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Legalização de Empresas no RJ

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DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
EUGENIZE BEZERRA LIMA 
 
 
 
 
 
LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
30/11/16 
 
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Unidade 1 – ABERTURA DA EMPRESA 
1.1. A importância do contador neste processo 
1.2. Idade mínima para ser titular de empresa 
1.3. Requisitos e impedimentos pessoais 
1.4. Documentos e providências necessárias 
 
Unidade 2 - FORMAS DE ATUAÇÃO 
 2.1. Autônomo 
 2.2. Empresário 
 2.3. Sociedade Empresária 
 2.4. Sociedade Simples 
 
Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 
3.1. Procedimentos 
3.2 Decisão de natureza jurídica 
3.3 Consulta Comercial 
3.4. Busca de nome e marca 
3.5. Solicitação do CNPJ Arquivamento do Contrato Social 
3.6. Inscrição Estadual Arquivamento do Contrato Social 
3.7. Arquivamento do Contrato Social 
3.8. Certificado do Corpo de Bombeiros 
3.9. Alvará de Licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda 
3.10. Licença Sanitária 
3.11. Licença Ambiental 
3.12. Matrícula no INSS 
3.13. Certificado Digital 
3.14. Notas Fiscais e Cupon Fiscal 
 3.15. Conectividade Social 
 3.16. Outras providências 
 3.17. Livro de Reclamação do Procon 
 3.18. Utilizando o Regin 
 
 
 
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UNIDADE I – ABERTURA DA EMPRESA 
1.1 - A Importância Do Contador na Abertura e Legalização Das Empresas 
A legalização de empresas é um processo burocrático necessário e que 
precisa ser bem conduzido por profissional competente. O profissional contábil é um 
dos, e muitas vezes o único, responsável pela formação, educação e disciplina de 
um bom empresário. Geralmente o empreendedor tem foco apenas na parte material 
que compreende a implantação do seu empreendimento. O processo de 
implantação envolve diversas dimensões. Trata - se de um organismo vivo que 
desde a sua criação irá impactar a sociedade com sua existência e atuação. 
Ao decidir pela abertura de uma empresa, seja ela de que porte for, o passo 
seguinte de um empreendedor deverá ser a procura de um profissional contábil de 
confiança, sério e capacitado. A ele caberá identificar todas as necessidades e 
indicar o plano correto da empresa, isto é, a modalidade em que a empresa irá se 
enquadrar e quais serão os passos para sua legalização. O conhecimento da 
legislação e das técnicas contábeis em conjunto com a experiência vivida no dia a 
dia, são ingredientes fundamentais para a prudente legalização de um 
empreendimento que é dinâmico, desde a sua abertura. 
A sincronia de procedimentos, observando-se métodos, prazos e 
consequências, é de extrema importância para a obtenção de sucesso em um 
trabalho de legalização . Se algo sair errado poderá ocorrer dispêndio de tempo, 
dinheiro, multas, e outros prejuízos até mais graves. Dentre as diversas aptidões de 
um profissional contábil, esta é apenas mais uma: sua atuação no processo de 
legalização de empresas 
 
1.2 - Idade Mínima para ser Titular de Empresa 
 Pode ser titular de empresa a pessoa natural, desde que não haja 
impedimento legal: 
1 - Maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre 
administração de sua pessoa e bens; 
2 - Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado: 
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1.3 - Requisitos e impedimentos pessoais 
1.3.1 Capacidade para ser sócio (pessoa física) 
Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal: 
a) maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre 
administração de sua pessoa e bens; 
b) menor emancipado: 
• por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver 
dezesseis anos completos. 
A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil 
das Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. 
• por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das 
Pessoas Naturais; 
• pelo casamento; 
• pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão 
da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou 
municipal); 
• pela colação de grau em curso de ensino superior; e 
• pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia 
própria. 
A Lei 13146 que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabeleceu 
novos instrumentos legais, que visam, no seu conjunto, proporcionar igualdade, 
acessibilidade, o respeito pela dignidade e autonomia individual, o que inclui a 
liberdade de fazer suas próprias escolhas. 
c) desde que assistidos, como segue, uma vez que são relativamente incapazes 
para a prática de atos jurídicos: 
 por seus pais ou por tutor: 
- maior de 16 anos e menor de 18 anos; 
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• pelo curador ou através do processo de “tomada de decisão apoiada”, ou seja, “o 
processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas 
idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para 
prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os 
elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade” 
(artigo 1.783A do Código Civil, introduzido pelo EPD). 
- Ébrios habituais e os viciados em tóxico (a lei deixa de fazer menção aos que, por 
deficiência mental, tenham discernimento reduzido); 
- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade (foi excluída a menção aos os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo); 
- Os pródigos. 
• de acordo com a legislação especial (art.4°, parágrafo único do Código Civil), o 
índio; 
d) desde que representados, como segue, uma vez que são absolutamente 
incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
• por seus pais ou por tutor: 
- o menor de 16 anos; 
e) pessoa jurídica nacional ou estrangeira. 
Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado 
A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente 
averbada no registro civil, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, 
simultaneamente, com o contrato. 
1.3.2. Impedimentos para ser Sócio 
Não podem ser sócios de sociedade limitada a pessoa impedida por norma 
constitucional ou por lei especial (vide Instrução Normativa DNRC nº 76, de 
28/12/1998), observando-se, ainda, que: 
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• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, 
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode participar de 
sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens; 
• os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação 
obrigatória, não podem ser sócios entre si, ou com terceiros; 
• pessoa jurídica brasileira: 
- em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, exceto 
partido político e sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a 
brasileiros e desde que essa participação se efetue através de capital sem direito a 
voto e não exceda a 30% do capital social; 
 1.3.3 - Impedimentos para ser administrador 
Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa: 
a) condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos 
públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, 
peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra 
as normas de defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou apropriedade, enquanto perduraram os efeitos da condenação; 
b) impedida por norma constitucional ou por lei especial: 
• brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: 
- em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e 
imagens; 
• estrangeiro: 
- estrangeiro sem visto permanente; 
A indicação de estrangeiro para cargo de administrador poderá ser feita, sem ainda 
possuir “visto permanente”, desde que haja ressalva expressa no contrato de que o 
exercício da função depende da obtenção desse “visto”. 
• natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional e que 
se encontre no Brasil; 
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• em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens; 
• em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de 
Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com 
assentimento prévio do órgão competente; 
• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, 
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de 
sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens; 
• pessoa jurídica; 
• o cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; 
• o funcionário público federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário 
estadual e municipal, observar as respectivas legislações. 
• o Chefe do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; 
• o magistrado; 
• os membros do Ministério Público da União, que compreende: 
- Ministério Público Federal; 
- Ministério Público do Trabalho; 
- Ministério Público Militar; 
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
• os membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição 
respectiva; 
• o falido, enquanto não for legalmente reabilitado; 
• o leiloeiro; 
• a pessoa absolutamente incapaz: 
• a pessoa relativamente incapaz: 
Observação: a capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio). 
 
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1.4. - Documentos e providências necessárias 
1.4.1 - Precauçãoes 
 Sempre que for tomada a decisão por empreender um negócio, alguns 
cuidados e precauções devem ser tomadas no que diz respeito à viabilidade para 
sua legalização. É importante lembrar que cada estado pode ter particularidades que 
devem ser observadas e que podem não estar contidas nos itens abaixo. Vejamos 
alguns exemplos destes cuidados: 
 Escolher um local adequado para exploração do negócio, levando em 
consideração itens como: localização, movimento de pessoas, força elétrica, 
telefonia, risco de enchentes, estacionamento, acesso, transporte público, 
conservação do imóvel, as adaptações necessárias do imóvel para o 
exercício da atividade etc.; 
 Verificar na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura. 
 Se o imóvel está regularizado e se possui HABITE-SE; 
 Se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de 
Zoneamento do Município; 
 Os pagamentos do IPTU referentes ao imóvel; 
 
No caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, 
assim como cadeiras na calçada, será necessário verificar o que determina a 
legislação local sobre o licenciamneto das mesmas (no município do Rio de Janeiro 
o requerimento é feito no portal da prefeitura “Rio Mais Negócios” e os documentos 
são os seguintes: 
 Alvará de Licença para Estabelecimento (cópia); 
 Alvará de Autorização Transitória ou o protocolo do processo de sua solicitação 
(cópia), quando se tratar de publicidade em evento; 
 Autorização do Condomínio, Ata de Assembleia ou Convenção, quando se tratar de 
anúncios instalados em coberturas ou telhados, empenas cegas, fachadas acima do 
piso do último pavimento, sobre marquises ou em suas testadas, área livre de imóvel 
quando este não for de uso exclusivo; 
 Cópia do CREA do profissional que assinar o projeto, quando a área do anúncio for 
superior a 20 m2 ou quando for instalado em cobertura ou telhado; 
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 Quando se tratar de publicidade em veículos automotores, apresentar o Certificado 
de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), Declaração da Resolução 
CONTRAN nº 254/2007 (ônibus, van escolar, táxi ou particular) ou da Resolução 
SMTR nº 1794/2008 (vans do tipo TEC) no caso de publicidade exibida na área 
envidraçada. Informar no projeto o local de guarda do veículo e sua placa; 
 Fotografia do local, em caso de paineis intalados em coberturas, telhados ou 
empenas cegas; 
 Licença de Obras atualizada em caso de anúncios colocados em imóveis em 
construção; 
 Procuração com firma reconhecida ou com cópia da identidade do procurador, se for 
o caso; 
 Projeto em três vias assinadas pelo requerente, preferencialmente em formato A4 ou 
A3, contendo título mencionando todas as características dos anúncios, tais como: 
pronto de instalação, tipo de material, tipo de iluminação, númerode faces com as 
respectivas mensagens, endereço da instalação, planta de fachada, corte e situação 
com todas as cotas indispensáveis à análise fiscal, assinatura e numero de inscrição 
no CREA do profissional responsável pela segurança do engenho, quando for 
instalado em cobertura ou telhado ou tiver área superior a 20 m2; 
 Prova de Direito ao Uso do Local, quando este não coincidir com o endereço 
constante do Alvará e a publicidade for instalada em área pública, em imóveis em 
construção, em imóveis integrantes do patrimônio federa, estadual ou municipal, 
veículos ou em bancas de jornais e revistas; 
 Termo de Registro na F/CLF-2 - Divisão de Publicidade, quando se tratar de anúncio 
exibido por empresa prestadora de serviço de publicidade, agenciamento de 
propaganda ou aluguel de espaço em imóvel para fins publicitários; 
 
1.4.2 – Documentação Necessária 
 Providenciar os seguintes documentos: 
 Cópia do IPTU do imóvel; 
 Contrato de locação (se o imóvel for alugado); 
 Cópia autenticada do RG dos Sócios; 
 Cópia autenticada do CPF/MF dos Sócios; 
 Cópia autenticada do comprovante de endereço dos Sócios; 
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 Comprovante de entrega de Declarações do IRPF, dos Sócios; 
 Se a atividade envolver prestação de serviços cuja profissão seja 
regulamentada, verificar as exigências e formalidades do Conselho 
Regional quanto à elaboração do Contrato Social, formação societária e 
responsabilidades técnicas. 
1.4.3 - Autenticação de Cópias de Documentos 
A autenticação de cópias de documentos que instruírem atos levados a 
arquivamento, quando necessário, poderá ser feita pelo próprio funcionário da Junta 
Comercial, mediante comparação com o documento original. 
 Procurações 
 Reconhecimento de firma - A procuração lavrada por instrumento 
particular deve ser apresentada com a assinatura reconhecida por 
Tabelião. 
 Representante de pessoa física domiciliada no exterior e pessoa Jurídica 
estrangeira - A procuração que designar representante de sócio pessoa 
física domiciliada no exterior, ou de pessoa jurídica estrangeira, deverá 
atribuir, aquele, poderes para receber citação inicial em ações judiciais 
relacionadas com a sociedade. 
 Procurações e outros documentos oriundos do exterior referentes a sócio 
pessoa física domiciliada no exterior ou pessoa jurídica estrangeira 
(enunciado 57 JUCERJA) Os documentos oriundos do exterior,para 
arquivamento na Junta Comercial, deverão ser consularizados perante a 
autoridade consular brasileira do país onde foram emitidos ou que tiver 
competência excepcional (caso não exista autoridade consular brasileira 
no país onde foi emitido o documento). 
§ 1° - Dispensa-se a consularizaçãoreferida no caput deste Enunciado 
quando o país do qual provier a procuração seja do mercosul ou tenha 
tratado específico com o Brasil, como é o caso de França e Portugal. 
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§ 2° - Também fica dispensada a consularização quando o documento 
contiver nele mesmo ou em folha anexa a comprovação de haver sido 
produzido nos termos da “Convenção sobre a eliminação da exigência de 
legalização de documentos públicos estrangeiros (Convenção de Haia da 
Apostila), promulgada pelo Decreto Federal n° 8.660/2016. 
A adesão à Convenção da Apostila está no contexto de medidas dos 
ministérios da Justiça e Cidadania e das Relações Exteriores que visa aprimorar a 
inserção do Brasil no sistema multilateral de cooperação jurídica originária da 
Conferência da Haia de Direito Internacional Privado. 
 
 A relação completa dos países signatários pode ser obtida em: 
https://www.hcch.net/pt/instruments/conventions/status-table/?cid=41. 
 Além da referida formalidade, deverão ser apresentadas traduções de tais 
documentos para o português, por tradutor juramentado, quando 
estiverem em idioma estrangeiro. 
1.4.4 Outras Informações Indispensáveis 
1.4.4.1 – Contrato Social 
 O contratrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras 
para o funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão 
competente. Caso a empresa se enquadre como Microempresa e/ou Empresa de 
Pequeno Porte, conforme a Lei Complementar 123 de 14/12/06. 
Ainda que não exista mágica capaz de garantir o sucesso de uma sociedade, 
um contrato maduramente discutido e que detalhe os reais objetivos e limites dos 
sócios é a base de uma sociedade que resiste às turbulências naturais das relações 
societárias. 
O Contrato Social é o instrumento jurídico de maior relevância dentro da 
empresa na medida em que, na observância da lei, tem o condão de adquirir, 
resguardar, transferir, conservar e/ou modificar direitos entre os sócios.. Em outras 
palavras, o contrato social é a ferramenta hábil a proteger a empresa das relações 
existentes entre ela, seus sócios e terceiros. 
O fundamental, em qualquer caso de sociedade, é fugir dos contratos padrão 
e buscar uma consultoria capaz de identificar as necessidades particulares de cada 
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tipo de sócio. “Um bom contrato social deve harmonizar os interesses de diferentes 
parceiros, traduzindo-os em um único e equilibrado interesse. 
A participação societária deve ter um início, um meio e um fim e, esse fim 
será menos traumático quanto mais detalhadamente ele estiver contratualmente 
previsto. “Os sócios devem estar conscientizados, desde o início, de que a retirada 
não é o fim do mundo, mas um evento natural e às vezes inevitável ante os 
desdobramentos possíveis da vida societária. O sócio sábio é o que negocia 
cautelosa e previamente as cláusulas que ditam o até quando seu comprometimento 
é exigível e o como se dará sua despedida”. 
 
Sugestão de algumas questões que devem ser debatidas e resolvidas antes da 
elaboração do contrato: 
Administração e destituição de diretores; destinação dos resultados, inclusive 
distribuição dos lucros; saída de sócios, apuração de seus haveres e forma de 
pagamento; relação dos sócios remanescentes com os herdeiros do sócio falecido; a 
cessão de quotas; atos da vida civil dos sócios que interfiram na sociedade; meios 
de solução de litígios. 
Observações: 
1) O contrato social nos casos de empresas não enquadradas no Simples (ME e 
EPP), a assinatura no documento deve ser de um advogado; 
2) Empreendedores individuais (EI) não precisam de contrato social. 
1.4.4.2 – Razão Social 
Não copiar nomes ou marcas já existentes e não confundir nome empresarial 
com nome fantasia. O nome empresarial, que constará no Contrato Social, deverá 
observar as regras de formação próprias de cada tipo (IN DREI Nº 15). Já o nome 
fantasia (nome comercial ou de fachada) é aquele pelo qual a empresa se torna 
conhecida do público. 
Observações: 
 A inscrição do nome da empresa (firma ou denominação social) no respectivo 
órgão de registro (INPI), assegura o seu uso exclusivo nos limites do respectivo 
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Estado. Entretanto, caso o empreendedor pretenda estender a exclusividade para 
todo o território nacional, deverá registrar o nome da empresa no Instituto Nacional 
de Propriedade Industrial – INPI. 
 
Regras de formação próprias de cada tipo jurídico 
IN DREI Nº 15 
Art. 1º Nome empresarial é aquele sob o qual o empresário individual, empresa 
individual de responsabilidade Ltda – Eireli, as sociedades empresárias, as 
cooperativas exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes 
Parágrafo único. O nome empresarial compreende a firma e a denominação. 
Art. 2º Firma é o nome utilizado pelo empresário individual, pela sociedade em que 
houver sócio de responsabilidade ilimitada e, de forma facultativa, pela sociedade 
limitada e pela empresa individual de responsabilidade Ltda - Eireli. 
Art. 3º Denominação é o nome utilizado pela sociedade anônima e cooperativa e, 
em caráter opcional, pela sociedade limitada, em comandita por ações e pela 
empresa individual de responsabilidade Ltda – Eireli. 
 
Unidade 2 - FORMAS DE ATUAÇÃO 
Dependendo da existência ou não do aspecto “econômico da atividade”, se 
uma pessoa desejar atuar individualmente (sem a participação de um ou mais 
sócios) em algum segmento profissional, enquadrar-se-á como EMPRESÁRIO ou 
AUTÔNOMO, conforme a situação, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais 
pessoas para, juntos, explorarem alguma atividade, deverão constituir uma 
sociedade que poderá ser SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE SIMPLES. 
2.1.. Autônomo 
Trabalhador autônomo é qualquer pessoa física que, mesmo sem ter um 
estabelecimento e sem ter vínculo de emprego com a pessoa que lhe contrata, 
preste serviço ou execute qualquer atividade de natureza urbana ou rural. 
Considera-se autônomo aquele que atua, por conta própria (sem sócios) como 
profissional liberal (advogado, dentista, médico, engenheiro, arquiteto, contabilista 
etc.), que, na verdade, vendem serviços de natureza intelectual, mesmo que contem 
com o auxílio de empregados. Como não se trata de atividade formal de empresa, 
não faremos outros comentários. 
 2.1. Empresário - Conceito 
14 
 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços 
 
Características do Empresário 
Para melhor compreensão do conceito acima, apresentamos abaixo a 
exposição de motivos do novo Código Civil que traz traços do empresário definidos 
em três condições: 
 Exercício de atividade econômica e, por isso, destinada à criação de riqueza, 
pela produção de bens ou de serviços ou pela circulação de bens ou serviços 
produzidos; 
 Atividade organizada, através da coordenação dos fatores da produção e 
trabalho, natureza e capital em medida e proporções variáveis, conforme a 
natureza e objeto da empresa; 
 Exercício praticado de modo habitual e sistemático, ou seja, 
PROFISSIONALMENTE, o que implica dizer em nome próprio e com ânimo 
de lucro. 
As empresas uniprofissionais, de profissões regulamentadas, ou não, podem ser 
estabelecidas sob uma das modalidades abaixo: 
 
Empresário Individual 
O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele 
que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) 
titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são 
os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. 
REQUISITOS E IMPEDIMENTOS PESSOAIS PARA SEREMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL 
Não é qualquer um que pode ser Empresário Individual. É importante verificar 
se o empreendedor se enquadra em alguma das situações a seguir, as quais 
impedem a sua inscrição na Junta Comercial como Empresário. 
Alerta importante: Estar incurso em algum impedimento e se inscrever como 
Empresário gera responsabilidade penal. 
15 
 
Não podem ser empresários: 
a) as pessoas que sejam, para a prática dos atos da vida civil: 
• absolutamente incapazes (exceto quando autorizadas judicialmente para 
continuação da empresa): 
• relativamente incapazes (exceto quando autorizadas judicialmente para 
continuação da empresa): 
Alerta importante: a capacidade dos índios será regulada por lei especial. 
b) as pessoas que estejam legalmente impedidas: 
b.1 – em decorrência da profissão: 
• pessoas já registradas como Empresário (Individual) em qualquer Junta Comercial 
do País; 
• chefes do poder executivo, nacional, estadual ou municipal; 
• membros do poder legislativo, como senadores, deputados federais e estaduais e 
vereadores, se a empresa “goze de favor decorrente de contrato com pessoa 
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”; 
• magistrados; 
• membros do ministério público federal; 
• empresários falidos, enquanto não forem reabilitados; 
• leiloeiros; 
• cônsules, nos seus distritos, salvo os não remunerados; 
• médicos, para o exercício simultâneo da farmácia; 
• os farmacêuticos, para o exercício simultâneo da medicina; 
• servidores públicos civis da ativa, federais (inclusive ministros de estado e 
ocupantes de cargos públicos comissionados em geral). Em relação aos servidores 
estaduais e municipais observar a legislação respectiva; 
• servidores militares da ativa das forças armadas e das polícias militares. 
b.2 – por efeito de condenação penal: 
• as pessoas condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a 
cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, 
concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro 
nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de 
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da 
condenação. 
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b.3 – estrangeiro: 
• sem visto permanente ou com o visto fora do prazo de validade; 
• para o exercício das seguintes atividades (mesmo com visto permanente): 
- pesquisa ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de 
energiahidráulica; 
- atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; 
- serem proprietários ou armadores de embarcação nacional, inclusive nos serviços 
de navegação fluvial e lacustre, exceto embarcação de pesca; 
- serem proprietários ou exploradores de aeronave brasileira, ressalvado o disposto 
na legislação específica. 
Alerta importante: portugueses, no gozo dos direitos e obrigações previstos no 
Estatuto da Igualdade, comprovado mediante portaria do Ministério da Justiça, 
podem requerer inscrição como Empresários Individuais, exceto na hipótese de 
atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. 
b.4 – brasileiro naturalizado há menos de dez anos, para o exercício de atividade 
jornalística e de radiodifusão de sons e imagens. 
fonte: Portal do Empreendedor 
Abertura, Registro e Legalização 
Para abertura, registro e legalização do empresário individual, é necessário 
registro na Junta Comercial ou Registro no Cartório de Pessoas Jurídicas e, em 
função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros 
órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição 
estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento e 
autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente 
e outros, conforme a natureza da atividade). 
O Empresário poderá se enquadrar como Microempresa (ME) ou Empresa de 
Pequeno Porte (EPP), desde que atenda aos requisitos da Lei Complementar 123, 
de 14 de dezembro de 2006. O enquadramento será efetuado mediante declaração 
para essa finalidade, cujo arquivamento deve ser requerido em processo próprio. 
Microempreendedor Individual – MEI 
Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta 
própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um 
microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por 
ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também 
17 
 
pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da 
categoria. 
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para 
que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. 
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro 
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o 
pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. 
Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos 
tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas 
o valor fixo mensal de R$ 45,00 (comércio ou indústria), R$ 49,00 (prestação de 
serviços) ou R$ 50,00 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência 
Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de 
acordo com o salário mínimo. Com essas contribuições, o Microempreendedor 
Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, 
aposentadoria, entre outros. 
A formalização do Microempreendedor Individual poderá ser feita de forma 
gratuita no próprio portal, no campo FORMALIZE-SE. 
Após o cadastramento do Microempreendedor Individual, o CNPJ e o número 
de inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente, não sendo necessário 
encaminhar nenhum documento (e nem sua cópia anexada) à Junta Comercial. 
O Microempreendedor Individual também poderá fazer a sua formalização 
com a ajuda de empresas de contabilidade que são optantes pelo Simples Nacional 
e estão espalhadas pelo Brasil. Essas empresas irão realizar a formalização e a 
primeira declaração anual sem cobrar nada. 
O servidor público em atividade não se enquadra como MEI. Mas, se o 
servidor público for aposentado, exceto por invalidez, poderá ser MEI. O pensionista 
se não for servidor público em atividade e não tiver aposentadoria por invalidez, 
poderá ser MEI, não há impedimento. Quem mantém vínculo empregatício com em 
empresa pode ser MEI 
 
 
18 
 
EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela 
constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente 
integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo 
vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da 
empresa. 
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade 
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma 
ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada, caso 
contrário a responsabilidade do empresário individual passará a ser ilimitada e o 
mesmo será responsável pela dívida. 
A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra 
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que 
motivaram tal contratação. 
 A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que 
couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas 
 
Abertura, Registro e LegalizaçãoPara abertura, registro e legalização do EIRELI, é necessário registrar o Ato 
Constitutivo na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes 
do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), 
Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal 
(concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela 
saúde, segurança pública, meio ambiente e outros, conforme a natureza da 
atividade). 
2.1.3 Sociedades Simples X Sociedade Empresária 
Antes do Novo Código Civil as empresas eram classificadas em: 
Atividades de Prestação de Serviços - Sociedade Civil – empresas: (Cartório 
de Registro de Pessoas Jurídicas, excetos as S/A) Indivíduos: autônomos: Prefeitura 
do Município. Atividades de indústria e/ou comércio, tinha o seu contrato social 
19 
 
registrado nas Juntas Comerciais dos Estados (inclusive todas as Sociedades 
Anônimas e raras exceções previstas em lei, na área de serviços.) 
 
Como ficou com o novo Código Civil? 
O sistema jurídico passou a adotar uma nova divisão que não se apoia mais 
na atividade desenvolvida pela empresa, isto é, comércio ou serviços, mas 
no aspecto econômico de sua atividade, ou seja, fundamenta-se na teoria da 
empresa. Não se considera empresário aquele que exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de 
empresa. (parágrafoúnicodoart.966). 
 O Elemento de Empresa refere-se à atividade desenvolvida pela empresa, 
isto é, faz parte do seu objeto social, e de como ela está organizada para atuar em 
seu segmento profissional. 
Sociedade Simples é a reunião de duas ou mais pessoas (que, caso 
atuassem individualmente seriam consideradas autônomas), que reciprocamente se 
obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica 
e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário (Art. 981 e 982). É caracterizada pela formação de uma 
pessoa jurídica apenas para o esforço de profissionais desempenharem melhor suas 
funções. 
As sociedades simples, são aquelas em que a atividade econômica é 
exercida, ordinariamente, pelos próprios sócios, surgindo daí uma vinculação entre 
eles e a atividade. São sociedades de menor porte em que não se percebe a 
atuação da empresa, desse organismo que os deixaria distanciados de sua 
atividade. Exemplos: escritórios de contabilidade, de representação, de corretagem 
de seguros, clínicas médicas, pequeno comércio, pequena indústria, artesãos, 
todos, enfim, que se encontrarem vinculados diretamente à sua atividade 
econômica. 
 A sociedade simples é considerada pessoa jurídica. Exemplo: dois médicos 
constituem um consultório médico, dois dentistas constituem um consultório 
odontológico, advogados, contabilistas, arquitetos etc. 
Note-se que existe enorme diferença para os exemplos abaixo que podem ser 
consideradas sociedades empresárias: 
20 
 
Um mecânico que possui uma oficina de automóveis com equipamentos, 
ferramentas, empregados etc. para atender seus clientes. O mesmo podemos dizer 
da cabeleireira que possui um salão com cadeiras especiais para corte e lavagem de 
cabelos, shampoos, cremes, secadores, cadeiras de manicure, estufa de 
esterilização, armazenadores de esmaltes e escovas de cabelo, ajudantes etc. 
A sociedade simples poderá se quiser, adotar as regras que lhe são próprias 
ou, ainda, um dos seguintes tipos societários: sociedade em nome coletivo, 
sociedade em comandita simples ou sociedade limitada. 
As atividades intelectuais que não sejam prestadas de modo puro, aliando-se 
a outras, constituem, na verdade, elemento de empresa e devem, por isso, adotar a 
forma de sociedade empresária, registrando se nas juntas comerciais. 
 
 
2.2. Sociedade Empresária 
A Sociedade Empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário sujeito a registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente 
de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. Isto 
é, sociedade empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, 
constituindo elemento de empresa. Desta forma, podemos dizer que “sociedade 
empresária” é a reunião de dois ou mais empresários, para a exploração, em 
conjunto, de atividade(s) econômica(s). 
Empresárias serão, então, aquelas que exercerem a atividade econômica 
organizada, através da empresa (forma organizada - organismo), nos termos do art. 
982 combinado com o caput do art. 966 do Código Civil. Essa atividade será 
exercida, então, através dessa forma organizada ou desse organismo, e não 
diretamente pelos sócios, observando-se um distanciamento com notória aparência 
entre eles e a atividade. O que ocorre de forma corriqueira nas sociedades de 
grande porte. Exemplo: sociedades, que prestam serviços médicos através de 
hospitais, ou, ainda, aquelas que o fazem através das fábricas e indústrias de 
grande porte. 
2.3.1 –Tipos de Sociedades Empresárias 
21 
 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO: tipo societário pouquíssimo utilizado, pois 
exige que os sócios sejam pessoas físicas, com responsabilidade solidária e 
ilimitada por todas as dívidas da empresa, podendo o credor executar os bens 
particulares dos sócios, mesmo sem ordem judicial. Nome da empresa: firma ou 
razão social (não podendo utilizar nome fantasia ou denominação), composta pelo 
nome dos sócios, podendo ser acrescentada a expressão “& Cia” ao final (ex: José e 
Maria ou José, Maria & Cia). 
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES: também pouco utilizado, sendo formada 
a empresa por sócios comanditados (participam com capital e trabalho, tendo 
responsabilidade solidária e ilimitada) e comanditários (aplicam apenas capital, 
possuindo responsabilidade limitada ao capital empregado e não participando da 
gestão dos negócios da empresa). Empresa de capital fechado (não negociável em 
Bolsa). Nome: firma ou razão social (devem figurar apenas os sócios comanditados, 
sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que constar na razão 
social). 
SOCIEDADE ANÔNIMA: espécie mais utilizada que as anteriores, principalmente 
nos casos de grandes empresas, onde o capital encontra-se dividido em ações e 
cada acionista é responsável apenas pelo preço de emissão de suas próprias ações 
(responsabilidade limitada e não solidária). Os acionistas controladores respondem 
por abusos. Possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, 
debêntures e bônus de subscrição), é regulamentada por diversos órgãos 
(Assembleias Gerais e Especiais, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho 
Fiscal), devendo publicar seus atos no Diário Oficial e em jornal de grande 
circulação editado no local da sede da companhia (atos arquivados no registro do 
comércio). Nome: denominação ou nome fantasia (não utiliza firma ou razão social), 
acrescidos da expressão “S/A” ou antecedido da expressão “Companhia” ou “Cia”. 
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES: também em processo de extinção, é 
regida pelas normas relativas às sociedades anônimas (artigos 280 e seguintes da 
Lei 6.404/76), salvo a restrição de que somente os acionistas podem ser diretores ou 
gerentes (sócios comanditados, nomeados no estatuto e destituídos por 2/3 do 
capital), respondendo ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os 
sócios comanditários (demais acionistas não gerentes ou diretores) possuem 
22 
 
responsabilidade limitada ao capitalsocial. Assim como as S/As, pode ser empresa 
de capital aberto (ações em Bolsa de Valores). Nome: denominação ou nome 
fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou 
“C/A”. 
SOCIEDADE LIMITADA: Sociedade limitada é aquela que realiza atividade 
empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens 
avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A responsabilidade dos 
sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela 
integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua 
parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos 
sócios que deixaram de integralizá-las. Mais de 90% das empresas no Brasil são 
Ltdas. Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da 
expressão “Ltda”. 
2.3 – Sociedades Simples 
 A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Exemplo típico de sociedade econômica não empresária é aquela constituída por 
profissionais do mesmo ramo como, por exemplo, a dos advogados, médicos ou 
engenheiros, configurando-se como sociedade simples cujo contrato social é inscrito 
no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, salvo quando se tratar de sociedade de 
advogados que se inscreve apenas na OAB. 
 Dessa forma, o indivíduo que trabalha por conta própria, mesmo com a ajuda 
de colaboradores e de outros profissionais do mesmo ramo, como ocorre em um 
consultório médico, um escritório de contabilidade ou advocacia (sociedades de 
profissionais), enquadra-se no conceito de sociedade simples, enquanto o hospital, a 
empresa de contabilidade que ministra cursos e a empresa do ramo imobiliário 
(atividade organizada) caracterizam sociedades empresariais. 
As sociedades simples, assim como as sociedades empresárias, poderão ser 
constituídas sob qualquer tipo societário (nome coletivo, comandita, limitada). 
23 
 
Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 
 
3.1 - Procedimentos 
Para o empresário legalizar o seu negócio há todo um trâmite legal pelo qual 
ele deve passar nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal). Na 
sequência, relacionamos os procedimento prévios à esta legalização, depois é claro, 
dos cuidados e precauções sobre os quais já falamos em itens anteriores. O 
primeiro passo após a escolha do local onde funcionará empresa é decidir sobre a 
natureza jurídica da empresa. 
3.2 - Decisão de Natureza Jurídica 
 A legislação brasileira contempla várias naturezas jurídicas, conforme visto 
no capítulo 2. É importante avaliar cada uma das possibilidades, seus pontos fortes 
e fracos. 
 
3.3 - Consulta Comercial (Prévia) 
Finalidade 
A consulta comercial tem como finalidade a aprovação, por parte da Prefeitura 
Municipal, do local de funcionamento da empresa. Para tanto, verifica-se a 
conformidade, em termos legais, das atividades a serem desenvolvidas com a área 
(bairro, rua, avenida) onde a empresa será instalada. 
É necessário solicitar “Consulta Prévia” à Prefeitura Municipal para saber se 
é possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar a 
empresa (conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para 
obter a descrição oficial do endereço pretendido para a empresa. 
Órgão responsável 
 Prefeitura Municipal 
 Secretaria Municipal de Urbanismo 
 
3.4 - Busca de nome e marca 
Finalidade 
Verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca 
que será utilizada. 
24 
 
Órgão responsável 
 Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) 
 Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) 
Documentação necessária 
Para a busca de nome e marca: 
 Busca colidência de nome empresarial (www.jucerja.rj.gov.br) ou 
Pedido de Viabilidade - Formulário próprio (Junta Comercial) preenchido com três 
opções de nome, pode-se fazer a consulta no site (www.jucerja.rj.gov.br) Finalidade: 
consultar a Junta Comercial sobre a disponibilidade do nome empresarial assim 
como verificar os dados dos futuros sócios. De posse do protocolo, consultar o 
andamento do processo e quando for deferido, imprimir, assinar e incluí-lo no 
conjunto de documentos a serem entregues à JUCERJA para registro do contrato. 
 Para verificação da marca no INPI, pode-se fazer a consulta pela internet no 
site www.inpi.gov.br 
Para a busca – Marcas (site INPI) 
Com essa ferramenta de busca online você pode verificar se já existe 
alguma marca que pode impedi-lo de registrar determinado nome, e também pode 
acompanhar o andamento do seu processo. Caso surja uma mensagem do 
navegador sobre certificado de segurança, basta prosseguir. O ambiente é seguro. 
Os usuários podem optar por entrar com seus logins do sistema e-INPI ou podem 
seguir apenas clicando em “Continuar”. 
 
3.5 - Solicitação do CNPJ 
Finalidade 
 Incluir a empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) 
Órgão responsável 
 Receita Federal 
Documentação necessária 
 Deve ser preenchido um formulário de CNPJ, via internet, disponível no site da 
Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br), acompanhar o processo no site 
e quando o DBE (documento básico de entrada) for deferido, deverá ser 
impresso, assinado pelo administrador, que anexado a uma cópia do contrato 
25 
 
social deverá ser entregue à JUCERJA, para registro do contrato e obtenção 
do CNPJ. 
 No caso da Junta não liberar o CNPJ o DBE deverá ter firma reconhecida e 
será entregue à Receita Federal junto com cópia autenticada do contrato. 
 
3.6 – Inscrição Estadual 
 A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, 
indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também 
estão incluídos os serviços de comunicação e energia. 
Finalidade 
 Obter a inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços) 
 
Órgão responsável 
 Receita Estadual; Agência de Rendas (é um órgão estadual criado para dar 
assistência judiciária sem custos para a comunidade.) 
 
Documentação necessária 
Exigida somente em casos específicos, de acordo com a atividade da empresa. A 
solicitação de inscrição estadual, se dará pela transmissão à SEFAZ do Documento 
de Cadastro do ICMS – DOCAD 
O processo de concessão de inscrição, em função das características do 
contribuinte, poderá ser: 
 I – simplificado, ficando o requerente dispensado do comparecimento a uma 
repartição fiscal e de apresentação de qualquer documentação; ou 
II – presencial, ficando o requerente obrigado ao comparecimento à repartição fiscal 
indicada no DOCAD disponibilizado após a sua transmissão eletrônica à SEFAZ, 
para apresentação da documentação específica exigida pela legislação. 
PROCESSO SIMPLIFICADO 
Será aplicado aos pedidos que atendam às condições abaixo especificadas 
I – ser um pedido de inscrição obrigatória para estabelecimento de pessoa jurídica 
ou empresário individual; 
26 
 
II – a empresa registrar seus atos sociais na Junta Comercial; 
III – a empresa não exercer atividade vinculada à área de petróleo, combustíveis, 
lubrificantes e aditivos em geral, envolvendo a extração, industrialização, 
comercialização e transporte desses produtos, além de outras atividades que 
venham a ter tratamento diferenciado por ato da SEFAZ; 
IV – o estabelecimento requerente estar localizadonesta unidade da federação. 
 Nos casos de solicitação de inscrição sujeita ao processo simplificado, ao 
preencher o DOCAD, o requerente poderá selecionar se o pedido será analisado 
pela JUCERJA ou pela SEFAZ 
 O requerente só poderá solicitar a concessão da inscrição pela JUCERJA no 
momento da apresentação do pedido de registro do ato de constituição da empresa 
ou de abertura de filial ou de transferência de estabelecimento de outra unidade da 
federação. 
PROCESSO PRESENCIAL 
Nos casos de pedido de inscrição estadual na modalidade presencial, o requerente 
deverá efetuar o recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais – TSE no prazo 
mínimo de 2 dias úteis antes da transmissão do DOCAD, exceto quando se tratar de 
pedido de inscrição para pessoa física, que é isento de taxa. 
Para os casos em que seja exigido o comparecimento a uma repartição fiscal, o 
DOCAD impresso no site da SEFAZ após a sua transmissão deverá ser apresentado 
na Inspetoria identificada no seu rodapé, juntamente com os demais documentos 
determinados pela legislação, em até 30 dias a partir da data da transmissão. 
 
3.7 Arquivamento do contrato social/Declaração de Empresa Individual 
Finalidade 
 Registrar o contrato social. Verifica-se também, os antecedentes dos sócios 
ou empresário junto a Receita Federal, através de pesquisas do CPF. 
Órgão responsável 
 Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) 
 
Documentação necessária para registro e arquivamento do contrato social 
 Contrato Social ou Declaração de Empresa Individual - assinado em 1 via 
 Cópia autenticada do RG e CPF dos sócios 
 Requerimento Eletrônico em 1 via 
 Cópia autenticada da OAB, quando necessário. 
 Guias pagas através de GRP e DARF 
 Pedido de Viabilidade deferido 
27 
 
 DBE – Documento básico de entrada 
 Declaração de enquadramento como ME ou EPP (quando for o caso) 
 DOCAD, quando for o caso 
 Capa de Processo (adquirida na papelaria) 
 Procedimentos para Regularização de Edificação junto ao Corpo de 
Bombeiros. 
 
Com exceções pontuais, existem apenas quatro casos de recusa na entrada de 
processos: 
• Falta de guias de pagamento; 
• Falta de capa de processo; 
• Falta de requerimento eletrônico em processos de constituição de Empresário, 
Sociedade Empresária Limitada ou EIRELI; 
• Falta de consulta de optantes do Simples Nacional nos processos de alteração de 
MEI para Empresário. 
 A falta de documentos que podem colocar o processo em exigência, mas que 
não impedem a sua entrada, o usuário é informado do(s) documento(s) faltante(s) 
quando o servidor percebe o problema. 
Na falta de documentos que podem colocar o processo em exigência, mas 
que não impedem a sua entrada, o usuário é apenas informado do(s) documento(s) 
faltante(s) quando o servidor percebe o problema. 
 A Junta faz a pesquisa de CPFs roubados e impedidos, para verificar se o 
CPF dos sócios ou titular possui impedimento por crime falimentar, responde por 
pena que o impeça de participar de atos societários, ou se o CPF foi roubado ou 
furtado. 
É feita a busca de CPF nos casos de constituições de Empresário e EIRELI, de 
forma a identificar se aquele empresário ou titular da EIRELI já possui outro registro 
na mesma natureza jurídica, o que gera impedimento de registro. 
 
3.8 – Certificado do Corpo de Bombeiros 
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) 
simplificou a concessão dos documentos necessários para a regularização das 
28 
 
edificações para abertura de empresas por meio do sistema de autodeclaração 
online para aquisição do certificado de aprovação expedido pelo Corpo de 
Bombeiros Militar. Com base nessas informações será possível saber, ainda na 
viabilidade, se o seu negócio poderá ser beneficiado pelo procedimento simplificado 
ou não. 
Integrada à Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização 
de Empresas e Negócios (REGIN), a corporação adequou as normas vigentes de 
acordo com Decreto nº 45.456, de 19 de novembro de 2015. O objetivo é agilizar o 
processo de legalização de estabelecimentos comerciais de baixo risco. 
 O empreendedor precisa ter seu negócio classificado como de baixo risco – o 
que é feito na primeira etapa de inscrição. A partir daí, preenche um cadastro online 
em que obedece a critérios definidos relacionados com medidas de prevenção 
contra incêndio e pânico. O processo possibilita ao empreendedor obter o 
documento do Corpo de Bombeiros, via auto declaração pela internet, sem precisar 
ir a uma sede física. Durante a tramitação, o empresário recebe informações 
referentes às medidas preventivas necessárias para tornar o seu espaço seguro 
No sistema simplificado, os imóveis comerciais enquadrados no perfil de 
baixo risco não precisam passar por vistoria prévia para iniciarem seu 
funcionamento. Os empresários se comprometem a seguir as recomendações de 
segurança e realizam autodeclarações por meio de formulários eletrônicos. 
Assim que a empresa for registrada na JUCERJA, os dados serão enviados 
automaticamente para os Bombeiros. Você só precisará acessar o Portal Web dos 
Bombeiros e informar o número do seu processo na JUCERJA e o CNPJ concedido. 
Somente com estas informações, você poderá emitir o DAEM e dar continuidade ao 
processo, gerando via web, respectivamente, o Termo de Responsabilidade, 
Verificação das Exigências e a geração CERTIFICADO DE APROVAÇÃO 
SIMPLIFICADO. 
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros pode realizar vistorias do seu espaço 
seguro. 
 
Critérios para enquadramento no processo simplificado: 
 
 Área total construída menor que 900m²; 
 Até dois pavimentos (mezanino ou jirau); 
29 
 
 Não exercer reunião de público, como atividade desenvolvida principal, 
secundária ou temporária: tais como: casas noturnas; boates; casas de festa; 
casas de espetáculo; restaurantes com música e espaço destinado a dança; 
lonas culturais; centros de convenções; teatros; cinemas; centros de 
exposição; circos e auditórios, templos religiosos, estádios de futebol; 
ginásios esportivos; arenas e congêneres; 
 Não possuir sprinklers (exceto salas comerciais que não tenham realizado 
alterações ou compartimentações); 
 Não utilizar materiais perigosos, como inflamáveis ou combustíveis; 
 Não comercializar gás inflamável; 
 Utilizar dois botijões de 13 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no 
exterior e fora da projeção da edificação); 
 Utilizar dois cilindros P-45 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no 
exterior e fora da projeção da edificação); 
 Não pode ser posto de abastecimento de líquido inflamável ou combustível; 
 Não pode ser ponto de venda de GLP ou depósito de GLP. 
 
 No modelo tradicional de regularização, os estabelecimentos passam por uma 
vistoria prévia do Corpo de Bombeiros. 
 
 
3.9 - Alvará de licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda 
Finalidade 
 Licenciamento para desenvolver as atividades no local pretendido. Liberação 
da inscrição municipal (ISS). As empresas e os profissionais autônomos, que 
praticarem atividades de prestação de serviços de qualquer natureza, estarão 
obrigados a se cadastrar no Município. 
Órgão responsável 
 Prefeitura Municipal 
 Secretaria Municipal da Fazenda 
Documentação necessária 
 Preenchimento do formulário próprio (Prefeitura); 
 Consulta comercial aprovada (Busca Prévia) 
 Cópia do CNPJ 
 Cópia do Contrato Social 
 Laudo do corpo de bombeiros, quando for o caso. 
 Laudo da vigilância sanitária, quando for o caso. 
 E outros documentos específicos pedidos na consulta comercial, quando 
necessário. 
 
30 
 
 
Nomunicípio do Rio de Janeiro: 
Alvará Simplificado: 
É uma forma imediata de concessão do Alvará de Licença para Estabelecimento 
(ALE) sem comparecimento do interessado na Inspetoria Regional de 
Licenciamento e Fiscalização (IRLF). O procedimento é formalizado via internet 
por meio do preenchimento da Consulta Prévia de Local e do Requerimento 
Eletrônico de Alvará. 
O Documento de Arrecadação Municipal (DARM) da taxa de licença para 
estabelecimento (TLE) também será disponibilizado via internet. Após todas as 
etapas cumpridas o Alvará poderá ser impresso na residência ou escritório do 
requerente sem a necessidade de comparecimento na IRLF. 
 
3.10 - Licença Sanitária 
 Alvará de Funcionamento, expedido pela Vigilância Sanitária, para as 
empresas de fabricação, distribuição e importação de produtos alimentícios e 
medicamentosos de uso humano, saneantes, imunobiológicos, cigarros, 
restaurantes, bares, empresas de prestação de serviços médicos etc.; 
Finalidade 
 Comprovar que a empresa está em condições para funcionar dentro dos 
padrões de higiene e saúde 
Órgão responsável 
De acordo com a atividade exercida pela empresa, a licença da Vigilância 
Sanitária poderá ser obtida na esfera estadual ou na esfera municipal. 
 
ESTABELECIMENTOS DE COMPETÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
ESTADUAL 
 
 1- Clínica de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de Janeiro; 
 2- Unidade Móvel de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de 
Janeiro; 
 3- Hospitais e Clínicas com Internação; 
 4- Serviços intra-hospitalares de: 
 4.1- Laboratórios de Análises Clínicas, Pesquisa e Anatomia Patológica, Posto 
de Coleta de Laboratório de Análises Clínicas; 
 4.2- Serviço de Radiodiagnóstico Médico, Serviço de Imagem, 
Radiodiagnóstico Odontológico; 
 4.3 - Unidade Odontológica Hospitalar; 
31 
 
 4.4 - Farmácias Privativas de Unidades Hospitalares ou Congêneres; 
 5- Hemocentros, Núcleo de Hemoterapia, Unidade de Coleta e Transfusão, 
Unidade de Coleta Móvel ou Fixo, Agência Transfusional, Central de Triagem 
Laboratorial de Doadores; 
 6 - Banco de Células, Tecidos e Órgãos, Centros de Tecnologia Celular, 
Laboratório de Células Progenitoras Hematopoiéticas e congêneres; 
 7- Serviço de Radioterapia e Medicina Nuclear; 
 8 - Banco de Leite Humano e Posto de Coleta de Leite Humano; 
 9 - Empresas Prestadoras de Bens e ou Serviços de Nutrição Enteral; 
 10 - Indústrias de Ótica, Material e Equipamentos Óticos, de Aparelhos e 
Produtos Usados em Medicina, Ortopedia, Odontologia, Enfermagem, 
Educação Física, Embelezamento ou Correção Estética (Produtos Correlatos); 
 11 - Empresas e unidades de processamento de material médico hospitalar; 
 12 - Indústrias de Produtos Farmacêuticos, de Insumos Farmacêuticos, de 
Produtos Saneantes Domissanitários, de Cosméticos, Perfumes e Produtos de 
Higiene; 
 13 - Indústria de Insumos Farmacêuticos Sujeitos a Controle Especial,e 
Indústria de Produtos Farmacêuticos Contendo Substâncias Sujeitas a 
Controle Especial; 
 14 - Importadores e Exportadores de Medicamentos e Insumos 
Farmacêuticos; 
 15 - Importadores, Exportadores e Distribuidores, com Fracionamento de 
Insumos Farmacêuticos; 
 16 - Armazéns (depósito) de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, 
de correlatos, de saneantes domissanitários, de cosméticos, perfumes e 
produtos de higiene, exclusivos de empresas fabricantes; 
 
Documentação necessária 
 Cópia do contrato social 
 Cópia do CNPJ 
 Cópia do atestado de viabilidade, aprovado na consulta comercial e outros 
solicitados pelo órgão regulamentador de acordo com a atividade. 
 
No município do Rio de Janeiro: 
 
LICENCIAMENTO SANITÁRIO POR AUTODECLARAÇÃO – RIO DE JANEIRO 
Decreto Rio Nº 40723 DE 8/10/2015 
 
O Licenciamento Sanitário por Autodeclaração consiste na emissão de 
Licença Sanitária Provisória, podendo ser concedida por certificação digital, baseada 
em cadastro de informações técnicas e gerenciais, prestadas em sítio eletrônico, 
pelo interessado e definidas neste Decreto. 
32 
 
A Licença Sanitária Provisória terá validade máxima de 2 (dois) anos, podendo ser 
prorrogada por mais 2 (dois) anos. 
A Licença Sanitária Definitiva somente será emitida após parecer de grupo 
técnico multidisciplinar da Vigilância Sanitária Municipal por meio de auditoria e/ou 
fiscalização e deverá ser revalidada bienalmente. 
Atividades: 
Assistência médica ambulatorial; Laboratório de análises clínicas e patologia clínica; 
Diagnóstico e terapia; Assistência domiciliar; Restaurantes e churrascarias; 
Mercados e supermercados; Quiosques da orla; Indústria de alimentos; Cozinhas 
industriais e similares (fornecimento de refeições para consumo interno e para 
consumo externo); Outras atividades que venham a ser estabelecidas na forma do 
artigo 10 do Decreto. 
LICENCIAMENTO SANITÁRIO SIMPLIFICADO 
Nos casos em que as atividades desenvolvidas por empresas sejam consideradas 
de baixo risco sanitário, será concedida Licença Sanitária Simplificada por prazo 
indeterminado, emitida eletronicamente e disponível na internet. 
Atividades de baixo risco: 
Barbeiro, Cabeleireiro, Depilador, Maquiador, Pedicure, Manicure, Salão de 
cabeleireiro, Salão de barbeiro, Corte de pelos e tratamento de beleza de animais, 
Fisioterapia, Massagem, Shiatsuterapia, Curso de educação e cultura física, 
Eletroencefalografia, Eletrocardiografia, Terapia da palavra, Ultrassonografia, 
Serviços de testes psicológicos, Recuperação de excepcionais, Ortoptista, 
Atendimento psicológico, Ecocardiografia, Psicologia, Orientação nutricional, 
Terapeuta ocupacional, Técnico em prótese dentária, Psicanálise, Nutrição, 
Fonoaudiologia, Ambulatório para uso exclusivo da própria firma, Montagem de 
óculos, Oficina de ótica, Ótica, Comércio varejista de aparelhos e equipamentos de 
ótica, Comércio varejista de material de ótica, Drogaria e perfumaria, Farmácia, 
Comércio varejista de produtos veterinários, Comércio varejista de produtos da flora 
medicinal, Comércio de produtos farmacêuticos medicinais e de perfumaria, 
Comércio produtos vitamínicos e suplementos alimentares, Comércio varejista de 
rações e forragens para animais, Comércio varejista de animais, Comércio varejista 
de aquários peixes ornamentais e artigos para aquários, Comércio varejista de 
artigos para animais, Comércio varejista de instrumentos e material cirúrgico 
dentário e ortopédico, Comércio varejista de aparelhos e equipamentos 
odontológicos, Comércio varejista de instrumento e material odontológico, Comércio 
varejista de aparelhos ortopédicos, Comércio varejista de aparelhos de audição, 
Comércio varejista de material cirúrgico, Comércio varejista de aparelhos e 
equipamentos médicos e hospitalares, Comércio varejista de instrumentos e 
materiais médico e hospitalar, Comércio varejista de artigos de borracha para uso 
médico hospitalar, Depósito de medicamentos para uso exclusivo da própria 
33 
 
empresa, Comércio varejista de líquidos e comestíveis, Quitanda, Comércio varejista 
de café torrado em grão ou em pó, Comércio varejista de massas alimentícias, 
Venda de artigos alimentícios, Venda de hortifrutigranjeiros, Mercearia, Comércio de 
pipocas, Comércio varejista de frutas, Comércio varejista de doces e confeitos, 
Comércio varejista de bebidas Comércio varejista de gelo, Comércio varejista de 
artigos alimentícios, Comércio varejista de xaropes concentrados e sucos de frutas, 
Comércio varejista de refrigerantes em máquinas automáticas, Comércio varejista de 
produtos dietéticos, Comércio varejista de produtos alimentícios não alcoólicos em 
máquinas automáticas, Comércio varejista de produtos naturais, Loja de 
departamento, Loja de conveniência, Refeitóriopara uso exclusivo da própria firma, 
Depósito de alimentos para uso exclusivo da própria empresa, Comércio de aves 
abatidas e ovos, Casa de massas, Bomboniere, Doceria rotisserie, Venda de doces 
e salgados para consumo externo, Venda de doces, salgadinhos, sucos e 
refrigerantes, Bar e botequim, Lanchonete, Pastelaria, Comércio de aperitivos e 
petiscos, sucos e similares, Casas de café, chá, choperia, aperitivos, drinks e 
similares. Cantina, Confeitaria, Padaria, Peixaria, Sorveteria, Adega, Armazém 
empório, Casas de massas, Comércio de alimentos para viagem, Comercialização 
de alimento congelado, Montagem de lanche e confecção de salgados, Comércio de 
produtos hidropônicos. 
 
Profissionais liberais ou empresas podem realizar uma autodeclaração para 
receber uma Licença Sanitária Provisória. A licença deve ser solicitada logo após a 
emissão do Alvará. Estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária devem solicitar o 
licenciamento sanitário on line no Site http://carioca.rio.rj.gov.br/ . Cabe ao 
responsável pela empresa informar e manter atualizados todos os dados referentes 
ao seu estabelecimento. 
 
3.11 - Licença Ambiental 
O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos todos 
os empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou que possam 
causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente. É um procedimento 
administrativo pelo qual é autorizada a localização, instalação, ampliação e 
operação destes empreendimentos e/ou atividades. 
Órgãos Responsáveis 
IBAMA 
34 
 
Diretoria de Licenciamento Ambiental - Órgão do Ibama responsável pela 
execução do licenciamento. Conforme a resolução CONAMA n.º 237/97, é 
responsável pelo licenciamento de atividades com significativo impacto ambiental de 
âmbito nacional ou regional, a saber: 
 localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no 
mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em 
terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União; 
 localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; 
 cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País 
ou de um ou mais Estados; 
 destinadas a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e 
dispor material radioativo em qualquer estágio, ou que utilizem energia 
nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da 
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); 
 bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação 
específica. 
INEA 
A Lei federal 6.938/81 atribuiu aos ESTADOS a competência de licenciar as 
atividades localizadas em seus limites regionais. Assim, no Rio de Janeiro, o órgão 
responsável pelo licenciamento é o INEA. No entanto, os órgãos estaduais, de 
acordo com a Resolução CONAMA 237/97, podem delegar esta competência, em 
casos de atividades com impactos ambientais locais, aos municípios. 
PREFEITURAS 
O licenciamento Ambiental será fornecido pelos Municípios do Estado do Rio 
de Janeiro em casos específicos e determinados nos quais o impacto ambiental seja 
local e o empreendimento classificado como insignificante, baixo e médio potencial 
poluidor. 
35 
 
Para os empreendimentos de Classe 1, ou seja, aqueles com potencial 
poluidor insignificante e com porte mínimo ou pequeno, a licença ambiental é 
inexigível. 
Para concessão da Licença Ambiental deverá ser comprovada pelo 
empreendedor a conformidade do empreendimento ou atividade à legislação 
municipal de uso e ocupação do solo, mediante certidão ou declaração expedida 
pelo município. 
No municípuio do Rio de Janeiro 
Licenciamento Ambiental Municipal Simplificado (LMS) – Rio de Janeiro 
 
Procedimento criado para atender as atividades de pequeno porte sujeitas a 
Licenciamento Ambiental que apresentem baixo potencial de impacto e cujas 
medidas de controle são de simples implementação. (Resolução SMAC nº 461/09) 
 
O Requerimento é feito através do site da Prefeitura do Rio 
http://prefeitura.rio/web/riomaisfacilnegocios. É necessário contar com um 
profissional legalmente habilitado junto aos Conselhos Regionais (CREA, CRQ e 
CRBIO) que preencha o Formulário de Caracterização Ambiental (FCA), e recolha a 
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou documento similar do Conselho 
Regional de sua profissão. 
O requerimento preenchido pela internet, juntamente com o Formulário de 
Caracterização Ambiental (FCA) e o Termo de Responsabilidade Ambiental (TRA) 
formarão um processo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), devendo 
o responsável técnico comparecer à Coordenadoria Geral de Controle Ambiental 
para a assinatura do FCA. No caso do profissional ser do sistema CREA, tal 
assinatura será dispensada, visto que a autoria do trabalho será comprovada pela 
ART. 
O requerente receberá, através do endereço eletrônico fornecido no momento 
do requerimento da licença ambiental, aviso sobre a necessidade de 
esclarecimentos ou informando o deferimento da Licença requerida, que deverá ser 
retirada na Coordenadoria Geral de Controle Ambiental. O responsável legal pela 
36 
 
atividade, no momento da retirada da Licença, assinará o Termo de 
Responsabilidade Ambiental. 
A licença deve ser solicitada logo após a emissão do Alvará. 
Procedimento para licenciar o empreendimento no INEA 
Para obter uma licença ambiental, o empreendedor deve acessar o Portal de 
Licenciamento do INEA, (http://www.inea.rj.gov.br/) consultando o menu "Onde e 
como licenciar". Deve descrever a atividade que pretende licenciar e responder às 
demais questões. Após o preenchimento das respostas, o Portal apresenta o boleto 
para pagamento e os documentos que devem ser anexados no pedido de análise do 
licenciamento. 
 Em seguida, o empreendedor deve agendar um horário na Gerência de 
Atendimento (utilizando o menu Agendamento de atendimento), no Rio de Janeiro, 
ou, pelo telefone, em uma de suas Superintendências Regionais. Na data 
agendada, devem ser entregues, para conferência, todos os documentos solicitados, 
bem como o boleto de pagamento, pago. Em seguida deve dar entrada do processo 
no Protocolo do INEA, ou na Superintendência, onde receberá um número de 
processo. Segue-se o período de análise, no qual se vistoria o local do 
empreendimento e pode se solicitar a apresentação de documentos e estudos 
complementares necessários à avaliação do requerimento de licença. 
É nessa fase que se define a necessidade de elaboração de EIA/RIMA ou 
RAS. Ao final da análise, é emitido um parecer técnico, que serve de base para a 
emissão da licença. 
 
3.12 - Matrícula no INSS 
Finalidade 
Todas as pessoas, físicas ou jurídicas, consideradas e equiparadas a 
empresas pela legislação previdenciária estão obrigadas à matrícula, que se 
caracteriza como ato de cadastramento para identificação do contribuinte junto ao 
INSS. 
Matrícula é a identificação dos sujeitos passivos perante a Previdência Social, 
podendo corresponder ao: 
37 
 
a) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para empresas e equiparados a ele 
obrigados; ou 
b) Cadastro Específico do INSS (CEI) para equiparados à empresa desobrigados da 
inscrição no CNPJ, obra de construção civil, produtor rural contribuinte individual, 
segurado especial, titular de cartório, adquirente de produção rural e empregador 
doméstico (quando optante pelo pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço (FGTS)). 
 CADASTROS GERAIS 
Os cadastros da Previdência Social são constituídos dos dados das empresas, 
dos equiparados a empresas e das pessoas físicas seguradas. 
Conforme o art. 19 da InstruçãoNormativa RFB nº 971/09, a inscrição ou a 
matrícula serão efetuadas, conforme o caso: 
I - simultaneamente com a inscrição no CNPJ, para as pessoas jurídicas ou 
equiparados; 
Fonte: site oficial da Receita Federal 
Órgão responsável 
 INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social; 
 
3.13- Certificado Digital 
O que é? 
É um documento eletrônico de Identidade, ou seja, é um arquivo de 
computador que contém um conjunto de informações referentes à entidade para a 
qual o certificado foi emitido (seja uma empresa, pessoa física ou computador), mais 
a chave pública referente à chave privada que se acredita ser de posse unicamente 
da entidade especificada no certificado. 
Qual sua utilização? 
 Para acessar informações da empresa no site da receita somente as optantes 
pelo simples podem fazê-lo via portal e-cac, as demais precisam do certificado 
digital. 
 Utilizado por pessoas físicas e jurídicas em transações feitas pela Internet 
onde o Certificado Digital garante a autenticidade e identidade das partes 
envolvidas. 
38 
 
Principais Serviços oferecidos pela Receita Federal 
Verificação fiscal de pessoa física ou Jurídica; Consultar e recuperar declarações 
já transmitidas; agendar atendimento presencial nas unidades da Receita Federal; 
transmitir declarações de imposto de renda pessoa física e jurídica, além das 
obrigações acessórias; efetuar parcelamentos de impostos, consultar o extrato de 
pagamentos dos parcelamentos, etc; 
 
Principais Certificados Digitais: 
 e-CPF – Certificado Digital destinado a pessoa física; 
 e-CNPJ – Certificado Digital específico para pessoa jurídica; 
 ASSINATURA DIGITAL – processo eletrônico de assinatura através de senha 
pessoal. 
A emissão, renovação e revogação de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ 
será realizada por uma empresa devidamente autorizada pela Receita Federal do 
Brasil, denominada Autoridade Certificadora Habilitada. 
Solicitação de Certificado: 
O interessado na obtenção de um certificado digital e-CPF ou e-CNPJ deverá 
escolher uma das Autoridades Certificadoras Habilitadas ou acessar diretamente a 
página da Autoridade Certificadora Habilitada pela RFB, na Internet, para o 
preenchimento e envio da solicitação de certificado e-CPF ou e-CNPJ. 
3.14 - Notas Fiscais e Cupom Fiscal 
Para iniciar as atividades da empresa será necessário solicitar notas fiscais 
ou cupom fiscal/NFC-e. As empresas de prestação de serviços, contribuintes do 
Imposto Sobre Serviços – ISS, deverão se dirigir à Prefeitura local. Muitas 
prefeituras já utilizam o sistema de Nota Fiscal eletrônica de serviços. Com a 
utilização da nota fiscal eletrônica não haverá necessidade do pagamento do AIDF - 
Autorização para impressão de Documentos Fiscais, uma vez que todo o 
procedimento é realizado por meio da internet. Em regra, será necessário realizar 
um cadastro junto às prefeituras para acesso ao sistema de nota fiscal eletrônica. 
No município do Rio de Janeiro acesse: www.notacarioca.rio.gov.br para as 
empresas de serviços e www.fazenda.rj.gov.br para empresas comerciais e 
industriais. 
39 
 
Atualmente a legislação nacional permite que a Nota Fiscal eletrônica 
substitua as notas fiscais modelo 1 / 1ª, que são utilizadas, em regra, para 
documentar transações comerciais com mercadorias entre pessoas jurídicas. Não se 
destinam a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na 
legislação como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom 
Fiscal. Dessa forma, os documentos que não foram substituídos pela NF-e devem 
continuar a ser emitidos de acordo com a legislação em vigor. 
Para consultar a obrigatoriedade de emissão de Nota fiscal eletrônica modelo 
1/1ª para sua empresa, consulte o site: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/. 
 
NFC-e Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica 
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) é um documento de 
existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de 
documentar as operações comerciais de venda presencial ou venda para entrega 
em domicilio a consumidor final (pessoa física ou jurídica) em operação interna e 
sem geração de crédito de ICMS ao adquirente. 
No caso de entrega em domicilio (delivery), como entregas de produtos 
provenientes de pizzarias, lanchonetes, restaurantes, farmácias, floriculturas, etc., a 
NFC-e somente poderá ser utilizada nas operações dentro do Estado. Nessas 
hipóteses será exigida na NFC-e a identificação do consumidor (nome, CPF/CNPJ) e 
do endereço de entrega. 
Cronograma de implantação da NFC-e no Rio de Janeiro 
I - 08 de agosto de 2014, contribuintes voluntários para emissão em ambiente de 
testes; 
II - 1º de outubro de 2014, contribuintes: 
a) voluntários para emissão em ambiente de produção; 
b) que, obrigados ao uso de ECF não tenham solicitado autorização de uso de 
equipamento antes de 1º de outubro de 2014; 
III - 1º de julho de 2015, contribuintes que: 
a) apuram o ICMS por confronto entre débitos e créditos, ainda que, a partir da 
referida data, venham a se enquadrar em outro regime de apuração; 
b) requererem inscrição estadual, independentemente do regime de apuração a que 
estejam vinculados; 
IV - 1º de janeiro de 2016, contribuintes optantes: 
a) pelo Simples Nacional com receita bruta anual auferida no ano-base 2014 
superior a R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais); 
b) por demais regimes de apuração distintos do regime de confronto entre débitos e 
créditos, inclusive os previstos no Livro V do RICMS/00, independentemente da 
receita bruta anual auferida; 
40 
 
V - 1º de julho 2016, contribuintes optantes pelo Simples Nacional com receita bruta 
anual auferida no ano-base 2014 superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil 
reais); 
VI - 1º de janeiro 2017, demais contribuintes. 
 
3.15 - Conectividade Social ICP 
 
SEFIP/GRF 
 Sefip – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e informações à 
Previdência Social, é um aplicativo desenvolvido pela Caixa Econômica Federal, que 
permite ao empreendedor/contribuinte consolidar os dados cadastrais e financeiros 
da empresa e seus empregados, bem como repassá-los ao FGTS e à Previdência 
Social. Para envio da SEFIP é utilizado o Conectividade Social ICP. Para baixar o 
aplicativo entre no saite da Caixa Econômica Federal. 
Conectividade Social é um canal eletrônico de relacionamento, desenvolvido 
e disponibilizado gratuitamente às empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, 
prefeituras, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, instituições 
financeiras e outros entes, pela Caixa Econômica Federal. A sua finalidade é a troca 
de arquivos e mensagens por meio da internet. O canal foi criado para ser utilizado 
por todas as empresas, ou equiparadas, que estão obrigadas a recolher o FGTS ou 
prestar informações à Previdência Social. Além de simplificar o processo de 
recolhimento do FGTS, reduz os custos operacionais, aumenta o conforto, a 
precisão, a segurança e o sigilo das transações relativas ao FGTS. 
O Conectividade Social ICP tem o acesso ao canal é totalmente online, 
eliminando assim, a necessidade de instalação de softwares para transmissão de 
arquivos. Para utilizá-lo acesse o site 
http://www.caixa.gov.br/fgts/conectividade_social.asp 
O uso do canal Conectividade Social é obrigatório para transmissão do 
arquivo SEFIP e requer a certificação digital da empresa que o utiliza. Para acessar 
o canal é necessário possuir o certificado digital. 
3.16 - Outras Providências 
Cumpridos os passos anteriores, o empresário deverá observar outras exigências 
previstas na legislação, necessárias à perfeita regularização da empresa: 


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