Buscar

ALUMINA (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
Centro Universitário de Volta Redonda UniFOA
Curso de Engenharia de Produção
Tecnologia da Manufatura III
ÓXIDO DE ALUMÍNIO
Brenda Ritson
Daniel Esperança
Marcell Almeida 
Rafael Carreiro
Rafael Lopes
Yago Elias
Volta Redonda
2017
SUMÁRIO
11. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. �
22. FORMAS DE OBTENÇÃO DA ALUMINA ............................................................... �
3. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA ALUMINA .................................................... 3
 3.1. Processo da extração da bauxita .................................................................................. 3
 3.1.1. Lavra ....................................................................................................................... 3
 3.1.2. Transporte................................................................................................................ 4
 3.1.3. Beneficiamento........................................................................................................ 4
 3.2. Processo de Bayer........................................................................................................ 5
 3.2.1. Primeiro Estágio - Moagem ................................................................................... 6
 3.2.2. Segundo Estágio - Digestão ................................................................................... 6
 3.2.3. Terceiro Estágio - Clarificação ............................................................................... 7
 3.2.4. Quarto Estágio - Precipitação ................................................................................. 7
 3.2.5. Quinto Estágio - Calcinação ................................................................................... 8
 3.3 Lama Vermelha ............................................................................................................ 8
 3.3.1. Disposição e aplicações alternativas para a lama vermelha ................................... 9
4. TIPOS DE ALUMINAS E APLICAÇÕES ................................................................ 10 
 4.1. Alumina Alfa ............................................................................................................. 10
 4.2. Alumina de transição ................................................................................................. 10
 4.3. Alumina Grau Metalúrgico - SGA ............................................................................ 10
 4.4. Aluminas Especiais ................................................................................................... 10
 4.5. Alumina Tabular ........................................................................................................ 10
 4.6. Alumina Eletro Fundidas ........................................................................................... 11
 4.7. Alumina Calcinada para cerâmica ..............................................................................11 
5. CICLO DE VIDA DA ALUMINA .............................................................................. 12
6. BALANÇO FINANCEIRO DA ALUMINA .............................................................. 13
 6.1 Produção Interna ......................................................................................................... 13
 6.2. Exportação ................................................................................................................. 13
 6.3. Consumo Interno ....................................................................................................... 13
�7. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 14
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 15
�
1. INTRODUÇÃO
A alumina é mais conhecida e devido a sua relação custo benefício, é o mais empregado na fabricação de diversas cerâmicas de alta tecnologia. Produzida sinteticamente através do beneficiamento da bauxita, pelo processo Bayer, inicialmente obtêm-se o hidróxido de alumínio, após calcinações e novas reações com ácidos e bases, se transforma no óxido de alumínio industrial com pureza próxima a 99,9%. 
A alumina também é a matéria-prima base para produção do metal alumínio usado na fabricação de aviões, latas de cerveja, panelas, etc. Saiba mais sobre o processo de fabricação do metal alumínio
A alumina é uma matéria prima cerâmica com microestrutura uniforme e controlada. Tal matéria prima é necessária em muitas aplicações avançadas da engenharia, o pó de alumina desejado normalmente deve apresentar partículas finas com pequenas dimensões .
	A alumina apresenta uma ampla e variada área de aplicação, principalmente nos produtos químicos, farmacêuticos, catalisadores, plásticos, pigmentos, substitutos sintéticos, papéis, cerâmicos aluminosos, refratários, isolantes, abrasivos, eletrônicos etc. Esta matéria prima apresenta algumas propriedades especiais tais como: alta dureza, alta força mecânica, boa resistência a choques térmicos etc. Embora a alumina seja um material cerâmico clássico, ela continua a despertar interesse em vários pesquisadores. Vários métodos químicos de síntese têm sido explorados na obtenção deste pó cerâmico, visando, principalmente, o controle de suas características (pureza, morfologia, tamanho médio das partículas e homogeneidade química), exemplos desses métodos: freeze- drying, spray-drying, coprecipitação e sol. Entre todos os métodos de preparação de pós-cerâmicos, a síntese por reação de combustão destaca-se como uma técnica alternativa e bastante promissora.
2. FORMAS DE OBTENÇÃO DA ALUMINA
A alumina pode ser encontrada na forma natural, na forma de pedras preciosas de rubi e safira que são óxidos de alumínio colorido por traços muito pequenos de crómio e cobalto, respectivamente. A safira apresenta-se como cristais hexagonais coloridos e é utilizada em joalharia. O rubi apresenta-se na forma de cristais hexagonais de cor vermelha devido às impurezas de crómio, e é utilizado como pedra preciosa e como elemento de contato ou fricção em aparelhos de precisão.
	Pode ser encontrada também na forma de bauxita, que é um material heterogêneo composto principalmente de minerais de hidróxido de alumínio, gibbsita (Al2O3.3H2O), diásproro (Al2O3.H2O) e boemita (Al2O3.H2O). As impurezas mais comuns presentes nos depósitos de bauxiaos são óxidos de ferro, silicatos de alumínio (argila e outros) e titânia. A bauxita é uma importante matéria-prima para obtenção de alumina (óxido de alumínio), que é indispensável para a produção de alumínio metálico, alguns compostos químicos, grãos abrasivos, materiais refratários e outros produtos cerâmicos.
A composição das bauxitas é variável, assim, por exemplo, as bauxitas da Europa são constituídos predominantemente de diásporo e boemita com teores elevados de ferro, enquanto que as da América do Sul são compostas principalmente de gibbsita e teores mais baixos de óxidos de ferro.
3. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA ALUMINA
3.1. Processo da extração da bauxita
	
3.1.1. Lavra
Os métodos de lavra empregados para a extração da bauxita variam de acordo com a natureza dos corpos mineralizados. Em geral a lavra destes minérios é realizada segundo o método, a céu aberto, por tiras ou strip mining. Devem ser consideradas três etapas sequenciais na lavra da bauxita por este método: a primeira delas consiste na retirada e armazenamento da vegetação e do solo vegetal, a segunda é o decapeamento, ou seja, a retirada das camadas de solo que cobrem a bauxita e a terceira é a extração da bauxita, previamente descoberta. Fazem-se cortes paralelos no solo seguindo
essas três etapas, sendo que as camadas de solo removidas servirão de preenchimento para o corte previamente minerado (Souza, 2001).
A reposição da camada vegetal é importante para manter a fertilidade do solo, minimizar a poluição do ar e da água, recuperar o habitat da fauna e restabelecer uma paisagem esteticamente agradável. A remoção da vegetação é realizada por tratores que a armazenam. Já a retirada do solo vegetal é realizada por escavadeiras e caminhões de pequeno porte, como mostra a figura a seguir:
�
Figura – Retirada da terra vegetal com escavadeira e caminhões de pequeno porte.
Já esta outra figura mostra uma dragline realizando o decapeamento e sequencialmente a extração da bauxita. O decapeamento e a extração podem também serem feitos por escavadeiras. 
Figura – Decapeamento realizado por dragline.
3.1.2. Transporte
Da lavra, o minério escavado é transportado em caminhões fora-de-estrada até as instalações de britagem, onde é reduzido para seguir através de correia transportadora para as instalações de lavagem, ciclonagem e filtragem. 
3.1.3 Beneficiamento
O beneficiamento é a fase que engloba tanto a redução granulométrica da bauxita até a obtenção da alumina calcinada. Então o processamento mineral da bauxita se inicia desde a britagem, que ocorre antes de ser transportada por correia transportadora, até os processos de refinamento para a obtenção da alumina. O procedimento de refinamento mais utilizado é o Bayer e o único a ser enfatizado neste relatório. Após a britagem, as principais fases de processamento da bauxita para produção de alumina, desde a entrada do minério até a saída do produto final são: moagem, digestão, filtração/espessamento, precipitação e calcinação. As operações de alumina têm um fluxograma de certa complexidade, que pode ser resumido em um circuito básico simples, conforme falaremos abaixo no processo de Bayer.
3.2. Processo de Bayer
O processo bayer é o principal e o mais econômico método para produção de alumina e bauxitos gibsíticos com baixa porcentagem de sílica.
A bauxita é moída e digerida em auto-clave com uma solução de hidróxido de sódio, carbonato de sódio e cal. A suspensão e o rejeito, denominado lama vermelha. Após a digestão e resfriamento, são separados por sedimentação e filtração. Os principais constituintes da lama vermelha são: oxido de ferro, titânio, carbonato de cálcio e produtos de desilicação. Após a digestão, a suspensão de aluminato de sódio é introduzida em precipitadores, onde germens de gibsita catalisam a formação de Al(OH)3. O precipitado é separado, lavado e calcinado. As condições de precipitação, tais como tempo, temperatura e condições de nucleação, são importantes no controle da distribuição de tamanho da partícula, textura e pureza do hidróxido produzido. No processo bayer para cada 2-2,5 toneladas de bauxita tem-se, após a calcinação, aproximadamente 1 tonelada de alumina
3.2.1. Primeiro Estágio - Moagem
Essa é a primeira etapa do processo Bayer. O objetivo é preparar o minério para iniciar suas transformações, até ser obtido na forma de hidróxido ou alumina. Inicialmente, o minério é destinado a um processo de homogeneização, chamado blendagem- tornar a matéria-prima proveniente de várias jazidas diferentes, a mais adequada e homogênea possível ao processo de digestão. Com essa medida, pretende-se assegurar queo minério que entrará no processo Bayer apresente, em média, 45% de alumina disponível e aproximadamente 4% de sílica reativa (caulinita). Após essa etapa, o material é destinado à moagem, passando inicialmente por um moinho de martelos e em seguida por um de barras. A segunda etapa dessa fase é realizada a úmido, com o uso de licor (NaOH), utilizado anteriormente no processo. Na saída do moinho de barras existe um separador de impurezas que retêm raízes, pedaços de madeira e pedras. Por fim, a pasta moída e com a granulometria ideal para início da digestão é estocada em tanques específicos, nos quais permanecem em homogeneização pela ação de bombas recirculantes e pás rotativas.
3.2.2. Segundo Estágio - Digestão
O estágio inicial, denominado digestão, envolve num primeiro momento a moagem da bauxita, seguida pela digestão propriamente dita com uma solução cáustica de hidróxido de sódio (NaOH) sob temperatura e pressão. As condições em que se processa a digestão (concentração, temperatura e pressão), variam de acordo com as propriedades da bauxita. Plantas modernas comumente operam em temperaturas entre 200 e 240 °C, e pressão em torno de 30 atm (WAO, 2003). Nestas condições a maioria das espécies contendo alumínio é dissolvida, formando um licor verde, Eq. (1a) e (1b).
 (1a)
(1b)
3.2.3. Terceiro Estágio - Clarificação
A clarificação é uma das etapas mais importantes do processo, nela ocorre à separação entre as fases sólida (resíduo insolúvel) e líquida (licor). Normalmente as técnicas empregadas envolvem espessamento seguido de filtração. O espessamento é um processo de decantação, em que o resíduo proveniente da digestão é encaminhado para unidades denominadas de espessadores/lavadores. O objetivo destas unidades é adensar o resíduo, aumentando seu teor de sólidos, para recuperar a maior quantidade de NaOH possível e fornecer um "overflow" para a filtragem. Nesta fase é comum a adição de polímeros (como hidroxamatos e poliacrilamida) para induzir a floculação das partículas nos espessadores ou até mesmo a utilização de processos de separação com membranas poliméricas (Góis et al., 2003; Hind et al., 1999; IOM3, 2005).
3.2.4. Quarto Estágio - Precipitação
Em seguida, ocorre a etapa de precipitação, quando se dá o esfriamento do licor verde. Após este esfriamento é feita adição de uma pequena quantidade de cristais de alumina (semeadura) para estimular a precipitação, em uma operação reversa à digestão, Eq. (2).
(2) 
A alumina cristalizada é encaminhada para a calcinação e o licor residual contendo NaOH e alguma alumina é recirculada para a etapa de digestão (Hind et al., 1999; IOM3, 2005).
3.2.5. Quinto Estágio - Calcinação
A calcinação é a etapa final do processo, em que a alumina é lavada para remover qualquer resíduo do licor e posteriormente seca. Em seguida a alumina é calcinada a aproximadamente 1000 °C para desidratar os cristais, formando cristais de alumina puros, de aspecto arenoso e branco, Eq. (3) (Hind et al., 1999; IOM3, 2005; ABAL, 2005; WAO, 2005).
(3)
O resíduo insolúvel formado durante a clarificação, chamado genericamente de lama vermelha pela indústria de refino da alumina, é composto por óxidos insolúveis de ferro, quartzo, aluminatos silicatos de sódio, carbonatos e aluminatos de cálcio e dióxido de titânio (geralmente presente em traços). Alguns autores, observando o processo, fazem distinção entre as partículas grosseiras (areias) e as partículas finas (lamas), devido ao fato de serem geradas em momentos diferentes durante a clarificação. Entretanto, a disposição final dos dois materiais em conjunto (codisposição) ou em separado é uma questão meramente operacional.
	3.3. Lama Vermelha
A lama vermelha, resíduo insolúvel descartado nas estapas de espessamento e filtragem, é composto por óxidos insolúveis de ferro, quartzo, aluminossilicatos de sódio, carbonatos e aluminatos de cálcio e dióxido de titânio (geralmente presente em traços). A lama vermelha sofre uma lavagem através de um processo de sedimentação com fluxo de água em contracorrente e posterior deságue para a recuperação do NaOH (Silva et al., 2007). 
 	
3.3.1. Disposição e aplicações alternativas para a lama vermelha
A má disposição ou alocação da lama vermelha pode ocasionar diversos problemas, como: a contaminação da água de superfície e subterrânea por NaOH, ferro, alumínio ou outro agente químico; o contato direto com animais, plantas e seres
humanos; o vento pode carrear pó dos depósitos de lama vermelha seca, formando nuvens de poeira alcalina; impacto visual sobre uma extensa área (Silva et al., 2007). 
Alguns casos de acidentes ambientais decorrentes da má disposição da lama vermelha ocorreram são relatados na literatura. Por exemplo, no Brasil, houve no município de Barcarena (PA) um vazamento de lama vermelha, atingindo as nascentes do rio Murucupi. Da nascente a foz do rio houve mudança na tonalidade das águas, com o aumento nos teores de alumínio e sódio e possível contaminação do aquífero (De Jesus et al., 2004).
Durante muito tempo a lama vermelha era considerada inaproveitável para a indústria de alumínio (Chaves, 1962), mas hoje se vê que os custos e as implicações ambientais envolvidas obrigam a indústria a procurarem a sustentabilidade para reduzirem os impactos ambientais e, consequentemente, reduzir o volume deste resíduo para a disposição final (Silva et al., 2007). Silva et al. (2007) relataram em trabalho sobre lama vermelha que existem diversos estudos sobre aplicações deste resíduo, algumas destas aplicações citadas são: recobrimento para aterros e pavimentos; insumos para produção de cimentos especiais, esta aplicação tem problemas relativos à alcalinidade da lama vermelha; produção de revestimento cerâmico (porcelanas, vítricos e eletroporcelanas) e a participação da lama vermelha na confecção de tijolos, telhas, isolantes, etc. 
4. TIPOS DE ALUMINAS E APLICAÇÕES
4.1. Alumina Alfa
É a forma mais estável do óxido de alumínio com respeito a termodinâmica, também chamado coríndon e é um dos materiais conhecidos mais duros e largamente utilizado como abrasivo tanto na forma natural como na forma sintética.	
4.2. Alumina de Transição	
Esta transformação dos hidratos de alumínio ao produto final óxido não é direta e uma série de fases intermediárias podem ser detectadas para cada combinação de composto de partida e tratamento térmico. As fases intermediárias (η, γ, χ, δ, κ e θ) são chamadas aluminas de transição e a sua presença é resultado da eliminação de água durante o aquecimento dos precursores o que resulta no colapso das suas estruturas lamelares, seguida da migração de cátions através da subrede de oxigênio.
4.3. Alumina Grau Metalúrgico - SGA	
É conhecida como alumina metalúrgica aquela que é usada para produzir alumínio mediante redução eletroítica. Os termos "calcinada" ou "metalúrgica" referem-se ao produto alumina calcinada que tem uma granulometria em que,pelo menos, 85%, em peso, das partículas têm um tamanho superior a 44 micra e que apresentam uma "perda de fogo" (LOI) inferior a 5% em peso e é utilizada na fabricação de alumínio metálico.
4.4. Aluminas Especiais
São conhecidas como aluminas especiais de alto grau de calcinação as que tem um teor elevado de fase são destinadas a outros usos diferentes daque-les da fabricação de aluminio. As aluminas especiais são diferentes da alumina metalúrgica, que origina o alumínio. A produção não é eletrointensiva e é feita exclusivamente por processos químicos. São mais utilizadas para as indústrias de refratários, catalisadores, isoladores e automotiva.
4.5. Alumina Tabular 
Existem dois tipos Alumina Eletrofundida Marrom que são utilizadas em Indústria de abrasivos e de refratários e Alumina eletrofundida branca que são utilizadas em Indústria de abrasivos e de refratários e em algumas massas de porcelana em substituição ao quartzo.
4.6. Aluminas Eletro fundidas
Existem dois tipos Alumina Eletrofundida Marrom que são utilizadas em Indústria de abrasivos e de refratários e Alumina eletrofundida branca que são utilizadas em Indústria de abrasivos e de refratários e em algumas massas de porcelana em substituição ao quartzo.
Durante o processo de eletrofusão, os óxidos metálicos contidos na carga, com exceção do óxido de alumínio, são reduzidos a metais elementares pelo carbono; com o ferro adicionado na carga, tais metais formam ligas que por serem mais densas que a alumina fundida vão se depositando no fundo do forno; a principal liga formada é o ferro-silício.
O bloco fundido obtido, após resfriamento adequado, é quebrado em pedras que são reduzidas a tamanho menores; as impurezas e as ferro-ligas formadas são separadas manualmente. Os pedaços de óxido de alumínio eletrofundido são encaminhados para o processo de britagem, secagem e separação eletromagnética, obtendo-se dessa forma produtos de diversas granulometrias.
O processo de fabricação da alumina eletrofundida branca assemelha-se ao da fabricação de óxido de alumínio eletrofundido a partir do bauxito, diferindo, somente, quanto as matérias-primas da carga e ao fato de não haver redução quando da eletrofusão. Neste caso emprega-se como matéria-prima apenas a alumina. Em alguns casos é adicionado à alumina, pequenos teores de óxido de cromo.
4.7. Alumina calcinada para cerâmica
Para produção de alumina para cerâmica há necessidade de se introduzir algumas modificações no processo Bayer e no tratamento térmico, (temperaturas que variam de 1250 ºC a 1500ºC), visando principalmente reduzir o teor de Na2O e controlar o tamanho e forma dos cristais que tem influência sobre as propriedades finais do produto cerâmico. Dessa forma são obtidos inúmeros tipos de óxidos de alumínio, cada um com determinadas características e campo de aplicações.
Aplicações: São empregadas para fabricação de refratários, fibras cerâmicas e de inúmeros produtos classificados como cerâmica técnica, tais como: isoladores elétricos de porcelanas, placas para revestimento de moinhos e silos, elementos moedores (esferas e cilindros), guiafios para a indústria têxtil, camisas e pistões de bombas, bicos de pulverização agrícola, tubos de proteção de termopar, selos mecânicos, parte cerâmica da vela de ignição, substratos para microeletrônica e outras. No caso de aplicações que exigem aluminas isentas de impurezas, granulometria extremamente fina, tamanho e forma de grãos rigorosamente controlados, utilizam-se outras aluminas, obtidas por processos químicos não convencionais. Exemplos de aplicações: tubos de alumina translúcida para lâmpada de vapor de sódio, peças para implantes, etc.
.
5. CICLO DE VIDA DA ALUMINA
A alumina é a matéria prima base para fabricação de alumínio, primeiro retira a bauxita, outra matéria prima base, a transforma em alumina, depois ocorre à transformação da alumina em alumínio e/ou em outros materiais, como materiais abrasivos por exemplo.
Sobre o processo de reciclagem, podemos afirma que é fundamental reciclar o alumínio, pois, o alumínio pode ser reciclado infinitamente sem perder suas propriedades. Além disso, o processo de reciclagem consome apenas 5 % da energia originalmente utilizada para a produção do alumínio primário. Quando deixamos de lavrar e refinar, as emissões são reduzidas, e os ambientes não sofrem tantas alterações. Comparado com o alumínio primário, ou “novo”, o alumínio pós-consumo reciclado (como o de latas de alumínio) no seu processo de reciclagem de a utiliza apenas cerca de 7% da energia elétrica usada na produção primária deste metal, A reciclagem de um quilo de alumínio economiza a extração de cerca de quatro quilos do minério bauxita e emite pouco CO2.
Então, o ciclo de vida principal do óxido de alumínio consiste em reciclar o alumínio e reciclar os materiais abrasivos e obter novos materiais abrasivos como, por exemplo: o Óxido de Alumínio – ALO RR ( Grão obtido através do processo de reciclagem de rebolos e discos resinados de Óxido de Alumínio que consiste em queima, moagem e descontaminação magnética. São bastante utilizados na produção de abrasivos tais como: discos, rebolos, lixas, rebolos magnesianos e outros, puro ou misturado com grãos virgens, por apresentar excelente custo benefício. 
Também temos o Óxido de Alumínio – ALO RV ( Grão obtido através do processo de reciclagem de rebolos vitrificados de Óxido de Alumínio que consiste em queima, moagem e descontaminação magnética. É
bastante utilizado na produção de abrasivos tais como: discos, rebolos, lixas, rebolos magnesianos, rodas de politriz e outros, puro ou misturado com grãos virgens, por apresentar excelente custo benefício.
6. BALANÇO FINANCEIRO DA ALUMINA
6.1. Produção Interna
A produção de alumina do Brasil atingiu 10,4 Mt, valor superior ao registrado em 2013 (9,9 Mt), em função da elevação do preço no mercado externo que passou de US$1.809,00/t (2013) para US$2.334,00/t (2014). A produção de metal primário no Brasil foi de 962 mil t, contra 1.304 mil t do ano anterior, uma redução expressiva de 26,2%. Enquanto isso, o metal reciclado teve um acréscimo de 5,88% entre 2013 e 2014, chegando a 540 mil t (ABAL, 2015).
6.2. Exportação
As exportações totais de alumina alcançaram a US$ 2,3 bilhões em 2014, crescimento de 29,2% em relação a 2013. Em volume, houve um acréscimo de 1,1 milhões de t. As exportações de bauxita permaneceram no mesmo nível do ano anterior, com pequeno decréscimo, de 8,4 Mt contra 8,3 Mt do ano anterior. A exportação do metal primário caiu de 530 mil t para 456,9 mil t, com aumento das vendas ao mercado interno, reflexo do fechamento de fábricas no Brasil. O produto mais vendido foi “alumina calcinada” com US$ 2,3 bilhões, seguido do “alumínio não ligado em forma bruta” com US$ 637 milhões vendido, com redução de 19,3% em relação a 2013. Os bens primários exportados foram de US$ 277 milhões, sobressaindo-se a “bauxita não calcinada” com US$ 227,6 milhões em vendas. Os produtos manufaturados atingiram a US$ 464 milhões em vendas. A venda externa dos compostos químicos proporcionou receita de US$ 77 milhões, crescimento de 44,95% ante 2013 (ABAL, 2015).
6.3. Consumo Interno
Em 2014 a alumina apresentou diminuição expressiva no consumo aparente da ordem de 20,1%, em função do aumento de 15,2% na exportação e diminuição da produção (5%). O metal primário, sucatas, semiacabados e outros tiveram oscilação para cima de 4%, motivado, sobretudo, pela combinação na queda de 13,8% nas exportações e no aumento expressivo de 91,26% na importação que passou de 333 mil t (2013) para 636,9 mil t (2014), permitindo às indústrias de embalagens, de transporte e de consumo pudessem funcionar (ABAL, 2015).
7. CONCLUSÃO
A sustentabilidade do processo de fabricação de alumina é praticado, com certa eficiência, na lavra, na qual o método de lavra utilizado é o de tiras, que repõe as fases do solo ao mesmo tempo em que se ocorre a extração do minério. Notou-se que as implicações ambientais são mais salientes na fase do beneficiamento da bauxita, na qual há a produção de lama vermelha, onde os custos relacionados à disposição, gerenciamento e aos impactos ambientais consequentes da inadequada alocação da lama vermelha são elevados. Conclui-se que a indústria do alumínio se sentirá cada vez mais motivada a encontrar aplicações para a lama vermelha que reduza os custos relacionados à alocação e ao meio ambiente, mantendo assim a sustentabilidade do processo.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ipt.br/atividades/inovacao/exemplos/aluminio/riqueza/
http://www.alcoa.com/brazil/pt/news/whats_new/2006_05_11.asp?initSection=1000
http://saturno.crea-rs.org.br/crea/pags/revista/40/CR40_areatecnicaartigo6.pdf
http://www.cetem.gov.br/publicacao/serie_anais_IX_jic_2001/Adriana.pdf
ABAL: Associação Brasileira do Alumínio, http://www.abal.org.br
PERRY, H.R., Manual de Engenharia Química, 5a ed., Rio de Janeiro, 
CAMPBELL, J., Castings: Metal Ractions, Birmingham: Butterworth Heinemann, Cap. 1, pp. 1-25, 1995.
Periódico: Alumínio para futuras gerações <http://www.abal.org.br>.
WORLD-ALUMINIUM: The International Aluminium Institute, <http://www.world-aluminium.org>
 10.	 http://www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/sumario-mineral-2015

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais