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Caso concreto ied

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Caso concreto 1 
RESPOSTA
A) Sim. Direito e moral são instrumentos de controle social que
pertencem ao campo da ética e que não se excluem. Ao contrario, se
completam e se influenciam simultaneamente. Direito e moral são conceitos
próprios e distintos, mas são inseparáveis.
B) A conduta moral refere-se a história interna do sujeito, enquanto o direito é
imposto por uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que
as razões da obediência do sujeito não sejam morais. Objetivamente Ana Maria
rompeu unilateralmente um compromisso assumido, o de se casar com João
Ricardo, e deve responder por danos materiais e morais que lhe foram
causados.
Caso 3
A atual Constituição foi promulgada em 1988 e em 2002 foi publicado o novo Código Civil. A respeito do conceito, estrutura e função da Constituição, segundo Hans Kelsen, e de sua configuração na Constituição Brasileira de 1988, pergunta-se, qual a relação entre a CF/88, o novo Código Civil e as demais normas vigentes no âmbito do Estado Brasileiro? 
 Segundo Hans Kelsen, o ordenamento jurídico pode ser representado por uma pirâmide, onde a constituição, que é a lei maior encontra-se no topo,e o Código Civil seria uma norma infraconstitucional, ou seja, que esta abaixo da constituição, então neste caso há uma situação de hierarquia.
Caso 4 
Algumas notícias recentes tiveram destaque na imprensa. A participação num reality show (BBB 11) de um transexual que realizou cirurgia para mudança de sexo, a venda de um banco pelo controlador de um conglomerado de empresas (Panamericano) e a desocupação, em cumprimento a ordem judicial, da mansão que residia com a família, construída para este fim e na qual abrigava um vasto acervo de obras de arte, do dono de outro banco que teve sua liquidação decretada pelo Banco Central (Banco Santos). A complexidade e a diversidade está presente no mundo dos fatos jurídicos, entendendo estes como os acontecimentos que provocam efeitos no mundo jurídico, ocasionando o nascimento, a aquisição, a modificação ou extinção de direitos. Os fatos citados estão vinculados de alguma forma também ao exercício de direitos. No primeiro caso o transexual, que na definição de Maria Helena Diniz ?é a condição sexual da pessoa que rejeita sua identidade genética e a própria anatomia de seu gênero, identificando-se psicologicamente com o sexo oposto? , optou pela correção cirúrgica para alinhar sua anatomia à identidade psicológica. No segundo episódio, para se livrar de uma obrigação vultosa provocada por prováveis fraudes na contabilização das contas, o titular do direito de propriedade optou por alienar seu patrimônio por venda. No terceiro evento narrado, para preservar direitos de terceiros, a justiça decidiu pela desocupação da mansão. Com base nos casos descritos, faça o que se pede: Identifique nos casos um exemplo de direito subjetivo absoluto, de direito relativo, de direito patrimonial, extrapatrimonial (não- patrimonial), disponível, indisponível, transmissível e intransmissível, justificando sua resposta. 
Direito subjetivo absoluto: direito de propriedade das ações do Banco; 
 Direito subjetivo relativo: direitos dos contratantes na venda do Banco; 
 Direito patrimonial: o título de propriedade da mansão;
 Direito extrapatrimonial: direito ao próprio corpo;
 Direito disponível: os direito patrimoniais em geral como a mansão, banco, etc.
 Direito indisponível: direitos extrapatrimoniais em geral, como direito ao próprio corpo.
Direito transmissível: os disponíveis em geral, como os patrimoniais;
 Direito intransmissível: os extrapatrimoniais 
 Justificativa: Os direitos absolutos são aqueles que se opõem de forma erga omnes (geral), irradiando efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los .
 Direitos relativos os que se opõem ou obrigam apenas os sujeitos da relação jurídica. A indisponibilidade contempla a intransmissibilidade, a inalienabilidade e a irrenunciabilidade e significa a impossibilidade de mudança do titular, nem mesmo por força da vontade própria do indivíduo.
SUGESTÃO DE GABARITO CASO CONCRETO – 
a) Direito subjetivo absoluto: direito de propriedade das ações do Banco; 
b) Direito subjetivo relativo: direitos dos contratantes na venda do Banco;
 c) Direito patrimonial: o título de propriedade da mansão;
 d) Direito extrapatrimonial: direito ao próprio corpo;
 e) Direito disponível: os direito patrimoniais em geral como a mansão, banco, etc.
 f) Direito indisponível: direitos extrapatrimoniais em geral, como direito ao próprio corpo. g)Direito transmissível: os disponíveis em geral, como os patrimoniais; 
h) Direito intransmissível: os extrapatrimoniais
CASO CONCRETO
=> Direito subjetivo absoluto: direito de propriedade das ações do Banco;
=> Direito subjetivo relativo: direitos dos contratantes na venda do Banco;
=> Direito patrimonial: o título de propriedade da mansão;
=> Direito extrapatrimonial: direito ao próprio corpo;
=> Direito disponível: os direito patrimoniais em geral como a mansão, banco, etc.
=> Direito indisponível: direitos extrapatrimoniais em geral, como direito ao próprio
corpo.
=> Direito transmissível: os disponíveis em geral, como os patrimoniais;
=> Direito intransmissível: os extrapatrimoniais
Justificativa: Os direitos absolutos são aqueles que se opõem de forma geral, irradiando efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los . Direitos relativos os que se opõem ou obrigam apenas os sujeitos da relação jurídica. A indisponibilidade contempla a intransmissibilidade, a inalienabilidade e a irrenunciabilidade e significa a impossibilidade de mudança do titular, nem mesmo por força da vontade própria do indivíduo.
CASO CONCRETO 5
S.O.S. LEI MARIA DA PENHA
Grávida de cinco meses, a jovem de 28 anos apanhou com uma barra de ferro do atual companheiro, no último sábado. As marcas roxas pelo corpo denunciavam a ira do marido. Mesmo depois de ter um forte sangramento a criança passa bem.
As ameaças, geralmente, começam em seguida, e com Joice não foi diferente. "Ele já disse que vai me matar. Será que eu vou ser mais uma na estatística"?, questionou lembrando-se do caso em que a mulher morreu queimada em Campo Grande, no último fim de semana.
A jovem lamenta que o companheiro esteja solto e diz que se sente impotente diante da situação. "Para mim não está adiantando nada fazer o registro policial. Ele não foi preso e nem foi chamado para depor. Só estou ficando constrangida. É muita burocracia, eles exigem testemunha e às vezes as pessoas não querem nem ligar, quanto mais ser testemunha".
O quadro de descrédito com a Lei Maria da Penha, criada para defender as mulheres de violência provocada pelos companheiros, tem sido assunto de críticas contundentes.
Faça uma análise docaso concreto em discussão, à luz dos planos de validade da norma (vigência, validade e eficácia)
A lei em questão está sobre vigência e validade, mais perante o caso descrito e sobre as criticas contundentes que vem recebendo da sociedade, podemos dizer então que a lei foge dos parâmetros de eficácia.
Diz o art. 226, § 3° , da Constituição da República: "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento". O art. 1.723 do Código Civil, por sua vez, estabelece: "É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família". No julgamento sobre a matéria pelo STF (ADI 4277, Rel. Min. Ayres Britto), estabeleceu o STF interpretação conforme a Constituição do art. 1.723 do Código Civil, vetando o preconceito e a discriminação e excluindo da exegese desse dispositivo qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, públicae duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família, idêntica à união estável heteroafetiva. Analise essa decisão do STF tendo em conta uma visão sistêmica do ordenamento jurídico brasileiro. Segundo o STF, o direito à liberdade de orientação sexual é direta emanação do princípio da dignidade da pessoa humana, inclusive no sentido de se tratar de direito à auto-estima e à busca da felicidade. Deu ênfase, o STF, ao § 2° do art. 5° da Constituição, reconhecendo direitos fundamentais não expressamente enunciados no texto, emergentes do regime e dos princípios adotados pela Carta.
O quadro de descrédito com a Lei Maria da Penha, criada para defender as mulheres de violência provocada pelos companheiros, tem sido assunto de críticas contundentes. Faça uma análise do caso concreto em discussão, à luz dos planos de validade da norma (vigência, validade e eficácia) 
A lei Maria da Penha possui validade material formal, porque foi elaborada pelo Congresso Nacional, tendo estabelecido todo o processo de legislação, por isso também, está em vigor. Porém, mesmo estando em vigor, a lei não garante proteção domesticada a mulher por que é praticamente nula a fiscalização de agressão.
Caso 7 
a) Identifique as espécies de relações jurídicas apresentadas. Autônoma (principal), concreta, complexa, direito cível e direito rivado.
b) Identifique os sujeitos da relação jurídica. Nas duas relações: sujeito ativo-Senhor Benedito, sujeito passivo-A Casa de Saúde Distração LTDA.
c) Identifique o objeto da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta. Na primeira relação o objeto é a cirurgia para retirada da vesícula, na segunda, o objeto é a reparação dos danos.
d) Identifique o fato jurígeno da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta. Contratação da cirurgia para retirada da vesícula, é um fato idôneo que, quando ocorre, cria direito e deveres aos sujeitos da relação jurídica.
e) Identifique o vínculo de atributividade da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta.
:a)      Identifique as espécies de relações jurídicas apresentadas
;b)     Identifique os sujeitos da relação jurídica;
Senhor Benedito como sujeito ativo e o doutor e a casa de saúde como sujeitos passivos.
c)      Identifique o objeto da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta;
Provar o erro sendo indenizado pelo dano, pois seu corpo foi lesado. 
d)       Identifique o fato jurígeno da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta;
O acontecimento é a má cirurgia feita. Foi esquecido gaze na região
Abdominal de Benedito.
e)      Identifique o vínculo de atributividade da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta. O contrato de prestação de serviços médicos, que é regulado pelo código de defesa ao consumidor.
1. Identifique as espécies de relações jurídicas apresentadas;
R: Relação jurídica Real
2. Identifique os sujeitos da relação jurídica;
R: O sujeito ativo é o paciente e o sujeito passivo é o médico.
3. Identifique o objeto da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta;
R:O objeto da relação é a intervenção cirúrgica.
4. Identifique o fato jurígeno da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta;
R: A intervenção cirúrgica, diante da intervenção cirúrgica, estabeleceu entre as partes uma relação jurídica de prestação de serviço.
e) Identifique o vínculo de atributividade da relação jurídica apresentada. Justifique a resposta.
R: O vinculo é a reparação cirúrgica que o médico e a casa de saúde têm para com a paciente. Tendo a Paciente o direito subjetivo conferido e a instituição a obrigação de reparar os danos por ocasião da negligência.
O direito subjetivo pode ser público ou privado. 
Direitos subjetivos públicos são aqueles que possuem no pólo passivo, ou seja, como obrigado o poder público. 
Esses direitos se verificariam nos direitos relativos à liberdade, ao direito de ação (direito de qualquer pessoa recorrer ao poder judiciário para pleitear um direito seu), direito de petição (referente ao direito de requisitar quaisquer informações administrativas de seu interesse) e direitos políticos (relativos à efetiva participação da sociedade no exercício do poder público). 
Já os direitos privados, ao contrário dos públicos, possuem como sujeito obrigado um particular. Podem serpatrimoniais ou não patrimoniais. 
Patrimoniais são direitos que podem ser quantificados financeiramente. 
Se diferenciam em :
 reais (relativos ao direito sobre uma coisa, ou seja, um bem, que pode ser móvel ou imóvel); obrigacionais (que têm por objeto uma obrigação de dar, fazer, ou não fazer), 
sucessórios (decorrentes da sucessão hereditária, na qual os bens e direitos do de cujos são repassados aos seus herdeiros) 
e intelectuais (relacionados à exploração de obras e invenções por seus artistas e inventores, sem a interferência de mais ninguém. Seriam os direitos de patente, direitos autorais, etc.) 
Já os direitos não patrimoniais, se dividem em personalíssimos ou familiares. 
Já as obrigações não patrimoniais são aquelas que nunca serão convertidas em dinheiro pela própria natureza da obrigação. Um exemplo seria o dever de fidelidade entre os cônjuges, o dever de guarda e educação dos filhos pelos pais, o dever do filho de se submeter ao poder parental exercido pelos pais, dentre outros
Os direitos personalíssimos são relativos à essência do ser humano, e envolvem o direito à integridade física (vida, ao próprio corpo), psíquica (liberdade e intimidade) e moral (honra). 
Já os direitos familiares decorrem das relações de parentesco familiar e conjugais, que disciplinam o comportamento dos pais, filhos e cônjuges. 
Vale dizer que os direitos subjetivos também variam de acordo com sua eficácia, e dessa forma, podem ser: 
Absolutos, quando são oponíveis erga omnes, ou seja, quando são válidos para qualquer pessoa, devendo ser observado por todos. Exemplo: direito de propriedade. 
Relativos, quando dizem respeito apenas aos envolvidos em determinada relação jurídica. Exemplo: contrato de locação, que vincula apenas as partes pertencentes à relação. 
Transmissíveis, quando os direitos podem ser repassados a terceiros, como no caso dos direitos reais, que são suscetíveis de transferência. 
Intransmissíveis, quando não permitem essa transferência a outra pessoa. É o caso dos direitos personalíssimos, que, por serem inerentes a cada pessoa, não poderão ser repassados. 
Principais, quando os direitos possuem existência autônoma, independente de outro.
 Já os acessórios dependem da pré existência de outro direito, e com ele se relaciona. Exemplo: contrato de compra e venda que possua uma cláusula de pagamento de multa diante do inadimplemento. Nesse caso, o direito principal seria o direito ao pagamento do valor da dívida, enquanto que o pagamento da multa seria um direito acessório ao contrato. 
Por fim, os direitos podem ser renunciáveis, quando a pessoa decide por não exercê-lo, mesmo que não tenha a intenção de transferi-lo. Exemplo: renuncia à herança. 
Irrenunciáveis, quando não aceitam que o titular deixe de exercê-lo. Exemplo: direitos personalíssimo.

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