplemento total ou parcial dos contratos.
OBS: O contratado é obrigado a aceitar as imposições ESTATAIS, seja pra majorar ou suprimir suas obrigações no percentual de:
A) 25% PARA COMPRAS, OBRAS E SERVIÇOS.
B) 50% NOS CASOS DE REFORMA
ATENÇÃO: Havendo alteração que afete o equilíbrio econômico da empresa, o poder público tem o dever de restabelecer o equilíbrio econômico e financeiro da empresa.
ATENÇÃO: Não há irregularidade em contratos aditivos, a empresa é obrigada a aceitar a modificação, do contrato até 25% ou 50%, caso ultrapasse esse valor, somente se houver acordo entre as partes, art. 55 
A EMPRESA É OBRIGADA A ACEITAR, UM AUMENTO DO GOVERNO DE 15%?
R: Sim, a empresa tem por obrigação aceitar a modificação do contrato, tanto para mais ou menos desde que não ultrapasse 25% para compras e serviços e 50% para obras, caso a mesma não cumpra, sofrera sanções.
EXCEPTIVO NON ADIMPLE CONTRACTES (Descumprimento non adimple contractes)
Em regra a Exceção do Contrato Não Cumprindo, não é admitido nos contratos públicos com tudo a lei 8666/78 admite, esta clausula nos seguintes casos:
A) Suspenção da execução do contrato por ordem escrita, prazo superior a 120 dias.
B) O atraso superior a 90 dias, dos pagamentos pela administração pública.
OBS: Em ambos os casos, é ressalvado, ao ESTADO situações emergenciais e calamidades pública, até que a situação seja normalizada.
Teoria da imprevisão = Além da alteração unilateral do contrato a lei prevê alteração por vontade das partes ou ocorrência de fato superveniente, imprevisíveis que inviabilizam a conclusão do contrato. Nas hipótese de inexecução por culpa do contrato ou hipótese de fatos imprevisíveis, ou até previsíveis, porém, de consequências incalculáveis nos casos: FATO PRINCIPE, ADMINISTRAÇÃO, CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR.
A) Fato do Príncipe: Se caracteriza por ser uma situação imprevisível, extra contratual, extraordinário que prova profunda alteração na equação econômica ou financeira do contrato. São decisões governamentais com ou sem esfera, aleias aos contratos mas que causam forte reflexo inviabilizando, a manutenção da clausula econômica. Nessa situação, a empresa pode requerer o reequilíbrio econômico do contrato. Ex: Fora da esfera.
B) Caso Fortuito ou Força Maior: Em situações imprevisíveis,seja por força da natureza ou vontade humana, admitem a rescisão contratual por parte do contratado ou repartição dos prejuízos ou a manutenção dos contratos.
Administração: Se a Administração, publica, deixar de empregar a área, objeto para a execução do contrato, a empresa pode requerer a decisão contratual, por inadimplemento do Estado, sem que haja sanção administrativa. Artigo. 78, XVI
RESPONSABILIDADE CIVIL
As empresas contratadas, tem responsabilidade objetiva, por todos os danos causados durante a execução do contrato com fundamento na teoria do RISCO ADMINISTRATIVO. A não fiscalização do Estado, ou acompanhamento da obra, não transfere para a administração pública, a responsabilidade de indenização o lesado, assim, a responsabilidade do Estado não é solidaria, nem primaria, mas, sim secundaria e subsidiaria. Art. 70 e 71
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS:
Se houver inadimplemento total ou parcial do contrato a empresa deverá ser penalizada de acordo com a gravidade da inflação cometida. 
As sanções estão previstas nos artigos: 86 e 87
A advertência, multa suspenção do contrato e declaração de idoneidade. Art.87 § 3º, IV.
ATENÇÃO: No caso de Declaração de Idoneidade, a competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal.

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